Escolhas escrita por sophiehale


Capítulo 13
13 - Defying gravity


Notas iniciais do capítulo

demorei, eu sei, mas já to de volta :D
como eu já disse pra vicky, eu sofri de um bloqueio de imaginação feio que me impediu de escrever mais capítulos kk, e ainda por cima, com a volta as aulas, meu tempo no computador ficou bem menor :~
então peço paciencia pra vocês. quando eu puder, venho sempre aqui atualizar vocês :)
enfim, espero que vocês gostem do capítulo. no vemos lá embaixo :D



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Capítulo 13

It's time to trust my instincts

Close my eyes and believe

Defying gravity - Glee

-Rosalie, Jasper, que bom que vieram. – Julie nos recepcionou na porta como uma boa anfitriã. Tinha esquecido que ela nunca fora apresentada a Alice, e agora estava desconfortável sorrindo para ela, como se tivesse se esquecido seu nome.

-Nós dissemos que vínhamos. – eu interrompi o silêncio momentâneo, mas um tanto desconfortável, que se instalara. – Essa é a Alice, Julie. Ela é... Hmmm, uma amiga da família.

Jasper e Alice apenas sorriram sem-graça.

-É um prazer, senhora Jenkins. – Alice a cumprimentou com um aperto de mão. – Espero não causar nenhum incômodo.

-Incômodo algum, querida. – Julie sorriu e se virou, puxando-me pelo braço educadamente.  – Venham, eu quero que conheçam a minha família.

-Claro. – eu sorri a acompanhando, e Jasper e Alice fizeram o mesmo.

-Esse é o meu marido, Thomas McCarty. – ela se posicionou ao lado do companheiro e olhou para ele. – Esses são Jasper e Rosalie, os filhos dos donos da empresa; e essa é a Alice, uma amiga deles.

-É um prazer, senhor McCarty. – eu apertei a mão homem, que aparentava não ser muito mais velho que Julie. Apesar de já grisalho, tinha um charme no olhar e, quando sorriu, covinhas apareceram. Não havia dúvidas da paternidade de Emmett.

-O prazer é meu. – ele me cumprimentou, apertando as mãos de Jasper e Alice em seguida. – Por favor, me chamem de Tom.

Nós apenas sorrimos discretamente em resposta. Então, foi a vez de Julie falar novamente.

-Hmmm, esse é o Edward. – ela apontou para um homem com cabelos acobreados e olhos verdes que estava ao lado de Tom. – Ele não é o meu filho, mas é como se fosse. Essa ao lado dele é Bella, sua namorada.

-É um prazer conhecê-los também. – afirmei, e as mesuras se seguiram. Julie nos apresentou também seu primogênito, Peter, e sua esposa, Charlotte. Jasper automaticamente se identificou com eles, depois de Peter contar sobre quando se alistou para o exército. Resolvi sair de perto e me despedi educadamente, sem paciência para ouvir sobre aquele assunto. Jasper parecia ter verdadeiro fascínio para com o exército, assim como Peter; e Charlotte parecia ser do tipo de pessoa que adorava falar de compras – a companhia perfeita para Alice.

     Então, a não ser que eu quisesse ficar ali e falar sobre como o armamento bélico dos Estados Unidos estava começando a ficar cada vez mais forte ou sobre como o exagero na combinação de peças era dispensável, eu precisava sair dali.

      Decidi buscar ar puro e fresco na parte exterior da casa. Aquela não era uma simples festa de uma senhora – as luzes piscavam sem parar e a música tocava repetitivamente. Seria legal e provavelmente eu gostaria daquilo, não fossem as circunstâncias do que estava acontecendo em minha vida.

       Sentei-me em um banco de madeira no amplo jardim, todo decorado com luzes incandescentes. Levei as mãos à cabeça, tentando imaginar como em menos de dois dias tudo tinha virado uma confusão inimaginável. Primeiro o rompimento entre Alice e Jasper – que não era da minha conta, mas me influenciava diretamente. Depois, o atropelamento de Ella. Aí, eu descubro que meu ex-marido é um louco que alimenta falsas esperanças em meu filho, prometendo reunir a família novamente, algo que eu e ele sabíamos que nunca iria acontecer. E, como se tudo não fosse o bastante por si só, minha melhor amiga se mete em uma enrascada daquelas envolvendo o homem que eu jurei defender em outro caso, fazendo com que eu descobrisse que ele não era inocente no final das contas.

    Era muita coisa para assimilar, muita coisa para pensar ao mesmo tempo. Eu nunca pensei que fosse chegar ao ponto de ter que perder um caso propositalmente. Era contra tudo o que eu já havia aprendido em anos lidando com o Direito. E, ao mesmo tempo, não queria pensar em abandonar o caso – já que eu nunca tinha feito aquilo antes; abandonado um compromisso com a lei.

    -Vida complicada? – a voz de alguém que eu nem me lembrava existir penetrou em minha mente. Levantei o olhar assustada e, ao ver que era realmente quem eu pensara, me endireitei. – Desculpe. Não quis assustar você nem nada.

-Tudo bem. – eu sorri. - Mas sim, vida super complicada. É muito difícil ser eu, Emmett.  

   -É muito difícil ser eu também. – ele olhou para o lugar ao meu lado sugestivamente. -Posso?

    -Claro. – me ajeitei, lhe dando mais espaço - A casa é sua.

