Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 53
.Chapter Fifty-Three.




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Angelus desceu do coche. Olhou para os dois lados e sorriu. Em seguida, caminhou em direção à porta principal de uma grande mansão. Bateu com o batedor em forma de demônio enquanto sorria. Seria uma situação cômica de não fosse séria demais.
Sabia em qual terreno stava pisando e o que faria, principalmente para Mia Moore, poderia parecer uma afronta. Mas... Se precisasse realmente com a ajuda dela, não poderia contar. Mia não era o tipo de líder que se influenciava por rivalidades antigas...
Em pouco tempo, uma figura extremamente pálida e magra abriu a porta. A mulher usava uma roupa que era três vezes maior que seu frágil corpo e em sua cabeça um coque bem preso e penteado. Olheiras profundar circundavam seus olhos e seus lábios levemente arroxeados. Parecia mais um zumbi.
- Em que posso ajudá-lo?
- O Conde está?
- Um momento. - A criatura fechou a porta em seu nariz. Angelus alisou o mesmo enquanto praguejava baixinho. Ela demorou mais alguns segundos antes de voltar a abri-la e dizer-lhe: - Ele não deseja ser incomodado.
- Diga a ele que é caso de extrema importância. Diga-lhe que aprovará minha proposta...
- Desculpe-me, mas foi as ordens destinadas a mim...
Ela fecharia a porta mais uma vez, porém Angelus a impediu.
- Diga-lhe que se trata de Angelus Vooctry. Primo de Mia Moore.
A mulher olhou-lhe com desdém e saiu, fechando-lhe mais uma vez a porta sem nenhuma gentileza. No entanto, quando a mesma foi aberta, Angelus se assustou quando viu o próprio Conde à porta.
- Senhor Vooctry!
- Conde Drácula!
- A que devo a honra de sua visita?
- Preciso de sua ajuda Conde...
- Entre... Entre!
O Conde se afastou dando espaço para que Angelus pudesse entrar. Ao chegarem à sala, o Conde ofereceu uma bebida ao convidado, que negou veemente.
- Então, Conde... Preciso muito de sua ajuda...
O homem muito alto mexeu bigode negro sobre os lábios finos e duros enquanto olhava-o soberano.
- Que tipo de ajuda?
- Os Werewolves raptaram minha Do... Digo, a senhorita Gwendolyn Moore.
- A irmã de Mia Moore, suponho...
- Exatamente.
- E...?
- Não foi a primeira vez que a raptaram... Creio que já passaram dos limites.
- Werewolves... Criaturas prepotentes e mesquinhas... Uma pena, poderiam ser grandes aliados.
- Me ajudará?
O Conde bebeu um gole do líquido viscoso e escarlate, enquanto o analizava por eternos segundos. Com um sorriso ao canto dos lábios, disse-lhe:
- Conte comigo para o que precisar, meu jovem.
Angelus sorriu, vitorioso, enquanto contava-lhe os planos maléficos e calculados em mínimos detalhes.

