Semideuses do Zeyggterasu escrita por Lady Lupin Valdez


Capítulo 9
Então é o Solstício de Verão


Notas iniciais do capítulo

Fiquei o domingo todo escrevendo e editando... Agora eu consegui!!
Quando o computador colabora, tipo hoje; cá estou...
Os trabalhos da faculdade acabaram! Eba!!
Teremos mais capítulos? Provavelmente Sim.
Mas; não vamos nos empolgar :3

Capítulo novo♥

~Enjoy♥

Enjoy



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Em um dos pátios do Colégio, mais precisamente ao Leste, havia um edifício com inúmeros hieróglifos pelas paredes, possuía um palco, com uma plataforma elevada e atrás dela possuía assentos luxuosos reservados para pessoas com “maiores responsabilidades”, tinha a aparência de um salão de julgamento tradicional, havia um palanque em um nível acima dos outros assentos; este destacado com o Olho de Hórus e nas cortinas havia uma enorme imagem de Nut e Geb desenho nelas. Era o Conselho, que era formado pelos Semideuses mais velhos do Colégio, basicamente quase adultos, e todos eles estavam reunidos na Sessão Egípcia. Porém, na Sessão Egípcia, apenas os Semideuses Egípcios e membros do Conselho do Sangue Prateado tinham acesso á ela; mas, como os egípcios haviam vencido o Torneio Mitológico, o Conselheiro iria se reunir naquela Sessão, e onde o Conselho estava, os membros das reuniões deviam estar também. Ali também era o lugar onde os deuses Egípcios podiam ficar, mas servia para fazer oferendas á eles, reencenar interações mitológicas através de festivais e afastar as forças do mal com seus rituais; mas, no momento, era onde o Conselho se reuniu.


Havia 15 cadeiras no total que estavam atrás do palanque, e no resto do edifício havia um espaço vazio; nesse espaço vazio estavam: Cainan Cullen, Scarlet Mendel, Joseph Schulze, Martin Rosadalle; juntos com Thomas Nguyen, Peter Sparks, Brenton Dolley e a Oráculo; mas, ela estava sentada em um dos assentos luxuosos.
Junto com ela tinha mais sete pessoas sentadas esperando o “julgamento começar”, já que o Conselho conversavam algo entre si. O Conselho estava composto por três caras e quatro moças; havia um representante da Sessão Romana, uma da Nórdica, um da Japonesa, três da Egípcia, (por causa do local egípcio) e da Grega, a Oráculo.
 

—Vocês não podiam ser menos bocas de sacola? – Resmungou Thomas de braços cruzados encarando Peter e Brenton.

—Não; eu não podia. – Disse Brenton com uma cara irada. – Como a Karlan va ficar chateada com você, assim como o Guevara.

—Olha, talvez eu pudesse... – Começou Peter.

—Cala a boca Peter! – Berrou Thomas nervoso. Eles estavam em um grupo de três Monitores menores, á quase dois metros do outro grupo de quatro Monitores maiores

—Aceite as consequências... – Começou Scarlet que estava do outro lado do Salão. – Vocês são péssimos. – Ela olhou para Cainan e franziu o cenho. – Você também é.

—Obrigada. – Disse Cainan sarcasticamente. – Eu não fiz nada.

—Simplesmente aceitou.

—Silêncio! Vamos começar a Reunião, com o Conselho sobre um Julgamento. – Falou Vanessa no palanque com sua postura de Oráculo, serena, mas, severa.

 -Porque Alicia não está aqui também? – Murmurou Peter.

—Precisam de mais alguém para se juntar nessa reunião.

—Não! – Exclamou Thomas. – Estão todos aqui. – Vanessa acenou positivamente e deu lugar para um rapaz de cabelos pretos, olhos castanhos claros, com uma tatuagem de um martelo no braço direito e uma enorme frase escrita em esperanto no braço esquerdo com uma chama; e no rosto tinha uma cicatriz que se destacava em sua boca, mas, a cicatriz não o fazia menos sexy. 

—Certo. O Conselho Institucional do Zeyggterasu Nseishmazd Sangue Prateado, começou. – Começou o rapaz, Mateus Silva. – Fomos chamados, convocados e reunidos diante a um grupo que acusou outro de...    

