Innocence escrita por Anna, Thalia_Chase, bibi_di_angelo
POV Thalia
Subi as escadas, silenciosamente, e entrei no quarto de Silena. Deparei-me com a mochila de Nico sobre a cama de minha amiga. Dei um sorriso maléfico quando peguei a filmadora de Silena.
Desci os degraus um por um, tomando cuidado para minha bota de salto não fazer barulho e acordar as garotas.
Annabeth e Silena soltaram risadinhas quando eu liguei a filmadora.
- Isso não é maldade? – Luke sussurrou.
- Não acho. – Devolvi.
- Eu também não. – Silena disse, com um sorriso estampado no rosto.
Nico a olhou como se minha melhor amiga fosse louca.
- Eu vou postar isso aqui no Youtube. – Murmurei.
- Isso é tão... Legal. Eu vou postar no Twitter, Youtube, Facebook, Orkut e qualquer outra rede virtual. – Silena comentou, murmurando.
Olhei-a como se ela estivesse enlouquecendo ou algo do gênero.
- Nós dois vamos subir. – Percy disse.
O fitei.
- Nós quem, seu louco?
- Eu e Annabeth, que ideia.
- Façam silêncio! – Annie repreendeu baixinho.
Lorena se mexeu um pouco e murmurou algo. Me encolhi.
- Eu vou subir, antes que alguém acorde. – Annabeth disse, entrelaçando sua mão com a de seu namorado, com um sorriso travesso de quem fez merda e não vai dizer.
Nota mental: Se eu tiver que viver com esse povo por mais uns anos, vou me tacar pela janela.
- E não Thalia, você não deve se tacar pela janela. – Silena disse, me olhando estupefata.
Quase deixei a filmadora cair quando percebi que falei meus pensamentos em voz alta.
- Eu vou dormir. – Disse Nico, até agora caladão.
Silena fez cara de cachorrinho que caiu da mudança e pendurou-se no ombro de seu namorado.
- Nós. No plural, sua anta. – Revirei os olhos para a frase de minha amiga. – Pelo amor de Deus, cadê o Percy e a Annabeth?
Olhei ao meu redor e notei que os dois pombinhos haviam sumido.
- Eu vou gravar isso só um pouquinho mais e nós podemos subir, Luke. – Falei, quando Nico e Silena já haviam ido embora.
Senti braços me envolverem por trás.
- Idiota. – Murmurei, beijando-o.
- Seu idiota. – Rebateu.
- É mesmo. – Estreitei os olhos. – Se ele for de outra, eu vou matá-la.
- Como?
- Acho que vou arrancar o olho dela. – Retruquei.
- Credo.
Sentei no encosto do sofá e fiz uma cara maliciosa. Queria brincar um pouco. Fiz um gesto para ele me seguir e deixei a filmadora na biblioteca, passando por lá.
POV Annabeth
- Vai se ferrar! – Mandei, rindo.
- Não tenho convite.
Fiz uma careta e mostrei o colar em forma de Torre Eiffel.
- Não é lindo? – Perguntei mais para mim mesma.
- É, tem razão. É a visão mais linda que eu já vi na minha vida.
Levantei a cabeça e vi que ele me encarava. Corei uns vinte milhões de graus.
- Eu? A visão mais linda de uma pessoa? – Apontei para mim mesma.
- É. Pra mim, sim. E quer saber?
- Hmm?
- Não quero saber das outras garotas. Pra mim você está perfeita. – Disse sorrindo.
- Afinal, o que você vê em mim? – Estreitei os olhos, pensando em como um garoto perfeito desses pode gostar de mim: Uma garota que ama livros e Mitologia Grega. Isso não faz sentido.
É pior do que ir tirar sangue e a médica errar a sua veia cinco vezes.
- Você é a garota dos meus sonhos. A minha garota perfeita. O meu anjo loiro. A minha anjinha de rosto angelical.
Sorri tanto que pareci uma boneca de cabeça de mola. Levantei-me da cama e tirei a bota de couro. Fiz o mesmo com a boina, o sobretudo, os acessórios e fui até o banheiro tirar a maquiagem.
- Cruzes. Eu nunca vou usar maquiagem, sabia?
- Que bom. Isso quer dizer que você é homem. – Devolvi e fui até minha mala, pegar uma roupa. – Eu to ferrada... – Murmurei, olhando as roupas que Silena havia colocado em minha mala.
- Ferrada como?
- LINGERIE?! – Surtei.
- Epa, onde, onde, onde? – Percy perguntou, olhando a bolsa com a maior curiosidade do mundo.
Soltei uma risadinha.
