Catch Me If You Can. escrita por Cooper_Hathaway, Carter Holmes


Capítulo 2
A Revolta de Edgard


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! Aqui é a Delena
Então, aqui está o primeiro capítulo escrito por mim e pela Cooper.

Esperamos que gostem!



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Que saco! Achei que o Max tinha dito que hoje seria meu dia de folga. Mas não, ele teve que me arrumar um serviço.

  Não que eu seja contra matar bandidos, mas... Um dia de descanso não iria acabar comigo.

  - Já chegou lá? – eu o ouvi falando em minha mente

  - Ainda não, mas estou quase. – eu murmurei

  - Se apresse, logo, logo ele já terá ido embora. – ele me disse irritado, como eu queria poder bater nele, infelizmente não dava. Enquanto ele estivesse com Mason eu não podia fazer nada.

   - Claro chefinho. – eu cheguei ao edifício do Parlamento e fui até a escada de emergência.

   O Parlamento era um edifício grande e feito completamente de vidro. Eu teria que ser rápida se não quisesse ser pega por ninguém.

    De acordo com Max, a minha próxima vítima deveria estar na cobertura, que droga, seria uma longa escalada.

    Eu peguei a pedra ônix que ele havia me dado e joguei no terceiro andar. No mesmo instante a janela se abriu e eu vi Fred sorrindo de um jeito bobo para mim. Ele lançou uma corda e pediu para eu escalar.

  Eu assenti com a cabeça e comecei a subir. Eu podia não ser muito rápida para correr, mas eu tinha uma força nos braços que era fora do comum, por isso em menos de um minuto eu já estava dentro do Parlamento.

   - E aí Dru! – ele me ajudou a levantar e eu vi que estávamos em um depósito.

  - Fred. – eu apertei a mão dele e o virei para a parede, onde eu comecei a revistá-lo.

  - Qual é Dru, trabalhamos juntos há três anos e ainda sim você não confia em mim?! – ele resmungou quando eu o liberei.

  - Presta atenção, ninguém que o Max manda é digno de confiança, então do mesmo jeito que eu não confio em você, não confie em mim. – prendi meu cabelo preto em um rabo de cavalo e coloquei minha franja atrás da orelha. – Então, qual é o esquema?

  - O nome dele é Wilson Beauxtorn, ele é careca e cego de um olho. O esquema é você ir até o vigésimo quinto andar e matá-lo... Mas o chefe quer que você faça isso sem sangue e sem deixar impressões digitais.

   - Já sei. O que você acha de eu escalar a parede da sala onde ele está e aí eu pulo ajoelhada nos ombros dele quando ele estiver passando e quebro o pescoço dele com as pernas? Aí eu não deixo digital, não corro o risco de alguém me ver e ainda não derramo uma gota de sangue.

   - Prefiro que não discuta suas estratégias comigo. Tenho estômago fraco. – ele pôs as mãos frente ao estomago de forma protetora.

   - Então o que está fazendo nesse trabalho? – eu ri irônica

   - Muito engraçado. – ele abriu as grades da ventilação e me estendeu um walk-talk – Vou ficar em contato com você o tempo todo.

   - Okay, tchau Fred – eu subi na ventilação.

   - Tchau Dru.

   Eu comecei a andar pelo caminho estreito. Seria um longo caminho até o andar da vítima.

***

   O lugar estaria completamente escuro, não fosse pela pequena claridade de uma lâmpada alaranjada que iluminava uma forma humana.

Um homem – minha vítima.

Mas ele não estava sozinho. Ele falava baixinho com alguém parado à frente dele – alguém pequeno.

- Homens estúpidos. E eles pensaram que eu ia deixar você, Edgard? Eles pensaram que eu ia te abandonar?

Então... Ele é gay. Hm.

Aproximei-me sorrateiramente dos dois. Mesmo apertando os olhos, ainda não conseguia ver o tal Edgard – ele era muito pequeno.

- Só eu posso te dar comida! – a vítima exclamou.

Espero que a “comida” a qual ele se referia não fosse a que eu estava pensando que era.

- Nós podemos ir pra Vegas! – ele deu um berro enorme, o que me assustou um pouco. – É isso, Ed! Vamos pra Las Vegas!

Aquilo não fazia sentido, quer dizer, primeiro ele dizia pro Edgard que não o iria deixar, e então... E então eles vão para Las Vegas.

Não se eu os impedir, pensei e um sorriso de canto brotou em meus lábios.

Não me preocupei em não fazer barulho ao caminhar até a vítima e Edgard. O criminoso ainda falava:

- Edgard... Onde estamos?

