Beatween Heaven And Hell escrita por Mary Ayumi


Capítulo 3
Pleasure, I call Anne Singer


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo. Espero que gostem. Bom, se quiserem, uma boa dica é soltar a música She Brings Me Love by Bad Company, enquanto lêem o capítulo.



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Sam estava trancado naquele quarto á horas provavelmente lendo algum livro. Esfreguei a mão no rosto, e caminhei até o quarto preguiçosamente para chamá-lo. Estava de mau humor, essa história de Bobby ter uma filha não me deixava à vontade. Claro, eu não iria estragar a felicidade dele contando-lhe isso, porém, eu iria mesmo investigar toda essa história. Logo a filhinha dele iria chegar, mas eu não iria mesmo bancar o bonzinho só porque ela era pequena e adorável. Iria mesmo investigar a pirralha quando ela chegasse.

Assim que o jogo de baseball acabou fui até o quarto, a porta estava fechada. Abri em silêncio e vi uma coisa que nunca imaginaria ver na casa de Bobby.

Eu fitava com interesse a jovem deitada na cama com Sam. Ela era realmente linda. Eu não consegui entender o que me aconteceu àquela hora, mais me senti estranho. Um choque me fez apaixonar-me a primeira vista. Estava profunda, completa e loucamente apaixonado.  Ela e Sammy assistiam a um filme de terror na televisão do quarto de Bobby. Nenhuns dos dois me viram, fiquei olhando para ela pela brecha da porta entreaberta. Pisquei várias vezes para ter certeza de que não era um sonho. Não. Não era, porém, ela era exatamente o tipo de mulher com que eu sonhava. Ela era extremamente magnífica! Apreciei por alguns minutos sua face.

Ela tinha aparentemente 20 anos. Longos cabelos loiro-escuros cuidadosamente arrumados com algumas poucas mechas naturais mais escuras. Olhos azuis tão claros que chegavam a ser um espelho do céu. Seu rosto tinha linhas perfeitas, traços encantadores e feições delicadas. A testa alta, tampada pela franja que lhe caía pelo lado esquerdo do rosto. A tênue arrogância de seu nariz fino e perfeitamente moldado ao rosto. Lábios médios e rosados em formato de coração crisparam-se para o lado sutilmente. O que só fez aumentar minha vontade de tê-los juntos aos meus. Ela era tão linda que eu sentia vontade de chorar. Estava completamente paralisado. Completamente louco por ela... Eu pela primeira vez na vida, não era o caçador.

Depois de retomar minha sanidade e respirar fundo para voltar à realidade, resolvi entrar no quarto. Não podia ficar ali para sempre a contemplando, por mais que essa era exatamente minha vontade naquele momento.

- Ei... Quem é você? - Perguntei cruzando os braços e os dois se levantaram, me fitando meio confusos. Quando ela me olhou, eu me senti rejuvenescido, totalmente vivo, ardente.

Ela deu alguns passos em minha direção. A expressão calma e os olhos fixos em mim. Ela sorriu sutilmente, dava-se para perceber que não era de sorrir. E então aquilo me pareceu intimidador. Lindo, mas... Ainda sim, intimidador.

- Você deve ser o Dean. - Ela disse estendendo-me a mão. Eu vi que sua voz era tão doce, calma e aveludada quanto à expressão de seu rosto. Tinha um toque rouco que a deixava sexy. Peguei sua mão rapidamente e dei um involuntário sorriso:

- Como sabe meu nome? Meu irmão boiola te contou? - perguntei e olhei para Sam, ele estava me olhando mortalmente. Dei meu sorriso irresistível para ela, mas ela continuou inexpressiva. Seu rosto parecia uma estátua. Isento de qualquer emoção se não, calma e impassibilidade.

- É que eu me lembro que John tinha dois filhos, um que era bonito e inteligente, e o outro que chamava Dean. - ela disse sorrindo ironicamente e foi aí que meu queixo caiu: Caramba! Eu havia mesmo levado um fora?

Sam ria feito um retardado atrás dela sentado na cama. Resolvi ignorar isso e partir para o plano B, nesse, sempre recebia um beijo no final.

- Qual é o seu nome? - perguntei medindo-a de cima á baixo.

- Me chamo Anne Singer. - ela disse e eu arregalei os olhos sem acreditar. Ela era mesmo a filha pirralha do Bobby? Não podia ser. Olhei para Sam e ele começou a rir ainda mais.

