Innocence escrita por Anna, Thalia_Chase, bibi_di_angelo


Capítulo 27
Capítulo 27 - Annabeth e Rachel piram




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POV Thalia

Subi as escadas, silenciosamente, e entrei no quarto de Silena. Deparei-me com a mochila de Nico sobre a cama de minha amiga. Dei um sorriso maléfico quando peguei a filmadora de Silena.

Desci os degraus um por um, tomando cuidado para minha bota de salto não fazer barulho e acordar as garotas.

Annabeth e Silena soltaram risadinhas quando eu liguei a filmadora.

- Isso não é maldade? – Luke sussurrou.

- Não acho. – Devolvi.

- Eu também não. – Silena disse, com um sorriso estampado no rosto.

Nico a olhou como se minha melhor amiga fosse louca.

- Eu vou postar isso aqui no Youtube. – Murmurei.

- Isso é tão... Legal. Eu vou postar no Twitter, Youtube, Facebook, Orkut e qualquer outra rede virtual. – Silena comentou, murmurando.

Olhei-a como se ela estivesse enlouquecendo ou algo do gênero.

- Nós dois vamos subir. – Percy disse.

O fitei.

- Nós quem, seu louco?

- Eu e Annabeth, que ideia.

- Façam silêncio! – Annie repreendeu baixinho.

Lorena se mexeu um pouco e murmurou algo. Me encolhi.

- Eu vou subir, antes que alguém acorde. – Annabeth disse, entrelaçando sua mão com a de seu namorado, com um sorriso travesso de quem fez merda e não vai dizer.

Nota mental: Se eu tiver que viver com esse povo por mais uns anos, vou me tacar pela janela.

- E não Thalia, você não deve se tacar pela janela. – Silena disse, me olhando estupefata.

Quase deixei a filmadora cair quando percebi que falei meus pensamentos em voz alta.

- Eu vou dormir. – Disse Nico, até agora caladão.

Silena fez cara de cachorrinho que caiu da mudança e pendurou-se no ombro de seu namorado.

- Nós. No plural, sua anta. – Revirei os olhos para a frase de minha amiga. – Pelo amor de Deus, cadê o Percy e a Annabeth?

Olhei ao meu redor e notei que os dois pombinhos haviam sumido.

- Eu vou gravar isso só um pouquinho mais e nós podemos subir, Luke. – Falei, quando Nico e Silena já haviam ido embora.

Senti braços me envolverem por trás.

- Idiota. – Murmurei, beijando-o.

- Seu idiota. – Rebateu.

- É mesmo. – Estreitei os olhos. – Se ele for de outra, eu vou matá-la.

- Como?

- Acho que vou arrancar o olho dela. – Retruquei.

- Credo.

Sentei no encosto do sofá e fiz uma cara maliciosa. Queria brincar um pouco. Fiz um gesto para ele me seguir e deixei a filmadora na biblioteca, passando por lá.

POV Annabeth

- Vai se ferrar! – Mandei, rindo.

- Não tenho convite.

Fiz uma careta e mostrei o colar em forma de Torre Eiffel.

- Não é lindo? – Perguntei mais para mim mesma.

- É, tem razão. É a visão mais linda que eu já vi na minha vida.

Levantei a cabeça e vi que ele me encarava. Corei uns vinte milhões de graus.

- Eu? A visão mais linda de uma pessoa? – Apontei para mim mesma.

- É. Pra mim, sim. E quer saber?

- Hmm?

- Não quero saber das outras garotas. Pra mim você está perfeita. – Disse sorrindo.

- Afinal, o que você vê em mim? – Estreitei os olhos, pensando em como um garoto perfeito desses pode gostar de mim: Uma garota que ama livros e Mitologia Grega. Isso não faz sentido.

É pior do que ir tirar sangue e a médica errar a sua veia cinco vezes.

- Você é a garota dos meus sonhos. A minha garota perfeita. O meu anjo loiro. A minha anjinha de rosto angelical.

Sorri tanto que pareci uma boneca de cabeça de mola. Levantei-me da cama e tirei a bota de couro. Fiz o mesmo com a boina, o sobretudo, os acessórios e fui até o banheiro tirar a maquiagem.

- Cruzes. Eu nunca vou usar maquiagem, sabia?

- Que bom. Isso quer dizer que você é homem. – Devolvi e fui até minha mala, pegar uma roupa. – Eu to ferrada... – Murmurei, olhando as roupas que Silena havia colocado em minha mala.

- Ferrada como?

- LINGERIE?! – Surtei.

- Epa, onde, onde, onde? – Percy perguntou, olhando a bolsa com a maior curiosidade do mundo.

