Doce Atração escrita por melodrana


Capítulo 9
Capítulo 8 - Perfeição


Notas iniciais do capítulo

Minhas lindas *--* Obrigada pelos reviews!
Mais um capitulo, espero que gostem =))
Beijoos ♥



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Edward olhou pra mim com espanto. Senti sua mão estremecer embaixo da minha, então a retirei de lá e deixei que ele se afastasse de mim. Mas ele não fez isso. Ele ainda me olhava, com aqueles olhos verdes mais quentes do que antes, com uma cara meio inexpressiva.

Comecei a ficar com medo. Seria melhor se ele saísse correndo – mas seguro pra ele pelo menos – mas parecia que Edward não pretendia fazer isso.

- Mesmo que você seja um lobisomem, eu não largaria de você Bella...

Sua mão subiu de meu peito e pousou em meu rosto. Fechei os olhos, eu ainda queria chorar. Meu coração estava tão feliz, mas ao mesmo tempo tão triste. Eu estava radiante, pois ele gostava de mim, assim como eu gostava dele, mas estava triste, pois aquele amor não poderia acontecer. Eu não queria matá-lo em um simples beijo.

- Você tem certeza disso? – perguntei abrindo os olhos. Ele havia se aproximado, agora eu podia sentir seu hálito em minha face.

- Absoluta...

Edward se inclinou sobre mim. Seu cheiro me invadiu, e eu parei. Estava travada, como se ele tivesse me congelado.

Aos poucos seu rosto se aproximou mais. Ele lentamente fechou os olhos, e eu o segui. De repente senti sua pele macia tocando na minha maçã do rosto. Ele roçava seu rosto ao meu, e eu estremecia com o atrito.

Sua boca então começou a tatear minha pele, com cuidado. Sua mão direita, ao mesmo tempo que os labios me beijavam a face delicadamente, acariciava a outra parte livre.

Sua outra mão começou a ser enlaçar em minha cintura. Seu toque era cálido, quase como uma queimadura. Meu corpo se relaxou sobre sua mão, e eu pude sentir ele me trazendo mais pra perto.

Eu tomei coragem e também coloquei minha mão sobre seu rosto. Sua pele era tão aconchegante, sua suavidade era tão agradável. Minha mão então caminhou até seu cabelo. Ele era tão cheiroso, tão macio.

Era incrível como agora eu conseguia senti-lo realmente. Eu podia distinguir todos seus sentidos, sua respiração mais rápida, seu coração mais acelerado, seu sangue tão envolvente.

De repente percebi que seus labios caminhavam até os meus. Eles procuravam delicadamente, e quando chegaram ao canto dos meus, senti todo aquele calor se transferindo para a minha boca.

Com cuidado, mexi o rosto alguns milímetros, e finalmente nossos labios se tocaram.

Aos poucos eles foram se moldando, Edward era bem cauteloso. Sua mão que estava em meu rosto caminhou educadamente e foi parar em meu cabelo, e ele me trouxe mais pra perto.

Nossos corpos começaram a se roçar. Sua mão na minha cintura agora se mexia, subindo e descendo pela minha coluna. Eu apertei meus dedos contra suas mechas, e minha outra mão se levantou, tocando sua barriga suavemente.

De repente senti sua língua em meus labios. Eles haviam se separado, e agora tentavam achar o caminho para um beijo mais intenso.

Mas aconteceu uma coisa que eu não queria.

Minha garganta queimou. Eu estava passando dos meus limites. Rapidamente retirei meus labios do dele e o empurrei com a mão que estava sobre sua barriga.

Eu pensei tê-lo assustado, mas ele estava ali, ainda com a mão na minha cintura. Me afastei ainda mais, a dor na minha garganta começou a se acentuar. Ele percebeu que algo estava errado, então me soltou por um segundo.

Comecei a respirar fundo, tentando não captar seu cheiro. Era meio difícil, agora ele estava em meu corpo, gravado intensamente.

Descobri então que pensar nele me fazia melhorar. O amor me fazia relaxar.

- Me dê alguns segundos Edward... – falei, fechando os olhos.

Ele não me respondeu, somente ficou em silencio. Eu podia sentir a sua respiração ficando de um jeito mais aflito. Ele havia se assustado sim, mas sabia que teria que lidar com isso se quisesse ficar comigo.

