Highwind escrita por nss_haruno


Capítulo 2
Capítulo 1




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- Sakura, na minha sala, por favor.
- Já estou a caminho.
Sakura era uma bela jovem, na flor de seus 25 anos. Possuía longos cabelos arrosados, que poderiam ser comparados com flores de Sakuras que completava com seus belos olhos verdes radiantes. Era realmente uma bela mulher dotada de belas curvas. Não tivera uma infância muito fácil, até porque seus pais faleceram num acidente de carro quando ela ainda tinha seus 4 anos, sendo criada por seu rígido avô, Bruce Demétrius. 
Bruce era o maior mafioso que já existira no mundo. Porém isso só foi descoberto após sua morte, numa doença desconhecida que o matou aos poucos.

Ao entrar na sala de Neji – o delegado – sentou-se em uma das cadeiras em frente a sua mesa e pôs-se a falar:
- Já estou aqui.
- Ótimo. Sakura...sabe que você é uma das únicas agentes em que confio, correto?
- Perfeitamente... - Retrucou
- Pois eu queria saber...você confia em mim?
- Não sei aonde quer chegar com essa conversa...
- Vou ser direto...tenho uma missão especial pra você! – Uma missão especial. Seria algo de no mínimo 2 meses, com certeza.
- Uma missão? O que tem de mais nisso?
- É uma missão muito especial...
- Então diga!
- Quero você infiltrada na Highwind.
- Na Highwind? – Sakura soltou uma risada sem humor. – Só pode estar brincando não é mesmo?
- Claro que não! Falo sério. Quero você lá dentro.
- E porque isso agora? A polícia sempre esteve na cola deles, mas nunca aconteceu nada! Eles sempre se safam isso já é um fato!
- Justamente por isso, preciso de alguém de extrema confiança lá dentro, e só vejo você capaz de fazer isso.
- Porque eu? – Perguntava-se
- Viveu toda a sua vida com seu avô!
- Ah, então é por isso! Sou apaixonada pela minha profissão, Neji, mas lamento lhe informar que não poderei cumprir essa missão. Eu apenas morei com o meu avô, não tenho nada a informar!
- Se você não tem nada...imagine os outros...
- Sakura soltou um suspiro – Neji sabia convencer alguém – Tudo bem, aceito. 
- Ótimo! Você é uma excelente agente, Sakura. Vai se dar bem!
- Espero que sim. 

Sakura se levantou e quando estava para sair da sala, ouve...

- Arrume suas coisas, pode ir pra casa. Quero você totalmente concentrada nisso.
- Pode deixar, chefe!

[...]



Não havia nada na televisão. Já estava cansada de ficar passando os canais, até que soltou um suspiro e desligou-a. Levantou-se e foi até a cozinha para tomar um copo de água. Enquanto seu copo enchia, pôs-se a pensar em sua missão. Começaria a partir de amanhã. Buscaria possíveis senhas para adentrar ao lugar, aonde era de fato a Highwind e um figurino a altura para ser usado. Sem contar, o que falaria e como seria sua “personagem” diante deles. Fechou a torneira do bebedouro e engoliu o líquido transparente. Teria de fazer o que mais odiava. Mexer nas coisas de seu avô.

Já tinha perdido a conta de quantas caixas havia aberto. Estava no quarto de seu avô, estava tudo encaixotado por lá. Ficou satisfeita com a idéia de mexer nas coisas de seu avô, já que descobriu diversas coisas sobre a organização e já tinha uma básica noção de como era uma máfia. Pegou um caderno de anotações que havia dentro da caixa, e o abriu. Passou a lê-lo e viu que era como um diário. Maravilhoso! Não havia algo melhor. Agora ela poderia saber a rotina de seu avô, o que fazia e poderia até encontrar mais detalhes sobre a Highwind. Estava com sorte! Seu avô era o líder da organização – disto já sabia – mas nunca poderia imaginar que teria tantos detalhes. Agora poderia criar uma personagem perfeita e passar por qualquer tipo de prova para se infiltrar lá. Estava pronta.

[...]


Aprontou-se para sair. Mas resolveu dar uma última olhada no espelho para conferir se estava de acordo. Vestia uma blusa tomara-que-caia vermelha com uma jaqueta preta por cima, junto com uma calça skini azul-escuro, um scarpan vermelho e uma bolsa bege para completar. Usava uma maquiagem reforçada que destacava seus orbes verdes, e moldava seus lábios finos. Também estava usando um conjunto prateado de colar e brincos e seus longos cabelos rosados estavam soltos. Estava pronta.