—Olha, tem que citar o hino de Hórus. – O grupo encarou uma jovem que estava sentada atrás do rapaz. Ela tinha os cabelos ruivos claros e olhos castanhos claros, com várias tatuagens que iam do pescoço até os dedos das mãos, aos que eram visíveis, Naomi Owens estava animada em pedir aquilo.

—Ah não...

— Tem que falar sim.  Miau, miau. – O rapaz revirou os olhos. – Tá ali naquela parede ali em frente. – Ela apontou para o lado da entrada. – Ele respirou fundo e começou. – Tem que falar alto e ser expressivo.

Oh benevolente Ísis, Que protegeu o seu irmão Osíris,
Que procurou por ele incansavelmente, Que atravessou o país 
enlutada,
E nunca descansou antes de tê-lo encontrado.
Ela, que lhe proporcionou sombra com suas calças

E lhe deu ar com suas penas,

Que se alegrou e levou o seu irmão para casa

Ela, que reviveu o que, para o desesperançado, estava morto,

Que recebeu a sua semente e concebeu um herdeiro,

E que o alimentou na solidão,

Enquanto ninguém sabia quem era...

Hórus foi o Deus solar e o redentor dos egípcios.— E blá, blá, blá... Palhaçada isso.

—Miau... – Disse Naomi rindo dele.

—Não... Agora é palhaçada né?  – Sorriu uma garota de longos cabelos brancos e olhos castanhos claros, Margaret Flynn parecia mais velha dali, não pelos cabelos brancos, e sim pela altura e voz, mas, não deixava de parecer menos competitiva e era a única que tinha “O Olho de Hórus” tatuado em cima do próprio olho. Ela como a maioria dos egípcios tinha hieróglifos tatuado nos braços; e juntando os dois braços um no outro, formavam um desenho de serpente.  – Nós egípcios ganhamos o Torneio esse ano e até o do ano que vem, temos algumas exigências; então vós terão que nos aturar com todas as nossas crenças. Continue Mateus maravilhoso. – O rapaz ficou vermelho e depois voltou a falar.

—Certo então... A acusação é: “Thomas Nguyen filho e Monitor da Ala de Zeus, junto com Peter Sparks filho e Monitor da Ala de Poseidon junto com Cainan Cullen filho de Thanatos e Monitor da Sessão Grega fizeram uma missão ... Secreta? ”

—Aparentemente uma missão suicida se é que podemos dizer. – Começou Joseph.

—Uma missão sem consentimento. – Completou Martin.

—Uma missão ilegal; pois, o assunto e o local estão proibidos.

—Acho que para fins pessoais. – Continuou Brenton. – Fizemos uma reunião dizendo que nenhum Grego ia...

—Então para finalizar o.

—Eu não terminei. – Mateus foi interrompido.

—Cala a boca deixa ele falar. – Falou Naomi. – Prossiga querido.

—Ah... Dizendo que nenhum Grego ia fazer nenhuma missão ou mandar ninguém entrar lá. Se nós Gregos combinamos isso, as outras Sessões foram avisadas e também tiveram o aviso de quão perigoso seria. Assim; ninguém mandaria um Semideus não-Grego se não fosse pedido por outro Grego. Obrigado. – Disse Brenton coçando a nuca

—De nada querido. – Falou novamente Naomi. – Termina Mateus!

—Ah! Me dá paciência. – Ele voltou a olhar os papéis. – Para fazer uma missão de objetivos duvidosos; levando eles a enviarem Jhon Leno Guevara, da Ala de Nice, Cedric Harrington Monitor da Ala de Netuno, Zachariay Uchimura Monitor da Ala de Izanami e Taboo Harding Monitor da Ala de Njord a irem para a casa nº7 no bairro Grego, a casa assombrada e mais perigosa e pegarem um Quadro Inacabado. Esse é o assunto todo?

—Vale ressaltar que os Monitores de cada Sessão; Romana, Nórdica e Japonesa não estavam sabendo disso; além do Monitor da Grega. – Disse Margareth que estava com uma folha em mãos. Mateus nem olhou para trás para não perder o foco.

—Estes que são Scarlet Mendel da Romana, filha de Júpiter, Joseph Schulze da Nórdica, filho de Freya e Martin Rosadalle, da Japonesa, filho de Ebisu. E segundo Brenton; que tinha sido afastado... Porque mesmo?

