Innocence escrita por Anna, Thalia_Chase, bibi_di_angelo


Capítulo 12
Capítulo 12 - Acidente


Notas iniciais do capítulo

Cáap. dediicado a Caixetinhaa, MUITO obg peela recomendaçãao (:



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POV Rachel

     Acordei umas 9:38, por aí. Levantei com a visão embaçada e bati o dedo do pé no armário.

- Ai. – Gemi baixinho. – Que borra. – Minha única promessa de Ano Novo era não falar palavrão. E foi a única que cumpri... Pelo simples fato de ser engraçado. Passei pelo retrato que estamos eu e Percy quando pequenos e vou direto ao banheiro. Faço minha higiene matinal, troquei de roupa, escovei os cabelos e desci para tomar café.

- Oi. – Murmurei para minha mãe que estava do outro lado do balcão.

- Bom dia.

- Bom dia, pai.

- Oi. – Ouvi meu irmão descer as escadas tipo um animal. Sério, se ele fosse um seria... Sei lá. Acho que a anta. Se instalou um silêncio desagradável na cozinha. Suspirei, tomei meu café e saí de lá o mais rápido possível. Subi as escadas, fui no banheiro e escovei os dentes novamente. Peguei as chaves do Lamborghini e saí sem avisar ninguém. Suspirei novamente. Minha vida é um caco de vidro. Quebrado. Espatifado. Melhora somente quando estou com Percy. O que me lembra... Pego o celular e mando uma mensagem: Preciso conversar com você. Me encontre no parque. 10hs. Rachel. E vou direto na direção do parque. Chego lá, deserto. Vazio. Como sempre. Saio do carro e sento em um banquinho branco que fica no centro. Vejo um carro prata estacionar do lado oposto do meu. Abro um sorriso, devo acrescentar, estúpido. Meu amigo saí de lá.

- Oi. – Bufo. Nem vi o coitado do meu lado.

- Se um dia você me matar, não vai chorar depois. – Ele ri e senta do meu lado.

- O que rolou agora?

- Meus pais. Acho que cada dia estão mais distantes. E... Eu preciso te dizer uma coisa.

- O quê?

POV Annabeth

    Acordei 9:30. E fiz minha rotina diária. Desci, tomei café e fui ver TV. Quando deu 9:55, me entediei. Peguei as chaves do BMW e saí. Parque. Parque. Parque. Eu ficava repetindo na minha mente que nem uma retardada. Estacionei o carro e de relance, vi um casal se beijando no banco que fica no centro. Ia saindo do carro quando prestei atenção no casal. Aquilo foi como uma facada. Foi como... Meus olhos se encheram de lágrimas. Comecei a soluçar. Isso não... Não é verdade. Não pode ser. Eu devo estar tendo um pesadelo. Mas, ao invés de me beliscar, sei que não é. Percy e... Rachel? Sinto uma vontade de ir lá e bater naquela garota. E... Naquele garoto? Não. Eu devia saber. Era só um sonho. Uma ilusão. Entro no carro e engato a ré. Minha visão está embaçada. Olho o rádio e quando meus olhos estão de volta a estrada... Vejo apenas um clarão.

POV Thalia

    Estávamos eu, Silena, Luke e Nico na casa da Silena. Estávamos comemorando que Silena não vai se mudar. Até que o telefone toca. Nem me importei. Falei:

- Sério. Eu acho que vou explodir de felicidade.

- E eu. – Luke disse.

- Tô contigo. – Nico emendou.

- Fala... – Silena ia começar, mas foi interrompida por Jennifer chegando na sala com os olhos verdes marejados. Minha melhor amiga foi ao seu encontro. – Mãe, o que aconteceu? – A mãe dela olhou para mim. Entendi rapidamente o olhar e me aproximei.

- O-O que foi? – Perguntei.

- A mãe da Annabeth me ligou. Ela está no hospital. E... A Annie sofreu um acidente de carro. O caminhão bateu de frente. – Ela chorou mais ainda. Mesmo que elas não fossem mãe e filha, eram muito chegadas.

- O-O que? – Repeti. Mas tinha entendido perfeitamente. Luke, Nico e Silena, estavam de olhos arregalados. Ela aos poucos foi se recompondo. E disse com a voz não passando de um sussurro:

- Vou me arrumar.

- Também. – Concordei. Aquela voz nem parecia a minha. Estava tão... Baixa. Silena assentiu. A mãe da mesma saiu da sala com soluços. Explodi em lágrimas. Meu corpo inteiro de tremia. Luke veio ao meu encontro. Entrelaçou os braços em minha cintura. Encostei minha cabeça em seu peito e chorei ainda mais. Silena estava fazendo o mesmo.

- A-Alguém diz que isso é... Um pesadelo. – Ninguém disse nada. Chorei ainda mais. Sabe, algumas pessoas dizem que se você chorar bastante, vai secar. Não é verdade. Se não, eu não estaria chorando tanto. Levantei a cabeça rapidamente. E não precisava de um espelho para me ver. Estava horrível. Minha maquiagem estava borrada. Meus olhos estavam vermelhos. Meus lábios tremendo. Tentei movimentar os mesmos. Mas, não saiu nenhum pio. Virei o rosto; peguei as mãos de Silena, que estavam extremamente geladas, e subi as escadas. Entrei no quarto e me joguei na cama.

