Eu não queria entrar quando cheguei em casa. Reneé com certeza me encheria de perguntas, e eu não queria reviver tudo aquilo novamente.

Fui então até a floresta. Jacob me acompanhava fielmente, eu me sentia bem assim. Eu sabia que ele estava lendo todos os meus pensamentos, e vendo todos os meus sofrimentos, mas eu não me importava. Pela primeira vez eu percebi que ele não fazia aquilo por mal.

Não andei muito para achar um tronco caído. Sentei-me sobre ele e olhei para Jacob. Ele se postava ao meu lado, com a expressão séria.

‘Jacob, será que você poderia me deixar um pouco sozinha?

- Tem certeza?

‘Sim... Qualquer coisa eu te chamo ok?

- Ok...

Ele se afastou. Sabia que ele não iria muito longe, e que os meus pensamentos continuariam em sua cabeça, mas não sentir a presença dele ali do meu lado me fazia sentir um pouco mais livre.

Olhei para frente, tentando me distrair. Ali estava escuro, eu já não via mais as estrelas. Elas pareciam ter sumido por entre as nuvens que agora se acumulavam, e a noite começou a se tornar mais pesada.

De repente eu senti o aroma de Edward.

O que eu menos queria era uma lembrança dele agora. Toda vez que eu pensava nesse nome, meu coração voltava a doer. Por que era tão difícil ama-lo? Eu queria muito ser uma pessoa normal, poder beijá-lo como Tanya havia feito a alguns minutos atrás, mas tudo isso seria impossível. Eu nunca poderia possuí-lo de uma maneira completa.

- Bella, o Ed ta aqui... – eu escutei Jacob sussurrar.

‘Não deixa ele me encontrar.

- Bella, o cara ta muito mal... – Jacob deu uma certa ênfase na frase. Parecia que ele queria me transmitir algo.

‘Eu também estou mal Jacob, e você sabe muito bem disso...

- Mas... Ele ta chorando Bella...

‘Eu só não choro por que não posso.

Continuei ali sentada, tapei meus ouvidos para não escutar mais nada. Alguns gemidos saiam de minha boca, eu me sentia totalmente presa não podendo colocar tudo pra fora.

- Bella...

De repente o que eu escutei não era a voz de Jacob. Era Edward. Eu podia ver que ele realmente estava mal, o choro fez com que a sua voz quase não saísse.

Senti uma pontada. Eu não queria mais sofrer, isso era horrível, mas vê-lo sofrer era muito pior. A dor que se instalou dentro de mim cresceu em uma velocidade incrível, e eu percebi que iria ficar meio tonta novamente.

- Por favor, me ouve... – ele continuou, me deixando pior.

‘Jacob...

- Sim Bella... – ele também sussurrava, mas sabia que Edward tinha escutado. Podia sentir seu coração se acelerando, devido a expectativa que estava crescendo ali.

‘Me ajuda...

- Como?

‘Não deixa o Edward falar...

- Bella, eu não seguro a língua dele... – ele me respondeu, e eu pude escutar um pequeno soluço vindo do seu lado.

‘Mas eu não quero mais escutar Jacob... Você ta vendo como eu to sofrendo... Será que dava pra você me entender?

- Eu entendo Bella... Mas tenta ver o lado dele caramba! Não é só você que ta assim, e não adianta negar, por que eu leio o pensamento de todos...

Parei por um instante. Se o Jacob estava falando que ele está assim tão mal quanto eu, é porque é verdade.

‘Ok... Deixa ele vir falar comigo então...

- Vem Ed... – Jacob falou, e eu pude escutar seus passos começando a vir em minha direção.

Respirei fundo, e coloquei a cabeça entre os joelhos. Não queria vê-lo, escuta-lo já era tão difícil.

Quando eles alcançaram o lugar em que eu estava, percebi que Jacob parou. Ele queria nos deixar a sós, mais a vontade.

‘Não saia de onde você está... Eu quero que você me ajude...

Não escutei nada, mas sabia que ele tinha concordado. Acho que Jacob agora me considerava uma amiga, assim como eu considero ele.

- Bella... – a voz de Edward ecoou em minha cabeça. Seu tom era doce e terno, como uma sinfonia calma.

Não me mexi. Eu não conseguia.

- Bella, pelo menos responde o garoto... – Jacob sussurrou.

