How Deep My Love Is escrita por ThatzFer


Capítulo 13
Cap. 12 – No parque




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            As gotas de chuva batiam na capa dela com força, o dia estava fechado, e assim mesmo, ela continuava a andar. Talvez fugisse de si mesma, talvez de outra pessoa. Talvez tentasse se encontrar. Ao certo, não sabia. Andava, sem ter certeza de onde estava indo. Pensava em respostas, porém se deparava com mais perguntas.

            Alaina acordou suada e com o rosto molhado. Estava chorando durante o sonho. Olhou para a janela, estava chovendo, sim. Mas ela não vestia nenhuma capa, e tampouco andava. Mas quanto à confusão que havia tomado posse dos seus pensamentos, a Alaina real também a tinha. Pela primeira vez, sentia-se em cima do muro. Com todos aqueles acontecimentos dos últimos dias, sua cabeça estava um caos de pensamentos desordenados e confusos. De um lado, havia Andreas. Andreas foi o primeiro a falar com ela naquele país, o seu primeiro amigo, estava ali para tudo. Mas era justamente por essa razão que Alaina sabia que não conseguiria amá-lo. Porque ele era seu amigo. Um amigo querido, e ela não estava disposta a destroçar uma amizade tão espontânea e gratuita como aquela. Do outro lado, havia Bill. Alaina sempre sentiu algo em relação a ele, sim, mas por ele ser seu ídolo. Depois de conhecê-lo, percebeu que havia algo mais entre eles, porque nenhum dos dois tinha jeito com outro. Era um tanto incômodo o desconforto que ficava enquanto estavam juntos, mesmo em companhia de Tom e de Andreas. Mas Alaina jamais imaginaria que Bill estava apaixonado por ela. Era algo que ia além das expectativas de uma fã! Claro que ela havia ficado feliz com aquele pedaço de papel... Mas não imaginou que ELA estivesse apaixonada também.

            Depois de rolar na cama por mais de meia hora, Alaina resolveu levantar. Precisava conversar com Bill, depois de ter lido aquele pedaço de papel. Embora não soubesse exatamente o que dizer, sabia que daria um jeito. Sempre dava.

            Tomou café-da-manhã junto com May e seus pais, e depois saiu para dar uma volta. Talvez assim conseguisse organizar os pensamentos e então poderia falar com Bill.

            Andou, sem prestar muita atenção ao que se passava ao seu redor. Quando percebeu, estava circulando um parquinho vazio, com os balanços movidos pelo vento forte. Sentiu frio, apertou-se ao seu casaco, e resolveu sentar em um dos banquinhos. Ficou lá, imersa em seus pensamentos, quando sentiu a presença de mais alguém ali. Não ligou muito, afinal, ali era um parque, muita gente aparecia ali de vez em quando. Então continuou a olhar para baixo, indiferente à aproximação de um vulto de cabelos negros.

- Alaina? – disse alguém, ao lado de Alaina, que ao perceber quem era, assustou-se.

- B-bill? – balbuciou, nervosa. Ainda não estava preparada para falar com ele!

- Err, posso me sentar com você? – perguntou ele, cautelosamente carinhoso. Bill havia decidido se abrir com ela ao escrever aqueles versos, então não iria mais esconder o que sentia. Apesar disso, os dois ainda estavam cautelosos.

- Claro, senta aí. – disse Alaina, recompondo-se. Ela sabia o que sentia, então se Bill tinha se aberto com ela, o mínimo que ela poderia fazer seria se abrir com ele. Esperou.

Os dois ficaram em silêncio, um tanto envergonhados. Alaina quebrou o silêncio.

- Bill, queria conversar com você...

Então ele virou-se para ela, atento. Tinha medo do que ela poderia falar, mas precisava ouvi-la.

- É sobre o meu aniversário. Eu, eu não queria que você tivesse visto aquela cena com o Andreas. Na verdade, aquilo não deveria sequer ter acontecido... – começou Alaina, prestando atenção à reação de Bill ao ouvir aquelas palavras.

- Como não devia ter acontecido? – perguntou ele, confuso.

- Eu gosto muito do Andreas, isso é verdade. Mas ele é meu melhor amigo, eu não poderia... Eu não sinto por ele o mesmo que ele sente por mim.

- Então por que você correspondeu quando ele beijou você?!

- Bill, tenta me entender, por favor. Eu não sou perfeita, tenho lá minhas fraquezas. E corresponder ao beijo do Andreas foi uma delas. Eu não queria beijá-lo, tampouco magoá-lo. O que você faria no meu lugar? Eu não consegui magoá-lo, Bill... E, além do mais, não é dele que eu gosto.

Ao ouvir isso, Bill estremeceu. Se ela não gostava do Andreas... De quem seria? Dele? Do Tom? Bill sentia a insegurança entrar em atrito com a ponta de esperança que estava aparecendo com aquela afirmação.

- E... de quem você gosta? – perguntou ele, curioso.

- Cheguei onde queria. Eu li o pedaço de papel que havia na fenda do quadro que você e o Tom me deram de presente. – disse Alaina, suspirando. – Eu me surpreendi. Não imaginaria que você me via... de uma outra forma. Digo, ah, esquece... – embaraçada, Alaina ficou confusa.

- O quê?! Mas... – começou Bill, ainda mais confuso.

- Tá, Bill! Eu me emocionei com aqueles versos, quase não preguei o olho durante a noite relendo aquele papel, dormi com ele dentro da minha mão, dobrado, e quando acordei, eu o reli mais umas quinhentas vezes, só pra ter certeza de que não tinha sonhado com ele! – disse Alaina, sem parar para respirar. Ela achava difícil dizer aquilo, por mais verdadeiro que fosse. E a única coisa que ela conseguiu ver foi Bill a se aproximar dela, puxá-la para ele e beijá-la com toda a intensidade que pudesse haver no mundo.


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