Após acalmar Gwendolyn, Frank disse-lhe calmamente:
- Preciso sair...
- Você prometeu não me deixar sozinha, Frank... - ela se agarrou ao pescoço dele.
- Preciso conversar com meus soldados, Gwendolyn. Não poderei mais esconder-lhes o que realmente sou... Não mais depois de você ter se revelado para eles...
- Desculpe-me... - disse-lhe em um fio de voz.
- Não precisa se desculpar... Estava passando realmente da hora de a verdade ser dita.
- Mas... Frank. Isso pode prejudicá-lo...
- É um risco que terei de correr. - Deu-lhe um selinho e, cuidadosamente, a colocou sobre a cama. Antes de sair, lançou-lhe um último olhar.
Lá fora, andava decidido para o "quartel". Os homens se encontravam, agitados, no enorme pátio. Ao vê-lo, pararam abruptamente com o murmurinho.
- Preciso falar com vocês... - Frank alterou a voz, sério.
- Tem razão, capitão.  Por que mantém uma vampira em sua casa sabendo que os vampiros são nossos piores inimigos?
- Depende do vampiro em si...
- Por que diz isso, Capitão? - Josh, o loiro forte e inteligente, dizia extremamente curioso.
- Não sou seu inimigo, Josh... Muito pelo contrário...
- Mas o senhor...
- Sou um vampiro, assim como minha companheira. - O coração de Frank acelerou-se ao pronunciar tais palavras. Na verdade, concordava com o que pronunciava. Gwendolyn era dele, da mesma forma que ele já pertencia a ela.
Os Werewolves o olhavam de uma forma confusa. Era um misto de raiva e sentimento de traição. Uma agitação tomou conta dos homens e irritou-o profundamente.
- Escutem-me! Escutem-me! - os homens se calaram e olhavam atentos para Frank. - Não pelo fato de eu esconder o que realmente sou que me torna menos digno da confiança de vocês. Ao contrário, sempre estive ao lado de vocês. Sempre atento... Alertando-lhes sobre nossos pontos fracos. Ensinando-lhes... Em nenhum momento pensei em trair-lhes. Nem todos os vampiros são iguais. Asseguro-lhes de minha lealdade e garanto-lhes a de minha companheira. - Frank mal acreditava em suas palavras. Se o próprio não acreditava na lealdade de Gwen, como poderia exigir de seus soldados o contrário? Olhou para cada um deles, tentava mostrar-se confiável. Seria uma grande perda se não o aceitassem mais. - Então... Estão dispostos a ficar sob comando de um vampiro?
Os homens se entreolharam. E, em úníssimo, levantaram as mãos enquanto gritavam. Frank sentiu-se orgulhoso. Estava tudo bem, então. Do meio do pessoal, Scott saiu, sorrindo.
- Parabéns, Capitão. - Frank abraçou o amigo, enquanto ambos trocavam leves tapas em suas costas. - Conversei com a velha Morgan...
- E o que ela disse?
- Está próximo, Frank... Muito próximo...
Frank sentiu um frio na espinha e um corte em seu coração. Apesar dos esforços, não sabia se estaria preparado para o que o aguardava... Porém, preparado ou não, viria. Fato incontestável!
- O que fazem conversando? Ao treino!
Todos pararam imediatamente com a conversa e o olharam.
- Mas capitão... - Josh iniciou, mas foi interrompido por Frank.
- Não dicuta. Ao treino!
Os soldados, obedientes, tomaram seus lugares, obedecendo-o. Estava tarde da noite, mas se não se preparassem, o pior poderia acontecer... Com um suspiro, Frank observava o treino da tropa, enquanto seu pensamento se encontrava em sua casa e o futuro trágico que os aguardava.

.Dias depois.

Lauren levantou-se bem cedo. Não havia dormido. Após a conversa com Gerard no jardim, Oscar subiu para o quarto da filha e deu-lhe a mesma sentença. Estava permanentemente proibida de se encontrar com Gerard Way. O noivado estava desfeito.
Uma tristeza invadia seu peito e as lágrimas, cada vez mais abundantes, molhavam-lhe o rosto. Seu pai era cruel e injusto. Não poderia simplesmente mandá-la esquecer Gerard depois de tudo o que passaram juntos e de todo o amor que compartilhavam.
O amava tanto. Um amor desinteressado, puro e verdadeiro. Os ultimos dias para ela tinham sido de tamanha ansiedade. Afinal, o casamento seria para poucos dias... Era loucura ser cancelado àquela altura.
Embora também fosse uma tentativa frustrada, já que toda a noite, Gerard subia-lhe pelo jardim e pulava a janela para vê-la. Suspirou. Era ruim ter que fazer algo escondido, mas não tinha escolhas. Seu pai não havia lhe dado melhor escolha. Ficar sem Gerard era impossível e ela não o pretendia. Em seu peito, a esperança de contornar a situação e pertencer a Gerard até o fim de seus dias com a benção de Deus.
Tomou um banho demorado. Deixava que a água morna da banheira suavizasse toda a dor e mágoa existentes em seu peito.  Depois de longos minutos vestiu-se e foi para a biblioteca à procura de algo para ler e se distrair.
Fazia algum tempo que não ia a biblioteca. Sentia falta dos inúmeros livros que ali habitavam. Adentrou o recinto e suspirou ao olhar as prateleiras. Na mesa principal, muitos papéis jogados em uma bagunça anormal. Sentiu-se tentada a arrumá-los e partiu em direção ao móvel. Olhava papel por papel, algumas pequenas anotações e rabiscos de Oscar era a maioria.
Jogou alguns papéis surpléfuos ao lixo até que um chamou-lhe a atenção...


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