Welcome To The Eternity escrita por NyuhSamy, Yuukib


Capítulo 34
Capítulo 23




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-Ai meu Deus! Essa foi uma noite e tanto. Mas no fim, tudo deu certo. -Falei suspirando e andando até o estacionamento.

-Eu quero muito voltar lá e acabar com aqueles humanos! -Respondeu ferozmente.

-E eu? Se eu pudesse, voltaria lá pra trucidar aquelas humanas que ficavam dando em cima de você. -Disse no mesmo tom.

-Então, por que estamos andando? Por que não voltamos e matamos todo o mundo? -Parou de andar e ficou me olhando.

-Drew, que tal esquecermos isso e irmos para casa? -Cruzei os braços no peito.

-Vai falar que não gostou da ideia. -Sorriu de canto.

-Talvez, só um pouquinho...

-Quer ir para um bar? Temos que sair mais juntos, esqueceu? Esse é um bom começo.

-Gostei. Vamos. Mas... -Segurei a ponta da minha saia. -Eu estou de uniforme.

-Não tem nada. E... -Pegou na minha mão. -Eu já disse que esse uniforme é sexy.

Comecei a rir. Ele dirigiu rápido enquanto conversávamos e ríamos de tudo. Chegamos a uma rua bastante movimentada e com vários carros.

-Que bar é esse? -Perguntei curiosamente.

-Você vai ver. -Ele estacionou o carro e então descemos. Fomos até a frente do estabelecimento. Não haviam filas. Somente 2 seguranças. Um deles nos cheirou.

-Vampiros. De onde? -Disse.

-Nova York. -Falamos em resposta. Drew lhe passou umas notas de cem dólares.

-Podem entrar. -Abriu a porta para nós. Era escuro, mas meus olhos eram adaptados para isso. Havia um bar, uma pista de dança e várias mesas. Muitas pessoas estavam distribuídas nessas áreas. Principalmente no bar. Haviam muita pessoas mesmo no bar.

-Humanos. -Sussurrei.

-Sim. Eles são como aqueles de Nova York. Estão aqui porque querem e estão sendo muito bem pagos para isso.

-Imagino. Bom, pelo menos você vai ter mais tempo pra me falar desses “dias vampi”. -Fiz aspas com os dedos.

-Ok. E também teremos uma refeição descente. Vou no banheiro pra arrumar essa camisa. Já volto. -Saiu na velocidade vampira.

Fiquei ali parada observando o ambiente. Tinham uns casais no canto se pegando, uns humanos sendo mordidos, uns vampiros dançando uma musica que estava sendo tocada pelo DJ. Tudo muito normal.

-Nova por aqui? -Um cara chegou perto de mim.

-Sim. -Respondi simplesmente e fui para o bar me sentar.

-Então, é humana ou vampira? -Falou vindo atrás de mim.

-Vampira. E você, obviamente, é humano. -Murmurei sem olhá-lo.

-Eu quase sempre esqueço do super olfato! Droga! Nem adiantou eu usar essa roupa! -Olhei para ele e bufei imediatamente: Ele era negro, estava totalmente de preto,camiseta, calças jeans e sapatos, e para complementar o look, estava com dentes postiços!

-Acho que dessa vez não deu certo... -Continuei a rir.

-Você é vampira e líder de torcida? -Percebeu o meu uniforme.

-Sim. Sou, mas isso não vem ao caso. Bom...

-O que a senhorita gostaria de pedir? -O “barman” perguntou educadamente.

-AB positivo. -Falei com um sorriso.

-Homem?

-Sim.

-Ok. Bruce, já que está ai, atenda a senhorita.

-Tá,ta! Já vou. -Respondeu o cara tirando os dentes postiços.

-Você trabalha aqui? Isso explica a roupa totalmente preta. Vocês tem uma visão de nós...

-Voltei. Aquele banheiro estava lotado de humanos. Foi difícil... -Drew chegou.

-Amor, eu já peguei um pra mim. Como você falou, eu tô precisando me alimentar.

