First Birthday escrita por AninhaPotter


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Essa Short Fic é inspirada na carta que o Harry acha quando entra no quarto do Sírius pela primeira vez, no Livro Relíquias da Morte.



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Eu estava encostada na porta do quarto do Harry, apreciando seu soninho quando o James chegou me abraçando por trás.


– Mamãe coruja. – Ele disse rindo.

– Ele dorme como um anjinho. – Eu disse com um sorriso fraco – Não faz ideia do que estamos passando, querido... – Agora meus olhos começavam a se encher de lágrimas. – Não consigo parar de pensar que talvez nem veremos o seu próximo aniversário. – As lágrimas eram impiedosas, se empurrado pra fora de meus olhos, dando lugar para as próximas.

– Não pense nisso, Lily. Estaremos aqui, sim! Ele vai ter que nos aguentar por muito tempo ainda; pelo menos até daqui a uns vinte anos, só aí ele poderá sair de casa para casar. – Disse o Jay, com a sombra de seu velho sorriso maroto nos lábios. Eu lhe dei um tapinha no ombro. Só o Jay mesmo para me fazer rir nessa situação. – Amor, eu protegerei vocês com a minha vida, não se esqueça disso nunca. – Ele disse sério, me beijando na testa e indo em direção ao berço do Harry.

– Hora de levantar, meninão! Um ano hoje, hein, filho?!? – Ele disse pegando-o no colo e jogando-o no ar. Harry apenas ria, mostrando umas covinhas que eram as coisas mais fofas do mundo. – Mamãe, não vai parabenizar seu filho não? – Falou o James, me olhando por um minuto. Eu até tinha me esquecido como me mover, apenas apreciava a cena mais linda do mundo, que era um pai brincando com seu filho na manhã do primeiro aniversário. Harry pareceu entender o que o pai falava, já que estendia suas mãozinhas em minha direção e as agitava.

– Vem aqui, Amor. – Eu disse, peguei o meu filho no colo e dei-lhe um beijo. – Feliz aniversário, Harry James Potter.

– E aí, filho, como vai querer seu aniversário? – Disse o meu marido, rindo e fazendo cócegas no filho. – Vai querer um bolo de chocolate ou de baunilha? Cá entre nós filhão, não escolha o de baunilha não, a Lily tem uma mão de anjo pra muitas coisas, mas o bolo de baunilha dela é horrível! – Ele disse, como se esperasse que o Harry respondesse.

– James! – Eu disse, lhe repreendendo, mas não contendo um riso.

– Só disse a verdade, oras! – Ele disse rindo e tomando o bebê de meus braços. – Vamos tomar café, estou morrendo de fome.

Eu fui até a cozinha preparar a mesa do café, enquanto o James colocava o Harry na cadeirinha alta e lhe dava uma papinha.

– Olha o testraliozinho* – Dizia ele, fazendo várias caretas e abrindo a boca várias vezes. – Isso, Harry. Come tudo, filho! – Eu mais uma vez ri do momento pai e filho. Quando o James acabou de dar comida ao Harry, ele conjurou uns brinquedos pro menino e veio se sentar comigo para tomar café.

– E aí? O que vamos fazer pra ele? Quer dizer, não vamos realmente deixar passar em branco, não é?

– Não sei, James. Não acho uma boa ideia fazer algo para ele nesses tempos difíceis.

– Ahhh, vamos lá, ruivinha!!! Só um bolinho e alguns amigos íntimos!

– Não sei, Jay, não acho uma boa idéia. Vamos só chamar a Batilda e fazer um chá. – Eu disse, resoluta, e ele não se pronunciou de novo sobre o assunto.

– Então, é sério que você não gosta do meu bolo de baunilha? – Eu disse enquanto passava geléia em uma torrada.

– Humm. – Ele disse, tentando me enrolar.

– "Hum", o quê, James Potter? – Eu disse.

– Talvez... - Ele disse divertido, e eu (em um impulso infantil, digamos) lhe dei língua. – Quem dá língua pede beijo... – Ele disse rindo e me beijando carinhosamente. – Bom, querida, eu vou lá na casa da Batilda, convidá-la para a 'festa' do Harry. – Ele me disse depois de uns minutos.


...


Cinquenta e quatro minutos depois (sim, eu estou contando), chega o James.

