Londons Sin escrita por Vina Cherry


Capítulo 11
Chapter Eleven




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- Ela agora é como eu. – assim dizendo se virou e começou a andar.
Behwi correu até ele.
- Hey! Aonde vai?
- Já está quase amanhecendo. Preciso resolver algumas coisas e voltar para casa. Mantenha a cabana protegida do sol e a moça vigiada. Não a deixe fugir. O sol é daninho para sua pele, assim como para a minha. Ela acordará faminta. Retire sangue de um dos coelhos que arredondam o local e diga a ela que se trata de uma sopa nutritiva. Não a assuste. Deixe-me conversar com ela.
A feiticeira balançou a cabeleira loira. Se abraçaram e Behwi beijou os lábios de Michael com ternura.
Logo após ele se virou e, transformando-se em um pequeno e negro morcego, fora embora.

Um grito.  Um corpo, totalmente carbonizado estava sobre o que havia restado do luxuoso sofá de veludo vermelho.  Ao seu lado, outro corpo jazia.

Michael havia acabado de adentrar pela janela de sua casa. Ainda como um morcego negro, ficou sobrevoando a sala até que assumiu a forma humana. Ainda estava ensangüentado. Precisava tomar um banho urgente.
Ao virar seu rosto avistou sua mãe dormindo na velha poltrona de Donald. Mais uma vez fez sua mãe perder uma noite tranqüila de sono.
Por mais que se sentisse um canalha, tinha de fazê-lo. Não conseguiria ficar toda a noite isolado em casa. Seus instintos não o deixavam.
Pegou Donna em seus braços e a levou para o quarto. Lá, deitou-a em sua cama e se retirou para seu quarto.
Tomou um banho morno, tão morno quanto a pele daquela jovem que havia a acabado de arruinar com sua vida. Balançou a cabeça por várias vezes, tentando tirar a imagem daquele corpo perfeito, completamente nu, da mesma. Prendeu a respiração e mergulhou na banheira.

Rebecca acordou se sentindo estranha. Tinha vagas lembranças da noite anterior. E estas, bem, não lhe eram nada boas.
Olhou ao redor. Pela primeira vez não teve que esperar seus olhos se acostumarem à escuridão, fato que aflorou ainda mais a sua curiosidade. Estava em um lugar totalmente desconhecido. Havia uma cama de solteiro ao seu lado e, pela respiração lenta e compassada, alguém dormia ali.
Levantou-se lentamente, fazendo o possível para não acordar quem quer que fosse. Ainda olhando para a outra cama, caminhava com cuidado, mas não o suficiente: acabou esbarrando em algo que foi ao chão. A pessoa, que dormia, mexeu-se na cama. Em seguida, todas as velas se acenderam, deixando Rebecca ainda mais surpresa.
Uma mulher de cabelos muito loiros a encarava de uma forma bem sombria.
- Acordou, enfim!
- Quem é você? Onde estou?
A mulher continuava a olhá-la da mesma forma.
- Sou Behwi L’Avaigné. Posso dizer que sou amiga do seu anjo da guarda. Você está em minha cabana.
- Onde está minha família?
- Eu não faço a mínima idéia.
- Preciso ir. Preciso procurá-los.
Rebecca já caminhava em direção a porta.
- Você não pode ir! – Behwi se levanta.
- O quê? Como assim eu não posso? Sabe-se lá o que aconteceu a eles...
- Você ainda está fraca...
- Me sinto ótima!
- Acredite em mim, você não sobreviverá três segundos lá fora.
Rebecca olhava para Behwi. Sentia-se cada vez mais confusa.
- Você... é médica?
Behwi caminhava pela cabana. Pegou algumas ervas e colocou dentro de um pequeno caldeirão.
- Pode-se dizer que sim. – sorriu.
- Pelo menos me deixe abrir essas cortinas. Está muito escuro e.... – Rebecca caminhava em direção a janela, mas foi interrompida pela estranha.
- Não. – olhava firmemente para a jovem. – Não!
- M-mas por quê?
- O sol é nocivo a você.
- Nocivo? – arqueou uma sobrancelha. – Não é e nunca foi. Sempre me fez muito bem.
- Agora é diferente.
Rebecca, pela primeira vez, tocou o local em que havia o ferimento. Não havia mais nada ali. Nem sequer uma cicatriz.
- Há quanto tempo estou aqui?
- Uma noite.
- Mas... eu me lembro. Eu estava ferida! Onde está o curativo? – apalpava seus ombros de forma desesperada.
Behwi, mais uma vez, sorriu.
- Como se chama?
- Rebeca Campbell.
- Bem, Rebecca, confie em mim. É só o que posso dizer no momento.  – foi até o caldeirão, despejou um pouco do conteúdo em uma caneca e estendeu a Rebecca. – Beba este chá. É um calmante. Volte para sua cama e durma tranqüila. Seu anjo da guarda virá vê-la esta noite. Quando ele chegar, esclarecerá todas as suas dúvidas.
Rebecca ficou por algum tempo refletindo as palavras daquela mulher. Pegou o chá de suas mãos, bebeu e caminhou de volta para a cama, onde permaneceu até adormecer.

Lauren levantou-se cedo naquele dia. Vestiu-se sozinha e desceu as escadas. Passou pela sala de jantar, o café da manhã estava posto. Pegou uma maçã e saiu para o jardim. Sentou-se ao balanço e ficou ali até ver um coche se aproximando. Sabia exatamente de quem se tratava.
Quando um homem, de aparentemente cinqüenta anos, desceu do veículo, Lauren correu, feliz, e se jogou aos braços do mesmo.
- Papai! Senti tanto a sua falta!

Oscar


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