Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 67
.Chapter Sixty-Seven.




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Gerard e Lauren entraram no quarto dele e o mesmo fechou a porta.
- O que você tem pra me falar? - Lauren disse, distante.
- Algo que você certamente não acreditará, Lauren...
- Depois do que eu vi, Gerard, eu acredito em qualquer coisa...
Gerard respirou profundamente. Sabia que não seria nada fácil explicar para ela o que nem ele entendia há pouco tempo. Decidiu, então, ser objetivo:
- Sou um vampiro, Lauren...
Lauren piscou duas vezes, em uma tentativa de assimilar o que ele havia acabado de dizer.
- Você é o quê?
- Um vampiro.
- Está tentando subestimar minha inteligência, Gerard?
- Você não acabou de me dizer que acreditaria em qualquer coisa depois do que viu?
- Sim. Mas isso já é demais...
- Lembra-se quando questionou sobre minha palidez e por minha pele estar gelada demais? Por quantas vezes reclamou da temperatura de minhas mãos e arrepiou-se quando era tocada por elas? - Lauren pensou um pouco e depois anuiu. - Meu corpo morreu, meu anjo. Sou um ser da noite. Um ser obscuro e sombrio... Necessito de sangue para sobreviver e o sol é nocivo a mim... Por isso não a via durante o dia. Corria o risco de ser ferido gravemente ao fazê-lo. - Lauren se afastou um pouco. - Não precisa ter medo de mim. Não acha que, se eu quisesse realmente ferí-la, eu já não o teria feito? Como eu disse a Rebecca: eu seria incapaz de machucá-la. Por todos os Anjos Caídos, Lauren! Eu a amo!
Lauren sentou-se sobre a cama de Gerard, enquanto cobria o próprio rosto com as mãos. Era difícil para ela assimilar toda aquela situação, embora a mesma, depois dos fatos mencionados por Gerard, fizesse sentido.
- Quando pretendia contar-me tudo isto? - disse ao levantar o rosto de súbito.
- Nunca.
- Enganaria-me para sempre?
- Não nestes termos. Não queria passar por tudo isso. Não queria que me temesse por ser o que sou. Apenas ataquei seu pai porque ele tentou matar o meu pai. Eu não tive escolha Lauren... Perdoe-me, sim? - Gerard ajoelhou-se à sua frente. - Se eu omiti, foi por medo de perdê-la. Por medo de afastá-la ainda mais de mim. Por mais que eu acredite que não tenha obtido tanto sucesso.
Lauren encarou-lhe os olhos por alguns momentos.
- Casarei-me amanhã, Gee...
- Odeio-me por ter permitido isto... Você não tem mais o porquê de se casar com aquele ser deplorável.
- Sim, Gee... Eu tenho. - Gerard, confuso, olhou-a. Lauren, com um suspiro pesaroso, apenas disse-lhe. - Com a morte do meu pai, não nos restará muito. Minha mãe precisa de mim. E eu não poderei faltar-lhe.
- Você está tentando me dizer que se casará com o Conde por sua fortuna? - ela anuiu. - Não posso acreditar nisto!
Em um gesto de revolta, Gerard virou-se e encaminhou-se para a janela, coberta com espessas cortinas. Ela se levantou e encaminhou-se até ele.
- Gee, compreenda...
- O que eu devo compreender? Que você está jogando fora tudo o que passamos juntos até hoje, todos os nossos sentimentos, todas as nossas promessas, por dinheiro?
- Eu não tenho escolha, Gerard!
- Eu não tenho muito dinheiro, Lauren... Tudo que posso oferecer-lhe é o que de mais valioso tenho nesta vida: o meu amor. 
Algo que você despertou e cultivou, porém agora você joga fora, como se fosse um lixo...
- Não fale assim, Gerard... Não é verdade?
- Oh não? Amanhã, nesta mesma hora, não é comigo que você estará em um quarto...
Lauren jogou os cabelos para frente e virou-se de costas para ele. Gerard não entendia o que ela pretendia, até que:
- Ame-me, Gerard.
- O-o quê?
- Não foi para o Conde que me guardei. Guardei-me para o amor da minha vida. O único a quem eu amaria eternamente. E este alguém é você, Gerard.
Gerard sentiu seus olhos lacrimejarem. Levou suas mãos até os botões do vestido, porém, recuou-as.
- Não... Não é certo!
Lauren virou-se de frente para ele novamente a fim de encará-lo.
- O que não é certo?
- Não podemos ter um gesto não impensado...
- Não é impensado. Não tem o que pensar. Apenas me ame, Gerard. É a nossa primeira e última noite. Nada poderia ser mais especial.
Gerard a analisou por longos segundos. Depois, encaminhou-se para a porta e a trancou cuidadosamente. Em seguida, olhou para 
Lauren, que se despia sem desviar os olhos do amado. O vestido deslizou por seu corpo, caindo aos seus pés. Gerard prendeu a respiração. Lauren era muito mais linda do que sequer poderia imaginar. Ela então caminhou até ele. Todos seus movimentos emanavam uma sensualidade também jamais imaginada por Gerard. Onde fora parar toda sua inocência?
Tomou-lhe os lábios para um beijo possessivo. Descendo as carícias para o tentador pescoço. O calor do corpo da amada de encontro ao seu, mas aquela jugular pulsante mexiam mais com ele do que poderia se supor.
Lauren deixava sua cabeça pender para trás. Tudo era maravilhoso demais para ser real. Gerard era extremamente carinhoso e tomava todo o cuidado possível para não assustá-la.
Ele a suspendeu em seus braços e a levou para a cama, deitando-a em seguida. Retirou suas próprias roupas sem desviar os olhos dos dela. Lauren tremia. Mal respirava. Ao vê-lo nu, uma vontade irresistível de tapar os olhos se fez presente, porém se conteve. Mesmo um tanto gordinho, ele era lindo aos olhos dela.
Gerard deitou-se sobre ela, dando continuidade às carícias ainda mais ousadas. Ela soltou um fraco gemido quando ele capturou-lhe um dos seios com os lábios. Beijava-lhe e tocava-lhe toda extensão de pele. Cada centímetro.
Segurou na mão finas e delicadas dela e olhou em seus olhos, tentando passar segurança à ela no momento da penetração, se teve sucesso, ele não soube.
Ela cravou as unhas em suas costas, enquanto tentava esquecer-se da dor, acompanhando o ritmo dele. Com o tempo, a dor transformou-se em prazer e o momento tornou-se ainda mais mágico e inesquecível.
Pouco tempo depois, ambos alcançavam o clímax. Lauren mordeu os lábios de Gerard, arrancando-lhe um pouco de sangue. Ao percebê-lo, Gerard interrompeu as carícias e levantou-se da cama.
- O que aconteceu, Gee?
Ele a olhava, misterioso.


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