    -Tecnicamente não. Eu não moro aqui há uns dez anos. – ele sorriu, mostrando aquelas covinhas – Eu suspeitava que fosse te ver aqui.

Eu sorri também, mas eu devia estar com uma cara bastante abatida, já que ele desfez o próprio sorriso e me olhou preocupado.

-Posso ajudar em alguma coisa? – ele perguntou após alguns instantes, compreensivo. Emmett era bastante solícito e eu gostava muito daquilo, até mais do que eu gostaria.

     - Na verdade, não. Mas obrigada. – agradeci e mudei de assunto.  – Você é o filho mais novo da sua mãe?

      -Sim. Dois anos a menos que o Peter, que acho que você já conheceu. – ele sorriu de leve mais uma vez, e então eu finalmente assimilei. Hoje seria a festa surpresa de aniversário para ele.

      -Então acho que lhe devo um feliz aniversário. – eu sorri genuinamente e, tímida, encarei meus pés. – Parabéns, Emmett. E obrigada.

     -Pelo que? – sua voz era divertida quando ele pegou meu queixo, me forçando a olhar em seus olhos.

     -Primeiro, por cuidar de Ella ontem. – o lembrei, e um arrepio involuntário atravessou meu corpo ao relembrar aquelas cenas perturbadoras. – E depois por ficar aqui comigo... Eu não posso ficar sozinha que já começo a pensar besteiras.

      - Então será uma honra acompanhá-la esta noite, senhorita. – ele fez uma voz cordial demais, fazendo-me rir de verdade pela primeira vez em algum tempo. Encarando meu sorriso, ele tirou a mão de meu queixo e fez carinho em minha bochecha. – Se sente melhor?

      -Sim.

      -Verdade? - ele me encarou, desacreditado. Eu assenti. – Jura com o dedo mindinho?

     Ele não conseguiu segurar um riso por conta de suas palavras, e sua expressão tão inocente me fez lembrar uma criança. Eu ri também.

     -Com o dedo mindinho. – e então nós entrelaçamos nossos dedos, e eu me senti uma criança novamente. Era tão boa aquela sensação. Esquecer, por um segundo que fosse, todos os problemas e se comportar como na época que não havia responsabilidades, a não ser entregar o dever de casa no prazo certo na escola ou obedecer aos pais.

-O que foi? – ele perguntou, o olhar ganhando um tom preocupado mais uma vez.

-Nada de mais. – dei de ombros. – Só estava pensando em como gostaria de não ter responsabilidades por algum tempinho. Estou cheia delas.

Eu ri. Como se aquilo fosse possível.

-Eu posso te ajudar se você quiser. – seu olhar agora era de um menino novamente, pronto para fazer alguma travessura.

-E como? – perguntei curiosa.

-A gente sai disso aqui e vai pra uma festa de verdade. – Emmett se levantou e estendeu a mão para me ajudar a fazer o mesmo. Eu a peguei e o encarei, de repente com uma vontade incontrolável de aceitar aquela proposta indecente.

-Bem que eu gostaria. – suspirei, acabando com a fantasia - Mas nós temos que ficar, não acha? Vamos sair de repente desse jeito?

-Digamos que não é a primeira vez que eu faria isso. –ele riu. – Vamos, Rosalie. Vem comigo.

Ele pegou a minha mão para me guiar. Em vez de atravessar a sala – lugar onde a festa acontecia -, ele seguiu na direção paralela ainda no jardim, de modo que nós não entramos. Em questão de segundos, já estávamos no portão da rua. Estávamos prestes a sair quando eu parei.

-Ah. – ele pareceu lamentar. – Não vai desistir agora, vai?

-Acabei de me lembrar de uma coisa. – eu fiz uma careta, lembrando-me da minha conversa com Julie ao telefone no outro dia. Não seria eu a responsável por acabar com a surpresa dela. – Hoje é sua festa de aniversário...

Ele riu, me deixando intrigada.

-Sempre a minha mãe arruma um pretexto para me dar uma festa surpresa. – ele revirou os olhos, mas não estava irritado. – Tudo bem, vamos ficar.

Suas últimas palavras me fizeram fazer uma careta involuntária. Apesar de eu nem conhecê-lo de verdade, eu queria fazer aquilo.

-Exatamente o que eu queria. – ele pareceu se divertir. Eu o encarei sem entender, arqueando uma sobrancelha.  

-Como assim? – perguntei, por fim.

-Você quer sair – e aquilo não era uma pergunta.

-Talvez. – dei de ombros, sorrindo um pouco. – Mas e a sua mãe?

-Ela vai entender. Ela me conhece muito bem para saber que eu poderia fugir. – ele constatou. – Como eu disse, não é a primeira vez que eu faço isso... Estou fazendo 30 anos.

Eu ri, mas ainda não estava convencida. Perceptivo demais, ele percebeu.

-Somos adultos. Somos livres e desimpedidos. – Emmett se aproximou de mim com a expressão mais séria que eu havia visto até então. – Se nós não podemos sair sem permissão, quem mais pode?

Ele era realmente muito bom em persuasão. Sorri com o canto da boca.

-Vamos nessa.


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Notas finais do capítulo

valeu a espera? HAUHAUAHUA dedinhos cruzados (yn)' bom, como sempre venho pedir reviews, hehe. se vocês gostarem ou não, críticas sã sempre bem-vindas. só quero saber se vocês estão por aí :Dbeijos, e até o próximo!