Love The Way You Lie escrita por Nivea_Leticia


Capítulo 1
A única briga


Notas iniciais do capítulo

Oi, galerinha, vindo ai com uma nova One!
Pois é, escrevi ela sem nem perceber e aqui estou eu, postando ela *-*
Boa Leitura!



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[Música - Love The Way You Lie - Eminem feat Rihanna]

http://www.youtube.com/watch?v=uelHwf8o7_U


[...]

Bati a porta na cara dele, sem me importar que ele desse murros ali.

– Me deixa em paz, Perseu – gritei chorando que nem uma idiota. – Eu te odeio!

– Annabeth, abre a porra dessa porta – ordenou ele batendo cada vez com mais força.

Eu não agüentava mais ele e as suas saídas noturnas. Os números de garotas em seu celular. Seu jeito idiota. Devia ter escutado a minha mãe desde sempre, nunca deveria ter vindo aqui, jamais deveria ter olhado em seus olhos.

Joguei o espelho contra a parede, correndo para pegar as minhas coisas.

Ia voltar para casa, não dava mais nos dois juntos. A quem eu estava enganando ao pensar que algum dia seriamos um casal?

Joguei minhas roupas em minha bolsa, enquanto lutava para enxergar algo.

– Annabeth, abre essa porta.

– Sai daqui – rebati com um bolo na garganta.

– Não sem antes você ouvi o que eu tenho a dizer.

– Então vai se ferrar, não vou escutar uma porra de palavra que você diz, estúpido!

Então a porta estava no chão, ele massageava o ombro, seus olhos verdes se passando entre a minha figura e a mala pequena em meus dedos. O empurrei ao passar por ele, chamando por meu cachorrinho que ele havia me dado no meu aniversario. Jody logo apareceu, abanando o rabo.

Não ia ficar mais ali, ele que morasse sozinho.

– Annabeth...

– Cala a boca, não quero te escutar, não entende isso?

– Me ouve.

– Para que, dizer mais uma vez que me ama esperando só a noite para ir pegar as suas piranhas? Para mentir para mim dizendo que passou o dia inteiro no escritório? Para que? Falar mais coisas com esperança de que eu amoleça meu coração? – joguei isso na sua cara, cada vez com mais ódio – Não, Jackson, eu te odeio, não quero nunca mais te ver.

– Annabeth, por favor, eu te imploro.

– Cansei de você implorar, é idiota e não vai funcionar dessa vez.

Ele pegou o meu braço com força, seus músculos parecendo tensos sob a blusa cavada. Ali, no seu bíceps, estava o meu nome com o dele, em forma de Yin e Yang.

– Você vai escutar o que eu tenho que falar – gritou exagerando no aperto – Você não sabe de nada, Annabeth.

– Exatamente, quer que eu continue assim? Uma tapada? Lamento, mas não, Jackson.

– Você é uma hipócrita mimada, não escuta nada que eu digo.

Meus olhos se encheram de lagrimas pelas suas palavras. Então ele queria pegar pesado? Seria assim, a guerra estava declarada.

– Vai dizer que me ama também? Que me quer?

– Eu nunca disse nada mais do que eu sinto, Annabeth.

– Eu te odeio, me solta – puxei meu braço com tanta força que bati minha cabeça na quina de um quadro da nossa casa. Não me importei com aquilo, que se foda. – Ridículo!

– Annabeth, você está bem?

– Não me toque.

– Desculpe, eu...

– Você sempre erra, Jackson, nunca faz nada de certo, só sabe magoar os outros. Olhe para si mesmo, um estúpido idiota que tinha uma garota que gostava de você!

– Annabeth, você realmente está bem? – disse olhando algo acima de meu braço.

– Porque finge se preocupar, vá para elas seu idiota!

– Annie...

– Por que ta me olhando assim? – foi então que toquei a minha cabeça.

Sangue empapou meus dedos, aquele liquido vermelho dando uma nova coloração ao meus cabelos. Desci para baixo meus olhos, a minha roupa já começava a ficar molhada.

Como...?

Senti uma tontura, a visão ficando mesclada com preto enquanto procurava algo para me apoiar. Braços me ampararam.

Um frio atravessou a minha espinha, e foi trocado pelo calor dele juntamente de seu cheiro de maresia. Não conseguia escutar muito.

– Annie, está me ouvindo?

