Reencontro escrita por tamiladybug


Capítulo 2
nice to meet you


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo Julieta e Cauê conversam sozinhos pela primeira vez.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/114310/chapter/2

 A tarde passou bem rápido. Era 17h30min, Julieta já estava pronta e se olhava no espelho toda hora, para ver se estava bonita.

 “Será que essa roupa está boa?” pensou ela, “Eu quero ficar linda!” suas bochechas ficaram vermelhas, “Vai que role alguma coisa. Será que devo colocar uma roupa mais decotada? Não! Ele vai achar que estou dando em cima dele. É assim está bom. Só um pouquinho de pó aqui e pronto. Perfeito!”

 - Aonde você vai querida? – perguntou sua mãe, Ester. Ester, esse nome combinava muito com a mãe de Julieta. Ela era sempre radiante como uma estrela, que era o significado de seu nome. Sempre conseguia resolver os problemas dela e de sua família. Era ela quem costumava ser a “líder” da casa.

 - Oi mãe. – “O que eu digo agora? A verdade, claro! Não vou fazer nada de errado. Pelo menos eu acho.” Pesou ela. – Só vou à casa de um amigo fazer um trabalho. A gente ta sem internet. – lembrou sua mãe.

 - Ah, claro filha. Mas... quem é esse garoto? Ele já veio aqui em casa querida? – Ester perguntou porque todos os amigos de sua filha costumavam ir lá.

 - É o Cauê e não. Ele nunca veio aqui em casa mãe. Por quê?

 - Só por curiosidade. Ele é bonito?

 - Mãe! – gritou Julieta já com suas bochechas vermelhas de vergonha. – É, ele é bonito. Normal, não tem nada de especial.

 - Sei. – sua mãe a olhou desconfiada. – Juízo em querida. Os pais dele vão estar em casa?

 “Droga! O que eu digo? Se eu contar a verdade ela não vai me deixar ir. Vai mandar irmos à lan-house. E todos sabem que é IMPOSSIVEL fazer algum trabalho lá.”

 - Mas é claro mãe. – mentiu. – Não confia em mim?

 - É claro que confio, é só que eu não o conheço. – explicou.

 - Pois então pode ficar tranqüila Dona Ester, ele é o “CDF” da sala. E eu sei me cuidar. Se caso ele me agarrar eu sei me defender. – mostrou suas mãos em forma de garra. As duas sorriram.

 - A garra filha! Ainda bem que te ensinei direitinho. – as duas riram. – Mas é pra caprichar em, se ele te agarrar deixa ele impossibilitado de mexer aquela ferramenta por meses em querida.

 - Pode deixar mãe. – Julieta olhou no relógio e faltava um minuto para o combinado, quando o relógio marcou 17h45min a campainha tocou. – Deve ser ele.

 - Deixa que eu abro a porta querida. – ela abriu a porta e se deparou com aqueles olhos que chamavam bastante atenção. – Oi. Você deve ser o Cauê.

 - Isso senhora. – Cauê a olhou bem tímido. “Que legal. Fui atendido pela mãe dela.” ironizou.

 - Eu sou Ester. É um prazer conhecê-lo. – ela o cumprimentou apertando suas mãos.

 - Prazer Dona Ester! – disse sem jeito.

 - Bom, que horas você chega filha? – Ester finalmente tirou os olhos daqueles olhos encantadores de Cauê e olhou para Julieta.

 - Eu não sei mãe. Na hora que a gente acabar. Eu te ligo!

 - Hm, não se preocupe, eu vou trazê-la de volta pra casa. – disse sorrindo.

 - Então tudo bem. Mas não chegue depois das 23h.

 - Pode deixar mãe. – deu um beijo em seu rosto. – Vamos? – perguntou ao Cauê.

 - Claro. – ele seguiu para o carro.

 - Nada de especial filha? Me engana que eu gosto. – cochichou no ouvido de Julieta.

 - Mãe! – exclamou ela.

 - Qual é? Ele tem os olhos mais bonitos que alguém poderia ter. Ele é LIN-DO. – Ester disse o “lindo” separando as sílabas.

 - Ok, ele é sim. – dessa vez suas bochechas não ficaram avermelhadas, elas estavam parecendo uma pimenta de tão vermelhas. Julieta estava tão envergonhada que não parava de sorrir. – Agora me deixe ir, ele já está esperando. Tchau mãe, te amo.

 - Eu também te amo filha. Juízo!

 - Ok, ok! – Julieta se virou e caminhou até o carro e Cauê estava ao lado do passageiro abrindo a porta para ela. – Obrigada!

 “Ai que encanto de menino” pensou Ester “Um genro desses qualquer mãe quer ter!”

 - Não por isso. – Cauê respondeu para Julieta.

 O caminho não era longo, eram 10 minutos de carro, isso se tivesse transito. Era tempo suficiente para eles conversarem um pouco. Pela primeira vez desde que se conhecem: somente os dois.

 - Então, - começou Cauê. – sua mãe é bem legal. Até parece ser sua irmã mais velha em vez de mãe. – disse olhando pelo retrovisor. Ester realmente parecia ser irmã mais velha de Julieta. Ela tinha cabelo liso e curto que caia até os ombros. Seus olhos eram da mesma cor dos de Julieta, castanho claro. Era magra e poucos centímetros mais alta do que sua filha.

 - É. Todos dizem isso. É que ela se casou com 16 anos e quando eu nasci ela tinha 17 anos.

