Naquela Noite escrita por Talita Sagittarius


Capítulo 5
Capítulo 5 - Cadê Você, Pom Pom?


Notas iniciais do capítulo

Quando tiver () é porque o personagem está sussurrando.
Quando a fala estiver entre ** é porque o personagem está pensando.



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= Na sala de cinema =

Mascara da morte () – Camus... O que a menina está fazendo?

Camus () – Limpando o estábulo.

Mascara da morte () – Aahh! E... A vaca já morreu?

Camus () – Não! Você não está prestando atenção no filme?

Mascara da morte () – Tô, mas é que eu não estava entendendo.

Camus - *Como o Mascara da morte é burro! Ele não consegue entender um filme infantil...*

Shaka () – Afrodite... Arreda um pouquinho pra lá....

Afrodite estava quase no colo de Shaka.

Afrodite () – Hein? Certo.

Afrodite praticamente sobe no colo de Shaka.

Shaka () – Eu quis dizer para o outro lado. Pare de me abraçar e arrede.

Afrodite sobe no colo de Shaka e o abraça no pescoço.

Afrodite () – Assim é mais gostoso!

Uma menina que está sentada atrás de Shaka começa a chorar.

Menina – Buaaaaaa... Eu não estou conseguindo ver nada.

Mãe da menina – Que barbaridade! Olhe o que esses dois estão fazendo... E na frente das crianças!

Shaka () – Desça daí agora mesmo.

Afrodite volta ao seu banco muito emburrado.

Miro () – As coisas estão esquentando, hein Shaka?

Shaka () – Troque de lugar comigo então! Afrodite! Tire a mão da minha bunda.

Miro () – Ta doido? Quem mandou ficar perto dele?

Afrodite – Prefere que eu passe a mão aqui então?

Afrodite aperta as “coisas” de Shaka. Com o susto Shaka abre os olhos e Afrodite voa longe. A atenção das pessoas se volta para eles.

Criança – Como ele fez para voar até o outro lado?

Afrodite levanta do chão, limpa a poeira e volta para o seu lugar.

Afrodite – O que vocês estão olhando, hein?

A atenção das pessoas se volta para o filme.

Shaka () – Mu... Troca de lugar comigo?

Mu () – Só se eu quisesse ser molestado.

Shaka () – Vai trocar?

Mu () – Não, nunca, jamais!

Shaka () – Então eu vou esperar o filme acabar lá fora...

Mu () – O quê? Não saia daí! Se você sair ele vem para o meu lado.

Shaka () – Não importa o que eu faça, ele não está nem aí.

Shaka da um tapa na orelha de Afrodite.

Shaka () – Tire a mão da minha perna ou eu te arremesso daqui de novo.

Afrodite () – Hummm... Proposta tentadora!

Shaka () – Mu... Eu não aguento mais. Espero vocês do lado de fora.

Mu – NÃO!!! Er... Disse... Não, a vaca não pode morrer... Hehehe...

Mu se desculpa com todos por ter gritado, enquanto segura Shaka.

Mu () – Deixa disso! Ameaça quebrar a unha dele que ele para. Você não quer perder a menina se transformando em vaca, né?

Shaka () - ... Vou aguentar mais um pouco então... Afrodite, se você não parar de tentar abaixar minha calça, eu quebro suas unhas, bagunço seu cabelo e te prendo na lata de lixo.

Afrodite () – Aiiii... Seu grosso!

Afrodite cruza os braços e olha para a tela do cinema pela primeira vez.

Aioria () – Miro... Posso te perguntar uma coisa?

Miro () – Pergunta.

Aioria () – Er... Você costuma vir com a Shina no shopping?

Miro () – Não. Olhe! Da onde saiu aquele cabrito?

Aioria () – Que cabrito? Aquilo é a mãe da menina. Mas... Você está namorando com a Shina?

Miro () – Não. Olhe lá! Eu não sabia que urubu corria! O cabrito subiu no urubu. Hahahaha...

Aioria () – Urubu? Miro, aquilo é um cavalo. Mas o que você vai fazer na casa da Shina?

Miro () – Você não acha que esse filme está enrolando muito? A vaca nem morreu!

Aioria () – Você não me respondeu!

