Just The Time escrita por BailarinaDePorcelana, okaykris


Capítulo 1
Prólogo: Deixada


Notas iniciais do capítulo

E aí gente? Curtam o primeiro capitulo dessa comédia romantica! Espero que gostem!



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     O sol, quente na pele das minhas costas nuas, me acordou pela manhã. Era tarde da manhã ou logo cedo à tarde, eu não tinha certeza.

    Apesar disso, tudo além da hora estava claro; eu sabia exatamente onde estava – o quarto claro, com a grande cama, a luz brilhante do sol entrando pelas portas abertas. As nuvens do mosquiteiro suavizavam o brilho.

     Eu não abri meus olhos. Eu estava feliz demais para mudar qualquer coisa, não importa o quão pequena ela fosse. Os únicos sons eram as ondas lá fora, nossa respiração, as batidas do meu coração...

    Eu estava confortável, mesmo sob o sol forte. Mas... Faltava algo naquela cena.

     Edward.

     Sua pele gélida não se encostava a mim. Tateei a cama – pelo menos até onde pude alcançar – mas não o encontrei.

     Movimentei-me um pouco para o lado, mas senti uma dor estranha por meu corpo. Uma que percebi que não era tão estranha assim.

    Abri meus olhos imediatamente. Olhei envolta, mas não havia mais ninguém no quarto. Eu estava deitada na cama com apenas um fino lençol e cobrindo, e foi então que me lembrei de tudo o que havia acontecido. Imediatamente senti meu rosto esquentar violentamente.

    Olhei o travesseiro onde o maior amor da minha vida deveria estar deitado. E era onde havia um bilhete, escrito na perfeita caligrafia de Edward.

       Sinto muito por tudo o que fiz. Não suporto te ver assim, então saí durante a noite.

        Desculpe-me, mas foi a única maneira de não te machucar mais e de fazer você continuar humana.

        Quando quiser voltar para casa, é só pedir á empregada, Kaure, que chame o barco.

                 Desculpe-me.

     Senti as lágrimas escorrerem por meu rosto.

     Como ele podia fazer isso? E logo depois de havermos casado? E de haver prometido nunca mais me deixar? Isso não podia estar acontecendo!

     Senti aquele vazio, aquele buraco no peito, que não sentia havia tanto tempo.

     Senti-me prestes a desmaiar. Ele havia me deixado em uma ilha no meio do oceano de um país que eu não conheço. Jeito ótimo de passar uma Lua de Mel!

     Ouvi um barco á distancia, e então olhei pela parede de vidro, onde vi um barco branco - menor do que o que eu havia embarcado para chegar á Ilha Esme – vinha no horizonte. E eu não estava nada apresentável.

     Estava me levantando, quando percebi algumas coisas brancas grudadas em mim. Eu não conseguia entender os flocos que neve branca grudados na minha pele. Eu balancei a cabeça, e uma cascata branca caiu do meu cabelo. Eu agarrei uma das coisas brancas entre meus dedos. Eram penas. O quarto inteiro estava coberto de penas. Não entendi o porque, mas quando realmente me levantei senti meu corpo dolorido, e, quando olhei para meus braços, vi marcas roxas nele. E também havia mais em várias partes do meu corpo.

     Foi ai que entendi o porque de Edward ter me deixado. É lógico que ele iria pirar quando visse o que fez comigo.

    Mais lagrimas irromperam, e não contive o soluço.

     Corri para o banheiro, tentando conter as lagrimas que insistiam em cair, e lavei meu rosto.

     Achei tão bom que liguei logo o chuveiro para tomar um banho. Achei que isso me ajudaria. Mas apenas ajudou mais as penas a grudarem nos meus cabelos e a chorar cada vez mais. Por fim, as lagrimas secaram. Parecia que já havia chorado tanto que não havia mais motivos para isso.

     Quando sai do banheiro, me apressei a vestir, antes que, quem quer que estivesse naquele barco, chegasse.

     Vesti um vestido azul com mangas três quartos, que tampava todas as marcas roxas na minha pele.

     Peguei tudo o que era meu ali e pus na minha mala. Não ficaria ali nem por mais cinco minutos.

    Mas... Por outro lado, estava morrendo de fome.

    Remexi na cozinha procurando algo para comer, e achei ovos. Perfeito!

    Preparei os ovos muito rápido, e comi tudo tão rápido que me assustei comigo mesma.

     Logo, o barulho de motor ficou cada vez mais alto, e de repente parou. Foi então que parei de comer, e percebi que estava chorando novamente.

     Um homem apareceu na porta da cozinha. Ele era alto e moreno. Ele sorriu gentilmente. E então percebi outro problema: eu não falava português.

     Então resolvi falar em inglês mesmo.

     - Olá.

     - Oi. – falou o homem, em inglês. Fiquei muito surpresa. – Meu nome é Gustavo.

     - Ah, sim. Muito prazer Gustavo. – enquanto fala, percebi que minha voz estava um pouco embargada pelo choro.

     - A senhora deseja alguma coisa? – ele perguntou.

    - Não... Na verdade, eu queria voltar para os Estados Unidos. – falei tentando parar de chorar. Mas sem nenhum sucesso.

     - Ah, sim. O senhor Cullen me pediu para lhe entregar isso.

     Gustavo pegou um papel e me entregou. Era um passagem de avião.

    - A senhora deseja ir agora? – perguntou.

     Apenas acenei com a cabeça. Não confiava muito na minha voz, agora que estava chorando desesperadamente.

     Gustavo buscou minhas malas no quarto e as levou para o barco.

     Logo já estava em terra firme. Gustavo chamou um táxi para mim e falou para ele ir para o aeroporto. Fiquei agradecida por aquele homem que eu conhecia a menos de uma hora estar me ajudando tanto.

     Cheguei ao aeroporto e o embarque foi rápido. Enquanto estava no avião, tinha tantas coisas sobre as qual eu tinha duvida! Mas pelo menos sobre uma eu tinha certeza: eu não voltaria para Forks.


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Notas finais do capítulo

Oq acharam? Mandem reviews! Please! Beijos