Soltei uma risadinha.

- Na minha mala. – Respondi como se fosse óbvio.

- E...? – Levantou a sobrancelha.

Estreitei os olhos.

- Eu não vou usar.

Percy fez um muxoxo.

- Seu louco. – Botei o cabelo para trás da orelha e virei as costas, andando na direção do banheiro.

Braços bronzeados envolveram minha cintura, puxando-me para a cama.

- Louco por você. – Murmurou, com os lábios roçando em meu ouvido. Uma corrente elétrica passou pelo meu corpo. Botei minhas mãos, pequenas, frágeis e pálidas, sobre seu braço.

- Você já disse isso.

- Eu sei. – Rebateu.

Revirei os olhos.

- Fala de novo? – Perguntei, com a voz parecida com a de uma criança mimada e malcriada.

- Falar o quê?

Dei um sorrisinho malicioso.

- Fala que me ama.

- Eu te amo, Annabeth Chase. Eu, Percy Jackson, te amo mais que tudo nessa vida.

- Isso é tão... – Respirei fundo. – Perfeito. Me belisca?

- Por que eu beliscaria você?

- Para eu ter certeza que não é um sonho.

Ele franziu o cenho.

- Eu não vou te beliscar. – Disse decidido.

Revirei os olhos.

- Vai! Só uma beliscadinha! – Pedi.

- Não.

Dei de ombros e me besliquei. Gemi.

- AU, AI, AU, AI. – Reclamei.

- Eu disse. – Falou orgulhoso de si mesmo, se deitando na cama de casal novamente.

Bufei e deitei-me também. Coloquei minhas mãos e minha cabeça sobre seu peito. Não demorou nem cinco segundos e ele já estava dormindo. Fechei os olhos, desejando que ele não babe em meu cabelo.

Levantei-me, devagar e peguei minha baby doll, de malha, que Silena havia colocado em minha mala.

- Annabeth, acorde. – Chamou Percy, sonolento.

Revirei-me na cama e murmurei algo como “Não me enche”

- Annabeth!

- Que é?! – Resmunguei com a cabeça enfiada dentro do travesseiro. Minha voz saiu abafada.

- Annie, acorda, meu amor.

Sentei-me na cama e me espreguicei. Percy me olhou de jeito malicioso.

- Que foi? – Indaguei.

- Você está muito sexy.

Levantei as sobrancelhas.

- E você está muito doido.

Ele soltou uma gargalhada.

- Não vamos mais sair desse quarto. – Disse.

- Por quê?

- Porque os garotos na rua vão ficar olhando para a minha namorada.

Botei as mãos na cintura e sentei em seu colo.

- Ninguém vai ficar olhando para mim. – Sussurrei de modo sensual.

Ele ficou com cara de bobo apaixonado.

- Porque eu não vou olhar para nenhum deles. – Continuei.

- Nossa. Eu fiquei tempo demais fora ou você tá ficando muito pervertida? – Perguntou.

Revirei os olhos e fui até o banheiro. Fiz minha higiene matinal, tomei banho, me troquei e desci as escadas.

POV Raíssa

Acordei e me espreguicei com uma dor do caramba na nuca.

- Nossa, a dorminhoca acordou. – Melanie brincou, ao meu lado.

- O que aconteceu?

- Nós dormimos em uma casa desconhecida. – Disse, séria.

- Na casa da Annabeth, Silena e Thalia?

Ela confirmou com a cabeça. Levei um tombo do sofá. Annabeth desceu as escadas com um short jeans, uma camiseta e um All Star

- Oi povo que dormiu no chão. – Cumprimentou e passou direto para a cozinha. Uns 4 segundos depois, ela voltou. – A Silena e a Thalia já acordaram?

- Não.

Annabeth fez cara de confusa.

- Cadê o povo que tava dormindo aqui?

- Foi todo mundo embora. – Melanie respondeu.

- Ué, ninguém ficou pra almoçar... – Ela saiu resmungando.

Passei a mão na nuca. Annabeth apareceu de novo.

- Cadê o Percy?

- Saiu. – Melanie continuou respondendo por mim.

- Saiu?

- É. Ele falou que uma tal de... Rachel ligou.

Annie fechou a cara.

- Rachel? – O nome da garota saiu como se ela estivesse falando morrer ou câncer.

- É. Rachel Elizabeth Dare.

Annabeth franziu o cenho. Franzi também.

- Como você sabe o nome dela? – Perguntamos em uníssono.

- O Percy chamou ela pelo nome todo.

POV Percy

- Rachel, eu...

- Percy! Você não pode fazer uma coisa dessas. É, eu sei que errei te beijando. Mas você precisa entender que fugir de casa não é a escolha certa!