Miro () – Porque você quer saber, hein? Deixa de ser curioso e vamos assistir o filme. Está muito engraçado... Hahahahaha... E eu pensei que fosse um cabrito....

Aioria () - Certo... Se não quer dizer tudo bem, mas um conselho é ter cuidado com a Shina. Se você está de caso com ela, cuidado, pois ela pode te matar.

Miro () – A Shina nunca me mataria. Uma gazela! Pensei que as gazelas fossem mais bonitas!

Aioria () – Gazela não. Aquele é o fazendeiro.

A vaca morre. Todos ficam chocados com a cena. Algumas criancinhas choram, e as mais sádicas riem.

Mascara da morte cutuca Camus sem parar.

Mascara da morte () - Morreu! Você viu? Ela morreu!

Camus () – Sim, eu vi. Não sou cego.

Mascara da morte () – Mas é que... A vaca morreu! Foi tão... Foi tão... Sem graça! A vaca tinha que ser decapitada. Mas... Morreu sem nenhum motivo... Ela simplesmente morreu!

Camus () – Ela não simplesmente morreu. Morreu de tanto beber água.

Shura () – Como assim? A vaca nem tomou água nesse filme. Como pode isso? A vaca era alérgica a água?

Camus () – Não... Bem... Não sei. Mas o motivo foi esse.

Mascara da Morte () – Olhem lá! A vaca está de pé de novo. Afinal ela morreu ou não? Ela ressuscitou?

Shura () – Sim, ela ressuscitou! Eu sabia! Ela não poderia morrer por beber água.

Camus () – A vaca não ressuscitou. Aquela é a mãe da vaca que morreu.

Mascara da morte – OLHE LÁ ALDEBARAN! SUA IRMÃ MORREU E SUA MÃE TÁ NO FILME.

As pessoas no cinema estão rindo do que Mascara da morte falou. Aldebaran está furioso.

Aldebaran () – Quando a gente sair daqui eu vou achatar sua cabeça.

= Nas redondezas do santuário =

Jabu – Cadê o meu jegue? Não acredito que roubaram ele. Agora como eu vou para o Coliseu? Talvez ele só tenha fugido... Vou procurá-lo.

Saori – Mas que droga! O jegue empacou.

Saori sai de cima do jegue e começa a empurrá-lo. Mas o jegue nem se mexe.

Tatsumi – Arf, arf... Vamos andando mesmo senhorita… Arf, arf…

Saori – Você está com preguiça de correr. Animal inútil!

Tatsumi – Não precisa me xingar...

Saori – Estou falando com o jegue. Mas você também é inútil. Corra jegue! Ande, ande, andeeee!!!

O jegue dispara a correr. Saori corre atrás do jegue e Tatsumi corre atrás de Saori.

= Sala do grande mestre =

Mestre – Que estranho... A criatura que estava montada em Atena, agora está correndo atrás dela... E o mordomo está correndo atrás da criatura... Essa Saori... Deve ter tido aulas de corrida. Ela corre igual a um burro, mas corre pra caramba.

Saga tira a máscara que estava usando e coloca uma igual a do filme "Pânico".

Mestre – Vou dar uma volta para ver isso direito. Será que tem problema se eu sair apenas com esse short e com a máscara? Acho que não. Não tem ninguém nas 12 casas. Você vem comigo Pom Pom.

Saga pega o pato, o abraça, o coloca no ombro e fica segurando o pato com uma das mãos.

Mestre – Melhor levar a adaga, para o caso de surgir a oportunidade de executar o plano... O que estou fazendo com esse pato de borracha encardido no ombro? Como ouso falar assim do Pom Pom? Arrrgghhh! Você... Eu.... Vou me pagar... Nãaao... Você não vai matar Atena, Aioros morreu para salva-la... Que culpa eu tenho se ele era idiota? AAAAiiii.... Você não resolve nada dando socos no próprio estômago... Então você vai ver... NÃAAAAAOOOO O POM POM NÃOOOOO.... Ele não tem nada haver com isso....

Saga joga o pato bem longe, em um lugar que nem da para ver. Saga cai de joelhos chorando.

