Doce Atração escrita por melodrana


Capítulo 7
Capítulo 6 - Cachorro


Notas iniciais do capítulo

Como eu estou feliz hojee, resolvi postar mais um capitulo pra vcs =))
Não se esqueçam, reviews são sempre bem vindos ;)
Beijooos =*



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Tive uma surpresa ao amanhecer.

O meu amigo sol estava no horizonte para me trazer felicidade.

Abri a janela do quarto e deixei que seus raios penetrassem em mim, esquentando a superfície da minha pele, me deixando revitalizada.

De repente escutei a porta do quarto se abrindo, e logo depois vi minha mãe com um belo sorriso no rosto. Isso era estranho – Reneé odeia sol.

- Filha, eu sei que você ama o sol, mas nós temos vizinhos...

Fechei a janela e voltei meu olhar para ela. Reneé me olhava de uma forma diferente. Parecia que ela estava muito preocupada comigo – com razão.

- Bella, eu vou caçar... Vem comigo?

- Claro mãe... To precisando...

Ela abriu a porta e nós saímos tranqüilas pelo corredor. Minha mãe olhava constantemente pela janela, com medo provavelmente dos vizinhos.

Saímos pela porta dos fundos, e depois de alcançar a floresta, eu assumi uma velocidade constante. Reneé vinha logo atrás – ela no tinha tanta disposição quanto eu.

Eu estava me sentindo muito bem. Correr era a melhor terapia que existe – pra mim pelo menos. Edward as vezes visitava a minha mente. Seu sorriso invadia meus olhos e eu me sentia completamente feliz. Quando ele sumia, eu voltava a prestar atenção nas outras coisas, e meu humor ficava menos suportável.

Percebi então que agora eu estava presa em Edward, e serio muito difícil de fugir da prisão de seus olhos verdes.

Depois de caçar 3 veados pequenos, voltei a correr. O vento batia em mim com uma intensidade maior e eu senti tudo com mais força.

Reneé ainda caçava, então decidi passear um pouco, só para me sentir mais feliz.

Corri pela divisa da cidade, com meus sentidos a flor da pele. Tive a impressão por um momento de que senti o cheiro de mel e o aroma das flores. Tentei não me concentrar nisso, e voltei a prestar atenção somente nos meus pés.

Mas uma coisa me chamou a atenção quando eu estava perto de casa. Aquele mesmo cheiro de cachorro estava por ali, bem forte, me invadindo desagradavelmente.

Resolvi então ver de onde vinha aquele aroma horrendo.

Corri na direção do cheiro. Quanto mais forte ele ficava, mas enjoada eu me sentia. Depois de mais alguns metros, eu pude ouvir o coração dessa coisa.

Ele era irregular, sua respiração também. Agora eu andava e podia sentir que estava a poucos metros dele. Eu estava com um pouco de medo, afinal, eu não sabia do que se tratava. Poderia ser algo bem perigoso, ou simplesmente um animal desconhecido.

De repente, uma coisa se mexeu por entre as árvores. Eu fiquei numa posição de ataque, com meus joelhos flexionados, minhas presas a mostra. Dei mais alguns passos, e depois de alguns segundos, ele saiu detrás das árvores.

Aquele bicho era enorme, - e muito forte - com mais ou menos uns 2 metros de altura. Seus pelos eram castanho-avermelhados, com uma cor muito intensa. Seu nariz – quer dizer, seu focinho – farejava como se estivesse caçando alguma coisa. Seus olhos negros então se focaram em mim, e ele assumiu uma postura defensiva, como a minha.

Eu não dei mais nenhum passo, nem ele. Estávamos imóveis, um observando o outro. Fiquei abismada que um bicho daquele, tão imponente, tão robusto, tinha um cheiro tão ruim.

Então, em um segundo, o vi mexer um de seus pés. Me coloquei pronta pra atacar, caso ele fizesse alguma coisa do gênero, mas ele se afastou para trás. De repente, aquela grande fera começou a correr.

Eu não fui atrás dele. Não queria assustá-lo, nem ao menos queria segui-lo. Seu aroma havia deixado meu olfato irritado, e nem mais o cheiro da minha mãe eu conseguia identificar.

Corri de volta pra casa. Reneé já estava lá, com uma cara meio preocupada – como sempre.

- Bella, onde você foi? – ela me perguntou quando entrei tranquilamente pela porta dos fundos.

- Eu... estava dando uma volta...

- Você percebeu uma coisa estranha? Parecia um cachorro, sei lá... – ela franziu o nariz, como se a lembrança não fosse muito boa.