– James Potter! Posso saber por que diabos você demorou cinquenta e quatro minutos? Não sabe que nestes tempos não se pode demorar? Eu já estava ficando preocupada! – Eu disse [N/a: Na verdade ela gritou].

– Calma Lily, eu acabei passando na confeitaria e comprando um pequeno bolinho pro Harry, e você sabe que a Batilda sempre conversa demais, então eu acabei demorando um pouco. – Ele disse calmamente e colocou um bolo escrito 'Parabéns' em cima da mesa da cozinha.

– Está bem. – Eu disse, resignada. Já falei que não consigo ficar de mal do James por muito tempo? Isso acontece desde quando começamos a namorar, lá no colégio...

Nos sentamos na sala e começamos a brincar com o Harry. Depois de um certo tempo eu peguei 'Os Contos de Beedle o Bardo' e folheei, até chegar à história que o Harry mais gostava (pra mim parecia que ele gostava, já que sempre sorria e depois dormia enquanto eu lia essa história), O Feiticeiro e o Caldeirão Saltitante.


– "Esta história começa suficientemente alegre, com um antigo assistente muito gentil, que lembra muito ao Dumbledore

Eu sempre começava a história assim, porque ele realmente sempre me lembrou o Dumbledore.

Este 'bem-amado' homem usava a sua magia principalmente para o benefício dos seus vizinhos trouxas, criando poções e antídotos para eles. Chamava a isso" culinária de sorte ". Certo dia, ele morre (após um longo tempo de vida) e deixa tudo para o seu único filho. Infelizmente, o filho é bem diferente do pai, egoísta."

[...]

Então, no final aparece o misterioso sapato que se encaixa perfeitamente no seu pé. Assim que o mago o põe, os dois caminham (e pulam) até um novo amanhecer.


Quando acabei a história não era só o Harry que estava dormindo, o James estava deitado com ele no sofá. Rindo, eu fui preparar o nosso almoço. Quando o cheiro da lasanha já estava impregnando a casa o James aparece com um Harry sonolento e bocejando nos braços.

– Sabe, acho que o nosso pequeno não vai dormir direito hoje à noite, Lily. – Ele disse, divertido. Então uma coruja chegou e pousou na janela, com um embrulho nas patas.

– Olhe, Jay, é Eragon, a coruja do Sírius! Acho que ele lembrou do aniversário do Harry.

– É claro que ele ia lembrar! Harry é afilhado dele, né? – Ele disse enquanto me passava o Harry e ia pegar o embrulho. – Olha que legal Lily! É uma vassoura em miniatura! Coloca o Harry no chão, querida. – Eu assim fiz. – Vem aqui, filho. – Disse o Jay, e o filho foi lá, ele levou o Harry pra sala e eu fui junto (depois de tirar a lasanha do forno).

James colocou nosso filho em cima da vassoura e tentou fazê-lo permanecer, segurando-o.

– Jay, não acha que é meio cedo pra ensiná-lo a voar, querido?

– Ahh, deixa de bobagem, Lily! A vassoura só sobe uns 60 centímetros. – Ele disse, vaidoso, olhando o Harry permanecer sentado na vassoura sozinho. Então, sem que nós esperássemos, o Harry saiu voando e colidiu com um vaso horrível que Petúnia me mandou no Natal.

– Ihh, Lily! Quebrou o vaso... – Disse o Jay, com cara de culpado e limpando com a varinha os estilhaços.

– E daí? O vaso é horrível! Harry, querido, você fez um bom trabalho. – Eu disse enquanto nós (inclusive o Harry) ríamos. Então o meu filho saiu voando pela casa.

– Jay, fica de olho nele! – Eu disse enquanto corria pra onde o Harry tava indo. – Ai meu Deus, o gato! – Eu gemi, quando a vassoura atropelou o Marlon. O bichano bufou raivoso e saiu correndo em disparada. O James quase morreu de tanto rir. – James! – Eu o repreendi. – Coitado do Marlon, né?!?

Novamente o Harry saiu em disparada pela casa, empurrando alguns enfeites e quebrando outros, até que eu resolvi que era mais seguro guardar todos os enfeites da casa.

– Vamos almoçar, Jay, guarde um pouco a vassoura do Harry, e traga-o também.