Saiu de casa e se dirigiu ao seu carro. Foi exatamente para o lugar em que seu avô descreveu no caderno. Um bar.

Ao chegar lá, adentrou ao estabelecimento e pediu uma bebida. Observou o local. A porta preta estava logo ali. O local estava um pouco movimentado. Isso era ótimo, facilitaria seu trabalho. Deixou o dinheiro em cima do balcão, e logo o balconista veio pegá-lo. Levantou-se e calmamente dirigiu-se a porta. Abriu, e logo a fechou após adentrar ao lugar. Era um corredor estreito...escuro. 

Andou devagar até a porta que havia no fundo. Isso não estava retratado no caderno de seu avô, mas sabia que poderia haver câmeras ali. Chegou até a porta e a abriu calmamente, apesar de seu coração estar a mil por hora.

Assim como foi com a porta anterior, abriu esta da mesma forma e logo em seguida a fechou. Desceu as escadas que continha ali e foi-se até chegar uma outra porta. Esta era branca e tinha uma lâmpada por cima dela. Ao lado, havia um aparelho para pôr o código de segurança, a senha propriamente dita.

Pensou em colocar o nome da própria organização, até porque ninguém pensaria nisto. Tentou. Tentativa errada. 
Tentou por mais 2 vezes, nada. Até que pensou um pouco...seu avô pode ter lhe dado a senha sem a mesma perceber. Escreveu “Bruce” ... deu incorreto...

Porém, quando escreveu “Demétrius” a porta se abriu. Bingo! Completou a primeira parte...entrar na Highwind. Agora, vinha a parte mais difícil. Conversar com eles...precisaria de toda a sua auto-confiança para isto.


[...]


Uma mesa de mármore enorme. Várias cadeiras rotativas ao redor. 4 pessoas olhando para ela. Um moreno, que estava na ponta da mesa. Parecia ser alto, tinha os olhos negros e os cabelos curtos. Sim, era um belo homem.
Ao lado da mesa, estava outro homem, este tinha os cabelos compridos até os ombros, e eram meio azulados e um pouco esbranquiçados. Ele possuía um estranho sorriso em seus lábios. Ao lado dele, um homem que parecia ser bem sério. Tinha os cabelos um pouco avermelhados, porém parecia um laranja...eu não conseguia definir. Seus olhos estavam cobertos por um óculos escuro. No outro lado da mesa, havia uma mulher; muito bonita, por sinal. Era magra, tinha os cabelos longos e ruivos e em seus olhos havia um óculos de grau.

- Boa Noite. – Sakura murmurou. Fixou um sorriso na face e fechou a porta atrás de si.

- Boa Noite. – Ouviu o cumprimento de um dos homens ali presente, o de cabelo grande que estava sorrindo para ela. – O que uma mulher tão bela como você está fazendo aqui? - murmurou

- Cale-se. – Ouviu do homem que estava na ponta da mesa. – Quem é você? – perguntou.

Sakura dirigiu-se a cadeira que estava ao lado da mulher ruiva e sentou-se ali.

- Hora, hora... Pensei que receberia um tratamento melhor... – Disse sorrindo.
- Quero saber quem é você e é melhor dizer logo...estou sem paciência. – disse o mesmo homem.
- Sou... Sakura Haruno.

Logo, olharam-na espantados...o que a neta de Bruce estaria fazendo ali?

- Sakura Haruno? – O mesmo homem soltou uma abafada risada. – a neta de Bruce... o que a policial está fazendo aqui? Quer nos prender?

Agora quem riu foi Sakura. Bem que ela gostaria de prender todos ali, mas precisava conquistar a confiança deles antes disso.

- Não prendo nem um cachorro, quantos mais vocês...

- Você é uma policial – Agora quem falara era a mulher ruiva que estava ao seu lado. – Olha aqui garota...ninguém aqui está de brincadeira...

- Talvez eu esteja...- disse o homem de cabelo grande...
- Suigetsu, cale-se imediatamente. – Disse o moreno
- Desculpe Sasuke...mais é irresistível com uma mulher tão bela por aqui...

Suigetsu e Sasuke. Já sabia o nome de dois deles. O engraçadinho e o que parece ser o novo líder.

- Obrigada pelo elogio – Retrucou Sakura – Mas eu também não estou de brincadeira. É verdade, sou policial...mas sou apenas uma infiltrada lá dentro...gosto de ver de perto os passos dos meus inimigos.