—Recesso; ele tava hiper estressado. – Começou Peter. – Era um recesso ou os nossos pescoços. (...) Eu vou parar de falar.

—Valeu, finalmente! Porque quando pode antes não ficou quieto? – Peter abaixou a cabeça e passou a mão no curativo, ele na verdade nem estava se sentido tão culpado. Apenas com dor; devia ter pegado tétano ia ter que tomar vacina. Ele não queria tomar injeção.

—Então, estando afastado, você viu tudo e veio reportar aos Monitores das Sessões?

—Sim.

—Como eles estão? Poderia nos dizer? – Brenton olhou para cima.

—Quando eu saí, ao menos Zachariay estava quase morto porque ele teve ossos do tórax quebrados; Jhon estava com uma parte do corpo rasgada e costurada; Cedric com certeza faturou feio do crânio á coluna vertebral porque ele foi arremessado horrores de longe. E por fim Taboo que foi enterrado vivo.

—Enterrado vivo?

—Enfiado na terra

Mas, isso é muito grave. – Falou Margareth assustada. – Grave ao máximo. Eu não sei se só nós sete vamos chegar á um julgamento justo. – Houve um silêncio.

—Porque eles teriam sido atacados?

—Porque não demoliram aquela casa? – Perguntou um rapaz de olhos ocre claro e cabelos violeta; ele possuía vários brincos nas duas orelhas e uma grande queimadura que ia do seu queixo ao pescoço, junto com o desenho de um sol tatuado em sua nuca. Charlie Backman, era um japonês, filho de Amaterasu; ele se levantou para dar de frente com Mateus que deu um passo pra trás. – Deve ser fácil para os gregos.

—Teríamos que fazer um pedido... – Falou Vanessa.

—Um pedido? Como assim? – Uma loira de olhos verdes claros e cabelos platinados e um lado da cabeça raspada; que estava sentada ao lado de Vanessa a olhou intrigada, Eva Markham era uma nórdica que achou aquele termo uma piada.  – Tipo, como se pedíssemos ao gênio da lâmpada?

—Não... – Falou Vanessa sem jeito. – Um pedido para demolição da casa; não se sabe se moram animais mitológicos físicos morando nela; se tiver...

—Não podem destruir? Não dá para mandar para a floresta? – Perguntou Eva. – Vanessa negou. – Puta que pariu viu? E se alguém morar lá? – Houve um silêncio no local. – Não pode também?

—Não é que não pode... Não é qualquer Semideus que pode morar ali; como já é perigoso á quase um século, tem que ser tão forte quanto a casa para se sobreviver. – Disse Vanessa.

—Ou ela se defende. Tipo tentar demolir ela, vai fazer ela se defender como fez com os Semideuses em questão de quem devia estarmos discutindo aqui e agora! – Exclamou Brenton. – Sim, a casa é um problema; mas, é nosso problema. Sem desrespeitar ninguém, mas, nós gregos convivemos com ela á muito tempo; tem uns que entraram lá e não acontece nada. O fato aqui é que eles tentaram fazer isso   após a meia noite; quando os mundos se colidem.

—Uau. – Disse Scarlet. – Isso o que a cria de Hades falou faz sentido. Então cá estamos para que os três irresponsáveis ali sejam punidos severamente.

—Nós podemos pensar um pouco? – A única garota do Conselheiro que ainda não tinha falado; levantou a mão. Ela era loira dos olhos cinza claro, egípcia, com um visual como o de uma roqueira; fugindo completamente da serenidade egípcia; mas, ela tinha inúmeras pedras e acessórios egípcios. Ela tinha uma cicatriz que atravessava o seu rosto entre as bochechas e o nariz; Anne Barker também tinha piercings nas sobrancelhas, septo e argola nas orelhas. Aparentemente metade do pessoal do Conselheiro possuía piercing.

—Certo; podemos. – Falou Charlie. – Eles fizeram uma roda e começaram a conversar entre si. Os demais ficaram em silencio.

—Você traiu a gente. – Disse Cainan á Brenton que deu ombros.

—Vocês que me traíram. Matando...

—E não fazemos isso sempre? – Perguntou Thomas irritado.

