Por Toda a Vida escrita por Caah_cherrybomb


Capítulo 12
Confie em Mim


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo ficou curtinho! Eu não qeria escrever Lemon nele, embora essa fosse a idéia inicial, mas nao coloqei. Mas, eu simplesmente amei. Bom, espero que gostem. Beijinhos.



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Edward olhava para a vista de seu apartamento, sem realmente a ver. Em sua mente, a única coisa que habitava era Bella e sua filha, e a fuga sem sentido delas. Bom, não tão sem sentido assim. Quando procurou por Bella em sua casa e não a encontrou, quando diversas vezes ligou em seu celular e encontrou-o desligado. Resolveu então procurar respostas em outro lugar.

Foi um pouco difícil convencer Rosálie a abrir a boca, mas Edward prometeu que a ajudaria com Emmett, ou uma vingança contra o grandão. Rose, relutantemente explicou toda a situação a Edward. da discussão de Bella e Tânya no hospital, da ameaça de Tânya, e do desespero de Bella. Explicou como ela saiu correndo rumo a sala de Jacob, e como horas depois já havia partido em seu carro.

Edward, controlando a raiva e a pedido de Rose, não correu para a casa de Tânya para matá-la, embora esse fosse a sua maior vontade( E a de todos que lêem essa Fic). Ele apenas se trancou em seu apartamento, e dose após dose de Vodka, ficou sentado na cadeira de frente a janela da sala, olhando pra tudo sem ver, e pensando em toda essa situação. Verdade seja dita, Edward nem sabia o que pensar.

Ele entendia o comportamento de Bella, pois fora o mesmo que ele teve há 10 anos atrás. Ele entendia agora, o que ela sentiu quando ele a deixou. Entendia tudo. Mas não era obrigado a viver isso de novo. Bella iria ter de escolher. Com ele ou sem ele, e isso seria feito agora. Bom, quando ele a encontrasse na verdade. Pegando suas chaves, e tentando evitar que caísse, ele saiu de seu apartamento, rumo a casa da única pessoa que poderia ajudá-lo agora. Seu chefe, Jacob Black.

2 Dias Depos!


—Vovó, eu não queria deixar minha mãe sozinha. —Dizia Rennessme á sua avó, enquanto arrumavam a mesa de piquenique na cozinha.

—Querida sua mãe precisa ficar sozinha. Ela esta com a cabeça a mil meu amor. Por favor. Você já é grande e pode entender isso. —Disse Renne a neta. Sabia de como a garota não gostava da idéia de deixar sua mãe sozinha, mas Renne conhecia Bella como a palma de sua mão. Ela precisava ficar sozinha, e colocar os pensamentos em ordem.

Rennesme parou por um instante. Seu coraçãozinho estava apertado. Ela sentia falta de seu pai. Mas sua pedira para que não ligasse, e ela relutantemente obedeceu. Não sabia o que estava acontecendo. Sua mãe ficava  trancada no quarto quando não estava com ela e Renne. Ela queria saber o que estava se passando, mas ninguém falava, ninguém explicava. Olhou para o topo da escada, onde era o andar dos quartos e suspirou, olhando pra sua avó e assentindo.

Bella, em seu pequeno e aconchegante quarto estava deitada em sua cama, vestindo nada mais, nada menos que uma calça de moletom surrada e uma camiseta do Kings. Os cabelos estavam em um emaranhado só, os olhos vermelhos e cercados de olheiras. O rosto, não tinha aquele brilho que sempre aquecia o coração de Edward. Era o rosto de alguém que morreu. Alguém que morreu para o mundo.