- Por favor, olha pra mim... – ele continuou, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa.

Levantei a cabeça vagarosamente. Quando consegui mirar seus olhos, vi que eles estavam vermelhos, seu verde estava escondido por entre varias lagrimas doloridas. Eu não respondi nada, apenas o observei.

Ele então chegou bem perto de mim, e se ajoelhou. De perto, pude ver o desespero em seu rosto, a forma de como ele estava sofrendo. Meu coração estava latejando.

- Me perdoa...

Sua mão encostou em meu braço. Me afastei dele, não por que não queria tocá-lo, mas por que eu não queria mais sofrer com o seus carinhos.

- Ele acha que você está o rejeitando... Ele vai chorar mais assim Bella...

‘Não quero voltar a ter contato físico com ele. Assim é melhor pra nós dois.

- Ele não acha isso.

Meus olhos estavam fixos em Edward. Seu rosto realmente estava piorando de feição, suas mãos tremiam. Coloquei meu braço de volta ao lugar.

- Bella, por favor, fala comigo. – ele suplicou. Pude ver uma lagrima caindo pelo seu rosto perfeito.

- Não chore...

Percebi que minha mão tinha encostado em seu rosto, secando a lagrima. Eu não queria fazer isso, mas meu instinto falou mais alto. Sua pele estava molhada, mas ainda quente. Seus olhos se fecharam depois que eu entrei em contato com ela.

‘Você falou a ele que eu sabia?

- Não. Acho que essa era uma decisão sua.

- Edward, eu sabia que isso iria acontecer... – falei, retirando minha mão de seu rosto. Ele abriu os olhos assustado.

- Como?

- Jacob me falou... Ele leu na mente da Tanya...

- E por que você não me impediu? – ele estava indignado. Edward não queria ter feito aquilo, eu podia sentir.

- Eu... Não sei Edward... Acho que eu queria te ver com outra...

- Bella, como você pôde...? – ele não continuou a frase. Sua cabeça se balançou, ele parecia meio bravo comigo.

- Presta atenção Edward... – fiz com que ele me olhasse nos olhos novamente. Assim era mais difícil, mas ele tinha que ver o que eu queria falar – Eu só queria ver como era com outra entende? Eu queria ver se você se sentia melhor beijando outra pessoa sem nenhuma dessas restrições...

- Você foi uma tonta de pensar isso... – ele falou bem sério.

- Concordo com ele Bella... – Jacob se manifestou.

‘Não pedi a sua opinião.

- Mas eu vi que você se sentiu mais livre, sei lá, parece que a Tanya te completou de uma forma diferente...

- O Jacob sabe o que eu estava pensando naquele momento Bella... Não tinha nada a ver com a Tanya...

‘Pode me contar agora o que o Edward estava pensando.

- Ele... Estava imaginando você ali, e não a Tanya... Ele queria que você estivesse nos braços dele, daquela forma...

- É verdade o que ele acabou de me falar? – perguntei a Edward, o intimando com os olhos.

- Eu não escutei o que ele falou Bella... – ele sorriu, meio desajeitado.

- É verdade que você estava me imaginando ali, quando estava com a Tanya?

- Eu nunca deixei de pensar em você Bella... Em nenhum momento eu me senti melhor por estar com ela, e em poder beijá-la de uma maneira diferente...

- Mas você... poderia ter recusado... – falei, tentando achar mais argumentos.

- Eu não recusei por que eu não estava pensando nela, e sim em você...

‘Jacob, você vai me contar em detalhes o que ele estava pensando.

- Sim senhora...

‘É realmente verdade o que ele está falando?

- É... Era exatamente isso que ele estava pensando na hora...

‘E por que você não me contou?

- Você não perguntou...

‘A gente conversa depois...

- Você acredita em mim? – Edward me perguntou, depois de esperar pacientemente a minha briguinha com Jacob.

- Acredito, mas... Por que você dançou com ela e comigo não?

- Por que você estava dançando com o cachorro ali atrás... Eu queria ver qual seria sua reação...

- Edward, as nossas situações eram bem diferentes... Eu estava dançando com o seu melhor amigo, e você foi dançar com a sua ex-namorada...

- Ta, mas o Jacob estava bem saidinho, e você também...

- Eu só estava dançando... Não estava fazendo mais nada!

