Sonho Diferente do que Eu Pedi escrita por starimagination
Notas iniciais do capítulo
Será que eles agora dançam melhor? :)
- Fogo! Vais contar-me ou vais esconder o que quero saber para sempre. – diz ela cada vez mais preocupada pois a expressão do Daniele estava cada vez mais triste. - Depois dava cabo do meu corpo e alma. Quando dizia a minha mãe que ele não gostava de nós, ela dizia que na verdade ele amava-nos muito, mas por vezes perdia a cabeça. Tinha o diabo no corpo dizia ela. - Daniele, eu …- Luísa quase deita uma lágrima pelo rosto abaixo, embora não ouvisse os pensamentos de Daniele sentia uma dor grande vinda não sabia de onde. Pôs a mão sobre o peito e sentiu seu coração bater rapidamente. Ele percebendo que ela tinha ficado surpreendida com a sua revelação, puxa com o seu braço contra o peito e diz: - A verdade é que até a algum tempo pensava que todas as famílias eram assim. Mas já passou. Agora minha vida é a dança, a música e a arte. - Tu fostes muito corajoso. - Não, não fui Podia ter sido mais, ter impedido a morte dela e o desaparecimento dele. Podia ter segurado aquela “família” e torna-la mesmo numa verdadeira família. Enquanto ele dizia estas palavras ela abre bem os olhos e duas grandes lágrimas caem-lhe do rosto. Nunca pensar em nada daquilo para ele que sorria e ponha os outros a sorrir. Luísa mexeu seus lábios e disse baixinho: - A tua mãe onde está? - Ela morreu, está no céu, espero. Tipo suicidou-se, ela queria-o à muito tempo, depois disso eu também pensei nessa hipótese mas não tive coragem disso. Nunca viram seu corpo, dizem que os animais o levaram, depois do comboio passar. Meu pai ficou com uma mulher, minha madrasta que é minha encarregada de educação, eles discutiam. O meu pai nunca lhe batia, pois ela conseguia sempre seduzi-lo embora eu a ache mais feia que a mãe. Depois meu pai desapareceu e deixou-me com ela. E agora vivo assim. - Como pensaste nisso? - No que? - Em matares-te. - Bem, era uma hipótese para fugir ao sofrimento mas … não. Tinha outra coisa em mente. Fui dois ou três anos para casa da minha tia na Alemanha e ensinei meus primos a cantar e tocar instrumentos. Minha mãe me ensinou muito sobre música. E eu sei cantar, dançar e tocar um pouco de tudo. A dança fui eu que aprendi sozinho e foi aí que o Pedro me encontrou. Estava a dançar com um velho rádio que encontrei no lixo e que pedi a um senhor que o consertasse. Dançava às escondidas de meu pai, num beco da rua, ninguém me via e assim ninguém contava ao meu pai. O Pedro viu-me, tinha eu 4 anos. Mesmo antes de ele me encontrar eu dançava muito. Para soltar tudo o que tinha aqui dentro. Para soltar a dor ou a alegria de nesse dia (o que era raro) de nem ter levado uma palmada. Era um sonho dançar. O Pedro ficou tão surpreendido com os meus passos e disse… “- Uauu! Danças mesmo bem pequenote! – disse Pedro. Eu tremia, tinha medo do que ele podia fazer ou contar ao meu pai. - Não diga nada a ninguém por favor! Peço-lhe. – disse quase chorando. - Queres continuar a esconder… isto! Tu não deves esconder o teu brilho. Tu brilhas como uma estrela enquanto danças. Nem penses, não vou deixar que pares de brilhar. - Eu sou mau… - Mau, não. Queres ser meu aluno? Queres dançar e te tornares melhor ainda. Eu olhei para ele como se não percebesse nada. Ele levou-me para demonstrar o que ele queria dizer. Quando vi o grande espelho fiquei como alucinado. Ele pôs música e meus pés não paravam quietos, parecia o “Happy feet”. Ele dançou, eu dancei imitando-o e por vezes dava um toque diferente à dança. Fui o seu primeiro aluno. Após descobrir o que meu pai fazia comigo, falou com ele e meu pai lá deixou, não fosse ele contar à polícia a nossa situação. Pedro tratava-me como um filho e durante as aulas era um aluno. Vinha sempre cedo para a aula. E fazia muitas coisas novas e assim tornei-me no que sou agora. E nunca desisti do meu sonho, de conseguir brilhar mais e voar mais alto.” - Que história! Uma pergunta o Pedro é o professor? – diz Luísa tirando as suas conclusões. - Sim, é! Hahahah! Não sabias durante este tempo, que parvinha. - Nunca ninguém mo disse. – diz Luísa fazendo uma careta. - És mesmo parvinha. - Sim, ton…- ela para com receio de o fazer lembrar do seu passado. - Tonto. Podes dizer, fica tudo na mesma, mesmo que saibas o meu passado, louca. - Sim tonto, parvo e inteligentemente reduzido ao zero. - O quê? Não percebi vais ver. - Meninos… Eles viram-se, era Pedro. - Bem, vamos ver agora como dança. Espero que tenham aprendido a lição. - Parece-me que não professor Pedro. – diz Luísa e Daniele em coro. O professor solta-os e eles preparam-se para o “exame final”.
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Continua...