Hey Daddy escrita por Bug


Capítulo 1
Capítulo 1 - Passado


Notas iniciais do capítulo

Minha mais nova fic, espero que gostem...
Como estou de férias resolvi criá-la.
Desculpem a minha ausencia nas outras fics, voltarei a postar, é que estava em semana de provas.
Bom, chega de blábláblá e vamos ao que interessa...



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NARRADO POR MARIA EUGÊNIA

Você já se perguntou se somos nós que fazemos os momentos em nossas vidas ou se são os momentos da nossa vida nos fazem?
Se você pudesse voltar no tempo e mudar apenas uma coisa na sua vida, você mudaria? E se mudasse, será essa mudança tornaria a sua vida melhor? Ou será que ela acabaria partindo o seu coração? Ou partindo o coração de outro? Será que você escolheria um caminho totalmente diferente? Ou você só mudaria uma única coisa? Um único momento? Um momento que você sempre quis ter de volta.” One Tree Hill

 Deixá-lo foi a coisa mais difícil que eu já fiz.  

*FlashBack on*

-Justin, não da mais... Eu preciso ir... – as lágrimas caiam incansavelmente dos meus olhos.

-Mas Maria, eu não quero ter que viver sem você... – essa foi uma das únicas vezes que o vi chorar.

-Adeus Justin Drew Bieber! – eu soltei minhas mãos das suas e dei costas, eu não tinha forças para olhar novamente em sua face.

 *FlashBack off*

Acordei assustada, olhei no relógio e ainda eram vinte horas, mais uma vez sonhei com ele, o primeiro amor da minha vida, o pai das minhas filhas, aos dezesseis anos comecei a namorar o famoso Justin Bieber, eu, uma simples brasileira que veio fazer intercâmbio nos Estados Unidos, mas eu não podia contar para ele que estava grávida isso poderia acabar com sua carreira, então fiz a pior e mais difícil escolha da minha vida: deixá-lo.

Eu não dei satisfações, apenas o deixei, sem ao menos explicar o porquê, nunca retornei nenhuma de suas ligações e perdi completamente o contato com ele. Eu estava grávida de gêmeas, e passei a minha gravidez inteira sozinha, apenas com a ajuda de um amigo que fiz aqui em Nova York, Joe, ele é dono da lanchonete onde trabalho, e é como um pai para as minhas filhas.

Hoje Amy e Anne já têm seis anos, e nesse tempo eu venho lutado muito para proporcionar uma vida digna as minhas filhas, já estou com vinte e dois anos, e passei por muitas coisas, infelizmente até hoje não consegui voltar para o Brasil para ver meus pais.

Levantei-me do sofá, as minhas pequenas estavam com a cabeça no meu colo, tentei manter o máximo de cuidado para não acordá-las, peguei as bonecas que elas haviam deixado no chão, e as guardei, depois peguei Anne e a levei até o quarto, depois fiz o mesmo com Amy.

Liguei a televisão e acabei dormindo mais uma vez no sofá, acordei no outro dia atrasada para o trabalho, as minhas pequenas já estavam acordadas, e sentadas à mesa para tomar café.

-Já acordaram? – perguntei.

-Já sim mamãe... E já arrumamos a mesa para tomar café – Anne anunciou toda orgulhosa, ela sempre foi mais responsável, até parecia uma adulta.

-Até que ela faz tudo direito... – Amy disse com a boca cheia de torrada com geléia, e o rosto sujo de geléia, ela sempre foi a mais brincalhona.

-Como essas minhas princesinhas são responsáveis... – dei um beijo na testa de cada uma.

-Obrigada mamãe... Acho que você vai se atrasar para o trabalho, de novo... –Anne alertou-me.

-Nossa verdade, preciso correr... – subi correndo tomar um banho, as meninas já estavam arrumadas, então apenas comi uma torrada, e escovei meus dentes, fomos até a lanchonete do Joe andando mesmo, eu morava a cinco minutos de lá.

-Bom dia Joe! – entrei sorrindo.

-Bom dia Maria... – ele sorriu.

-Bom dia tio Joe! – Amy e Anne sorriram.

-Oi minhas princesas! – ele abaixou e as abraçou.