- Bella, sem brigas ok? – ele falou, colocando o indicador sobre a minha boca.

Afastei meu rosto e fiz com que o seu dedo ficasse no ar. Não queria mais que ele me tocasse. Eu tinha feito disso uma regra para mim.

Ele me olhava com uma cara de confuso. Ele não sabia o que eu pretendia com aquilo.

- Por que você se afasta toda vez que eu me aproximo? – ele perguntou, abaixando a mão.

- Por que é melhor assim Edward... Se eu não posso te tocar por inteiro, eu não quero mais nada... – falei, abaixando os olhos. Eu não queria ver qual seria a sua reação.

- Bella! Eu sei o que você está pensando...

- Eu também sei! – Jacob falou, desta vez alto o suficiente para que Edward também escutasse.

‘Cala essa boca antes que eu vá aí calar...

- Desculpa...

- O que eu estou pensando Edward?

- Que eu não vou ficar feliz porque você não pode me satisfazer, é isso?

- Pode se dizer que sim... Eu não quero mais que você passe vontades, e como eu não posso impedir isso, eu prefiro que a gente se afaste...

- Bella, será que dava pra você parar de ser tão idiota?

- Ai... – falei meio triste. Não gostei da sua sinceridade.

- Você já parou pra pensar que se eu ficar sem nenhum pedacinho de você vai ser pior?

- Não vai não... Você vai poder achar outra garota, que vai te deixar mais feliz...

- Bella, eu não quero outra garota, eu quero você.

Ele olhava pra mim com intensidade. Seus olhos não estavam mais vermelhos, o verde tinha voltado a reinar ali. Suas mãos estavam próximas ao meu braço, preparadas para me tocar.  

Escutei alguns passos pelas folhas caídas ao chão. Jacob estava se afastando, nos deixando sozinhos. Me senti agradecida por isso.

- Você não se importa de não poder me tocar?

- Não... Eu respeito você Bella, sei qual é o seu limite...

- Tem certeza mesmo?

- Absoluta.

Ele começou a se levantar. Sua mão direita tocou na minha e me fez levantar junto.

Ficamos em pé, um na frente do outro. Seus olhos não se desgrudaram dos meus, eu estava quase mergulhando naquela piscina verde esmeralda.

- Eu te amo Isabella Swan, e nada vai me fazer mudar de idéia...

Eu sabia muito bem disso. Não precisava de Jacob para me dizer que era verdade.

Edward graciosamente se inclinou. Seu aroma me invadiu, mas foi tão bom, que eu só recuperei a consciência quando percebi que ele tinha me beijado.

Sua boca era cuidadosa, se moldava a minha com um certo zelo. Eu queria mais. Não queria somente que ele me beijasse com cuidado. Eu queria sentir a língua dele roçando na minha, suas mãos velozes em meu corpo.

Fiz então com que o beijo se tornasse mais intenso. Ele percebeu a mudança - e a minha empolgação – mas não me reprimiu como nos outros dias. Ele retribuiu com vontade, me deixando meio tonta.

De repente senti uma gota de água tocando meu rosto. Então, varias delas começaram a fazer o mesmo, e logo a chuva estava molhando nosso beijo.

Eu não parei. Continuei ali, firme e forte, sentindo Edward em mim, e as gotas que caiam me deixavam ainda mais tranqüila. Eu podia sentir que eu estava mais forte. Eu podia me controlar.

 Quando finalmente nos separamos, olhei no rosto de Edward de uma forma diferente. Eu estava completamente feliz, e queria mais.

Sorri, e ele retribuiu.

- Te amo Edward...

- Eu te amo mais...

Senti suas mãos em minha cintura. Logo nossos labios estavam grudados novamente, com a mesma intensidade de antes.

Ele começou a fazer movimentos diferentes em minhas costas. Ele não me segurava com carinho, mas passava as mãos rapidamente por toda a extensão das minhas costas. Senti então que ele começou a abrir o zíper do meu vestido.

Eu não o impedi. Deixei que ele continuasse, aquele momento estava sendo perfeito.

Suas mãos começaram a acariciar as minhas costas nua. O calor delas era completamente atraente, me deixava com uma sensação inexplicável. Os seus movimentos eram sutis, mas ao mesmo tempo intensos.

