O Mestre do Crime escrita por mab


Capítulo 4
Parte III - Todos tem um lado negro...




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04

A CIDADE DA LUZ

- Adam - Dizia Anna para Adam que estava sentado em uma cadeira na delegacia - Adam, me ouça!
- O Que você quer? - Disse Adam ainda tonto
- Simplesmente você apareceu algemado nas mãos e nos pés hoje de manhã.Ah...e pelado.
- Longa história Anna...longa história...
- ADAM!Explique agora o que houve.
- Espere - Adam se levantou, sentou em sua mesa, pos os cotovelos na mesa segurando a cabeça, fechou os olhos e tentou memorizar fatos que pudessem delatar a localização de 96, lembrou de estar em um hospital...de...claro!O Crachá!
O Crachá que 96 usava tinha como nome...Owen Robert.Isso!
- Matt - Disse Adam para um companheiro de trabalho - Pesquise nos dados, Owen Robert.
Rapidamente, o programa localizou o pedido.
- Setenta e seis Owen Robert no sistema - Disse Matt
- Filtre cor de pele - Disse Adam - Cor de pele negra.
- 7
- Qual trabalha em hospitais?
- Encontrei.Owen Michelis Robert de Von.
- Muito bom, ligue para a casa dele, localize ele de alguma forma e me informe a localização.
- Adam, para que isso?
- È Ele Anna, Owen Robert é o elemento 96.
- Ah é? E Como você descobriu isso?As bebidas lhe contaram?
- Depois lhe relato a história na íntegra, e aí Matt o que conseguiu?
- Musch, sinto muito, mas segundo a namorada dele acabou de viajar para Paris, faz...quarenta e cinco minutos que o vôo saiu.
- Rápido Matt, compra qualquer passagem para Paris sem escala.Anna, envie alguns policias comigo, ou avise ao avião ou a polícia francesa.
- Adam, não vou fazer isso, você está tendo alucinações, descanse.

- Não vai?Então eu vou sozinho.
Adam pegou o seu casaco e saiu de táxi para o aeroporto, durante o trajeto, Matt lhe enviara as informações do vôo, o avião de Owen teria que fazer escalas, e com isso, Adam chegaria 5 minutos antes do vôo desembarcar no aeroporto de Paris.
Verificou o que tinha, o casaco estava bom para o frio francês, tinha duzentos e poucos dólares em seu bolso, mas lá arranjaria dinheiro retirando de sua conta, uma arma e um distintivo era tudo mais que tinha, ás pressas, embarcou no vôo.
A Viagem fora normal, sem transtornos, saiu do avião, e perguntou informações do vôo de Owen.Infelizmente, devido a atrasos o avião chegara a Paris 15 minutos antes de esperado, Adam frustrado, saiu perguntando a todas sobre um homem com a descrição de Owen, segundo um taxista estrangeiro, Owen havia ido para um hotel na região mais movimentada da cidade.
Indo em direção ao hotel, notará que um amontoado de pessoas estava ao redor de uma televisão, poliglota (sic) entendeu facilmente o noticiário francês.

“Homem é morto de forma misteriosa em vôo estrangeiro, encontrado no banheiro, foi baleado no centro da terra, e com um líquido inflamável, foram feitos furos em suas duas mãos, o indivíduo é português”

-
Safado! - Gritou Adam - Matou mais um em pleno vôo, isso não ia ficar assim.
Avançou pelo hall do hotel, subiu as escadas na maior velocidade possível, se aproximou do quarto indicado pela atendente, com habilidade, arrombou a porta.
Viu a seguinte cena, Owen algemado na cama com a boca presa por uma corda, Adam furioso, cortou a corda e apontou a arma para a testa de Owen.
- Olá de novo Owen Robert, ou deveria dizer, 96.
Um homem saiu do banheiro, Adam havia percebido, o homem amarrado era Owen mais não 96, noventa e seis era na verdade o homem que acabara de sair do banheiro.
- Falaram meu nome? - Disse com a voz pesada de tanto sarcasmo

