When Ur Gone escrita por sophiehale


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

essa história nasceu depois de eu ver o filme da primeira parte do livro RdM. é meio louca, mas eu espero que vocês gostem :)
vale lembrar que eu já tinha postado a história antes, mas por causa de um erro meu eu a deletei sem querer e estou repostando. então NÃO É PLÁGIO.
boa leitura!



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Prólogo

When you're gone, the pieces of my heart are missing you.


-Você está bem? – o senhor Weasley perguntou a George, depois de terem sido atacados por um dos vários Comensais da Morte.

-Claro que sim. –George deu o sorriso maroto que nunca saía de seu rosto. Ele e seu irmão gêmeo, Fred, lançavam alegria a todo o lugar por onde passavam. Era impossível se sentir triste quando os dois estavam perto, juntos.

Arthur revirou os olhos para o convencimento do filho, mas não conseguiu conter um pequeno sorriso que apareceu em seus lábios. George estava bem, inteiro. E era isso que importava naquele momento.

-Vamos ver onde a sua mãe e seus irmãos estão. – Arthur anunciou a George. Apesar de sentir que se filho estava intacto (a não ser pela falta da orelha, perdida semanas antes), precisava se certificar que tudo estava bem com o resto de sua família.

-Dois sicles que Fred acabou com eles. – George apostou enquanto ele e o pai caminhavam em direção ao Salão. Arthur apenas ignorou.

Pelo modo como as coisas estavam, a carnificina havia sido grande. Pessoas andavam de lá para cá como se não soubessem o passo a dar a seguir. Roupas ensangüentadas, rostos machucados, varinhas quebradas pelo chão e, o que antes havia sido o Grande Salão, agora não passava de um lugar imundo onde as mesas das Casas jaziam em qualquer lugar nos cantos.

Aquela visão era de dar embrulhos no estômago e, como se George soubesse que alguma coisa estava errada, sentiu um aperto no coração.

-Onde está todo mundo? – ele perguntou ao pai, que parecia tão assustado quanto ele. O que diabos acontecera com a magia de Hogwarts, que tornava aquele lugar tão grandioso?

-Eu... Eu não sei, meu filho. – Arthur sentiu a voz tremer. Ele sentia a necessidade de ver sua família e voltar correndo para A Toca; e talvez jamais pisar os pés em Hogwarts novamente. Aquele lugar estava realmente perdido depois que se dera a morte de Dumbledore.

Andando mais rápido, os dois Weasley conseguiram avistar, bem ao centro, pessoas que rodeavam algo. Chegando mais perto, perceberam que eram corpos. Os corpos das vítimas dos Comensais da Morte até agora.

-Olha pai. – apontou George, tremendo. – Lupin e Tonks...

-Infelizmente – Arthur os reconheceu deitados lado a lado. A expressão de ambos era serena, como se estivessem apenas dormindo. – Pobrezinho do pequeno Teddy...

Mas o senhor Weasley não conseguiu lamentar a morte dos amigos e do bebê recém-órfão por muito tempo. Ao fazer uma varredura das vítimas com o olhar, percebeu o conhecido e tão característico cabelo ruivo dos Weasley jogado ao chão em mechas irregulares.

-Não... – ele balbuciou quando reconheceu o corpo. George, ainda encarando os corpos de Lupin e Tonks, ainda não tinha reparado o que tanto amedrontara o pai. Ao ver seus olhos arregalados, ele se virou automaticamente e acompanhou o olhar de Arthur.

-Mas o quê... – ele começou, mas se calou em seguida. As palavras não mais conseguiam ser ditas. Naquele momento, o chão parecia ter se aberto aos pés de ambos. Um vazio aterrorizante percorreu o estômago de George.

Arthur levantou-se de onde estava e se pôs ajoelhado em sua cabeça, acariciando os velhos conhecidos cabelos ruivos do filho, enquanto lágrimas insistiam em cair de seus olhos. George, por sua vez, permaneceu em choque no lugar onde estava.

-Não pode ser. – as palavras saíam arranhadas de sua garganta. – Fred... Ele deve estar brincando...

-George... – o senhor Weasley levantou os olhos pela primeira vez. A dor o dilacerava por dentro, mas estava preocupado com o gêmeo que restava. Com um simples aceno de cabeça, ele chamou George para onde estava o corpo de seu irmão.

George não sabia o que fazer, estava completamente desorientado. E, como se fosse uma criança novamente, só conseguia balbuciar coisas ininteligíveis. Ao chamado do pai, ele se arrastou para onde ele estava e, finalmente, libertou as lágrimas que permaneciam presas em sua garganta.

-FRED! – ele gritou com a voz carregada da dor da perda. As pessoas ali, se não estivessem tão perdidas por si mesmas, com certeza estranhariam o tom que saíra daquela voz tão sempre feliz. George estava ajoelhado à cabeça do irmão gêmeo, seu melhor amigo há duas décadas.

Aos poucos, o restante da família Weasley apareceu no Grande Salão e pareceram tão desorientados quanto George e Arthur à exceção de Percy, que estivera com Fred durante a Batalha.

-Eu não consegui... – as palavras do terceiro mais velho Weasley eram tremidas e agonizantes. Seus olhos estavam vermelhos e esbugalhados, assim como os de Bill e Fleur, que já tinham visto o que acontecera.

Arthur acompanhou o olhar da senhora Weasley e Ginny ao longe, na entrada do Salão. Pelo choque e pavor que passou pelo rosto de ambas ao ver sua família naquele lugar, elas ainda não tinham estado ali. Molly foi a primeira a chegar e se ajoelhou ao lado do tórax do filho perdido, chorando descontroladamente. Ginny, ao finalmente se aproximar com passos vacilantes, reconheceu o irmão gêmeo de George e também se debulhou em lágrimas.

Ao longe, Harry, Ron e Hermione chegavam. Ron parecia tão abatido quanto o resto da família, mas só derrubou as primeiras lágrimas após ser abraçado por Percy. E, enquanto Harry saía – provavelmente se sentindo intruso em um momento tão particular –, Hermione correu para abraçar Ginny.

E, em todo esse tempo, George não reparou em nada ao seu redor. Com a vista embaçada de lágrimas, apenas conseguia ver o rosto sereno de Fred, que ainda tinha resquícios de seu último sorriso.

Ele teria que se acostumar a viver sem o seu espelho ambulante, seu companheiro para todas as horas. Fred era seu melhor amigo. Ele nunca tivera um vínculo tão forte com mais ninguém – nem seus companheiros de Hogwarts ou mesmo o restante de sua família. Ele e Fred eram como metades, grandes almas irmãs.

Nada seria o mesmo sem Fred e George e suas artimanhas. Os dias seriam tristes; o céu, para ele, jamais voltaria a ser azul novamente.

Olhando o rosto sereno e tão conhecido de Fred, George se perguntou se conseguiria viver sem a companhia de seu gêmeo. Nada seria como antes.


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Notas finais do capítulo

espero que vocês voltem a comentar! estou morrendo de raiva por ter deletado a história :s
beijos, e obrigada por ler!