- A-Acho melhor nos arrumarmos. – Sussurrei. Minha amiga nem estava tãaao ruim assim. Só precisava de um lápis de olho. Para tirar um pouquinho de palidez. Como uma pessoa pode ficar tão pálida assim de um momento para o outro? Não vou pensar nisso. Eu me recuso a pensar nisso. Ambas nos ajeitamos e descemos as escadas. A mãe de Silena estava na porta com chaves na mão. Me virei para Luke e sussurrei:

- Me ligue depois.

- Eu vou.

- Não vai não. Isso é uma coisa que eu e Silena temos que enfrentarmos juntas. Se eu precisar de qualquer coisa, te ligo.

- Jura?

- Juro. – Ele me deu um selinho e saiu com Nico pela porta. Fitei Jennifer, suspirei e falei:

- Vamos. – Saímos e entramos no carro. Estava chovendo. Sentei no banco traseiro e nada disse. Nem reparei que chegamos. Abri a porta e meu corpo estremeceu.

- Em que posso ajudar vocês? – Perguntou uma loira, que me pareceu enfermeira.

- Vimos ver minha... Ahn... Sobrinha. O nome dela é Annabeth Chase. – A mãe de Silena disse. A enfermeira conferiu um gráfico e sorriu para nós.

- É... Os parentes dela estão na sala de espera no fim do corredor à direita.

- Eu posso vê-la? – Perguntei, imediatamente.

- Pode. Mas, como ela está nesse estado, só pode entrar uma pessoa. O tempo de visita é de três horas. Se quiserem, podem revezar. O médico só precisa terminar de... Examiná-la.

- Vamos esperar na sala de espera. – Silena disse, rouca, pela primeira vez desde que recebemos a notícia. A loira sorriu pela última vez e foi embora. Seguimos o corredor e viramos. Lá estava: Taylor, Natalie, Danniell e Percy. Levantei um pouco os lábios para eles. A mãe e a irmã de Annabeth estavam abraçadas. As duas com os olhos vermelhos. Sentei ao lado delas. Silena continuou no seu lugar. Do lado de sua mãe. Ela parecia prestes a desmoronar a qualquer minuto. Até que um homem alto e magro, vestido de branco, saiu de uma porta. O pai da Annie se levantou rapidamente e apertou a mão do médico. Segui seu exemplo. E vi que todos fizeram o mesmo. Percy parecia um... Zumbi.

- Você é o Sr. Chase? – O médico perguntou.

- Sim.

- Eu sou o Dr. Thompson. Estou cuidando da sua filha. – Ele apertou a mão do pai de Annabeth solenemente.

- E como ela está? – Natalie perguntou.

- Acho melhor vocês sentarem.

- Prefiro ficar em pé. – Dissemos juntos. Se fosse outro momento, eu até teria rido. Mas...

- Pois bem – O médico começou -, a Srta. Chase sofreu um acidente sério. O carro capotou várias vezes. Ela quebrou a perna esquerda e o braço teve dois lugares quebrados. O cinto apertou um pouco e os airbags lhe machucaram o rosto. Mas, ambos salvaram sua vida. – Percy soltou a respiração.

- Ela vai ficar legal? – Perguntei, minha voz não passava de um sussurro. O médico se virou para mim e disse:

- Tem grandes chances.

- E está acordada? – Silena perguntou.

- Não. Está em coma. – Aquilo me pegou de surpresa. Natalie balançou um pouco o corpo. Taylor a segurou pelo cotovelo e a levou para a cadeira. O Dr. Thompson foi na sua direção, se agachou na frente dela e segurou o punho com os dedos para tirar seu pulso. Rapidamente, ela se levantou e disse:

- Eu estou bem. Desculpe. É que essa palavra me pegou desprevenida.

- Tudo bem. As vezes, umas pessoas têm infarto ou desmaio. Sua reação não foi nada a mais o que eu esperei. – Ele falou. – E voltando ao assunto, não é tão ruim. Ela pode ficar assim durante... 3 semanas no máximo. – Fiquei tonta. 3 semanas sem minha amiga?

- Eu posso vê-la?

- Claro. Mas não faça muito barulho. – A mãe de Annabeth entrou pela porta e os outros ao pouco foram se revezando. Chegou a minha vez. Suspirei e entrei. Minha amiga estava deitada em uma maca. Completamente pálida. Caminhei em sua direção. Parecia tão... Fraca. Tão... Sem vida. Lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. Não era essa a visão que eu tinha de um dia ter de minha amiga. Seu rosto estava palidamente pálido. Seu lábio inferior estava com cortes. Sua cabeça estava quase toda coberta por ataduras. O braço direito estava com um gesso. A perna esquerda estava no mesmo estado. Tinha sondas. Engoli em seco. Lentamente, levei minhas mãos trêmulas a seus dedos. Estavam gelados e imóveis. Olhei novamente seu rosto. Mesmo que estivesse nesse estado, essa ainda é a minha amiga, a minha Annabeth, a minha garota. Suspirei. O Dr. Thompson entrou pela porta e perguntou:

- Alguma pergunta que eu possa responder? – Virei a cabeça para ver melhor seu rosto.

- Sim. – Respondi, sem hesitar. – Você acha mesmo que ela pode sair desse coma em menos de 3 semanas?

- É provável e possível. – Provável e possível não melhoram em nada a minha situação. Voltei meus olhos para minha melhor amiga. Não agüentei e saí daquele quarto. Vi Percy sentado com a cabeça encostada na parede. Sentei ao seu lado.


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Notas finais do capítulo

eespero q tenhaam gostado :]