Mestre – Buaaaaaaaa... o Pom Pom nãaaaaaaoo... Ele era meu único amigo... Pom Pom... Por que? Por que???? Eu quero o Pom Pom... Seu maldito... Eu sou um maldiiiitooooo... Buaaaaaaaa... Meu patinho não tinha culpa de nada... Snif... Snif... Eu... Pom Pom... Eu vou vingar você... Vou matar a culpada disso tudo... EU VOU MATAR VOCÊ, ATENA!!! Mas antes disso eu vou procurar o Pom Pom... Pom Poooomm... Onde você está? Cadê você, Pom Pom? Patinho lindo do papai... Eu já estou indo... Não tenha medo, Pom Pom...

= No cinema =

Mu () – Que filme chato.... A menina virou vaca e agora não quer mais comer capim... Se comia enquanto era gente, qual é o problema?

Afrodite () – Eu poderia fazer o filme ficar bem mais interessante... Mas o Shaka não quer...

A tela do cinema se apaga. Todos ficam surpresos. O cinema que até então estava escuro, se acende com luzinhas coloridas e uma portinha se abre.

Funcionário – Atenção, crianças! Temos uma surpresa para vocês, e depois poderão continuar a assistir ao filme. Olhem quem está aqui!

Entra um cara vestido de Papai Noel.

Papai Noel – Hou hou hou.... Façam fila criancinhas. Conte o que querem de presente e ganhem balinhas. E se quiserem tirar uma foto com o Papai Noel, é só me dar uma nota de $50. Hou hou hou.

As criancinhas correm ao encontro do Papai Noel fazendo uma fila enorme.

Aldebaran – Mais essa agora! São 01h30 da manhã e esse filme ta uma porcaria...

Shura – Eu tô gostando. Pena que esse gordo veio atrapalhar.

Mu – Cadê o Afrodite?

Shaka – Está na fila. Ele quer sentar no colo do Papai Noel.

Mu – Ah... Eu também vou. Quero ganhar bala de graça e já que o bilheteiro nem me deixou entrar para ver o filme pornô, acho que não tem problema. Eu pareço ser mais novo.

Mu vai para a fila também. Depois de meia hora chega a vez de Afrodite.

Papai Noel – Er... O que foi?

Afrodite senta no colo do Papai Noel.

Afrodite – Eu queroooo... Humm... Um quite de maquiagem francês.

Papai Noel – Ah... Er... Ta... Pode se levantar...

Afrodite – E cadê as minhas balas?

Papai Noel – Bem... Toma.

Afrodite – Só 3 balinhas? Esses pirralhos ganharam muito mais. Enquanto você não me der mais balas eu não levanto daqui.

Mu – Saia daí Afrodite. É a minha vez agora.

Afrodite – Não saio!

Papai Noel – Ora... Você não acha que é uma atitude muito infantil de sua parte ficar aqui tomando a bala das criancinhas?

Afrodite – Não! Eu tenho direito a ganhar balas.

Mu começa a puxar Afrodite para tira-lo do colo do Papai Noel.

Afrodite – PARAAAAAAA!!!

Afrodite cai no chão e Mu se prepara para sentar no colo do Papai Noel.

Papai Noel – Se você não sentar eu te dou 10 balinhas.

Mu – Certo. Eu quero pó de estrela Gamanion de todas as constelações que existem... Eu uso isso pra consertar armaduras, sabe?

Papai Noel – ...Ta... ta bom... Toma suas balas e... Se você me der $50 você pode tirar uma foto comigo.

Mu – Ah, não! Eu só vim aqui conseguir as balas mesmo. Tchau.

Mu volta para o seu lugar. O Papai Noel acaba de distribuir balas e o filme continua. Mu é obrigado a dividir as balas com os outros cavaleiros.

Mascara da morte () – Mas que filme chato! Afinal a menina quer voltar a ser gente ou quer continuar a ser vaca? Ela não decide.

Camus ( ) – O filme é muito bonito. Você que é burro demais para entender a mensagem.

Shura () – O Camus tem razão! É um filme muito comovente.

Mascara da Morte () – Ah é? Então responde a minha pergunta.

Camus () – A menina gosta de ser gente, mas como vaca ela tem amigos e como gente, ninguém gosta dela.