Fechei a cara.

- Escuta, eu vou voltar amanhã, tudo bem?

- Não. Não tá tudo bem. Tem ideia de como a sua mãe ficou preocupada?

- Não, mais...

- Mais nada! Tudo bem que eu e Annabeth não somos amigas nem nada, mas você não pode fazer isso, é muito irresponsável da sua parte... – Ela continuou tagarelando.

- RACHEL! Presta atenção: Eu sei me cuidar muito bem. Eu; os meninos, e as meninas vamos voltar amanhã.

- OK. Vou ver se consigo enrolar os seus pais. Mas... Volta logo, tá legal? Eu preciso conversar com... - Achei que ela fosse dizer “você”, mas o que saiu de sua boca foi algo muito diferente. – a Annabeth.

- Eu to surdo. Desculpa. Não entendi direito. Com quem você quer conversar?

- Annabeth. Sua namorada. Lerdo... – Resmungou. – E você não faz ideia de quão furioso o pai dela está. Ele ameaçou ir até a polícia e denunciar você de PEDOFILIA – Deu ênfase. -; tipo, eu fiquei boiando. Porque você tem 16 anos e a Annabeth também...

- Rachel, depois eu te ligo. Se a Annabeth me ouvir falando com você vai ficar bolada comigo.

- Está bem. – Sua voz continuava calma. Oque eu estranhei muito. – Me liga... Umas 17hs.

Franzi a sobrancelha.

- Tão tarde?

- É. Preciso sair com o Travis.

- VOCÊ ESTÁ NAMORANDO? – Berrei.

- AI, seu filho da mãe. Sim, eu estou namorando com ele. Preciso desligar agora. Me liga?

- Claro. Quando eu puder. – Prometi ainda incrédulo.

- Tchau. E se você não puder ligar de novo: Cuidado com o pai da Annie. – OK, essa menina é bipolar? Menos de quatro semanas atrás ela odiava a Annabeth. Agora ela até chama minha namorada pelo APELIDO. – Te vejo amanhã?

- No aeroporto.

Ouvi um pigarreio feminino atrás de mim.

- Percy, posso falar com a Rachel? – Annabeth perguntou, com a mão estendida, calmamente.

Botei o ouvido no celular, podendo ouvir Rachel tagarelar algo.

- Rachel, a Annabeth quer falar com você.

- Passa logo pra ela, seu anta.

Estendi o celular.

- Oi, Rachel.

Franzi a sobrancelha. Aquelas meninas estavam ficando loucas?

- Não, não, não. Eu só preciso que você cheque se meu pai está ao ponto de meter  porrada em mim até eu gostar de brócolis... Mentira!... Travis Stoll?... Tá bem... Eu... Não... A minha mãe?... Preciso... Tá legal. Tchau.

Ela fechou o celular e o estendeu, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

- Que foi?

- VOCÊS SÃO LOUCAS!

- Descobriu quando? – Foi sarcástica.

Um menino passou na rua e assobiou para minha namorada. Tive vontade de ir na direção dele e meter pancada.

Annabeth não fez nada, só revirou os olhos e logo em seguida franziu o cenho.

- Percy, que foi?

- Nada. – Fui frio.

- Eu fiz alguma coisa? – Perguntou pausadamente.

- Não. Ele fez. – Apontei com o dedão sobre o ombro.

- Percy, eu já te disse que eu não ligo para eles. – Ela cortou o espaço entre nós e abriu a boca. Senti seu hálito de menta.

- SILENA! – Annie berrou, fazendo sua amiga cair no chão.

Nico continuou imóvel.

- Gente, será que ele morreu? – Annabeth murmurou.

Silena bufou.

- Depois dessa, eu virei um cadáver. – Resmungou, passando a mão na camisola que definia seu corpo.

- Cara! – Chamei. – Que merda. Ele morreu.

Annabeth deu de ombros e pegou a bolsa de maquiagem de Silena. Eu achei que ela fosse pintar o rosto de Nico. Mas o que ela fez foi uma coisa super diferente. Ela tacou no rosto dele.

- AI, FILHA DA MÃE! – Berrou.

Annabeth fechou a cara.

- Sou mermo. Minha não mãe tá morta. Tenho mãe mermo. Acha que eu sou filha de quê? Da banana?

Segurei a risada. Silena tossiu, sem muito sucesso, tentando abafar a risada.

- Vão pro inferno. – Mandou, passando a mão na bochecha.

- Querido, eu já estou no inferno, vou me ferrar amanhã. – Annie devolveu.

- Eu sei. Nós também. – Nico disse, me olhando.

Confirmei com a cabeça.


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