—Não! Somos designados á missões que trarão benefício á nós e á AOS DEMAIS. Recuperamos utensílios perigosos e somos recompensados. Nisso, só os três sairiam beneficiados.

—Como você está afiado hoje... – Falou Thomas. – Valente também. – Brenton revirou os olhos.

 -Não dá para negar que o Dolley meio que salvou todo mundo... – Dizia Martin do outro lado do Salão.

—Prestou atendimento é o que diz... De fato ele podia deixar como estava e receberíamos notícias ruins em o que? Dois dias? Nas férias? – Perguntou Joseph.

—O fato é que... Cainan sabia disso; podia ter nos falado.

—Ele tava do lado deles Scarlet. – Disse Joseph.

—A pergunta é; porque? – Perguntou Martin.

—Miau! Chegamos á um veredito... – Falou Naomi.

—Pelos deuses! Para de falar “miau”. – Pediu Mateus, ela franziu a testa.

—Não.

—Porque os egípcios ganharam? – Ele respirou fundo. – Começamos por: reunião para fins ilegais. – Começou Mateus. – Vocês vão ter que devolver suas medalhas do Torneio de Outono.

—Recrutamento de Semideuses de outra Sessão sem autorização dos Monitores de casa Sessão. – Continuou Eva. – Vocês vão perder as condecorações de Inverno desse ano.

Hãn, tá é pouco. – Sussurrou Scarlet insatisfeita.

Enviar Semideuses sem fins benéficos á um lugar perigoso sem o conhecimento de Monitores de suas respectivas Sessão. – Falava Charlie. – Vocês perdem os troféus dos Torneios desse ano e; vão ter que devolver tudo e ou qualquer objeto que vocês tenham adquirido, ganhado, tendo em sua pose obtidos nas Missões que o Colégio os enviou esse ano.

Uuuh...— Murmurou Martin.

—O que? Só? – Perguntou Joseph sem entender o porquê de tirar coisas de valor.

—Calma querido... Miau. – Falou Naomi. – Colocando a vida de quatro Semideuses em perigo; vocês perdem a autorização de fazerem missões em nome do Colégio ou á pedido de um deus.

—Como assim perco autorização? – Perguntou Peter. – Eu levei sete anos para poder fazer missões pra vocês me tirarem isso em menos de dois minutos?

—Sim... – Respondeu Naomi dando um sorriso quase que assustador. – Em menos de dois minutos.

—Sete anos? – Perguntou Martin olhando para Peter.

Não terem tido a decência dos primeiros socorros; porque não era uma missão legal e válida. – Continuava Margareth. – Suas armas serão confiscadas, guardas e liberadas apenas, se depois os pais de vocês autorizarem que façam um treinamento e apresentação especial. – Scarlet, Joseph e Martin deram um largo sorriso. – Se forem pegos usando qualquer arma sem autorização, vão ter que pagar uma multa e também irão perder a licença sobre qualquer coisa que vocês têm no colégio e fora dele. – Houve uma pausa. – Na verdade...

—Joga todas as fichas. – Murmurou Joseph baixinho cruzando os dedos.

—Vão ficar em observação, presos em casa com a supervisão dos seus pais.

—O que? – Perguntou Peter assustado. – Com supervisão do meu pai? Sério? Não... 

—Dependendo do estado dos Semideuses feridos; vão ficar de recuperação durante o verão. – Falou Anne.

—Mas, porque? – Perguntou Peter cada vez mais assustado.

—Porque essas são as consequências por suas ações. – Anne respondeu.

—Bom... Meninos... Eis que, então todos monitores... -  Vanessa começou, ela parecia mais sensível e assustada que os demais quando deram as suas punições. – E agora, prestem atenção. Diante de toda confusão e tragédia; a partir de agora vocês vão estar em observação. Por seis meses...

—Fala sério...

—E; nesse período cumprindo deveres diversos; bom... Em seis meses, vocês poderão deixar de serem... Monitores de Ala... – Ela olhou para Cainan. – E de Sessão. – Eles iam falar algo; mas, ela não deixou. – Aliás, Brenton Dolley; esses castigos não se aplicam a você (...) Vocês têm até o início do Solstício para devolver tudo o que devem. – Ela abaixou a cabeça e respirou fundo. – Me desculpem, mas, são as consequências.