Acho que eu fiquei um minuto daquele jeito. Minha garganta tinha se acalmado, eu estava no controle novamente.

- Bella, tudo bem? – sua voz era preocupada. Não queria assustá-lo mais, então abri os olhos e mirei seu rosto perfeito.

- Eu estou... melhor... – falei, bem devagar.

- Eu fiz alguma coisa? – ele realmente estava preocupado.

- Não... Na verdade sim, mas não é culpa sua...

- Hã? – ele perguntou confuso.

- Você não tem culpa de ser tão delicioso...

Desta vez ele não entendeu nada. Seu rosto – se pudesse – teria se transformado em um ponto de interrogação, pela cara que ele fez. Eu voltei então a ficar mais próxima dele, e procurei olhar bem em seus olhos.

- Você é muito tentador pra mim... – comecei, tentando explicar de um jeito mais... humano.

- Quer dizer que você... Sente vontade de... me matar? – ele perguntou e eu fiquei impressionada com o seu conhecimento sobre vampiros.

- É... – falei envergonhada. Não queria que ele soubesse disso. Agora era bem capaz de ele sair correndo.

- Mas... você não quer né? – ele perguntou esperançoso. Acho que ele estava começando a ficar com medo.

- Não, claro que não... Edward, eu não mato pessoas... E eu nunca mataria você, não gosto nem de pensar nisso... – eu sacudi a cabeça, tentando afastar da minha cabeça a imagem dele gelado sobre os meus braços.

- E você sente mais vontade quando me toca?

- Ahã... É como se eu sentisse o seu sangue entende? Quando eu encosto em você – eu aproximei minha mão de seu rosto e o acariciei com cuidado. Ele não pareceu estar com medo, e sim com curiosidade – eu posso sentir ele correndo em suas veias... É como se ele me chamasse...

- É por isso que você me evitou todos aqueles dias?

- Sim... Eu não queria te machucar...

- Mas como você conseguiu hoje?

- Ah, eu não sei... Eu acho que o que eu sinto por você me faz parar... Eu não me perdoaria se te fizesse algum mal...

- Então quer dizer que você gosta tanto assim de mim a ponto de resistir ao teu mais poderoso desejo? – ele tinha no rosto um sorriso torto. Percebi que ele estava bem feliz de descobrir o meu sentimento por ele.

- Pode se dizer que sim...

Abaixei a cabeça, encabulada.

- Bella, eu também te amo...

Levantei a cabeça novamente, atônita. Ele tinha acabado de falar que me amava. Ninguém – tirando a minha mãe – tinha me falado algo assim. Foi agora que eu senti falta do meu coração pulsando fervorosamente.

- Sério?

- Se eu não te amasse, você não acha que eu teria saído correndo a um tempo atrás?

Ele sorriu, me deixando completamente derretida. Como aquela pessoa perfeita poderia me amar? Pela primeira vez na vida eu tive sorte. E das grandes.

Retribuí o sorriso e ele chegou mais perto novamente. Percebi que ele tremia, provavelmente com medo de eu me descontrolar novamente, mas ele não parou. Edward se aproximou de mim com rapidez, e logo estava com seu rosto colado ao meu.

- Fala de novo...

- O que? – ele perguntou, meio confuso.

- Que me ama...

Edward aproximou os labios da minha orelha esquerda. Eu tremi.

- Eu te amo Isabella...

Logo percebi que seus labios novamente tentavam chegar aos meus, só que desta vez por um caminho diferente. Ele começou beijando embaixo da minha orelha, e foi caminhando, até chegar na minha clavícula. Começou a subir novamente, e logo estava grudado em minha boca.

Desta vez o beijo foi mais intenso. Eu me permiti avançar mais um passo, o deixando colocar a língua em minha boca, mas quando ele fez isso, senti novamente aquele desejo enorme pelo seu sangue.

Me separei rapidamente, me afastando sem causar nenhum dano.

Desejei nunca mais ter sede. Ficar perto dele e sentir aquele desejo enorme me fazia sentir a pior pessoa do mundo.

- Desculpa... – ele falou, se afastando ainda mais de mim.

- Não, não se culpe por isso Edward... Eu só peço que você tenha um pouco de paciência...

- Eu vou ter toda a paciência do mundo...

Ele se aproximou de mim e me deu um beijo na testa. Eu sorri e ele retribuiu, me deixando completamente derretida.