– Ahhh, Lily, o menino está tão feliz e vaidoso, deixe-o brincar mais um pouco! – O James reclamou, manhoso.

– Ele tem muito tempo pra brincar, Jay, mas agora é hora de comer. - Eu disse, servindo os pratos e fazendo a papinha de vegetais do Harry.

O Harry reclamou um pouco por ter sido tirado da vassoura, mas acho que estava com tanta fome que nem reclamou muito após o James tê-lo me dado, e eu o colocado na cadeira alta com a papinha na frente. Após o almoço o Harry descansou um pouco (sim, de novo!), e eu e o James fomos assistir a televisão trouxa. Estava passando um filme bobo, e eu acabei adormecendo. Após algum tempo de sono, acordei como som de batidas na janela. Quando eu vi, eram três corujas, todas com embrulhos.

– Olha, James, mais presentes pro Harry! – Eu disse, acordando o James e abrindo a janela. James acordou o Harry, e trouxe-o pra sala.

– O primeiro é o do tio Remus. – Eu disse, pegando um livrinho encantado que cantava musiquinhas de criança. – O segundo é do tio Peter. – Eu falei, pegando e abrindo uma caixinha com vários doces. – E o terceiro é do tio Dumbledore. – Eu disse, abrindo e vendo um bonequinho de prata, que andava e falava. Entreguei todos ao Harry, que começou a brincar com o bonequinho, logo o substituindo pelos doces, e depois mexendo no livrinho.

Toc, toc, toc.

– Vá atender, Jay, deve ser a Batilda. – Eu disse, pegando o bolo na geladeira, pondo-o na mesa e colocando água para esquentar, para fazer o chá.

– Boa tarde, jovem Lily! – Disse a Batilda, chegando e me cumprimentando. – E cadê o aniversariante mais fofinho do mundo? – Ela disse, pegando o Harry no colo e cobrindo-o de beijos, enquanto ele ria bobamente (o Harry ama ser mimado). – Trouxe uma lembrancinha para você, querido. – Ela disse, sentando-o na mesa (ele foi engatinhando e quase meteu o dedo no bolo), então o James o segurou.

– Espertinho você, não é, Harry?!? – Disse o James, divertindo-se; o filho era uma cópia do pai, menos os olhos verdes, que eram meus.

Batilda entregou-me umas vestes realmente magníficas, para o Harry, eram bem coloridas, próprias para bebês, escritas assim 'sou da mamãe'.

– Ohh, obrigada Batilda! São realmente magníficas! – Eu disse risonha.

– Bom, agora vamos comer, que eu estou com fome! – Disse o James. Eu fiz o chá e servi a todos, então o Jay cortou o bolo e começamos a conversar sobre várias coisas, Batilda nos contou sobre a amizade entre o sobrinho dela, Gerardo Grindelwald, e Dumbledore. Até que começamos o assunto de como haviam sido nossas festas de 17 anos, a maioridade bruxa.

– A minha foi realmente ótima, meus convites eram lírios, que ao chegarem nas mãos do convidado, se transformavam novamente em convites. A festa também foi muito legal. – Eu disse.

– A minha foi inesquecível! Meus convites eram mini-pomos de ouro que falavam a data e tudo mais do aniversário. Minha festa saiu nos jornais bruxos, vocês sabem, por causa dos meus pais, que eram aurores. – Disse o James, como vocês podem ver, convencidíssimo. Eu apenas rolei os olhos.

– A minha festa foi muito legal também – Disse Batilda – Meus pais fizeram a melhor festa do ano aqui em Godric's Hollow. – Ela disse feliz. – E vocês já pensaram na do Harry?

– Ahh, não... – Eu respondi. Como eu pensaria na festa de maioridade do meu filho que está fazendo um aninho hoje?

– Ahh, Lily, você não pensou querida, mas eu já pensei! Como ele será um ótimo jogador de quadribol, acho que o tema será sobre o esporte, e a gente compra um bolo em forma de pomo e/ - Então eu o cortei.

– Você nem sabe se ele vai jogar bem! – Eu falei.

– Ahh, claro que vai! Ele é filho ou não de James Potter? O melhor jogador de quadribol em seu tempo? – O Jay falou, rindo.

– Convencido! – Eu disse divertida.

– O James falou que Harry ganhou uma mini vassoura do Sírius, ele já conseguiu montar? – Perguntou a Batilda, ainda a brincar com o bebê.