—Estaremos avaliando novos Monitores em um período de oito meses. – Falou Mateus. – E assim, antes de tudo; tem sangue em suas mãos; e se perdemos um deles, nada que fizerem os trará de volta. – Ele parou por um instante pensando. – Talvez até tenha, mas, não conta. Então, sendo assim; o Conselho Institucional do Zeyggterasu Nseishmazd Sangue Prateado, se encerra. Obrigado pela presença e comemorem o Solstício de Verão, boas férias de verão.

—Agora o hino de Ísis... – Falou Naomi. – Tá lá no outro canto.

—É sério?

—Mais sério impossível. Miau. – Ele revirou os olhos.

Porque eu sou a primeira e a última
Eu sou a venerada e a desprezada(...)
Eu sou a prostituta e a santa
Eu sou a esposa e a virgem
Eu sou a mãe e a filha(...)
Eu sou os braços de minha mãe
Eu sou a estéril, e numerosos são meus filhos
Eu sou a bem-casada e a solteira
Eu sou a que dá a luz e a que jamais procriou
Eu sou a esposa e o esposo
E foi meu homem quem me gerou em seu ventre
Eu sou a mãe do meu pai
Sou a irmã de meu marido
E ele é o meu filho rejeitado
Respeitem-me sempre
Porque eu sou a escandalosa e a discreta.
— Naomi... Você podia ter lido essa.

—Podia sim; mas, estou aqui só para te observar.

—Eu não cheguei até aqui para ser retirado.

—Bom; chega pro todo mundo né? – Falou Scarlet olhando para os garotos. – Quem irá tomar o seu lugar quando você se for? – Cainan fechou a cara e saiu do local. Mas, voltou um tempo depois para empurrar Brenton.

—Você nunca foi uma boa alma. – Ele disse com um dedo em seu peito, quase o perfurando. – Você ainda será das trevas, da noite e dos mortos. Eles nunca vão amar você. São apenas gratos.

—A gente pode aprender a amar ele. – Disse Scarlet com um sorriso sarcástico. – É mais fácil do que engolir você.

—Mendel... – Eva chamou Scarlet. – Não precisa disso; você é um exemplo.

—Desculpa Markham.   

Assim, Cainan, Thomas e Brenton saíram do salão do edifício Egípcio; Brenton respirou fundo e olhou para Scarlet.

—Não precisava.

—Você ao menos deixou todo a salvo? – Ele acenou positivamente. – Eu chamei o Luco Seward e o Gustav McMahon; eles sabem o que fazer. São bons em agir sobre pressão.

—E você também... – Falou Martin. – De verdade; podia ter ficado lá.

—Podia; mas... ao mesmo tempo não.

—Deixa eles ficarem com raiva; logo mais voltam ´falar contigo... – Martin sorriu. – Principalmente o Peter; ele vai falar primeiro... Ele sempre fala demais.

—Sim.

*

No refeitório de apresentações, que era o refeitório que tinha não só um enorme pátio também havia um palco para apresentações. Não tinha muitos alunos, grande parte foi dispensada; os que ali estavam em um número maior, foram os que ganharam ou o Torneio Mitológico, ou as Batalhas e jogos finais; que eram os egípcios, os romanos, os nórdicos, os africanos e os guaranis. Outros Semideuses que também ficaram em grande quantidade foram os Monitores de Alas e Sessões, eles tinham os relatórios para fazer ainda não havia sido suspensos para as férias.
Todos tiveram a manhã para se arrumar e arrumar as suas coisas antes de irem para casa, depois tiveram a hora do almoço para receber as honras, medalhas e prêmios durante o almoço; os Egípcios ficaram em 1º lugar com o Torneio, os Romanos em 2º lugar e os Nórdicos em 3º lugar ; os Africanos ficaram em 4º com os Jogos e os Guaranis m 5º pelas Batalhas.
Você precisa vencer a Batalha em primeiro, para ganhar uma boa pontuação nos Jogos, para pôr fim entrar no Torneio; que foi de feitio dos Egípcios, então, tinha muito deles; sem contar em alguns outros Semideuses de outras sessões que tiveram que repor uma ou doze aulas. Para se ter uma harmonia perfeita, e nisso á tarde todo mundo estava apenas esperando a “parada do sol”; o Sol e Sistere.  Onde nessa posição, o Sol parecesse parar de se mover e daí quando ele assume a sua máxima declinação; ocorrer o Solstício.