Nós ficamos conversando por mais um longo tempo. O nosso pacto já tinha se rompido, ele havia me feito muitas perguntas.

Eu não arrisquei lhe dar mais algum beijo, estava tentando me concentrar somente em sua voz, mas nós nos tocávamos de maneira carinhosa, ele sempre muito cauteloso e eu sempre com bastante empolgação.

Quando nós saímos da caverna, percebi que já estava escuro, com algumas estrelas despontando no céu. Reneé provavelmente estava muito preocupada.

- Minha mãe deve ta muito preocupada...

- Não sei por que... Você é capaz de imobilizar qualquer um só com o dedinho... – eu revirei os olhos. Teria que me acostumar com isso.

- É sério... Minha mãe não vai estar muito feliz comigo...

- Qualquer coisa eu vou lá e falo que você estava comigo...

- Grande vantagem! – falei, rindo.

- Seu eu falar a ela que você estava com o seu namorado, tenho certeza que ela não vai reclamar...

- Como se você fosse muito... – parei de repente, recapitulando toda a frase – espera... Você falou namorado?

- Sim... – ele sorriu, com uma cara-de-pau.

- Ok, mas eu acho que você deveria falar primeiro com a sua namorada certo? Por que ela nem estava sabendo dessa história...

- Ah claro! Eu vou avisar ela... Será que você poderia dar o recado pra mim?

- Claro que posso! Mais alguma coisa?

- Fala pra ela que o namorado dela ama muito ela... – Edward sorriu, e eu retribuí. Cada vez que ele falava que me amava, eu derretia mais um pouquinho.

- Ok... Eu aviso ela sim... E você pode fazer um favor pra mim também?

- Posso...

- Fala pro namorado da Bella que ela também ama muito ele...

Os olhos de Edward brilharam, com uma intensidade maior do que muitas estrelas por aí. Até agora eu não tinha falado com todas as palavras que o amava, e quando ele escutou isso, seu humor pareceu melhorar 100%.

Quando nós chegamos ao carro, Edward abriu a porta pra mim, como um perfeito cavaleiro. Eu juro que por um momento senti um cheiro de cachorro novamente – bem parecido com Jacob – mas, depois eu voltei a sentir o mel de Edward.

Chegando a porta da minha casa, escutei minha mãe descendo as escadas. Eu comecei a estremecer.

- Você tem certeza de que eu não preciso entrar com você?

- Olha, eu tenho... Você não ia querer ver a dona Reneé como ela está agora...

- Ok... Então a gente se vê amanha namorada? – ele perguntou, chegando mais perto e tocando em meu rosto.

- Com certeza namorado...

Edward chegou mais perto e encostou seus labios nos meus. Eu estava totalmente envolvida, mas pude escutar minha mãe da sala, ordenando que eu entrasse imediatamente.

Me separei e sorri. Seus olhos ainda brilhavam, e a sua boca se transformou em um sorriso perfeito.

- Até amanha... – falei abrindo a porta.

- Bella...

- Sim?

- Te amo...

- Eu também...

Fechei a porta e segui pra casa. Eu estava morrendo de medo da minha mãe, mas respirei fundo e tentei me acalmar com o aroma de Edward que estava impregnado em minha roupa.

- Bella, onde a senhorita se meteu? – Reneé falou com o tom de voz mais grave do que o normal.

- Eu... estava passeando mãe, nada de mais... – eu tentei fugir, mas ela já estava postada na minha frente, com os olhos cheios de raiva.

- Com aquele garoto? – ela falou com desprezo na voz.

- Mãe, o nome dele é Edward...

- Ok Bella, mas o que vocês estavam fazendo? – ela estava praticamente me intimando. Eu tentava me manter firme.

- Nada mãe... A gente foi a La Push ver o mar...

- E o que ele é seu? – comecei pensar em uma boa resposta, mas antes que eu pudesse responder, ela falou – não minta pra mim Isabella Swan...

- Ai... A gente ta namorando mãe...

- E ele sabe o que você é?

- Não! – falei, indo em direção à escada. Eu sabia que ela não podia ver meu rosto, mas sabia que ela percebeu a minha mentira.

- Bella...

- Eu não contei mãe... Agora, me deixe ir pro meu quarto ok?

Eu desviei dela e subi as escadas. Reneé ainda estava muito brava – e escutei um palavrão que ela tentou falar baixo – mas eu não estava nem ligando.