– Claro! Ele é muito bom, sabe!?! – Disse o Jay, orgulhoso.

– Ele quase quebrou todos os enfeites da casa, inclusive um vaso que minha irmã me deu no Natal, e também quase matou o Marlon, o nosso gato. – Eu disse rindo contrafeita. – Batilda, querida, você poderia bater umas fotos nossas com o Harry na vassoura? – Eu perguntei algum tempo depois.

– Claro Lily! – Ela respondeu.

– Jay, vá pegar a vassoura que eu pego a câmera.

Depois de uns cinco minutos estávamos todos na sala, eu sentada no chão rindo e o Harry correndo de vassoura pela casa, sendo seguido (também correndo) pelo James, e foi assim que Batilda tirou as fotos.

– Lily, vamos mandar essa aqui pro Sírius. – Disse o James, assim que a Batilda foi embora (agora já estava de noite). A foto em sua mão tinha o Harry voando para dentro e para fora do papel, montado em uma minúscula vassoura, às gargalhadas, um par de pernas, que pertenciam a James, correndo atrás dele, e eu rindo, ao fundo.

– Ótima escolha, Jay. – Eu disse, dando-lhe um beijo. – Vou dar banho no Harry, querido.

Depois do banho nele, coloquei-lhe um pijaminha azul-claro, e lhe dei mamadeira, aprontando-o para dormir. Coloquei-lhe no berço e dei um beijinho, murmurando antes de sair do quarto "Durma bem meu príncipe, e novamente, feliz aniversário, Harry".

Tomei meu banho, e fui em direção ao meu quarto, parando antes para escrever uma carta ao Sírius.



Caro Almofadinhas,

Muito, muito obrigada pelo presente de aniversário que mandou para Harry! Foi o que ele mais gostou até agora. Um aninho de idade e já dispara pela casa montado em uma vassoura de brinquedo, tão vaidoso que estou enviando uma foto para você ver. Sabe, a vassoura só levanta uns 60 centímetros do chão, mas ele quase matou o gato e quebrou um vaso horrível que a Petúnia mandou no Natal (nada contra). É claro que Tiago achou muito engraçado, diz que ele vai ser um grande jogador de quadribol, mas tivemos que guardar todos os enfeites da casa e dar um jeito de ficar sempre de olho nele quando brinca.

Tivemos um chá de aniversário muito tranquilo, só nós e a velha Batilda que sempre nos tratou com carinho e vive mimando o Harry. Ficamos com pena que você não tenha podido vir, mas a Ordem vem em primeiro lugar e Harry não tem idade para saber que está fazendo anos! Tiago está se sentindo um pouco frustrado trancado em casa, ele procura não demonstrar, mas eu percebo - além disso, Dumbledore ficou com a Capa de Invisibilidade dele, então não há possibilidade de pequenos passeios. Se você pudesse lhe fazer uma visita, isso o animaria muito. Rabicho esteve aqui no fim de semana passado, achei-o meio deprimido, mas provavelmente foram as notícias sobre McKinnon, chorei a noite inteira quando soube.

Batilda passa por aqui quase todo o dia, é uma velhota fascinante que conta as histórias mais surpreendentes sobre Dumbledore, não tenho muita certeza se ele gostaria disso caso soubesse! Fico em dúvida se devo realmente acreditar, por que me parece inacreditável que Dumbledore pudesse ter sido amigo de Geraldo Grindelwald. Pessoalmente, acho que ele está começando a caducar!

Afetuosamente,

Lily.



– Lily, querida, venha dormir! – Gritou o James lá do quarto.

– Já vou, querido! – Eu respondi, e colocando a carta na Livvy, minha coruja, abri a janela e enviei-a. Fui pro meu quarto e me deitei, abraçada com o Jay. Esta pode não ter sido a melhor festa de aniversário do mundo, ou o que eu queria pro primeiro ano de vida do meu filho, mas foi muito boa, porque eu passei o dia com as duas pessoas mais importantes da minha vida: Harry James Potter e James Potter, meu filho e meu marido...


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Notas finais do capítulo

Façam uma escritora feliz, mandem Reviews... :D
>Notas da autora:
Olha o testraliozinho = Versão bruxa de olha o aviãozinho