Lentamente, abri os olhos para encontrá-lo me encarando com pavor.

Por que estava escuro ali? Por que tão cheio de estrelas?

[...]

Então, o cenário mudou, era branco, cheio de luzes fosforescentes. Um bipe chato incomodava meus ouvidos. O som de água caindo em gotas não muito longe de mim. Fitas coladas no meu corpo. Algo pesando a minha cabeça.

Uma mulher de meia idade apareceu em meu campo de visão, vestindo uma roupa branca e tinha um medicamento nas mãos.

– Durma querida – foi só o que disse.

[...]

Sete dias depois

[...]

Eu tinha acabado de ter a minha alta, e em nenhum daqueles dias tinha visto Percy por perto. De primeira não entendi o porque, mas achei melhor assim, pois eu estava ali por causa dele.

A médica disse-me que era melhor ficar descansando, a batida havia sido um pouco feia e eu tinha ganho trinta e sete pontos no couro cabeludo. Sorte minha que não tiveram de cortar o cabelo ali.

Joguei a minha bolsa no sofá da minha casa e de Percy. Jody veio correndo para cima de mim pedindo carinho, parecia estar mais magro.

– Como está meu garotinho? – perguntei afagando suas orelhas – Onde está o seu dono?

– Na cadeia – falou uma voz que eu conhecia muito bem.

Encostada na batente da porta da cozinha, estava minha melhor amiga, Thalia Grace com um semblante de raiva.

Aquelas palavras entraram em meu coração antes de ir para minha cabeça. O que tinha acontecido? Quanto tempo realmente fiquei fora?

– Percy foi preso – disse de novo ela, agora mais perto.

– Por que?

– Sabe que ele já tinha muito para estar lá, só o que faltava era ele bater em mulheres como a vizinha disse e deixá-las incapacitadas para levá-las ao hospital.

Sentei chocada com aquilo.

Sim, sabia do histórico do meu namorado. Ele tinha sido de gangue, mas isso fora a tanto tempo atrás. Tudo tinha mudado tanto. Como pode fazer isso?

Também tinha em mente que muitas pessoas de poder o queriam detrás das grandes uma vez que herdou muito do pai e agora tomava conta melhor do que qualquer outra pessoa.

Mas, isso, era jogar baixo.

Não fiquei mais idiota ali.

– Que dia o prenderam? – perguntei pegando de volta as chaves do meu carro.

– Assim que ele te deixou no hospital.

Com isso, fui embora, levando somente o necessário comigo.

Sabia que só havia uma prisão por ali, e que provavelmente, se não o tirasse logo de lá, ele morreria. Bandidos aceitavam de tudo, menos homens que matavam ou batiam em mulheres, e se pensassem que é realidade, ele não viveria para sempre.

Arranquei o carro sem me importar, e corri em direção a prisão.

[...]

– O solte – falei para o Delegado assim que entrei na sua sala.

Ele levantou seus olhos para mim rapidamente, surpreso por eu estar correndo daquele jeito e estar ofegante.

– Senhorita, se acalme – pediu ele.

– Não, quero que retirem a queixa de Percy Jackson.

– O que bateu na Senhorita Chase? – perguntou surpreso.

– Ele não bateu em mim – gritei chorando – Não foi culpa dele, não era para estar aqui, por favor, tire a queixa.

– Mas, senhorita...

Parei a sua frente.

– Ele pode fazer de tudo, menos bater em mim, então, tire logo essa queixa antes que eu me altere e peça um advogado.

– Tudo bem, sente-se.

– Irei esperar lá fora, na grade, peça a ele que me encontre lá.

– Tem certeza de que deseja fazer isso? A sua vizinha disse que foi uma briga feia.

– Nós temos muitas brigas e aquela mulher se intrometeu aonde não devia.

– Então..

– Somente retire.

[...]

Batia o meu sapato com força no chão esperando impacientemente enquanto as lagrimas de culpa escorriam pelo meu rosto.

O sol esquentava a minha pele, fazendo-me suar, e, embora quisesse correr para pegá-lo logo, fiquei ali, encostada na grade fungando. Poucos eram os presos soltos, mas, em casos menores como o dele, sempre saiam.

Então, vi ele com sua blusa branca cavada limpa, suas calças jeans folgadas, seus cabelos negros jogados de qualquer jeito e uns dois ou três hematomas por ali. Sim, ele tinha apanhado. Assim que se viu livre, Percy fechou o rosto e eu corri até ele, que não tinha me visto ali no canto.