Provavelmente ela tinha entrado enquanto eu dormia durante o intervalo do jogo. Limpei a garganta, e respirei fundo:

- Você é muito GOSTOSA. Bem, diferente do que está na foto. - eu exclamei e ela arfou. Encarou o chão por um momento e quando eu já estava prontinho um beijo, recebi um chute nos meus 'países baixos'. Gritei de dor, e ela me deu um soco no nariz que o fez sangrar. Ela me jogou contra a parede sem fazer quase nenhuma força e eu caí no chão, ela começou a me chutar  e Sam gargalhava feito louco sem fazer nada:

- NUNCA MAIS ME CHAME DE GOSTOSA, SEU IMBECIL! - ela gritou com os punhos fechados. Ela não parecia tão angelical agora, mas, continuava linda.

De repente Bobby entrou no quarto com John. Assim que ela viu meu pai, correu e lhe deu um abraço forte. Não sei o que aconteceu comigo, mais fiquei com uma sensação estranha, ciúmes talvez. Eu havia recebido uma surra, mais não estava nem um pouco irritado, se ela agiu assim comigo é porque não era 'dada' como as outras mulheres que saía, que me beijavam no primeiro encontro. Meu pai sorriu bastante enquanto a abraçava, e depois que ela se afastou dele, ele sorriu mais ainda ao olhar seu rosto:

- Anne, você ficou maravilhosa! Parece um anjo! - meu pai murmurou encantado. Hm, o que eu podia dizer? Ela era mesmo encantadora. Ela era tipo de mulher que você não se contenta em olhar uma só vez. John lhe deu um beijo na testa. Fiquei com raiva agora. Fui reclamar com Sammy.

- Como é que é? Eu não posso chamar a chamar de gostosa mais ele pode chamar ela de linda, e maravilhosa? - exclamei baixo somente para Sam escutar. Ele riu:

- Gostosa e linda são elogios bem diferentes - disse o senhor 'expert em mulheres' - Talvez se tivesse chamado-a de linda, ou até mesmo outra coisa mais 'delicada' ela não teria te castrado. - completou rindo abafado pela mão.

Meu pai e Bobby vieram na nossa direção:

- Rapazes, Anne vai com vocês. Ela tem uma ajuda... Que... Será útil para vocês. - meu pai disse e eu e Sam ficamos curiosos. A força dela era muita, mais o que será que está por trás disso?

Estava claro que ela era especial. Totalmente incrível. Dotada de beleza, inteligência, e perspicácia. Quando falava com ela, me sentia burro. Ela abraçou Bobby com entusiasmo:

- Pai, prometo te visitar sempre que puder. - ela disse com um sorriso, que cara, me tirou o fôlego! Assim que Anne se separou de Bobby, meu pai se aproximou de nós.

- Cuidem da minha afilhada. - John disse com uma cara de bravo. Eu e Sam ficamos sérios. Não seria difícil protegê-la. Ela parecia saber cuidar de si mesma. Bem responsável. Além de incrivelmente gostos... Quer dizer, linda.

Despedimos-nos de Bobby e de meu pai. Anne ficou maravilhada com meu Chevy Impala. Também... Não era para menos. Ela entrou no banco de trás, e Sam no da frente depois de colocar as três malas de Anne no porta-malas. Acelerei o carro rumo ao hotel mais próximo.

- Sam, está com fome? - Anne perguntou fazendo questão de me deixar de lado na conversa.

- Um pouco. - ele respondeu e me olhou de canto com uma expressão espantada. Eu realmente devia estar com uma expressão assassina - Comeremos assim que chegarmos ao hotel. Vou comprar alguma coisa quando chegarmos lá.

Anne assentiu sorrindo. Em mais ou menos meia hora chegamos ao hotel. A cada andar havia um apart-hotel, com banheiro, cozinha, dois quartos, sala, e toda a volta tinham varandas. Parecia realmente uma casa. Anne fez questão de ficar nele, por isso nos ajudou a pagar por mais que dissemos que não era necessário. Ela era linda, e incrivelmente teimosa.