Certo, aquilo foi o cúmulo. Eu tinha quase certeza que eles estava bêbados. Extingui a distância entre nós com passos largos, e logo estava exatamente ao lado de minha vítima.

Ele arregalou os olhos ao me ver, mas então sorriu. Levantou-se rapidamente, e me abraçou.

- Eu sabia que você viria, minha linda!

Empurrei seus ombros com tanta força que ele voou de encontro à parede mais próxima. E então pude, finalmente, olhar para Edgard.

Mas o quê?!

- Você estava falando com um gato? Um gato?! – eu exclamei incrédula.

Porque o que eu via a meus pés era uma bola de pêlos laranja e gorda. E aquele só podia ser Edgard.

- Ahn... – a vítima murmurou. Tinha batido a cabeça na parede branca, e agora havia uma mancha avermelhada de sangue escorrendo.

Meu Deus, aquilo estava fácil demais para ser verdade.

Chutei Edgard e ele rosnou. Ignorei-o e caminhei lentamente até minha vítima.

- Qual seu nome? – questionei sem realmente me importar. Eu estava prestes a matá-lo, de que importava seu nome?

- Beauxtorn... Wilson Beauxtorn.

- Ótimo, Wilson. Agora você vai aprender a nunca, jamais, me abraçar.

Fitei o gato, Edgard. Ele me olhava maleficamente, como se tivesse consciência do que era vingança. E, bem, ele era um gato – ele não ia se vingar de um chute, certo?

Ignorei-o novamente e voltei a observar Wilson. Ele não estava com medo, parecia não ter noção do perigo em que estava.

Isso quase comprovava minha teoria de que ele bebera todas.

Toquei o metal frio de meu revólver, que estava preso ao cinto de minha calça.  Puxei a arma rapidamente, e logo minhas duas mãos estavam ocupadas com ela.

Wilson arregalou os olhos novamente, percebendo que sua vida estava prestes a chegar ao fim.

- Suas últimas palavras? – sussurrei.

- Vai, Ed! – ele disse e franzi a sobrancelha.

Certo, ele só pode ser louco, porque nem a bebida faz com que suas últimas palavras sejam “Vai, Ed!”

Eu só entendi o que ele queria dizer quando senti a mordida em meu calcanhar.

No mesmo segundo, chutei o animal. Mas... Ele não largou minha calça.

Oh, droga, aquilo estava doendo pra caramba.

E então apontei a arma para ele.

E até o gatinho entendeu que ele não viveria muito mais se continuasse me mordendo. Ele me soltou e seus olhos me fitaram com medo – ao menos ele era mais inteligente que seu dono.

Não havia motivo para atirar no gato, por mais que eu estivesse quase espumando de raiva e dor. Ignorando a sensação, virei-me para Wilson.

E, daquela vez, eu não lhe daria a opção de dizer algo sem importância.

Pressionei o gatilho, mas a arma voou de minha mão quando senti aquilo subindo por minhas pernas.

Nota mental: nunca ter piedade de gatos.

Aquele maldito Edgard subia por minhas costas, e cravou as garras em meus cabelos.

Meus cabelos!

Minhas mãos, já sem a arma, puxaram o animal de meus cabelos. Mas ele não me soltou, o que significa que eu puxei meu cabelo.

Eu senti os fios sendo arrancados pelas garras daquele bicho. Cerrei os olhos com força, tentando controlar minha raiva – inútil.

E depois não senti mais o gato.

Girei meu corpo de modo que dei as costas para a parede e vi Wilson segurando Edgard. Ele o tinha tirado de meus cabelos.

Mas o gato estava tão assustado que pulou dos braços do dono e sumiu na escuridão do aposento – e é bom, para o bem da vida dele, que ele não apareça novamente.

Respirei fundo enquanto fitava Wilson. Ele ainda não parecia entender o que eu faria. Abaixei e peguei o revólver.

- Adeus. – murmurei glacialmente e então puxei o gatilho.

Não fiquei muito tempo observando o corpo estirado no chão. O tiro em seu coração certamente o matara no mesmo segundo que a bala entrou em contato com o órgão.

A última visão dele que tive foi a poça de sangue no chão e a parede branca com respingos avermelhados.

Andei apressadamente em direção à porta. Já havia demorado tempo demais ali, e algo dentro de mim dizia para eu não abrir as portas.

Bem, como eu não era supersticiosa, abri as portas.

E então dei de cara com três homens do Parlamento, encarando-me como se tivessem me pego no flagra.

E, bem, eles tinham mesmo.



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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Merecemos reviews?