- Na minha mala. – Respondi como se fosse óbvio.
- E...? – Levantou a sobrancelha.
Estreitei os olhos.
- Eu não vou usar.
Percy fez um muxoxo.
- Seu louco. – Botei o cabelo para trás da orelha e virei as costas, andando na direção do banheiro.
Braços bronzeados envolveram minha cintura, puxando-me para a cama.
- Louco por você. – Murmurou, com os lábios roçando em meu ouvido. Uma corrente elétrica passou pelo meu corpo. Botei minhas mãos, pequenas, frágeis e pálidas, sobre seu braço.
- Você já disse isso.
- Eu sei. – Rebateu.
Revirei os olhos.
- Fala de novo? – Perguntei, com a voz parecida com a de uma criança mimada e malcriada.
- Falar o quê?
Dei um sorrisinho malicioso.
- Fala que me ama.
- Eu te amo, Annabeth Chase. Eu, Percy Jackson, te amo mais que tudo nessa vida.
- Isso é tão... – Respirei fundo. – Perfeito. Me belisca?
- Por que eu beliscaria você?
- Para eu ter certeza que não é um sonho.
Ele franziu o cenho.
- Eu não vou te beliscar. – Disse decidido.
Revirei os olhos.
- Vai! Só uma beliscadinha! – Pedi.
- Não.
Dei de ombros e me besliquei. Gemi.
- AU, AI, AU, AI. – Reclamei.
- Eu disse. – Falou orgulhoso de si mesmo, se deitando na cama de casal novamente.
Bufei e deitei-me também. Coloquei minhas mãos e minha cabeça sobre seu peito. Não demorou nem cinco segundos e ele já estava dormindo. Fechei os olhos, desejando que ele não babe em meu cabelo.
Levantei-me, devagar e peguei minha baby doll, de malha, que Silena havia colocado em minha mala.
- Annabeth, acorde. – Chamou Percy, sonolento.
Revirei-me na cama e murmurei algo como “Não me enche”
- Annabeth!
- Que é?! – Resmunguei com a cabeça enfiada dentro do travesseiro. Minha voz saiu abafada.
- Annie, acorda, meu amor.
Sentei-me na cama e me espreguicei. Percy me olhou de jeito malicioso.
- Que foi? – Indaguei.
- Você está muito sexy.
Levantei as sobrancelhas.
- E você está muito doido.
Ele soltou uma gargalhada.
- Não vamos mais sair desse quarto. – Disse.
- Por quê?
- Porque os garotos na rua vão ficar olhando para a minha namorada.
Botei as mãos na cintura e sentei em seu colo.
- Ninguém vai ficar olhando para mim. – Sussurrei de modo sensual.
Ele ficou com cara de bobo apaixonado.
- Porque eu não vou olhar para nenhum deles. – Continuei.
- Nossa. Eu fiquei tempo demais fora ou você tá ficando muito pervertida? – Perguntou.
Revirei os olhos e fui até o banheiro. Fiz minha higiene matinal, tomei banho, me troquei e desci as escadas.
POV Raíssa
Acordei e me espreguicei com uma dor do caramba na nuca.
- Nossa, a dorminhoca acordou. – Melanie brincou, ao meu lado.
- O que aconteceu?
- Nós dormimos em uma casa desconhecida. – Disse, séria.
- Na casa da Annabeth, Silena e Thalia?
Ela confirmou com a cabeça. Levei um tombo do sofá. Annabeth desceu as escadas com um short jeans, uma camiseta e um All Star
- Oi povo que dormiu no chão. – Cumprimentou e passou direto para a cozinha. Uns 4 segundos depois, ela voltou. – A Silena e a Thalia já acordaram?
- Não.
Annabeth fez cara de confusa.
- Cadê o povo que tava dormindo aqui?
- Foi todo mundo embora. – Melanie respondeu.
- Ué, ninguém ficou pra almoçar... – Ela saiu resmungando.
Passei a mão na nuca. Annabeth apareceu de novo.
- Cadê o Percy?
- Saiu. – Melanie continuou respondendo por mim.
- Saiu?
- É. Ele falou que uma tal de... Rachel ligou.
Annie fechou a cara.
- Rachel? – O nome da garota saiu como se ela estivesse falando morrer ou câncer.
- É. Rachel Elizabeth Dare.
Annabeth franziu o cenho. Franzi também.
- Como você sabe o nome dela? – Perguntamos em uníssono.
- O Percy chamou ela pelo nome todo.
POV Percy
- Rachel, eu...
- Percy! Você não pode fazer uma coisa dessas. É, eu sei que errei te beijando. Mas você precisa entender que fugir de casa não é a escolha certa!