 -Eu nem queria dizer com aquelas palavras, mas... Poxa, você me entende?

—Na verdade? Não; mas, se eles fizeram coisas ruins, devem pagar pelos coisas ruins que fizeram. – Begpep respondeu á Oráculo que ainda parecia muito preocupada com o que havia ocorrido na reunião do Conselho.

—Queriam que Toth dessem as sentenças. – Disse Vanessa com a mão em volta do pescoço tentando aliviar a pressão do estresse.

—Porque não deixou? – Ele perguntou curioso.

—Ia soar muito assustador. Era o que Naomi Owens queria. – Ela fez uma cara de aliviada. – Não sei se daria certo.

—Hãn, aquela gata de rua. – Begpep riu olhando para o sol. – Se divertiu no edifício Egípcio?

—Tem mais estátuas do que eu imaginava. Você sempre vai lá? (...) Egípcio?  – Ela parou por um minuto para ver a expressão que Begpep fazia ao olhar para o sol; ele não a respondia, mas ele fazia uma expressão suave, quase como um sorriso; como se fosse, de estar sendo abraçado por alguém.

—Eu te achei! – Exclamou Wilgner que assustou Vanessa, e a fez se virar pra ele. – Ah! Oráculo Grego! – Ele sorriu, ela teve que se virar para ele, não queria ficar de costas, aliás, mal conseguia vê-lo.

—Monitor do Sol egípcio! - Ele sorriu novamente.

—Sim; sou eu. – Ele estava com uma caixa de madeira em mãos. – Como você está? A reunião, como foi?

—Aan... Naomi é uma graça. – Ela disse sem jeito.

—Ah, podemos dize que sim. Só fala e exige muito... – Ele colocou a caixa na mesa em que ela e Begpep estavam sentados. – Cutuca ele pra mim? Por favor?

—Claro. – Vanessa cutucou Begpep em seu braço. – Ei! – Ele se virou assustado.

—Sim?

—Pep... – Wilgner empurrou a caixa em direção ao garoto. – É pra você! Aproveita.

—Pra mim? Porque?

—Ficamos em primeiro lugar, ganhamos muita coisa. – Begpep ficou constrangido.

—Mas, eu não participei. – Vanessa esticou o pescoço para ver o que era.

—Oh! Medalhas! Troféus! – Ele começou á contar. – Tem muitos aqui.

—Né? E condecorações e uns tesouros bem legais. – Vanessa parou.

—Isso não é do... – Havia um objeto que se parecia muito com uma gargantilha, de dentes azuis e ametistas. Era brilhante, lindo e atrativo, não para se usar; mas, para colocar na parede e decorar.

—Era... Não é mais. Ele teve que devolver, certo?? Consequências. Aliás, Cullen não vai sentir falta disso.

—Mas, eu não posso aceitar. – Wilgner fez uma caricia com a ponta de seus dedos no couro cabeludo de Begpep, um afago bem demorado, o garoto ficou sem jeito e abaixou a cabeça. –Não mereço isso tudo; nem fiz parte das atividades.

—Mas, eu ganhei e eu quero te dar; logo é o seu aniversário e é um presente. Eu quero te dar. E sem você para me ajudar e auxiliar os outros não teríamos ganhado o Torneio.

—Seu aniversário? Sério? Quantos anos você vai fazer?

—252. – Vanessa ficou boquiaberta. – Sério.

—Você tem quan.

—É mentira! Ele vai fazer 18. É que ele conta mesversario como ano. – Ela colocou a mão no coração.

—Céus, achei que você era um meio imortal; coisa assim. – Eles acenaram negativamente rindo.

—O Apogeu do Sol. – Ele disse olhando para o céu. – Solstício de Verão; as férias começaram!

Houve a maior gritaria, já que o teto solar do refeitório havia sido aberto para ver tal acontecimento; na verdade todos pareciam animados, menos, Vanessa.

—O que foi? – Perguntou Wilgner sentando do lado dela enquanto Begpep começava á mexer dentro da caixa. – Está triste?

—Não queria ter que afastar os garotos... Eu sei que eles fizeram coisa errada, mas...

