Apoio a James Potter escrita por Patricia S


Capítulo 1
Capítulo Único




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- Aluado?

James Potter tinha os olhos voltados para o horizonte, embora conversasse com Remus Lupin que estudava ao seu lado. Sirius Black estava sumido desde a hora do almoço e já anoitecia. Peter Pettigrew, por sua vez, aproveitara o final de semana para dormir da maneira que ele chamava de “certa”. Os N. I. E. Ms estavam tirando o sono de todos os alunos do sétimo ano e Peter não dormia a dias.

- Pontas – disse Remus.

- Você já se apaixonou?

Remus, que escrevia os sessenta centímetros de pergaminho que o professor Horace Slughorn havia pedido sobre as dez poções mais perigosas do mundo, deixou a pena de lado e encarou o amigo. As sobrancelhas juntas.

- Por que a pergunta? – quis saber.

- Preciso que alguém de bom senso me responda – respondeu James, seus olhos ainda miravam o horizonte – Perguntei a Almofadinhas, mas ele riu quando eu falei. Rabicho eu sei que nunca se apaixonou. Só me resta você.

Remus coçou o queixo.

- Bem, acho que não – disse ele – Você já?

James respirou fundo.

- É, já – concluiu Remus, e riu.

- Será que Lily sente o mesmo? – divagou ele.

- Como vou saber? Por que não pergunta para ela? Vocês não estão namorando, não estão?

James bagunçou o cabelo.

- Estamos, mas é complicado – disse – Não é porque ela é minha namorada que posso perguntar o que eu quiser. E se ela pensar que sou um obcecado louco e maníaco? Lily pode terminar tudo.

Remus riu.

- Acho que você está exagerando um pouco, Pontas.

James não disse nada.

- Por que não pergunta a Lene? Elas são melhores amigas, deve saber de alguma coisa.

- Se soubesse ela nunca me diria – apontou.

- Perguntar não ofende.

- Mas pode machucar. Marlene pode me azarar e ela não pensa duas vezes em usar as piores azarações.

- Então não tenho outro caminho para te mostrar.

Remus voltou a escrever no pergaminho e James continuou mirando o horizonte. O céu ficava mais escuro a cada minuto e o laranja de meia hora atrás era vermelho sangue. O verão seria rigoroso naquele ano ao mesmo tempo que embalado em memórias que resumiriam Hogwarts após a última viagem no trem expresso.

James esticou as pernas e mudou de posição. Remus ainda escrevia, e quando terminou, fechou seu exemplar do livro de Poções, enrolou o pergaminho e deixou tudo agrupado ao seu lado.

- O que aflige você? – perguntou ele em resposta ao silêncio do amigo.

- Vou pedi-la em casamento, Aluado – disse James ignorando sua pergunta, e a frase lhe soou tão convicta que de início se assuntou –, quando as aulas acabarem. Ou melhor, no último dia de aula, a noite, quando todos estiverem se despedindo na sala comunal.

Remus riu.

- Ah, claro – caçoou – Vocês irão casar uma semana mais tarde e no próximo ano eu serei convidado para a festa de aniversário do primeiro filho de vocês.

James olhou para ele.

- Eu estou falando sério.

- Eu também – ele riu.

- Sério, Aluado. Não brinco quando o assunto é a Lily.

Remus espremeu os olhos.

- Fala sério?

- Nunca falei tão sério em toda a minha vida – James garantiu.

- Jura?

- Por todas as noites que passei em claro bolando uma maneira de chamá-la para sair sem receber um “não” como resposta.

- Pense bem antes de abrir a boca – aconselhou – Casamento não é brincadeira, Pontas.

- Eu sei.

- E vocês dois são muito jovens, não é melhor esperar mais um pouco? Vocês namoram a três meses. Não acha que é pouco tempo?

- Sei disso.

- E como vocês irão se sustentar? Essas coisas têm que ser planejadas e...

- Aluado! – exclamou James – Preciso pedir um pouco mais de apoio? Será que você pode agir como meu amigo e não como minha mãe?

Remus ficou em silêncio.

- Minha decisão não é tão repentina assim – disse James então – Há algum tempo que venho pensando em pedir Lily em casamento.

- Desde quando? – quis saber o outro.

- Desde que me vi apaixonado por ela.

- James, você deveria conversar com ela antes de ajoelhar-se a seus pés com um anel em uma caixinha. Você pode ser louco, um lunático, mas Lily tem a cabeça no lugar.

James deu os ombros.

- O pior que ela pode dizer é “não”, certo?

- Ela pode rir de você também.

- É, mas...

- Pode rir muito, de chorar. Sabe quando você deita no chão e rola de rir? Então.

- Certo, mas não é..

- Ou chorar de verdade. Ela pode pensar que você é um dementador em forma de gente ou algo assim e fugir. E você nunca mais a verá.

- Apoio a James Potter aqui, por favor! – cortou James.

- Desculpe. Mas temos que levar em consideração todas as possibilidades, não é?

- Evidente que sim – respondeu – Principalmente aquela onde Lily me beija e diz “sim”.

- É.. Mas James...

- Não continue, Aluado – cortou – Não preciso de seu apoio.

- Mas...

- Você só sabe me colocar para baixo.

- Sou apenas realista, meu amigo. Não se esqueça que sempre...

- Você sempre disse que era melhor esquecer Lily e partir para outra – alegou James –, não nestas palavras, mas ficava muito claro para mim.

- Bem, você há de convir que era o mais sensato a pensar...

- Aliás, por que estou tendo essa conversa com você? Vou falar com Marlene, talvez ela me diga alguma coisa mais concreta.

- Foi uma das minhas primeiras sugestões.

- E depois falar com Lene, vou conversar com Lily.

- Agora você está sendo sensato – apontou.

- É, e caso ela aceite meu pedido, você será meu padrinho de casamento só para eu ter o gostinho de mostrar que estava certo.

Remus girou os olhos.

- Nossa, como você é vingativo.

- E convidaremos você para o aniversário do nosso filho – continuou James, agora de pé – E ele será um dos melhores jogadores de quadribol que a Grifinória já teve o prazer de ter!

- Certo – disse Remus.

- Só basta um “sim” de Lily e todos os meus sonhos serão realizados – exclamou ele – Bem, até mais Aluado.

Remus acenou e assistiu James adentrar o castelo, em direção a sala comunal onde Lily provavelmente estaria, fazendo suas anotações de última hora para o N. I. E. M de Transfiguração que aconteceria naquela semana. Ele não estava certo se tudo que James havia dito era verdade; talvez tudo aquilo fosse apenas divagações sem verdadeiras intenções, mas de um coisa Remus estava certíssimo: James e Lily formariam um belo casal de aliança nos dedos.


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