Bella não entedia como pudera ser tão... tão covarde. Esta certo que estivera com medo por sua filha, mas. E quanto a Edward? fora doloroso? Totalmente, dolorosamente. Mas, não era preciso ser um gênio para saber quem ela escolheria. Seu coração era de ambos, mas aquela era sua filha. Se virando na cama, de modo a ficar de barriga pra cima, ela fitou o teto. Tantas coisas poderiam acontecer. Tantas coisas poderiam mudar em sua vida. Ela queria, realmente queria construir sua vida ao lado de Edward, mas aquela mulher era louca. Quem sabia do que ela seria capaz de fazer? E ainda mais com sua filha. Era uma mulher fraca, covarde e egoísta, mas estávamos falando de sua filha afinal de contas. Embora suas atitudes foram erradas, ela sabia disso, pois deveria ter falado com Edward, ela não se arrependia. E faria tudo de novo se fosse preciso.

Respirou fundo e olhou pela janela. Estava um dia agradável em Forks. O sol, ainda que fraco, brilhava lá fora. Sua mãe, talvez querendo amenizar o sofrimento de Bella, resolverá levar Rennesme para passear. Bella se sentia mal por quase não dar atenção a sua filha, mas era inevitável. Mais uma vez Tânya atrapalhava sua vida. Maldita seja.

A campainha então tocou. Bella continuou em sua cama, com pensamentos permeando, mudando, rondando. Só queria saber porque as coisas sempre tinham que acontecer de forma errada e indesejada em sua vida. Se não fosse isso, os acontecimentos de dez anos atrás nada seriam, se não pequenos pesadelos de sua mente maluca. Ela estaria bem, com sua filha tendo crescido na presença do pai, e do único homem que Bella amou.

A campainha soou novamente. Franzindo o cenho, Bella notou a casa estar mais silenciosa que o comum. Elas já haviam partido. Calçando seus chinelos, ajeitou os cabelos e passou a mão na face, enquanto descia as escadas e ia atender a porta. Distraidamente a abriu, só para batê-la com força, tamanho fora o susto.

Se encostou na porta fechada, e levou a mão ao peito, respirando fundo. De novo, e de novo. O que Edward estava fazendo ali?

—Sabe, fico muito feliz em saber que você aprecia me ver. Tanto a ponto de bater a porta na minha cara. —Ele disse em um tom divertido.

Ela sorriu, e respirou fundo. A brincadeira fizera acreditar que não era sua mente tentando pregar uma peça nela. Mais uma vez. Dentre esses dias, Bella estava tão depressiva, que imaginara Edward aparecendo do nada em seu quarto, lhe falando coisas bonitas e lhe beijando. Ela na primeira vez acreditara ser real, mas depois se deu conta de onde estava, do que acontecera, e que não passava de ilusão.

—Bella, eu adoraria se você abrisse a porta. —Disse Edward, tentando conter o nervosismo. Parecia um adolescente de novo.

Bella se virou para aporta, e virou a maçaneta, encarando os olhos verdes que ela tanto amava. Nenhum deles disse nada. Se encararam intensamente, o verde no marrom, a alma e a emoção, o paixão e o coração. Este, bombeava forte em seus peitos. As palavras pareciam não existir. Os olhos, intensamente de encontro ao outro, tentando ler, entender, se encontrar no outro.

O nervosismo ali, a emoção, a saudade, e novamente uma ferida. Ate quando eles iriam se machucar assim?

—Você fugiu.— Edward quebrou o silencio, sem nem ao menos quebrar a troca de olhar.

—Sim. —Ela disse,a voz nada mais que um sussurro.

—De novo. Você fugiu de novo. —Ele disse, a voz ficando um pouco mais grave.

—Você não entende. —Ela disse, as mãos na face, enquanto lhe dava as costas e entrava, caminhando ate o sofá. Ele entrou, e fechou a porta atrás de si.

—Eu entendo sim. —Ele disse se aproximando dela, parando a sua frente, ajoelhado e pegando as mãos dela nas suas. —Agora, você entende? —Ele perguntou, esperançoso.

Bella olhou pra ele, sem entender, sem saber. Os olhos nos dele. Negou com a cabeça.