Seus braços me enrolaram com força, enquanto chorava em seu ombro.

– Desculpa, desculpa – chorei em seu ouvido.

– Annie – sussurrou ele, seu nariz passando em minha bochecha. – Desculpa por tudo, não queria te machucar.

– Não importa, esquece isso, Percy.

– Eu devia ter apanhado mais por te machucar.

Então me lembrei do quanto deve ter sofrido. Passei meus dedos levemente onde tinha um hematoma em seu ombro, as lagrimas caindo cada vez mais rápido.

– Eles te bateram muito?

– Menos que o necessário.

– Não fale isso, foi minha culpa. Thalia devia ter me dito antes que você foi preso.

– Não, não foi culpa sua. Eu que sou o idiota da historia, não tente pegar para você esse cargo. E eu te amo, Annie, nunca houve outra. Eu jamais trairia você, eu mudei por você! Para que, me diga, eu desistira de tudo para depois ser o idiota de te perder?

– Eu também te amo, Percy.

Seus lábios tocaram os meus, pedindo desculpa, me dizendo o que sentia e acima de tudo, me mostrando o seu amor. Fiquei assim por um bom tempo, sentindo sua boca na minha, até ser necessário o ar.

[...]

Ele traçava desenhos bobos e sem uma ordem correta em minhas coxa sobre a sua perna, ao mesmo tempo que minhas mãos brincavam com seu peito nu, detalhando cada partezinha dele.

– Me perdoa? – perguntou em uma voz rouca completamente sexy para mim.

– Já fiz isso, ou você não se lembra do que acabamos de fazer? – brinquei sentando em cima dele, sorrindo maliciosamente.

– Ah, lembro não - delineou minhas costas nuas – É que com você sempre tenho amnésia, preciso que me lembre o quanto me ama, o quanto me quer.

– Então, eu te quero agora, Percy – sussurrei em seu ouvido. Ele não precisou de outro incentivo para estar em cima de mim, me beijando. Éramos sempre assim: brigávamos, separávamos, nós amávamos e por fim, tentávamos tudo de novo. Muitos dizem para aprender com seus erros, mas com a gente, preferimos insistir nesse.

– Eu te amo – sussurrou beijando meu pescoço.

– Também te amo, Percy.

E então, ele me amou mais uma vez naquele dia, pois sabíamos, amanha, brigaríamos de novo. Essa era o nosso jeito de nós amarmos, nosso modo nos conciliarmos, nosso modo de fazermos as coisas certas e acima de tudo: o que sentíamos um pelo outro.

Essa, é a minha historia para vocês,

Com amor,

Annabeth Chase.

[...]


Olhei para Percy que lia o que eu havia acabado de escrever sobre nós quando nossa filhinha, Lana, chegou. Os cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo e seu sorriso era deslumbrante.

Logo se empoleirou no pai, também querendo ver o que estava escrito.

– Você e mamãe eram assim? – perguntou ela, com os olhos arregalados. – Impossível, nunca vi os dois brigarem.

– Seu pai aprendeu muito na cadeia – brinquei com Percy que sorria para nós duas.

– Mas o que eu precisava, já sabia. – rebateu ele.

– E o que era? - nossa filha o olhou pedindo respostas – O que já sabia?

– Que amava a sua mãe.

– Mãe, posso ficar com isso? – pediu Lana – Por favor, prometo tomar cuidado.

– Pode sim – deixei.

– Oba.

E nós a vimos sumir porta a fora, provavelmente ligando para Patrícia, a sua melhor amiga, filha de Thalia. Aquelas duas eram incríveis juntas, só se metiam em confusões.

– Sabe, estava lembrando isso alguns dias atrás – falou Percy me abraçando.

– Ah, é? E o que pensava?

– O quanto te amo.

E como no fim do meu pequeno conto, Percy me beijou, do mesmo jeito daquele dia. Mas dessa, disse:

– Prometo nunca mais fazer nada de errado.

– Prometo te amar pára sempre, Perseu.

Então, juntos, ficaríamos.

Independente do que acontecesse ou do que viesse para nós, enfrentaríamos, nós amando e cuidando de nossa filha, a flor do nosso amor complicado e diferente.



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Notas finais do capítulo

Rewis? *-*