-Ok. Vou fazer o meu “pedido”. -Riu e saiu novamente.

-Pode morder. Deve estar com sede mesmo, como disse. -Não recusei. Mordi seu pescoço e satisfiz minha vontade. Meu estômago aceitou bem o líquido quente. Logo tirei minha boca de lá e a limpei. Bruce meio que caiu em meus braços. O fitei com olhar de pânico.

-Não se preocupe, isso sempre acontece... -Sussurrou somente com o ar que tinha nos pulmões. -Você até bebeu menos que os outros vampiros.

-Onde tem alguma cama ou colchão para que eu possa deitá-lo?  -Perguntei para o cara do bar.

-No andar de cima.

-Por favor, diga ao vampiro que veio comigo que eu já volto.

-Ok.

-Obrigada.

Peguei o humano nos braços e fui para um dos quartos que estavam desocupados.

-Não precisava fazer isso.

-Beba bastante líquido e repouse por um tempo. -Falei colocando-o na cama sobre um travesseiro. -Já venho. Só vou pegar um copo de água. -Fui até o bar e em 5 segundos estava de volta.

-Uau. Que susto. -Coloquei o copo na sua mão.  -Esse emprego seria perfeito se todos os vampiros daqui fossem como você. -Bebeu o copo todo.

-Por que trabalha aqui?

-Bem, eu vim de uma família pobre,tinha de pagar aluguel e alimentar meus 3 irmãos mais novos, um de 9, uma 6 e um de 5 anos. Meu pai nos abandonou, minha mãe está envolvida com crack e eu tenho minha faculdade para pagar. Um amigo meu me indicou esse serviço. Eu tive que passar por uma seleção antes de chegar aqui, e o dono do estabelecimento amou o meu sangue. Ou era isso ou era o suicídio.

-Então você dá o seu sangue, literalmente, para conseguir se sustentar.

-Eu não tenho a mesma vida que muitos da sua espécie.

-Nem queira. A maior parte deles, rouba muito dinheiro. Isso é horrível.

-Você nunca fez isso?

-Não. O dinheiro é do meu namorado. Ele ama gastar. -Ri. -Ele ganhou o dinheiro dele de herança e soube administrar por séculos.

-Você também tem séculos? -Me olhou espantado.

-Não. Não faz nem um ano que sou vampira. Mas as vezes eu acho que nasci para ser. Minha transformação foi uma coisa repentina. E meio que assustador de início. Antes, eu não pensava em nada, só em ser vampira. Mas depois... minha família, meus amigos... o que eu faria pra ficar perto deles.

-Você é diferente do que eu denomino “vampiro”...

-E você achava que eu seria como? Louca e sedenta por sangue? Assassina? Meus pais morreram por eu me envolver nesse mundo. Não quero que as pessoas passem pela dor que eu passei. Agora, eu tenho uma família para cuidar. Minha irmã mais nova e minha prima sobreviveram ao assassinato. Eu tenho amigos, que me ajudam em tudo. E, acima de tudo, eu tenho o Drew. Ele me entende, me protege, sabe como me fazer bem.

-Você é, definitivamente, o oposto do que eu imaginei.

-Pegue esse telefone. -Peguei um papel e uma caneta que estavam da cabeceira da cama. -Leve seus irmão pra passarem um dia na minha casa!

-Hãn? -Vi o medo crescer nele.

-Juro que não vou machucar nenhum deles! Minha irmã tem 5 anos. Além do mais, lá tem espaço suficiente para eles se divertirem. Eles ficam com quem?

-Bom, durante o dia, dá para eu ficar com eles. Durante a noite e enquanto eu estou na faculdade, eles ficam com o meu irmão de 9 anos.

-Ok. Bom, qualquer coisa, me ligue. Acho que você está melhor. Tenho que ir. Foi bom te conhecer.

-Também foi bom te conhecer. -Deu um sorriso pequeno, porém, sincero.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora... Pensei que a minha amiga co-autora postaria, mas ela não o fez... Mesmo assim, espero que gostem!
Besitos!



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