—Não fica triste, pensa na irresponsabilidade deles. – Disse Begpep tirando uma moldura com alguma frase em hieróglifos, com o seu nome. – Pensa no dano que cada Semideus deve ter sofrido; pensa só um pouco... Vai se sentir mal agora, mas, é melhor do que se sentir mal o resto da sua vida só de pensar no que eles sofreram...

—Falando neles. Como estão?

—Foram enviados para um hospital. – Falou Vanessa. – Lá no lado mordiscado. Sabe; com os que não são Semideuses.

—Eles tiveram escolhas e como eu disse; eles foram egoístas. – Ele olhou para Wilgner em seguida. – Obrigado, mas, tem muita coisa aqui. Onde eu vou colocar isso tudo aqui?

—Na sua casa. – Falou Vanessa. – Onde mais colocaria isso tudo?

—Eu... eu; não vou pra casa nesse verão. – Wilgner levantou uma sobrancelha e deu um sorriso debochado.

—Ah! – Ele se levantou e foi em direção ao garoto. – Com licença Aspen. – Ele se curvou entre ele e Vanessa de modo que ela não podia ouvir o que eles estavam conversando. – Eu quero muito que você vá pra casa; eu sei que você tenta conversar com espíritos e tal; e isso não faz bem pra você. – Ele passou a mão na bochecha do garoto. – Você não tem medo do escuro... – Ele abaixou a cabeça. – Ei Pep; não é para ter medo.

—Não tenho... – Wilgner o olhou sério. – Talvez receio.

—Não tenha. – Ele cheirou os cabelos de Begpep fazendo o garoto estremecer ao sentir a proximidade. – Se não quiser ir pra sua casa, fica na minha.

—O que?

—57.

—Aan?

—A minha casa é a 57. – Ele se levantou e tomou a caixa das mãos de Begpep que não entendeu. – Eu posso fazer a sua mala?

—Aan...

—Posso?

—Sim?

—Tudo bem então. – Ele passou a mão nos cabelos do garoto e depois olhou para Vanessa. – Oráculo, tenha um ótimo verão e boas férias! – Ele deu um beijo em suas bochechas, o que a deixou sem jeito.

—Oh! Obrigada Reinhart. – Ela disse sorrindo. – Pra você também. Boas férias, aproveite. – Ele acenou positivamente.

—Escaravelho; Não me deixe te esperando no portão; tá? – Ele disse saindo do refeitório. Begpep levantou a mão para dar tchau e em seguida colocou a cabeça na mesa e cobriu ela com seus braços.

—O que foi?

—Não quero sair daqui. Não quero ir pra casa.

—Ele vai esperar você.

—Eu sei... 

—Ele parece seu irmão mais velho; sempre te protegendo.

—Talvez ele seja mesmo meu irmão mais velho. – Ele colocou a mão no peito e respirou fundo, ele começou a apertar novamente. Ele não tinha intenção em ir para sua casa no Bairro Egípcio; mas, não queria desapontar ninguém. – Você vai querer companhia para voltar pra sua casa? – Ela o olhou suavemente.

—Você não pode ir no Bairro Grego.

—Hey; eu sou o Begpep, e é isso que eu faço o ano inteiro.

—Huum... Por isso não quer ir pra casa; ficar limitado no seu Bairro.

—Sim.

—Então vai ficar aqui no colégio?

—Na verdade; eu tenho que perguntar á tia Bastet. – Ela o olhou surpres.

—A deusa?

—É. Ela vai gostar de saber que hoje eu estava feliz.

—Mas, você sempre está feliz. – Ele colocou a cabeça no ombro e sorriu.

—Só que hoje eu estou mais. Mais feliz do que qualquer outro dia. - Ela sorriu.

—Então você está apaixonado. - Ele parou de rir por um minuto.

—O que?


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Notas finais do capítulo

O verão começou, então outro arco se inicia a partir de agora...
♥Eu sempre direi; estou aqui para vocês. Lady é o meu nome, e a minha imaginação é extremamente expansiva, criativa e magicamente adorável ♥

Semideuses, cá estamos, não encontrei um bom ploft twist; mas, creio que esse está aceitavél. Quero comentar nos comentários, mas, não consigo... Mas, quando eu conseguir, quero sorrisos escandalosos.

~♥~Um Beijo da Autora. ~♥~
♠A sua Semideusa criativa Favorita♠



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