-Melhor ir ao trabalho! – falei correndo para a área dos funcionários, coloquei meu avental e comecei a limpar as mesas, a Amy e a Anne vêm comigo todos os dias para o trabalho, ela ficam andando pela lanchonete, e quando está muito cheio ficam na área dos funcionários, o Joe me ajuda muito deixando que elas venham aqui, afinal não posso deixá-las sozinhas em casa, e não tenho dinheiro para pagar uma babá.

Foi uma manhã e tarde cansativas, cheguei em casa exausta.

-Vamos brincar mamãe? – Anne perguntou.

- Filha a mamãe está muito cansada. – falei jogando-me no sofá.

-Mamãe eu quero te perguntar uma coisa... – Amy veio sentar-se ao meu lado.

-O que meu amor? – perguntei.

-Quem é nosso pai? – ela disparou.

-Filha eu já falei para vocês que não gosto de falar sobre isso... – reclamei.

-Mas mamãe a gente quer muito saber quem é ele... – Anne sentou ao meu lado também.

-Vamos assistir TV? – perguntei ligando a televisão, por meu azar, total desespero e aperto no peito, o programa estava passando uma entrevista com o Justin. Olhei para as meninas e elas me olhavam sérias com os braços cruzados, afundei no sofá.

-Fala logo mãe... – essa não era a primeira vez que me perguntavam isso, elas sempre perguntaram, mas eu nunca as respondi, já estava na hora delas sabem a verdade.

-Ok... – dei um suspiro - O pai de vocês é ele... – apontei para a televisão.

-Aquele entrevistador barrigudo? – Amy arregalou os olhos.

-Não filha... Ele! – apontei novamente.

-Justin Bieber? – Anne gritou assustada.

-Sim, Justin Bieber é o pai de vocês... – passei a mão em meu rosto, e segurei ao máximo as lágrimas. E era impossível negar que elas eram filha dele, o cabelo da mesma cor, lisinhos como o dele, e o olhar inocente, o olhar que me encantou desde a primeira vez que vi.

-Porque vocês não estão juntos? – Amy perguntou.

-Porque ele é famoso filha, e eu sou uma simples garçonete... – abaixei a cabeça.

-Ele sabe que é nosso pai? – Anne perguntou.

-Não... Me desculpem... – eu comecei a chorar.

-Não chora mãe... Tudo bem... Você nos deu carinho o suficiente – Anne me abraçou, e segundos depois Amy juntou-se a nós.

-Obrigada minhas pequenas... Eu amo muito vocês! – dei um beijo na testa de cada uma.                  

-Mãe eu to com fome... Faz algo pra mim? – Amy perguntou passando a mão na barriga.

-Filha, você acabou de comer um lanche no Joe! – exclamei rindo.

-Hei mamãe, a princesinha é a Anne, eu sou a garota da comida... – ela falou fazendo voz de esquilo.

-Quanta criatividade não dona Amy? – levantei rindo, e baguncei seu cabelo, a tonalidade e o liso ao extremo eram igual o de seu pai.

-Puxei você mamãe... – ela sorriu.

-Eu acho que não... – sussurrei indo para a cozinha. Preparei uma sopa com alguns ingredientes que achei as duas comeram tanto que nem parecia que já haviam jantado. Ouvi a campainha tocando, corri para ver quem era.

-Já vai! – gritei.

-Maria abre logo aqui! – ouvi gritos.

-Letícia? – gritei abrindo a porta e a dando um abraço.

-Que saudades! – ela gritou em histeria.

-Ah, nem acredito que você está aqui! – gritei com um enorme sorriso estampado em minha face.

-Tia! – Anne e Amy vieram correndo e pularam em Letícia, que logo caiu no chão.

-Minhas lindas! – ela gritou abraçando-as.

-Ok, ok vamos deixar a tia de vocês respirar! – pedi tirando as duas de cima da minha amiga, antes que morresse sem ar.

Letícia é minha melhor amiga, e junto a Joe é a madrinha das minhas filhas, nós nos conhecemos em Atlanta quando eu tinha acabado de chegar aqui no país, ela acompanhou tudo o que vivi com Justin e também me ajudou em todos os meus momentos. Infelizmente ela não mora aqui em Nova York, ela ainda mora em Atlanta. Por isso, não nos vemos com tanta freqüência.

