Terra, Água, Ar. escrita por Dreamy__Girl


Capítulo 5
Capítulo IV – Caindo, Aprendendo e Respondendo


Notas iniciais do capítulo

Bem, postei sem reviews, mas como o outro cap. foi hoje...
É que eu queria postar logo, mas não se acostumem!



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POV Agatha

   Era uma corrida, e eu estava pronta para ganhar e fazer aqueles dois campistas comer poeira.

   Eles tinham me desafiado, ambos de Ares, e eu não podia simplesmente dizer não. Queria vencer e jogar na cara deles, como toda garota doce faria.

— Preparar... — gritou uma ninfa. — Apontar... Já!

   Corri o mais rápido que podia, os olhos fechados e o coração batendo rápido. Eu pensava que estava na frente, e sorri vitoriosa, acelerando mais um pouco.

   Aquele sorriso saiu da minha cara quando me esparramei no chão lamacento. Os dois estavam rindo como hienas, enquanto eu estava coberta de lama, e mais humilhada do que nunca me sentira.

— Saiam daqui! — gritou alguém que reconheci como James. Os outros riam tanto que nem se importaram.

   Ele tentou me levantar, mas escondi o rosto nos braços, para que não me vissem chorando. Não sabia se era de raiva, tristeza ou humilhação, provavelmente tudo junto.

— Só me traga um copo d’água — pedi.

   Senti-o levantar e se afastar, mas continuei parada, as lágrimas escorrendo contra a minha vontade. Definitivamente, os pensamentos de que o Acampamento era legal estavam indo por água abaixo.

— Toma — disse James, e levantei a mão para segurar o copo. Os engraçadinhos ainda riam de mim, e tive a impressão de que mais gente estava ali.

   Sentei envergonhada e muito vermelha, embora não desse pra ver por causa da lama, e joguei a água no rosto, para limpá-lo. Mas a água, além de limpar meu rosto, escorreu e limpou minha camisa, meus braços, pernas, sapatos e, não me pergunte como, empurrou a lama, deixando-me sentada num pedaço de grama verde e molhada.

— Parabéns! Pelo menos você é boa com a água quando não é boa em mais nada! — gritou um filho de Ares, diferente dos primeiros. Tinha um círculo formado por eles em volta de mim.

— Pelo menos eu tenho algum poder especial além de lutar — rebati baixinho, e corri até meu chalé.

POV Lilian

— Lilian, o que você acha de testar os poderes? — Meggie perguntou de repente.

   Não estávamos fazendo nada, e como resposta me levantei da cama e sorri amigavelmente para minha irmãzinha.

— Claro. Vai me ensinar o que sabe?

— Não.

   Ok, por essa eu não esperava. Os irmãozinhos não deviam ser gentis, e no caso do Acampamento ensinar o que sabiam?

— Mas como vou ganhar? — protestei. Sua expressão não mudou.

— Não vai — respondeu simplesmente.

   Foi tudo que meu ego precisava para se ofender. Pensei mentalmente em ganhar; eu queria ganhar, eu ia ganhar! Vamos lá Lilian Looney, força de vontade!

   Como se fosse muito fácil, ela pôs o dedo em uma das várias tomadas do chalé. Por um instante temi que levasse um choque, mas quando ela tirou o dedo, este faiscava com eletricidade. Ela encostou-o no cabo de um abajur e ele imediatamente acendeu.

— Como você faz isso? — perguntei sem pensar, e ela me ignorou.

   Pestinha.

   Tentei fazer a mesma coisa. Me aproximei da tomada, temerosa, e parei o dedo a apenas alguns milímetros desta. Estava em dúvida; eu não tinha certeza de que funcionaria comigo, e levar choque de propósito era algo meio masoquista. Ainda estava pensando nisso quando Meggie empurrou meu dedo.

   Um choque elétrico atingiu meu corpo, fazendo meus cabelos levantarem e meu olho arregalar. Eu não conseguia tirar o dedo da tomada, e então o chalé ficou escuro e minha mão praticamente foi empurrada. Todo meu corpo brilhava e faiscava, e eu gostei da sensação. Nem quando eu levei o “choque” foi uma sensação ruim.

— Você... Sugou a energia? — perguntou Meggie assustada.

— Eu... Eu não sei! — exclamei confusa. — Simplesmente aconteceu.

   Botei a mão na tomada de novo, concentrada em mandar toda a energia para lá.

   O problema é que parte da minha energia natural foi junto, e eu enviei tanta energia para tomada – minha e a que eu “suguei” – que causei um curto-circuito. Graças a todos os deuses, Meggie me empurrou e colocou de novo o dedo na tomada, fazendo com que tudo voltasse ao normal.

Isso você me ensina a fazer? — perguntei-lhe frustrada.

— Não. Aprenda sozinha — disparou petulante, e deitou na cama.

   O que eu fiz para merecer isso?”, perguntei a ninguém em particular.

POV Ellen

— Muito bem Ellen, conte um pouco da sua vida — pediu Quíron.

   Ele me chamara até a Casa Grande, aparentemente com o intuito de descobrir quem era minha mãe.

— Vamos ver... Meu pai, Robert, é jornalista, e casado com uma mulher chata e detestável. Eu nasci em...

— Não, não! — interrompeu. — Algo que já te fez se meter em confusão, por exemplo, como um poder.

— Bem, tem o poder de ser irritante na sala de aula, o poder de... Hm, uma vez na caça ao tesouro da escola, quando eu era bem pequena, você tinha que seguir as pistas e achar o “tesouro” enterrado. Eu não segui pista nenhuma, simplesmente segui um... Como se fala? Extinto?

— Instinto — disse Quíron.

— Isso aí. Segui um instinto, e eu soube onde o brinquedo estava.

— Interessante. Mais alguma coisa? Uma visão, um sonho...

— Ah é! — gritei de repente, me lembrando. — Eu tive um sonho esquisito. Estava numa espécie de praia, e... Bem, foi mais para pesadelo. Uma pessoa encapuzada me disse que eu podia ajudar Cron...

— NÃO FALE ESSE NOME! — exclamou Quíron de repente. — Continue.

— Ah, ok. Então, um buraco surgiu, e eu comecei a cair, e pensei que estivesse indo pra lá, sabe? Só que escutei uma voz dizer “não, você está indo para longe”, ou algo assim.

   Olhei para Quíron, e ele olhava para longe, pensando em alguma coisa super concentrado.

— E aí, descobriu quem é minha mãe.

— Querida, acho que descobri quem é seu pai.

— Eu sei quem é meu pai — eu disse confusa.

— Mas tudo me leva a crer que você é filha do deus dos mortos. Veja, o poder sobre a terra, e nesse seu sonho, quando o titã fala que você estava indo para longe, aposto que você estava indo para o Mundo Inferior. Não é tão longe, mas...

— Você... Tem certeza? — perguntei. Eu me sentia mal por Robert talvez não ser meu verdadeiro pai.

— Por enquanto são apenas especulações. Enquanto não for determinada, não posso dizer nada. Pode ir agora, criança — disse.

   Enquanto andava até o chalé de Hermes, me ocorreu que esqueci de mencionar o sonho com o homem de olhos negros. E pensei que, talvez, Hades fosse mesmo meu pai.


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Notas finais do capítulo

Quero reviews hein!
Acham que a Ellen é mesmo filha de Hades?



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