Naruto vai ao Ichiraku e encontra Iruka-sensei lá, ele parece estar preocupado com algo, tão preocupado que nem vê Naruto sentar-se ao seu lado. O garoto o examina e percebe que desta vez não deve cumprimentá-lo do jeito escandaloso que sempre faz.

            - Iruka-sensei, está tudo bem?

            - Ah, Naruto! Nem vi você aí. – ele dá uma risadinha – está tudo bem, na medida do possível, hehe.

            - Como assim, na medida do possível?

            - Bem, você sabe que a vila está com problemas, não? – Naruto faz que sim com a cabeça – então, só piorou um pouquinho...

            - Um pouquinho?

            - Você ficou sabendo de Mizuki?

            - Não. Acho que nem me importo, pelo que ele me fez passar.

            - Bem, ele... foi vítima de ataque cardíaco.

            - O quê? Mas como? Ele é tão jovem. Mas ele está bem, não é?

            - Na verdade, não. Foi fatal.

            - Mas como?

            - É que... é difícil explicar, você não entenderia, e eu não devo envolvê-lo nisso.

            - Iruka-sensei, eu também sou um ninja desta vila, se tem algo de errado, eu devo ficar sabendo também, eu quero cooperar também.

            - Mas você não pode. Só o que posso dizer é que ele não foi a única vítima e que não foi culpa dele esse ataque cardíaco.

            - É claro que não foi culpa dele! Não tem como uma pessoa querer morrer de ataque cardíaco...

            - ...

            - Tem?

            - Mais ou menos. Eu preciso ir. Me desculpe, Naruto.

            Iruka vai embora meio perturbado e Naruto fica pensando na conversa dos dois.

**********

            A volta para Konoha foi calma, porém demorada, eles caminharam durante um dia inteiro, e só chegaram à Vila à noite. Porém, quando chegam lá, percebem uma estranha agitação.

            Havia um garoto caminhando estranho (meio corcunda, com as mãos no bolso e de pés descalços) com um capacete na cabeça, o que impossibilitava os outros de ver seu rosto, haviam também, cinco homens, um deles parecia mais velho que os outros quatro e uma garota. Todos com capacete. Andavam junto com um baixinho de cabelo loiro com uma trança e por alguns ninjas. Havia muita gente curiosa em volta, Ino diz confusa:

            - Quanta gente estranha chegando na vila. Vou evitá-los.

            - Eu quero saber o que é – diz Sakura – vai que é algo interessante...

            - Interessante? Gente estranha é interessante? – comenta Tenten. – vou embora, estou cansada. E você Neji?

            Ele concorda com ela e os dois saem juntos.

            - Ah que complicado, também queria saber o que é, mas estou cansado – diz Shikamaru bocejando. – acho que também vou pra casa. Depois você me conta Sakura.

            - Ah, tá bem.

            Ele sai e Shino vai embora também.

            - E aí Testuda? Vamos lá ver?

            - Só se for agora.

            Sakura e Ino se dirigem ao local onde as pessoas estavam concentradas e a Ino pergunta para uma moça que estava ali perto:

            - O que está acontecendo?

            - Eles são detetives – responde a moça – eles vieram aqui por causa de Kira.

            -  O que é Kira? – pergunta Sakura curiosa.

            - Vocês não ficaram sabendo dos assassinatos?

            - O quê? – dizem as duas juntas espantadas.

            - Kira é um assassino em série que mata apenas criminosos com o poder da mente. É o que dizem. Olha ali.

            A moça aponta para um telão improvisado, onde aparece a letra L, uma voz provavelmente alterada pelo computador começa a falar:

            - À todos de Konoha. Eu sou L. Estou aqui para desvendar o caso Kira. De acordo com minhas investigações, Kira precisa de um nome e de um rosto para matar, porém, há certas pessoas que ele não pode matar. Por isso, não se preocupem. Kira, vou caçá-lo e colocá-lo atrás das grades. Boa noite a todos.

            A letra L some, sem mais explicações, os moradores ficam perplexos. Sakura comenta:

            - Nossa, que misterioso! Gamei! – ela faz aquela cara de apaixonada maluca.

            - Acorda, Testuda! E se ele for feio? Você não viu o rosto dele, esqueceu?

            - Vou arranjar um jeito! Eu preciso! – ela sai apressada para algum lugar.

            Ino e a moça ficam olhando espantadas. Ino comenta:

            - Ih, ficou louquinha!

            - A sua amiga está bem? – pergunta a moça.

            - Quem se importa? Agora o Sasuke é só meu!!

**********

            Através de Watari e um notebook, L explica à Tsunade e aos Jounins a situação:

            - As investigações no Japão estavam bem avançadas em relação à Kira e agora vou deixá-la a par de todas as informações. Primeiro: Kira não mata com o poder da mente e sim usando um caderno da morte, o Death Note. Para tanto, ele é acompanhado de um Shinigami.

            - Espere aí - Tsunade se exalta – você está me dizendo que Shinigamis existem?

            - Exato. Se me permite continuar, segundo: há pessoas que Kira não pode matar. O motivo é simples: ele não conhece o nome ou o rosto dessa pessoa, o que é meu caso, pois ele não conhece nenhum dos dois. Futuramente, quando eu achar que devo, me apresentarei a vocês pessoalmente. Sei que é difícil confiar em uma pessoa que nunca mostrou seu rosto nem disse seu nome verdadeiro, mas além de vocês terem minha palavra de que resolverei esse caso, acho que não têm outra escolha. Tenham uma boa noite.

            Watari dá boa noite e sai da sala. O que L havia dito era verdade, eles não tinham mais a quem recorrer, então o jeito era confiar em L. Bem, ele é uma pessoa confiável.