-Entre... – falei dando passagem.

Ela entrou jogando-se no sofá, a minha casa, é como se fosse casa dela também, nos tratamos como irmãs.

-Então, quais são as novas? – Letícia perguntou.

-O Joe lançou um novo tipo de hambúrguer... – sorri.

-Eu estou perguntando dos homens minha cara... – ela deu um riso abafado.

-Letícia! – a adverti – Amy e Anne vão para o quarto, já está na hora de criança ir para a cama! – falei apontando a escada.

-Relaxa mamãe, eu adoro falar sobre garotos, então, quais vocês preferem? – Anne falou sentando-se no sofá.

-Essa menina é das minhas! – Letícia falou rindo.

-Meninos são nojentos... – Amy mostrou a língua.

-Anne! – gritei.

-Que foi mãe? Ah você gosta do tipo igual o papai né?! – ela perguntou.

-Anne Claire de Andrade! – gritei – Para o seu quarto agora! – apontei para a escada, e ela subiu.

-Ela não tem o Bieber no nome? – Letícia perguntou.

-Eu não registrei o nome do pai delas na certidão de nascimento... – falei abaixando a cabeça.

-Mas espera ai... Elas já sabem quem é o pai? – perguntou assustada.

-Eu contei hoje! – sentei ao seu lado.

-E como foi a reação das duas?

-Bem melhor do que eu imaginei...          

-O que você imaginou? – Letícia perguntou.

-Ser amordaçada com bichinhos de pelúcia, amarrada com lençóis, em um balanço de parquinho enquanto as duas fugiam para conhecer o pai... – soltei um riso abafado.

-Morta com uma arminha de água? – Letícia fez piada.

-Ok, chega – não contive o riso.

-Você nunca mais falou com ele?

-Não... Você por acaso viu ele? – perguntei.

-Sim... E ele sempre pergunta de você... – ela olhou para os meus olhos – Ele já sabe que tem duas filhas? – perguntou.

-Não, e também nem vai saber! – levantei-me.

-Maria, ele tem o direito de saber! – ela também se levantou.

-Agora é tarde demais...

-Nunca é tarde Maria Eugênia de Andrade! – ela colocou as mãos na cintura – Tenho certeza que ele vai amar as duas... E mais ainda voltar a te ver... – ela me focou.

-Para Letícia, se ele souber o que fiz nunca vai me perdoar... – balancei a cabeça negativamente.

-Never say never... – ela cantarolou.

-Cala a boca! – joguei uma almofada.

-Hei, esse penteado custou caro... – ela reclamou.

-Ah, com certeza... – ri.

-Sabe, eu gostaria de levar as meninas nessas férias comigo para Atlanta... – Letícia pediu.

-Tudo bem... Mas e se o Justin encontrar as duas? – perguntei preocupada.

-Falo que são minhas sobrinhas...

-Então feito... – sorri – Quando vocês vão? – perguntei.

-Amanhã mesmo eu já tenho que voltar...

-Tudo bem então, vou arrumar a mala delas amanhã... – sorri.

A noite passou voando, coloquei todo o assunto em dia. No outro dia informei as pequenas sobre a viagem.

-Amy e Anne vocês irão para Atlanta! – falei sorrindo.

-Sério? – os olhinhos das duas brilhavam.

-Sim! Vocês vão ficar com a tia mais legal de vocês! Anne você vai adorar os gatinhos de Atlanta – falou carregando as duas.

-Ai meu Deus, você ainda vai estragar as minhas filhas... – falei dando um tapa leve na testa.

-Relaxa ai senhora santidade... – ela fez piada.

-Trouxa... – mostrei a língua.

Fui arrumar a mala delas, enquanto Letícia dava um banho nas duas, eu escolhi um vestido para cada uma.

Quando tudo já estava pronto despedi delas e pegaram um taxi para o aeroporto.

*FIM DA NARRAÇÃO POR Maria Eugênia*

No avião as garotas foram deslumbradas, nunca haviam visto coisa parecida, afinal nem haviam saído de Nova York ainda.

Como era noite quando chegaram, Letícia resolveu levar Amy e Anne para uma festinha, porém acabou bebendo demais.

                                                                              

          


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse primeiro capítulo...
Me deixem reviews contando o que estão achando :)
Beijos