05

OBSCURIDADE DA LUZ

- Seu desgraçado! - Adam atirou duas vezes em mim
- Vejo que não melhorou muito agente Musch. - Disse eu.
Peguei rapidamente uma arma na cabeceira, recebi um tiro, mais acertei um- de forma hábil - na arma de Adam que caiu no chão.
- Agora, você vai sentar e ouvir.Sente!
Dei um tiro para o alto, o idiota não pensou duas vezes em sentar.
- Libertarei, vocês dois com uma condição - Disse eu olhando fundo nos olhos do policial - Musch, me dê sua carteira e seu distintivo.
- E Se eu não quiser dar? - Desafiou-me.
- Bom, um conselho, levante a camisa do seu amigo - Esboçando um sorriso, observei Adam vendo aterrorizado o que ali havia.
- UMA BOMBA! -Gritou ele - Está maluco?
- Sim, é um plano simples, a explosão causará uma pequena destruição, porém, nessa região há postos de combustíveis e reservatórios inflamáveis capazes de destruir toda a França e é isso que será feito se não me entregar.
Sem alternativas, o policial me entregou o que eu pedi.
- Em troca, eu lhes dou um jato.Está aqui mesmo no heliporto do hotel.
- Hã?Um Jato?Para que?
- Fugir, levar essa bomba para bem longe, lá para o mar, ela explodirá em 50 minutos, podem correr, as chaves para as algemas do seu amigo estão embaixo do extintor no trigésimo andar, o que dará tempo para eu fugir desse hotel e atrasar você.Foi bom fazer acordo.Não tentem desarmar ou retirar a bomba - que aliás é impossível de ser retirada - só agilizará a detonação.
- Você não tem alma? - Disse o tal de Owen
- Todos tem seu lado negro - Disse eu, então saí, saí deixando eles ali.
Adam correu para pegar a chave no trigésimo andar, eu saí pelas ruas, direto para o aeroporto, para bem longe de mim o que nada me importa, sim, sou indiferente a essas coisas, no meu serviço emoções por mais que malignas atrapalham.
Os dois subiram correndo para o jato, Adam não sabia pilotar, mas por sorte para eles, Owen era extremamente habilidoso nisso.Preciso escolher melhor minhas vítimas e suas habilidades.
- Será o seguinte - Disse Owen - Eu pilotarei até a bomba explodir, antes disso você pula na água, vê aquele pára-quedas? - tomar nota:Como fui idiota de deixar um para quedas ali? - Você pula.
- Owen...tem que haver outro jeito.Mortes são obscuras demais - Essa frase tocou meu coração, esse tal de Musch era mesmo idiota.
- Na luz ás vezes tem que haver certa obscuridade, equilíbrio natural.

“03h17min”

- Rápido Adam, pule, já vai explodir.Diga a minha namorada que eu amo ela.Ah, e só mais uma coisa.
- O Que? - Disse Adam deixando escapar uma lágrima.
- Salve o mundo - Com essa frase profunda e uma pose dramática, Adam olhou para o rosto de Owen, e pulou.
Ás vezes me sinto frustrado pelo caso com os russos, deixar o vírus se espalhar teria poupado muitos problemas, mas aquele maldito doutorzinho arranjou o antídoto, agora eu entendo o que o tolo Owen disse sobre a obscuridade da luz.
Mesmo assim, nós somos diferentes, tem que sempre haver dois lados.
Cada um com seu fim.
Um explodiu, outro fugiu.
Mas ainda há resquícios da luz que enfrentarão o mal fortalecido.
Sempre haverá.