- Não mãe, não percebi nada... – virei meu rosto para que ela não visse a minha mentira – bom, eu vou pro meu quarto... Me chama se precisar de alguma coisa ok?

Subi as escadas e quando entrei no meu quarto, me sentei no chão, meio confusa.

Aquele ser que eu tinha visto não era normal. Era a mistura de um homem, com um cachorro – um lobo pra ser mais especifica - alguma coisa muito estranha. Eu sabia que nesse mundo existiam algumas coisas meio místicas além da minha espécie, mas não sabia que era tão... repulsivo.

Foi então que eu lembrei de uma coisa.

Fui até o meu armário de livros e peguei um exemplar de um livro que eu gostava muito: lendas e mitos.

Aquele livro era infestado de historias contadas através dos anos de coisas estranhas, bichos que davam sumiço nas pessoas misteriosamente, outros que enfeitiçavam pobres moças e depois a matavam, algumas coisas assim.

Abri ele em uma pagina que falava de lobos.

Foi então que percebi que aquela coisa que eu vi poderia ser um lobisomem.

Eu sei que é uma idéia meio tosca, o que um lobisomem estaria fazendo em Forks, um fim de mundo? Mas era uma possibilidade.

Alto, forte, com características fortes de um lobo – ou cachorro – e assustador. Essa era a descrição de lobisomem no livro. Mas aqui dizia que ele só se transformava em noites de lua cheia.

Eu não o vi de noite. Aliás, o sol estava brilhando quando o vi.

Resolvi então pesquisar mais a fundo. Aquele livro não era uma fonte segura.

Liguei o computador e pesquisei durante o resto da noite sobre lobisomens, mas não obtive nenhum resultado. Todas as informações falavam a mesma coisa que aquele livro dizia: uma criatura que saí nas noites de lua cheia por aí. Se você chegar perto dele, você morre.

Coisas idiotas.

Depois de um tempo, cheguei a uma conclusão: a única forma de descobrir o que aquela coisa era, era perguntar a ele mesmo.

Estava quase amanhecendo novamente. Minha mãe parecia não estar em casa – com certeza ela foi tentar caçar novamente, já que a caça do dia anterior foi interrompida – então eu fui até a floresta atrás de casa.

Eu estava andando, não queria correr hoje. Andar me deixaria mais atenta aos cheiros daquela floresta.

Fui até a parte que eu achava que era próxima a que eu encontrei aquele lobo ontem, e fiquei por ali um tempo, analisando o terreno. Nenhum sinal dele.

Perdi minha paciência e comecei a correr.

Depois de um tempo correndo, percebi que algo corria atrás de mim.

Parei bruscamente e comecei a farejar. O cheiro de cachorro estava ali por perto, mas não tão forte.

Comecei a andar pelas arvores, procurando. O aroma ficava mais intenso a cada passo, e eu senti que estava perto daquele bicho indefinido.

Depois de alguns metros, percebi uma coisa se mexendo entre as arvores. De repente, aquele mesmo bicho saiu de trás delas, com mesma cara de ontem – uma cara meio assustadora.

Desta vez eu tomei coragem e dei mais um passo. Ele recuou, então parei. Ele parecia estar assustado, e não bravo. Eu tinha feito uma má impressão do coitado.

- Quem é você? – perguntei, meio idiota. Como um bicho daquele iria me responder?

Ele sacudiu a cabeça, como se quisesse falar. Eu me aproximei mais, mas ele não dava nenhuma possibilidade de aproximação. A cada passo que eu dava, ele recuava dois.

- Eu não vou te fazer mal... Só estou um pouco curiosa... – falei de novo, e sua expressão pareceu melhorar.

Ele se enfiou novamente nas arvores. Seu cheiro não sumiu, então ele não tinha fugido correndo, como eu imaginei. Depois de alguns segundos eu tive uma surpresa.

Em vez de aparecer novamente aquela coisa meio assustadora na minha frente, o que apareceu foi um garoto, com uma pele bem morena, com os cabelos todos desalinhados, com uma cara meio apreensiva, totalmente nu.

Não foi muito agradável esse encontro.

- Será que você podia cobrir as suas coisinhas? – perguntei enquanto virava o rosto.

- Oh!

Parecia que ele não tinha percebido que estava a vontade. Ele pegou uma bermuda que estava amarrada em seu tornozelo e a vestiu. Ele não parecia estar muito envergonhado com aquela situação.

- Então, quem é você? – perguntei logo de supetão.

