Bill acordou cedo naquele dia. Tinha dormido mal. Na verdade, não tinha conseguido dormir. Pensava no dia anterior. No aniversário de Alaina. No beijo dela e de Andreas. No quadro. No papel que ele havia escrito. Pensou se havia feito o certo, abrindo-as daquele jeito, a alguém que ele não sabia se corresponderia. E depois de vê-la com Andreas, aí é que milhares de dúvidas saltaram em sua cabeça. Agora ele já não tinha a certeza de nada, estava sem ação. Então alguém bateu na porta do quarto.

- Entra. – disse Bill, indiferente.

- Que é que se passa, mano? Você está trancado aqui desde que chegou da festa da Alaina. – falou Tom, entrando no quarto.

- Nada.

- Esse ‘nada’ por acaso se chama Andreas, não é? – continuou Tom – Eu vi a cara que você fez quando viu aqueles dois se beijando, Bill.

- Deixa pra lá, Tom.

Então, Tom saiu do quarto, deixando Bill imerso em seus pensamentos. Apesar daquela dor e tristeza estranhas que ele sentiu ao ver seu melhor amigo aos beijos com Alaina, ainda assim não conseguiu se arrepender de ter colocado o pedaço de papel na fenda do presente dela...