Mascara da Morte () – Puxa! Que cara inteligente! Estou comovido.

Mascara da morte continua zoando Camus.

Mascara da Morte () – Então me diz, ô sabe tudo, o que adianta ter amigos animais? São todos tapados.

Camus () – É que ela prefere ter amigos animais do que não ter nada.

Mascara da morte () – Mas que menina idiota! Tem mais é que morrer. Bom... Se ao menos ela der leite... Vai ser menos inútil... Mas eu nem gosto de leite!

Shaka () – Afrodite... você esqueceu o que eu disse que ia fazer com você, caso continuasse a fazer o que está fazendo agora?

Afrodite () – Mas o que eu estou fazendo? Só estou tentando ver a cor da sua cueca.

Shaka () – Pois continue a fazer isso e eu quebro seus dentes. Já pensou que bonito ficaria você banguela?

Afrodite tira as mãos da calça de Shaka imediatamente.

Afrodite () – Você é muito mal agradecido... Eu te ofereci bala...

Shaka () – Você me ofereceu a bala que já estava na sua boca. Agora fique quieto e vamos ver o filme.

O filme está acabando.

Camus – Snif... snif...

Shura – Buaaaaaaa…

Miro () – A vaca se transformou em um leitão?

Aioria () – Não. Ela virou gente de novo.

Miro ()- Parece um leitão.

Aioria () – Não exagera... A menina nem é tão gorda assim...

Aldebaran – Finalmente acabou!

As luzes acendem.

Shaka – Vamos sair daqui... Porque ainda não abriram a porta?

Um funcionário entra e diz que tem outra surpresa.

Aioria – Ah, não! De novo não!

Entra um homem com cara de idiota sorrindo feito bobo.

Homem – Vamos entregar para vocês um número. Depois vamos sortear e o número escolhido poderá responder a uma pergunta. Se ele acertar, vai ganhar um brinde.

Crianças eufóricas começam a gritar. Os números são distribuídos.

Homem - Serão sorteados três números. Se o primeiro não souber a resposta, passa para o segundo, que se não souber passa para o terceiro. Se ninguém souber, ninguém ganha nada e eu vou embora.

O homem começa a mexer os números.

Homem – E o primeiro sorteado é... O número 59.

Uma menina começa a pular de felicidade.

Homem – O segundo sorteado é o número... 32.

Aldebaran – Merda!

Mu – Que legal! É o Aldebaran!

Homem – E o terceiro número é... 76.

O menino que tinha dado o saco de pipocas para o Shaka começa a gritar alegremente.

Homem – Os números sorteados, venham à frente.

Aldebaran – Mu, eu te imploro, vá no meu lugar!

Camus – Eu vou! Eu vou! Eu quero! Me da, me da, me daaaaa...

Aldebaran entrega o número para Camus que vai para a frente do cinema todo contente.

Homem – Bem... A pergunta é simples. Qual a mensagem do filme? A menina tem o direito de responder primeiro.

Menina – A mensagem que o filme passa é que devemos conseguir as coisas sendo nos mesmos.

Homem – Desculpe, mas a resposta está errada.

Camus sorri vitorioso.

Homem – Você, rapaz. Você veio trazer seu sobrinho para ver o filme?

Camus – Não. Eu vim com os meus amigos.

Camus aponta para os cavaleiros, que acenam com tchauzinho.

Homem – Bem... Er... Acho que... Vocês... Hehehe... Nunca se está velho demais pra ver clássicos infantis não é mesmo? Bem... Sua resposta é?

Camus – Não importa quem são os seus amigos. O que importa é se eles são verdadeiros.

Homem  – Resposta errada. Responda você, menino.

Camus – Quê? Como assim?

Menino – Não queira ser outra pessoa para conseguir o que deseja. Conquiste a vida com seus próprios méritos.

Homem  – Que pena... Todos erraram... A resposta certa, a mensagem do filme é "Não devemos comer capim". Bem... Feliz Natal! Tchau!

O homem vai embora. Os cavaleiros saem do cinema. Camus está decepcionado.

Shura – Não acredito... Ainda são 03h10 da manhã...

= No santuário =

Mestre – CADÊ VOCÊ, POM POM????

C.O.N.T.I.N.U.A...


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