Deitei na minha cama atordoada com os meus pensamentos. Edward tinha me feito a pessoa mais feliz desse mundo. Eu nunca imaginei que alguém pudesse gostar tanto de mim a ponto de não ligar para o que eu sou.

E, além disso, tem a beleza. Edward pareceu sair de um conto de fadas.

Eu acho que tem somente uma palavra que pode definir Edward Cullen: Perfeição.

- Oi minha gata... – Edward sussurrou em meu ouvido. Eu ainda continuo me assustando com isso.

- Você ainda vai me matar de susto um dia... – falei enquanto ele enlaçava sua mão em minha cintura.

- Ora, pensei que você era imortal... – ele sorriu e eu revirei os olhos.

- Bella!

Olhei para trás e vi Alice saltitando em minha direção. Com certeza Edward contou a novidade a ela.

- Oi Alice! – falei quando ela nos alcançou.

- Vem, eu preciso te falar uma coisa...

Suas delicadas mãos me arrastaram para longe de Edward, mas ele me segurou – mais rápido e mais forte do que eu imaginava.

- Epa! Eu estava falando com ela!

- Você fala depois... Agora Bella, vem...

Ela me puxou com mais força e finalmente Edward me largou. Eu olhei pra ele e sussurrei uma despedida, e depois lhe mandei um beijo. Ele fez o mesmo e eu entrei prédio adentro.

- Então, como é beijar meu irmão? – ela me perguntou enquanto entravamos na sala. Ela não fez nenhuma questão de ser discreta.

- Ah... É bom... – eu olhei para a janela, e o vi entrando no campo - Muito bom...

- Ai Bella, eu to tão feliz! Você nem imagina! O Edward está tão feliz que deixou eu namorar o Jasper!

- Sério? – fiquei muito feliz por Alice. Ela merece.

- Ahã! Bella, eu não sei o que você fez a esse garoto, mas ele é a pessoa mais feliz desse mundo agora, depois de mim é lógico!

- Ah, eu sei sim... Ele fez o mesmo comigo... – falei, virando meu olhar pro campo. Edward estava olhando pra cima, em minha direção. Ele acenou e eu respondi com um sorriso.

- Bella, a gente tem que se preparar... – Alice falou após alguns segundos de silencio. Ela com certeza estava olhando Jasper.

- Pra que? – perguntei confusa.

- Pro baile! É daqui três semanas!

Eu tinha me esquecido totalmente dele. Eu estava bem empolgada com esse baile, seria minha primeira festa em Forks. Mas eu não precisava me preocupar tanto – pelo menos par eu já tenho.

- Claro! Eu preciso comprar um vestido...

- Só que tem uma coisinha... – ela estava agora com uma cara meio estranha. A noticia não parecia ser boa pra mim.

- O que?

- O Edward não quer ir ao baile...

- Como? – eu não podia acreditar nisso. No único lugar onde eu quero ir, ele não quer.

- Ele não gosta de dançar...

- Ah, eu não quero nem saber... Alice, seu irmão vai ao baile, ou eu não me chamo Isabella Swan... – falei, com um ar bem determinado. Alice sorriu. Ela sabia que eu era capaz disso.

Passamos a aula inteira conversando – na verdade só eu falei. Tive que contar todos os detalhes do encontro pra Alice. Mas até que foi divertido. A única coisa ruim é que eu tive que poupa-la dos momentos sobre a minha revelação de identidade.

Nem precisei chegar ao refeitório para encontrar Edward. Ele estava parado do lado de fora da sala quando sai tagarelando com Alice. Me despedi dela, e nós fomos para o caminho que levava até a nossa árvore.

- Bella, vem comigo... – ele falou, enquanto me puxava para o campo.

- Pra onde?

- Para as árvores...

- Edward, eu não quero perder mais aulas... – falei preocupada. Educação física não era tão importante, mas eu não podia relaxar.

- Você não vai perder... Eu só vou te apresentar uma pessoa...

Nós então fomos até o descampado feito para matar aula e eu fiquei a espera. Aquele lugar agora tinha um cheiro insuportável de cachorro. Eu estava quase achando que aquele lobisomem estava me seguindo de perto.

Só então depois de alguns segundos eu percebi que ele realmente estava ali, bem na minha frente.


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