06

AÇÃO GERA REAÇÃO

- Olá Agente Musch - Disse uma voz fria
Ainda atordoado, Adam não destingiu a voz, e falou:
-Onde eu estou?
- Fique tranqüilo...tudo vai acabar bem
Adam reconheceu a voz "96..." pensou, tentou dar um soco nele mais viu seus pulsos presos, analisou o local, uma sala grande, do tamanho de uma quadra de basquete, seus punhos estavam presos a algemas no teto de metal, percebeu também outras algemas, outros punhos, outras pessoas, não reconhecia o rosto de 7 pessoas, quando sua visão se abateu sobre a oitava, gritou alto:
- Anna!
- Adam! - Gritou ela respondendo a Adam
- 96 Seu idiota, o que está acontecendo?
- Coma induzido - Disse 96 - Quando você caiu do avião, eu lhe peguei, muito ferido, lhe tratei, e lhe induzi ao coma, você só ficou apagado sem nenhuma seqüela, digamos que o tratamento, foi como um sono profundo.
- De quanto tempo?
- 475 dias.
Adam estava pasmo, ficou mais de um ano fora!Isso era...surreal.
- Vou adiantar que os acontecimentos a seguir não serão nada agradáveis.Portanto, devo lhe explicar algumas ações minhas, mistérios, não queremos que você morra com dúvidas na cabeça certo?
Adam não respondeu, só observou o olhar de 96
- Vamos voltar ao início, onde foi que nos encontramos pela primeira vez?
Adam continuou calado, 96 socou seu rosto
- Aonde?
- No quarto do Seah Plaza - Respondeu Adam
- Em qual quarto?
- No meu quarto.
- Não...no quarto de Carolina Menia - 96 se virou, pegou algo como uma peruca e pos na cabeça - Esses cabelos grisalhos e esse punho lhe lembram alguma coisa?
- Não...impossível...você era o pai dela?
- Não, pelo menos era o que pensavam, e o segui até o seu quarto, Agente Musch, abri o jogo com você e lhe disse quem eu realmente sou, o que você fez?
- Disparei contra você.E Você não morreu.
96 desabotou a camisa, mostrando um colete á prova de balas:
- Elementar, meu caro Musch - Disse ele - Seus tiros, e minha não morte ou eu sou bom demais ou você é ruim.Os dois na verdade.Agora, eu não menti sobre a misteriosa carta a um certo Adam.Mas quero falar disso depois.O Que eu fiz quase no fim?
- Matou Owen?
- Não, idiota, no fim desse dia.
- Me jogou do prédio.
- Ah, isso.Vejamos, eu te peguei por força, lhe levei até a sacada, segurando por sua camisa simulei lhe jogar, porém, lhe atingi com um sonífero, você apagou na hora, com a imagem do chão, pensou que havia caído do prédio, quando eu apenas lhe joguei pra sacada do apartamento de baixo, que estava vazio, depois lá no apartamento de baixo, lhe espanquei para causar o efeito de que havia levado uma boa queda.E Depois lhe deixei na delegacia, como você bem sabe.
- Seu... - Adam não completou o xingamento, 96 começara a falar novamente.
- Logo antes disso, fui piedoso com você, havia lhe deixado em um hospital, disfarçado de enfermeiro, o finado Owen era meu disfarce, e então, você seguiu essa pista.O Nome Owen.Você foi até Paris, eu segui o vôo do verdadeiro Owen, cometi um pequeno assassinato no vôo, e já no corredor do hotel, coloquei a bomba no tal de Owen.Você chegou, aquela troca foi inútil, só queria que você acabasse morrendo, aquela bomba era fantástica, e pensei que você não escaparia, por precaução, os minutos de vantagem que eu tive, aproveitei e fui correndo até o porto, com uma lancha, segui o avião pelo mar e lhe peguei, mais de 1.789 assassinatos depois, ou 475 dias depois, você está aqui, e serei conhecido mais ainda, já sou o maior assassino do mundo, mais terei algo além, algo inimaginável!
- Não...se - Adam estava acabado com tudo que acabara de ouvir, fazia tudo ter sentido e era tão macabro.
- Adam - Adam estranhou, 96 não o chamava pelo primeiro nome - Eu não matei seu pai, uma mão em sangue sem o dedo indicador, é facilmente forjada.Falando nesse meu método, quer saber um pouco da minha história?
- Não, mais você vai contá-la mesmo assim certo?
- Certamente... - Disse o assassino - Nasci na Alemanha, aluno de alto Q.I., melhor da classe, logo o desejo de crimes se abateu sobre mim, e o espalhei pela Europa. Com dívidas, decidi ser pago para matar, virei agente russo, sobre a identidade de Klavir, matei vários, e aprendi meu método de crimes vendo um suicídio, no caso do Vírus Denher.Depois desse dia, nunca mais encontrei o Doutor Wippi, hoje ele está aqui.Preso.
E Apontou para um dos homens.
- E Sobre a carta de um certo Adam, há uma certa Carolina, ela deixou para mim, um pequeno caso.E Hoje, eu, Adam Cleptos, irei libertar...a última gota do vírus Denher, e ser aquele que purificou o mundo, matando mais de seis bilhões de pessoas, e vocês que estão aqui, estão convidados a começar um novo mundo.Ação gera Reação Adam, e você está pagando pelos seus erros.

07

PURIFICAÇÃO

- O Que é isso?Um vírus? – Disse Adam

No outro canto da sala, um homem por volta dos 40 anos falou:

- Sim, é um vírus – Disse enquanto acompanhavam Cleptos com o olha – Criado para...

- Purificar o mundo – Disse 96

- NÃO! – Disse o homem – Matar há toda a população mundial...

- Você está errado Dr. Wippi... Não toda.

- Não? E Quem vai sobreviver? Você? – Disse Adam

- Sim, mais algumas pessoas também... Vocês oito!

- Impossível – Disse Wippi – O Vírus irá destruir todos se entrar em contato com o ar!

- A Não ser que não entremos em contato com esse ar, essa sala não tem nenhuma brecha em contato com o mundo exterior, ao abrir a porta, lançar o vírus a 100 metros de distância e fechá-lo rapidamente nós estaremos salvos, e reiniciaremos um novo mundo!

- Por favor, Klavir – Disse Wippi ainda não acostumado com a descoberta do nome – Por tudo, não libere o vírus!

- Sinto desapontá-lo Wippi. Irei solta-lo agora – 96 balançava tentadoramente o frasco perto da porta, apertando um botão, uma espécie de arma atiraria o frasco, ele seria rompido e o líquido liberado – Aqui nessa sala, há alimentos para seis meses, período de tempo em que não haverá problemas sair lá para fora.Só eu tenho a chave, a chave para abrir a porta está na minha mente, uma codificação que muda a cada uma hora e que eu a mantenho atualizada na minha cabeça.Vocês não podem me matar ou vocês próprios morrerão de fome, simples.

- Adam – Disse Musch – Pare!

Quando menos se percebeu a porta se abriu o frasco fora lançado pelo ar, como num reflexo, Adam se balançou nas algemas, empurrando Cleptos para fora da sala, à porta automática se fechou.

- Você conseguiu Adam! – Disse Anna!

- Na verdade, ele conseguiu nos livrar dele... mas...

- O Frasco quebrou – Disse Adam com a voz melancólica


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