 - Nossa, ela se casou bem nova. Então se você fosse ela, já estaria casada e com um filho. – pensou alto. Não era para ele ter realmente dito isso. Ainda bem que ele pensou antes de continuar “... é, seria bom se eu fosse o marido e o pai do bebê!”

 - É, SE eu fosse ela. Mas como não sou, pretendo esperar bastante até isso acontecer. Ainda não conheci alguém que pudesse chamar de MEU. Então essa possibilidade de casar e ter filhos cedo não passa pela minha cabeça. – disse ela. “É claro que eu já conheci essa pessoa. Só não posso chamar de MEU. Ainda não, mas que sabe um dia?” pensou o olhando.

 - Ainda não conheceu? Que pena. – disse meio chateado. O sinal fechou. “Poxa, eu achei que eu fosse essa pessoa que você chamaria de SEU, mas to vendo que me enganei.” pensou olhando dentro dos olhos de Julieta que agora batia a luz do sol que estava se pondo e que os deixava ainda mais encantador.

 - É. – respondeu. “Será que dei mancada? Será que ele achou que eu iria dizer que ele é o garoto que eu queria chamar de MEU? Não, acho que não. Ele nem deve gostar de mim. Parece que ele gosta mesmo da Débora, todos gostam dela.” pensou confusa. Passou um minuto de silencio, um olhando no olho do outro.

 - Ér, então... quem escolheu seu nome? Julieta? Ele é bem bonito! – a elogiou.

 - Foi minha mãe. Ela é fã de Shakespeare. – explicou.

 - Escuta e me fala se eu acertei. – pediu Cauê. – Julieta é uma pessoa suave, que prefere uma vida tranqüila a loucas aventuras. Adora literatura, cinema e teatro. No amor, entrega-se a sonhos românticos difíceis de ser concretizados.

 - Nossa! – bateu palmas. – Parabéns. É isso mesmo, mas às vezes da vontade de fazer algumas loucuras. – eles riram. – Sabe como é, sair da rotina algumas vezes faz bem a alma.

 - É, sei como é. – sorriu aquele sorriso contagiante.

 - Agora é minha vez, vamos ver se acerto ta bom?

 - Vai fundo.

 - Vamos lá. Cauê indica uma pessoa de extrema bondade e inteligência, muito elogiada pelo seu jeito amoroso e um tanto tímido que encanta a todos.

 - Minha nossa senhora. Acho que andamos fazendo bem a lição de casa. – ele bateu palmas, só que no braço já que uma mão estava no volante. Eles riram juntos. – No seu nome, as partes que já conheço é que você é suave, tranqüila, eu sempre escuto você marcando de ir ao cinema com o pessoal da sala e tem cara de quem gosta de um romance.

 - Pois é. Quem não gosta de um cineminha de vez em quando? – sorriu. – Bom, e a parte que eu já conheço é que você é super inteligente e tem um jeito tímido que me encanta bastante. – a bochecha dos dois ficou vermelha.

 Ele parou o carro de frente a um sobrado branco com uma varanda na entrada e duas acima, possivelmente eram dois quartos. A casa era bem grande e tinha um jardim na frente cheio de margaridas. Havia uma mulher regando as margaridas que parecia ser a mãe de Cauê. Ela era magra e alta. O tamanho dela ficava entre Julieta e Cauê. Tinha um cabelo longo e loiro.

 - Chegamos. – disse Cauê tirando o sinto de segurança.

 - Essa é sua casa? – ele fez que sim com a cabeça. – Ela é linda! Aquela é sua mãe? – perguntou tirando seu sinto.

 - É sim. Vamos, vou te apresentar a ela.

 Os dois saíram do carro e caminharam até onde estava a mãe de Cauê regando as flores.

 - Oi mamãe. – disse Cauê.

 “Own, que fofo, ele chama a mãe dele de mamãe.” pensou Julieta encantada com o que ouviu.

 - Olá filho. – disse enquanto Cauê dava um abraço de urso que a tirou do chão. – Essa moça linda deve ser Julieta. – assim que Cauê a colocou de volta no chão ela olhou para Julieta.

 - Isso, sou eu mesma. – ficou envergonhada pela palavra linda, que ouviu sua futura sogra dizer. Pelo menos esse futura estava passando na cabeça de Julieta toda hora.

 - Deixe me apresentar. – apressou-se em dizer olhando nos olhos de Julieta. – Sou Dafne. É um prazer lhe conhecer Julieta. Belo nome.

 - Ah, obrigada. – sorriu e a cumprimentou com um aperto de mãos – A senhora também tem um belo nome. – Julieta reconheceu aqueles olhos, eram os mesmos olhos de Cauê. O significado do nome Dafne é loureiro. Nome da ninfa que foi amada por Apolo e transformada nessa planta. Indica uma pessoa cheia de qualidades, entre as quais se destacam o encanto, o brilho e a facilidade em se comunicar e despertar confiança.

 - Obrigada querida. – sorriu e olhou para Cauê. – Filho, seu pai está lá em cima se arrumando, daqui a pouco vamos sair, e seu irmão ta tomando um banho, foi chamado para trabalhar agora, uma loja está pegando fogo e poucos bombeiros ficaram para receber outras ocorrências. Vocês vão ficar sozinhos aqui, então juízo você dois ouviram?

 - Pode deixar mãe. – olhou para Julieta. – Vamos?

 - Claro! – e começaram a entrar naquela linda casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

pouquissimas pessoas estão lendo, isso me deixa chateada ): deixem reviews



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reencontro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.