O apartamento era enorme, Anne escolheu o segundo quarto, e entrou para colocar suas malas. Fiz o mesmo com Sam no primeiro quarto. O nosso era grande, havia duas camas de solteiro, e uma lareira. Em Swaton, onde estávamos era muito frio, se bem, que ao invés da lareira ficaria feliz com Anne me ajudando a me esquentar. Dean, para! Larga mão de ser pervertido! - me castiguei mentalmente.

- Dean, vou comprar algo para comer. Fique aí com Anne, sem fazer nenhuma besteira. Não vou cuidar de nenhum “mini-deanzinho” agora, hein? - ele brincou e eu sorri maliciosamente. Não seria uma má idéia ‘treinar’ um pouco.

- Cuidado você, porque se aparecer com uma “mini rubyzinha” eu te mato, e mando-a pra Sibéria. - eu disse e a vadia logo apareceu.

- O que estavam falando de mim? - Ruby perguntou assim que apareceu no quarto. Sam corou:

- Não é nada Ruby. Não é nada. – Sam respondeu meio desconjuntado. Ri ironicamente para a demoniazinha que era mais folgada que calça sem cinto.

- Oh vadia, não tem nada melhor pra fazer no inferno não? – Eu gritei irritado e de repente Anne entrou no quarto. Ruby se afastou dela depressa, parecia ter levado um choque e foi para as costas do Sam como um cachorrinho assustado:

- Sam, quer que eu vá com você comprar algo para comer? - Anne murmurou e Ruby ficou meio zonza. Parece que ela não gostou de Anne. Ciúmes talvez. Ou quem sabe, ela tinha alguma energia da qual não agradavam muito os demônios.

- Não é necessário, Anne. Pode ficar aqui, é mais seguro. Dean e Ruby te protegerão. - Sam respondeu e Anne olhou para Ruby atrás dele com curiosidade.

- Ser protegida por um demônio? - Anne disse com um olhar calmo mais irônico, Ruby queria atacá-la mais Sam a segurou. Comecei a rir, pelo jeito, Anne não gostava de Ruby tanto quanto eu:

- Sam, segura sua cachorrinha. - eu disse com um sorriso sarcástico e Anne riu. Seu sorriso era lindo e sua gargalhada era doce como o mel, e como eu imaginava que era o gosto de seus lábios. Ruby começou a acariciar Sam, e Anne saiu com uma expressão estranha. Fui atrás dela. Ela estava sentada no sofá da sala mudando os canais, com uma visível expressão de tédio:

- Nada na TV? - disse me sentando e tentando puxar assunto. Ela assentiu e depois continuou em silêncio:

- Fiquem comportados. - Sam disse e saiu. Ruby sentou no sofá oposto ao que Anne e eu estávamos.

- Dean, posso falar com você? - Anne me chamou, e eu assenti prontamente. Há, como iria negar? Fomos até a varanda. - Me desculpe por ter te batido àquela hora, mais é que meu pai sempre me ensinou a não deixar nenhum homem mulherengo e pervertido se aproximar de mim... e como seu irmão me disse você sempre foi assim, eu não achei legal. – Aaah! Eu mato aquele idiota do Sam! Por dentro estava explodindo de raiva mais permaneci calmo, se não ela ia me achar pior do que já achava.

- Meu irmão “namora” uma vadia que ainda por cima é um demônio, ele só fala e faz besteira! - tentei dar uma justificativa mais não sei se ela acreditou, pois permaneceu inexpressiva olhando para os apartamentos abaixo dos nossos. Do nada ela exclamou:

- Nem pense. - Quando olhei para trás vi que Ruby ia me dar um soco. Como Anne sabia disso, sem nem ao menos olhar para trás? Joguei Ruby contra a parede e ela resmungou. Anne me olhou meio espantada, o que ela estaria pensando?

- Seu canalha! - Ruby exclamou e ficou com os olhos pretos:

Anne se aproximou dela com uma expressão mansa. - Ruby, porque você não tenta ser um pouquinho mais gentil?

- CALA BOCA!

- Não é bem assim, mais continue tentando. – Anne simplesmente entrou no apartamento. Sentou novamente no sofá da sala.

Depois de mandar Ruby para “casa”. Fui tomar um banho, quem sabe a água quente naquela banheira enorme me faça relaxar um pouco.

Liguei a torneira e tirei minha roupa, logo quando entrei me senti melhor, mais calmo. Fechei meus olhos e a imagem de Anne invadia minha mente. Ela iria ser minha, completamente minha.

Anne Singer Hathaway:


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