- Acho que seria mais adequado a senhorita se apresentar primeiro... – sua voz era bem grave pra sua postura. Seu rosto não parecia ter uma aparência muito velha, – ao contrario do corpo – no máximo ele teria 16 anos.

- Meu nome é Isabella Swan... E você, quem é?

- Eu sou Jacob Black... Desculpe se te assustei...

- Eu não me assusto facilmente... – falei a ele, bem convencida – então... O que você faz por aqui?

- Não posso confidenciar meus assuntos com estranhos...

- Tem certeza de que eu sou uma estranha? Já te vi até pelado... – ele corou. Fiquei com dó de ter que expor as vergonhas dele desse jeito, mas era a única maneira de descobrir quem ele era.

- Certo... Eu estou fazendo uma patrulha...

- Você é guardião dessa floresta? – perguntei bem curiosa.

- Só quando as pessoas estão correndo riscos...

- Que riscos? – falei, já imaginando o risco das pobres vitimas.

- Sanguessugas... – ele revirou os olhos, como se eu fosse alguma coisa assim tão demoníaca.

- Vampiros você quis dizer... – falei indignada com o apelido que ele tinha me atribuído.

- É, que seja...

- Eu não sou um risco... – falei bem sincera. Eu já sabia que ele já tinha descoberto a minha identidade, então não fui delicada com as palavras.

- Nunca se sabe...

- Eu não sou – falei agora brava. Ele mudou a cara, passou a ser mais defensivo. Percebi que tinha que me controlar.

- Quem me garante que você não vai atacar alguém por aí? – ele falou, me desafiando. Ele não queria confiar em mim, e eu comecei a não gostar dele por isso.

- Eu não sou assim ok? Se você não acredita, o problema é seu...

- É, eu não acredito...

- E você não é um risco pras pessoas?

- Não... Eu não preciso matar pra comer...

Ele me jogou outro olhar desafiador. Cheguei mais perto pra mostrar a ele que não tinha medo, e nós nos encaramos por um tempo. A raiva começou a crescer em mim.

- Eu não mato pessoas ok? Eu sou meio vegetariana... Não tem por que você ficar me vigiando e vigiando a minha mãe...

- Olha, vocês podem até ser, mas eu vou continuar fazendo o meu trabalho... Caso vocês falhem, eu estou aqui pra dar um castigo...

- Como se você fosse capaz disso... – falei o desafiando.

- Duvida?

- Você parece ser forte e tudo, mas não é melhor do que eu...

- Você quer ver?

Eu estava louca pra lutar com ele. Mas não iria fazer isso. Minha mãe ficaria meio brava de eu estar arranjando briga com qualquer um por aí.

- Olha, eu não quero briga ok? Só não quero que você fique rondando a minha casa...

- Certo, mas se você atacar alguém, pode ter certeza de que nós vamos lutar...

- Então eu nunca vou poder encostar um dedinho em você...

Eu estava certa de que ele não tinha acreditado em mim. Eu podia ver em seus olhos a ira, o desejo de vitória. Mas eu nunca o deixaria sentir esse gostinho.

- Será que eu poderia fazer uma pergunta? – perguntei depois de alguns segundos de silencio. Ele já estava indo embora, pronto pra se transformar naquela coisa novamente.

- Depende...

- Que bicho é esse que você se transforma?

- É uma espécie de lobo... Pode se dizer que eu sou um lobisomem...

- Mas lobisomens não aparecem somente em lua cheia?

- Isso tudo é lenda... Um lobisomem pode se transformar a hora que quiser... É só querer...

- Será que eu podia ver?

- Eu não recomendaria... – ele falou, rindo pela primeira vez. Seu sorriso era branco como neve, contrastando totalmente com sua pele.

- Certo... Um dia eu vejo sem que você perceba...

- Agora vai ser você que vai me seguir? – ele perguntou indignado. Acho que aquele cargo era só dele.

- Não... Eu só fiquei curiosa...

- Olha, se você se comportar direitinho, um dia eu deixo você ver ok?

- Ta... Eu vou cobrar.

Ele se virou e começou a andar. Eu não queria que ele fosse embora – me estranhei essa hora. A conversa estava interessante, eu queria conhecer mais sobre ele.

- Espera... Será que eu podia te fazer mais uma pergunta? – falei antes que ele desaparecesse.

- Faça...

- Por que o seu cheiro é tão... ruim?

- Acho por que nós somos de espécies diferentes... Acredite, teu cheiro também não me é nada agradável...

Ele entrou nas árvores e sumiu com o vento.


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