Tomei coragem e comecei a caminhar também com a minha mão. Ela seguiu até sua barriga, percebi que ele havia tirado o colete e estava somente de camisa. Com cuidado, coloquei a minha mão direita dentro de sua camisa.

Seu corpo ali era muito melhor. Era mais quente, mais receptivo. Caminhei com a mão por todo o seu peito, e sem perceber, passei a unha um pouco forte demais, e fiz um pequeno arranhão em sua barriga.

Ele não se incomodou. Continuou firmemente os seus movimentos, e sua boca não se desgrudou da minha em nenhum momento.

Depois de mais alguns segundos de beijo, ele se afastou de minha boca e começou a passar os seus labios pelo meu pescoço, descendo vagarosamente até o meu colo. A chuva estava mais intensa, as gotas entravam em meu vestido me deixando molhada, literalmente.

- Edward... Você vai pegar um resfriado... – falei enquanto ele ainda me beijava o pescoço.

- Não vou... – ele subiu com a boca até a minha bochecha, caminhando até os meus labios.

- É sério Edward... Vamos sair dessa chuva...

Retirei a minha mão de dentro de sua camisa e fiz com que ele se afastasse mais de mim. Finalmente ele concordou, e retirou sua mão da minha cintura, me deixando meio desprotegida.

Coloquei rapidamente minha mão sobre a parte de cima do vestido – que ainda estava aberto – e segurei com cuidado. Edward me virou e fechou o zíper, e eu me senti mais aliviada.

- Vamos pra minha casa... – falei, pegando em sua mão e o conduzindo pelo caminho que dava na porta da cozinha.

- Sua mãe não vai ficar brava? – ele perguntou, e eu acabei me lembrando de Reneé.

- A gente dá um jeito nela quando chegar lá...

Continuamos andando e a cada passo a chuva diminuía. Quando chegamos em casa, ela era somente um chuvisco.

Abri a porta da cozinha e vi que a luz da sala estava apagada. Preparei os meus ouvidos e percebi que Reneé estava em seu quarto, lendo um livro.

- Minha mãe está lá em cima... Se a gente for bem devagar, ela não vai perceber... – sussurrei, bem perto de seu rosto.

- Tem certeza de que é seguro? – Edward parecia preocupada. Acho que a minha mãe lhe passava uma imagem meio cruel.

- Vamos, qualquer coisa você se esconde no meu guarda-roupa...

Subimos a escada sem fazer nenhum ruído, e quando chegamos ao meu quarto, fiz com que ele se sentasse ao meu lado na cama.

- Você é bem diferente da Alice... – ele falou, sondando todos os detalhes do cômodo.

- Digamos que eu goste menos de rosa... – sorri, e ele retribuiu.

Nos olhamos por um momento. Ele estava lindo, todo molhado, com aquele cabelo rebelde e com aquela camisa colada nos músculos.

 Cheguei mais perto, e logo nós nos beijamos. Edward estava tremendo, pude perceber isso enquanto suas mãos acariciavam meu rosto.

Me separei de repente e olhei em seus olhos.

- Edward, você está tremendo! – falei, e percebi que ele realmente estava gelado.

- Não estou Bella... – sua voz saiu tremula, assim como as suas mãos estavam.

- Lógico que está! Espera, eu vou pegar uma toalha pra você se secar...

Me levantei, fui até meu guarda-roupa e peguei uma toalha bem felpuda. A entreguei a Edward, e enquanto ele se secava, eu procurava um cobertor.

- Atchim! – ele espirrou depois que eu lhe entreguei o cobertor.

- Eu te avisei... Sabia que você ia ficar doente... – eu o ajudei, pegando o cobertor e o envolvendo com cuidado.

- Não estou doente...

- Está sim Edward... Espera aí por que eu vou pegar um remédio pra você...

Saí do quarto rapidamente e fui ao banheiro, onde provavelmente teria algum remédio. Procurei no armário e acabei achando um comprido perfeito.

- Eu não sabia que agora nós acolhíamos doentes... – escutei minha mãe na porta do banheiro.

- Mãe, ele é o meu namorado...

- Eu pensei que você tivesse regras Isabella... Nada de namorado no quarto depois das 2 da manhã...

- Mãe, por favor, só hoje? Não vamos fazer nada de mais ok?

- Ta, só hoje...

- Obrigada...