Fechei a cara.
- Escuta, eu vou voltar amanhã, tudo bem?
- Não. Não tá tudo bem. Tem ideia de como a sua mãe ficou preocupada?
- Não, mais...
- Mais nada! Tudo bem que eu e Annabeth não somos amigas nem nada, mas você não pode fazer isso, é muito irresponsável da sua parte... – Ela continuou tagarelando.
- RACHEL! Presta atenção: Eu sei me cuidar muito bem. Eu; os meninos, e as meninas vamos voltar amanhã.
- OK. Vou ver se consigo enrolar os seus pais. Mas... Volta logo, tá legal? Eu preciso conversar com... - Achei que ela fosse dizer “você”, mas o que saiu de sua boca foi algo muito diferente. – a Annabeth.
- Eu to surdo. Desculpa. Não entendi direito. Com quem você quer conversar?
- Annabeth. Sua namorada. Lerdo... – Resmungou. – E você não faz ideia de quão furioso o pai dela está. Ele ameaçou ir até a polícia e denunciar você de PEDOFILIA – Deu ênfase. -; tipo, eu fiquei boiando. Porque você tem 16 anos e a Annabeth também...
- Rachel, depois eu te ligo. Se a Annabeth me ouvir falando com você vai ficar bolada comigo.
- Está bem. – Sua voz continuava calma. Oque eu estranhei muito. – Me liga... Umas 17hs.
Franzi a sobrancelha.
- Tão tarde?
- É. Preciso sair com o Travis.
- VOCÊ ESTÁ NAMORANDO? – Berrei.
- AI, seu filho da mãe. Sim, eu estou namorando com ele. Preciso desligar agora. Me liga?
- Claro. Quando eu puder. – Prometi ainda incrédulo.
- Tchau. E se você não puder ligar de novo: Cuidado com o pai da Annie. – OK, essa menina é bipolar? Menos de quatro semanas atrás ela odiava a Annabeth. Agora ela até chama minha namorada pelo APELIDO. – Te vejo amanhã?
- No aeroporto.
Ouvi um pigarreio feminino atrás de mim.
- Percy, posso falar com a Rachel? – Annabeth perguntou, com a mão estendida, calmamente.
Botei o ouvido no celular, podendo ouvir Rachel tagarelar algo.
- Rachel, a Annabeth quer falar com você.
- Passa logo pra ela, seu anta.
Estendi o celular.
- Oi, Rachel.
Franzi a sobrancelha. Aquelas meninas estavam ficando loucas?
- Não, não, não. Eu só preciso que você cheque se meu pai está ao ponto de meter porrada em mim até eu gostar de brócolis... Mentira!... Travis Stoll?... Tá bem... Eu... Não... A minha mãe?... Preciso... Tá legal. Tchau.
Ela fechou o celular e o estendeu, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.
- Que foi?
- VOCÊS SÃO LOUCAS!
- Descobriu quando? – Foi sarcástica.
Um menino passou na rua e assobiou para minha namorada. Tive vontade de ir na direção dele e meter pancada.
Annabeth não fez nada, só revirou os olhos e logo em seguida franziu o cenho.
- Percy, que foi?
- Nada. – Fui frio.
- Eu fiz alguma coisa? – Perguntou pausadamente.
- Não. Ele fez. – Apontei com o dedão sobre o ombro.
- Percy, eu já te disse que eu não ligo para eles. – Ela cortou o espaço entre nós e abriu a boca. Senti seu hálito de menta.
- SILENA! – Annie berrou, fazendo sua amiga cair no chão.
Nico continuou imóvel.
- Gente, será que ele morreu? – Annabeth murmurou.
Silena bufou.
- Depois dessa, eu virei um cadáver. – Resmungou, passando a mão na camisola que definia seu corpo.
- Cara! – Chamei. – Que merda. Ele morreu.
Annabeth deu de ombros e pegou a bolsa de maquiagem de Silena. Eu achei que ela fosse pintar o rosto de Nico. Mas o que ela fez foi uma coisa super diferente. Ela tacou no rosto dele.
- AI, FILHA DA MÃE! – Berrou.
Annabeth fechou a cara.
- Sou mermo. Minha não mãe tá morta. Tenho mãe mermo. Acha que eu sou filha de quê? Da banana?
Segurei a risada. Silena tossiu, sem muito sucesso, tentando abafar a risada.
- Vão pro inferno. – Mandou, passando a mão na bochecha.
- Querido, eu já estou no inferno, vou me ferrar amanhã. – Annie devolveu.
- Eu sei. Nós também. – Nico disse, me olhando.
Confirmei com a cabeça.
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