- Inimigos? – Disse Sasuke erguendo uma de suas sobrancelhas.

- Sim, inimigos. Pode uma mafiosa ser amiga da polícia?
- Então, é uma mafiosa? – Disse pela primeira vez o de cabelos vermelhos.

- Sim. Mas ninguém sabia disso. Nem meu próprio avô...se soubesse, me arrastaria pra cá e, olha como são as coisas...aqui estou. 

- E o que a faz acreditar que a aceitaremos aqui? – Disse Sasuke.
- Bem...vocês não tem nada a perder. Tenho livre acesso na polícia, tenho rotas secretas...digamos...muito boas, tenho compradores no Paraguai que dão tudo por uma oferta minha e... uma ótima quantia em dinheiro no banco...da Suíça.


Com certeza, não tinha nada daquilo. Tudo era de seu avô, porém o mesmo não dizia a ninguém que tinha aquilo...era como se fosse um “plano B”.

- E como posso saber que você é confiável a nossa organização? Só porque é neta de Bruce? Por aqui as coisas são mais rígidas, mocinha. – Disse Sasuke.

- Bem – retrucou Sakura – darei um tempo pra vocês se reunirem e decidirem se me querem aqui ou não. Volto amanhã, no mesmo horário. 

Sakura levantou-se e caminhou até a porta abrindo-a. Mas, antes que pudesse sair, ouviu um comentário de Suigetsu.

- Espero que volte amanhã mesmo...estou ansioso por sua vinda. – Disse com um sorriso irônico no rosto.

Sakura apenas lhe devolveu o sorriso e saiu. Finalmente havia saído daquele ambiente. Agora, só precisava preparar as coisas para o dia seguinte.


[...]



- Sakura falando.
- Hmm...Sakura? Aqui é o Neji.
- Ah sim... fale Neji.
- Como está a missão?
- Esta indo bem.
- Mesmo?
- Sim...eu lhe entregarei um relatório completo quando ela acabar.
- Obrigado.

O telefone foi desligado. Claro que Neji ficaria preocupado com sua missão, ela possuía um alto nível. Mas agora Sakura estava confiante. Conhecia o inimigo de perto e já planejava algumas coisas para “amansar a fera”. Quem a via assim, nem imaginava o que ela vivera em seu passado... em seu árduo passado. Sakura sempre sentiu a falta de sua mãe... e claro, de seu pai também, já que seu avô não era muito presente. A educação, o amor, o respeito, a dignidade... tudo isso veio das babás que eram contratadas por Bruce. É certo que nem todas eram tão boas assim, mas a maioria correspondia a carência dela. Sakura foi um nome escolhido por seu pai. Uma vez seu avô disse que seu nome foi escolhido porque seu cabelo parecia muito com as flores de cerejeiras, e assim seu nome também foi escolhido. É claro, Sakura ficou imensamente feliz em saber disso...até porque foi uma das poucas vezes em que seu avô lhe dirigiu a palavra.

[...]



E lá estava ela...enfrente ao mesmo bar, pronta para dar continuidade a sua missão. Isto é, se a aceitassem na organização.

...


‘Demétrius’ Foi a senha que colocou e a porta se abriu.
- Boa Noite. – Foi o que murmurou ao ver todos ali, em volta daquela gigante mesa. Sentou-se exatamente no mesmo lugar que na primeira vez que esteve ali. – E então, o que decidiram? – perguntou.

- Serei direto. – Afirmou Sasuke – A organização se reuniu, e agora você tem o direito de fazer parte da Highwind.

- Fazer parte? Isso significa que terei de fazer algo para entrar?

- Exatamente. – concordou Sasuke – por acaso não achou que entraria aqui somente por ser neta de seu avô, não é?

- Absolutamente. Estava mesmo sentindo falta de um pouco de adrenalina...as coisas ficaram meio chatas depois que o velho bateu as botas. Enfim, o que devo fazer? – Sakura perguntou com medo. Claro que não deixaria isso transparecer, mas pela primeira vez em sua profissão, sentiu medo. Afinal, ela estava lidando com a Highwind, não estava?

- Inicialmente, queremos 500.000,00 para saber se não é um simples blefe sua conta no exterior. Tem até amanhã para nos transferir isso, depois te passo o restante das coordenadas.

- Sem problemas...amanhã, essa quantia já estará na conta da Highwind.

~ Fim do Capítulo ~


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Notas finais do capítulo

Bem, esse foi o primeiro capítulo. Espero que tenham gostado. bjz