Fui até ela e lhe dei um beijo no rosto. Desci as escada correndo, peguei um copo d’agua e voltei rapidamente para o meu quarto. Edward estava na mesma posição, enrolado no cobertor, como um recém-nascido frágil.

- Toma... – coloquei o comprimido em sua boca e lhe entreguei o copo. Ele bebeu metade dele e me entregou o resto, que eu coloquei sobre a mesinha do computador.

- Deita Edward, você precisa descansar... – falei o empurrando para o travesseiro.

- Não! Eu quero ficar com você! – ele protestou, tentando lutar contra as minhas mãos.

- Eu não vou sair daqui Edward... Agora deita...

O empurrei novamente, mas desta vez ele não protestou. Deitou-se na cama, e eu me deitei ao seu lado, ficando com o rosto bem na sua frente.

- Desculpa... – falei bem baixinho.

- Você não tem culpa de nada... E eu posso muito bem retirar esse cobertor...

- Não! Eu não quero que você pegue uma pneumonia...

- Bella, eu não me importo de ficar doente se você estiver ao meu lado...

- E a sua família? Você não vai falar a eles que ficou doente por que tem uma namorada extremamente gelada...

- Bella, já disse que não me importo... O que me importa é estar perto de você!

Ele me olhou bem com seus olhos verdes. Percebi que já não tremia, sua aparência era menos branca.

Edward me beijou. Sua boca era quente, seu rosto estava na mesma temperatura. Ele começou então a retirar o cobertor e a procurar minha cintura, mas eu me separei.

- Se eu ficar com frio, eu pego ele de volta ok?

Não consegui resistir ao tom de sua voz. Me inclinei até seus labios e recomecei o beijo. Sua boca era urgente na minha, suas mãos logo conseguiram alcançar o desenho das minhas costas.

Eu acariciava seu cabelo ainda molhado, e o trazia mais perto. Nossos corpos agora se roçavam – ele havia retirado todo o cobertor – e todo o calor dele agora se transmitia para mim.

A cama era pequena para nós dois, estava difícil me mexer por ali. Acho que Edward também percebeu isso, por que em poucos segundos ele estava em cima de mim, fazendo com que eu me deitasse melhor sobre ela.

Minhas mãos acariciavam sua barriga, enquanto ele me segurava firmemente pelo cabelo. Eu então comecei a abrir sua camisa, e depois de um tempo, ele mesmo a jogou longe.

Seus olhos agora tinham um verde tão intenso que me deixava completamente entorpecida. Um sorriso lindo estampava seu rosto, senti que ele estava muito satisfeito com tudo aquilo.

- Não gelou ainda? – perguntei enquanto acariciava seus fios molhados.

- Você me deixa mais quente do que imagina... – ele falou, voltando a me beijar.

Suas mãos tatearam as minhas costas, a procura novamente do zíper do meu vestido. Comecei a ficar com medo, a situação agora era outra. Fiz então com que minha mão segurasse o braço mais atrevido dele, ainda sem me separar do beijo.

Ele assentiu, retirando a mão dali de perto. Fiquei meio que com dó dele, mas eu acho que agora era muito cedo para acontecer algo mais profundo.

Edward continuava em cima de mim, com seus labios grudados em minha pele. De repente, percebi que ele estava tremendo novamente. Seu peito estava gelado, e sua boca estremecia na minha.

- Você está tremendo de novo... – falei, me separando, saindo debaixo de seus braços.

- Bella... Eu agüento... – ele falou, tentando me segurar na cama.

- Não... – me levantei e peguei a camisa dele que estava no chão – coloca a camisa.

Ele a pegou, sem muita vontade, e a colocou. Eu fui até a cama e o cobri novamente com o cobertor de uma forma que eu coubesse do seu lado.

- É para o seu bem... – falei depois de me deitar.

- Eu sei... – ele falou, me dando mais um beijo.

- Dorme Edward, você precisa descansar...

- Não quero dormir... – ele falou, mas suas pálpebras estavam pesadas, quase fechando.

- Eu vou estar aqui do seu lado... Agora dorme...

Comecei a acariciar seu rosto, e lentamente ele fechou os olhos. Depois de alguns segundos ele adormeceu, e eu continuei admirando seu rosto. Edward parecia um bebezinho, e eu me contentei em pensar que ele nunca sairia do aconchego de meus braços.