Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 50
.Chapter Fifty.




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Angelus, em momento algum, deixou-se ser percebido. Queria saber primeiro para aonde aquele projeto de vampiro a levava. Seguiu-os até uma espécie de aldeia. Pequenas casas de madeira adornavam o local. Tudo era bem simples. O casal deu a volta pela parte externa, Angelus, inicialmente, não havia entendido o porque. Depois, pode perceber que muitos lobos uivavam para a lua cheia em meio às casas. Então fora para lá que haviam se mudado. Por isso não os encontrara no dia do massacre?
Angelus sorriu maquiavélico. Ainda havia tempo. Aproximou-se mais do caminho que Frank havia levado Gwendolyn e assistiu, à distância, ambos adentrarem uma das últimas casas.
- Então é aqui onde você se encotnra, Dolly... Voltarei e a levarei comigo, eu juro! Agora não... Em noite de lua cheia seria assinar minha sentença de morte... Aguarde-me, meu amor... Em breve voltará para seu lar... e, quem sabe, para os meus braços?

- Sim, Rebecca. Eu aceito.
A vampira sorriu-lhe e caminhou sensualmente a seu encontro.
- Bom menino...
Michael também lhe sorriu ao canto dos lábios e a capturou pela cintura.
- E a minha recompensa?
Rebecca desceu as unhas pelas costas dele, arrancando-lhe um pouco de sangue e um gemido de dor.
- Terá-a agora. - Beijou-o sensualmente, mordendo-lhe o lábio e sugando-lhe um pouco do sangue.
Michael, deliciado com toda a sedução, a jogou na cama e a olhou com volúpia. Despiu-se da pouca roupa que havia vestido para procurá-la e deitou-se ao seu lado.
Rebecca mantinha sua cabeça à mil. Estava disposta fugir, mas... Para onde iria? Seus pais estavam mortos. Não voltariam... Enquanto Michael, continuava vivo. Ela não teria coragem de matá-lo, porém poderia fazê-lo sofrer tanto quanto ela ao ver os pais mortos em sua antiga casa. Estava disposta a fazê-lo pagar com lágrimas de sangue todo o mal que havia causado a sua família. E a vingança... começaria naquele exato momento.

Frank adentrou sua casa, ainda segurando Gwendolyn pelo cotovelo, sem o menor cuidado a levou para o quarto e a jogou em sua cama.
- Tão sutil...
- Obrigado. - Frank também foi irônico. - Bem, estas são as regras: você está em MINHA casa e fará as coisas do MEU modo. Ficará trancada por todo dia e noite. Tenho meu trabalho e minha vida social fora daqui. Provavelmente, você apenas me verá bem tarde do dia. Não sei se será algo bom ou ruim. Bom... Preciso sair. Faltei ao trabalho ontem e preciso colocá-lo em dia. - olhou-a por alguns instantes. Os olhos dela brilhavam intensamente e não desviava dos dele.
Em um gesto inesperado, para ele, é claro, ela segurou-lhe o rosto entre as mãos e beijou-lhe os lábios com paixão. Ele, embora assustado, correspondeu de pronto.
- Bom trabalho... - ela disse ainda com os lábios muito próximos. Depois, se afastou, em repente, virando-se e se encaminhando para a cama. Lá, sentou-se e abraçou as pernas e o encarava ainda com os olhos brilhando.
Frank teve que segurar-se para não ir até ela e, esquecendo de suas responsabilidades, amá-la até o nascer do sol. Porém, ele sabia de suas obrigações e... Na verdade, não seria uma boa idéia dar oportunidade para se envolver mais do que já estava envolvido com ela. Com um profundo suspiro, virou-se e se retirou do quarto.

Após a saída de Frank, um soluço denunciou o choro contido de Gwen. Por mais que doesse saber de seu lugar no coração de Frank - se é que possuía algum -, ela sentia-se aliviada pelo fato de ele estar vivo e com ela.
O fato de poder vê-lo todos os dias, mesmo que seja sobre palavras ou gestos hostis, a deixava feliz e conformada. O amava. Somente olhar para aqueles olhos verdes tão expressivos já confortava seu coração.
Despiu-se com cuidado e deitou-se. Esperaria por ele. O tempo que ele quisesse... Para que mais viveria se não para estar nos braços de seu amado e presunçoso vampiro?

- Frank! Até que enfim...
Um lobo se aproximou de Frank, ligeiramente ofegante.
- Scott!
- Venha, preciso falar com você.
- Mas eu preciso...
- A tropa te espera.
Scott seguiu em frente e parou em baixo de uma grande varanda dos fundos de sua casa. Um dos poucos lugares que não recebia a luz lunar, o que os revelava naquelas criaturas peculiares.
- Ela me espera desde ontem...
- É sobre ela que preciso falar com você?
- O que houve com os soldados?
- Hã?
- Você não me disse que queria falar comigo sobre eles?
- A quem você se referia como "ela"?
- A tropa, oras!
- Ah sim... Entendo. - Scott abaixou a cabeça e brincava com o taco de madeira do chão.
- Scott...
- Sim. - respondeu, ainda sem encará-lo.
- Sobre o quê você queria me falar, então?
- Madeline...
- Ela está bem? - Frank perguntou preocupado.
- Não. Anda muito triste desde que você terminou com ela. Eu... Hoje eu tomei café com ela e... Eu a beijei. - Frank, surpreso, encarava o amigo. - Eu queria... saber se... está tudo bem. Desculpe, Frank. Eu não resisti. Você sabe o quanto a amo e... Vocês terminaram... Certo? Terminaram mesmo, não?
Frank riu do nervosismo de Scott. Em nenhum momento se sentiu traído, ao contrário, sentia-se aliviado por saber que Madeline se encontraria em boas mãos. Scott era íntegro, fiel e responsável. E a melhor das qualidades: era completamente apaixonado por ela.
- Quero que saiba, meu amigo, que em mim você encontrará todo apoio para este romance. Farei tudo o que estiver em meu alcance para ajudá-lo por estimá-lo e estimá-la muito.
Com essas palavras, abraçou o amigo, que disfarçava as lágrimas tímidas que escorriam pelo rosto.
- Obrigado, Frank. Muito obrigado.
- Agora eu preciso ir. - Frank disse, afastando-se. - Preciso conversar com meus soldados.
- Eu já irei. Só... preciso me... recompor.
Frank anuiu e saiu. Caminhou, decidido, para uma grande área coberta. Ao chegar lá, pôde ver os soldados se aquecendo e treinando com suas espadas de madeira alguns golpes.
- Boa noite, tropa.
- Boa noite, Capitão.
- Desculpem a minha falta de ontem.Estava resolvendo alguns problemas...pessoais. Espero que tenham feito todos os exercícios e treinos, mesmo sem a minha presença.
- O Scott cuidou de tudo direitinho, Capitão.
- Agradeço-o.
- Não tem o que agradecer, Frank. Não fiz nada mais que a minha obrigação.
Frank sorriu para o amigo que havia acabado de chegar.
- Bom, chega de conversa fiada. Mostrem-me por que vocês merecem continuar em minha tropa.
Os homens gritaram em uníssimo, em seguida, continuaram com o treinamento. Frank sorriu. Pela primeira vez, sentia-se feliz com seu emprego. E... por mais que negasse a si mesmo com todas as forças, também sentia-se feliz por, finalmente, ter Gwendolyn consigo... Mesmo em circunstâncias impróprias.

.Uma semana depois.


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