—Há 10 anos, quando eu te deixei. Você entende agora, o porque? O que eu senti?— Ele insistiu, as mãos apertando as dela levemente.

Bella o olhou, antes de assentir, com lagrimas nos olhos. Ela entendia agora, 10 anos depois. O que ele sentiu, o que ele temeu, o que ele esperou. Entendia a angustia, a dor, o medo e o sentimento de fracasso. Entendia agora, e se sentia a maior idiota do mundo. Tentando conter as lagrimas, ela o abraçou apertado.

Sentira falta dele. Do abraço, dos carinhos, das poucas, mas especiais noites de amor que passaram juntos, desde o dia que reataram. Sentiu falta dos beijos, das caricias, de dormir nos braços dele. Simplesmente de tudo.

Edward a afastou de seu corpo, e procurou a boca dela com avidez. Não era nada sexual. Era saudoso, apaixonado, ainda que violento. Na verdade, era desesperado. Quando o ar se fez necessário, afastaram-se, e Edward levantou-se do chão, sentando ao lado dela no enorme sofá. ficaram em silencio por alguns instantes, apenas nos braços um do outro, pensando em tantas coisas.

—Bella. eu não gostei da sua atitude. —Disse Edward de repente, quebrando o silencio. Bella suspirou.

—Eu sei, foi errado.— Ela disse sem o olhar.

—Errado? Bella, você deveria ter me procurado. Devia ter me falado. Você não pode sumir assim, ainda mais com minha filha. Não pode agir dessa forma irresponsável. —Ele exasperou. Levando a mão a face dela, ele virou-a para que o olhasse. —Estamos juntos nessa meu amor. Deve me contar tudo. Me procurar pra tudo. Já perdemos 10 anos, não quero perder mais.

Bella lhe sorriu, e acariciou a face.

—Estamos juntos. Vamos enfrentar Tânya e o mundo juntos. —Ela disse sorrindo.

—Confie em mim meu amor, nós vamos ter o nosso felizes pra sempre. —Ele sussurrou, unindo em seguida seus lábios aos dela.

Este sim, era um beijo sexual. Línguas vorazes, mãos ousadas e pequenos gemidos de contentamento.

Não tardou, e estavam nus, entre os lençóis, corpos entrelaçados, suados e cansados, mas completos. Estavam juntos, novamente. Mas ate quando? Ali naquela cama, parecia não existirem problemas. Mas e lá fora? E quando voltassem? Como seria, o que fariam? Tantas perguntas sem respostas, e opções. Bella só queria poder viver sua vida novamente. Só queria poder andar de mãos dadas com Edward, enquanto sua filha corre pela areia da praia, sem medo de Tânya surgir do nada e acabar com tudo.

Ficaram em silencio. Abraçados na cama, respirando o cheiro do outro.

—Como me encontrou?— Bella perguntou, tempo depois. Não se lembrara de ter dito a Edward onde sua mão morava, nem para Alice.

—Jacob. — Edward disse apenas, agradecendo por aquele filho da puta ter o ajudado pelo menos uma vez na vida.

—Aquele fofoqueiro.  —Bella disse sorrindo, se lembrando de seu melhor amigo, e de como chegara na sala dele aquele dia, de tudo o que conversaram, e de como foi embora. Se lembrou de todas os avisos que ele dera, de todas as promessas de cuidado.

Edward, notando que Bella estava preocupada, lhe acariciou os cabelos,e beijou-lhe a testa.

—Nos vamos ficar bem. Só confie em mim. —Disse, antes de começar a cantar baixinho,fazendo Bella ficar sonolenta.

Ela confiava. Confiava nele, em suas promessas e na segurança que sentia nos braços dele.

Juntos, adormeceram naquela cama, com seus corpos ainda nus, abraçados como se o mundo fosse explodir, e essa fosse a única maneira de se salvarem, estando juntos. E isso bastava.


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Notas finais do capítulo

Comentem? Robeijos!