Entre Sangue e Lágrimas escrita por BurningPhoenix


Capítulo 5
Quinto - Dois em um


Notas iniciais do capítulo

Segundo capítulo da tríade de hoje! Este capítulo eu quero dedicar à MsWritter, que vem me inspirando um bocado nas últimas semanas!



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Sentada em sua poltrona estava Integra. Quieta, observando através da grande janela de vidro de sua sala o final do pôr-do-sol com um charuto na boca. Ela admirava o céu pouco nublado tingido de laranja, roxo e o tom acinzentado das nuvens. Quando o sol finalmente se escondeu, ela virou-se para sua mesa e abriu uma gaveta. Tateou por dentro dela enquanto puxava um cinzeiro para perto de si. Retirou uma caixa de fósforos da gaveta e riscou um deles, acendendo o charuto.

            Levantou-se da poltrona e voltou a encarar a janela, com o olhar perdido ao longe, bem além das árvores envolvidas na escuridão, bem além dos morros banhados pela luz da lua, que começava a aparecer.

            - Finalmente. – Disse ela, encarando um reflexo atrás do seu próprio na janela.

            - Perdoe-me. Estava um pouco ocupado. – Respondeu Alucard.

            - Não quero suas desculpas! Quero serviço e resultados! – Trovejou a loira, sem se mover.

            Ele se aproximava de Integra, enquanto ela o observava de esguelha, soprando fumaça nos vidros da janela. Agora ele estava tão perto que podia sentir o calor que emanava dela. Quando Integra aproximou o charuto da boca, ele o tomou para si e o saboreou, soltando a fumaça por cima da cabeça de Integra.

            - Não acha que pode fazer mal fumá-los com tanta freqüência? – Perguntou.

            - O que te importa? É deselegante fumar o charuto alheio. – Respondeu Integra, tomando-lhe o charuto novamente, com um olhar sério.

            Alucard abriu um sorriso seco e depositou o chapéu sobre a mesa.

- Nada. Nada mesmo, só queria perguntar. – Disse, com um olhar malicioso por trás dos óculos.

Ele ergueu o braço e afagou de leve o rosto de Integra com o dorso da mão, encarando-a. Em silêncio, ele retirou os óculos dela e os seus próprios, depositando-os sobre a mesa e deixando completamente à mostra os belos olhos azuis e vermelhos de ambos.

Em seguida ele envolveu sua cintura, puxando-a para si, enquanto aproximava seu rosto do dela, tocando-lhe os lábios com seus próprios. Ambos fecharam os olhos e se deixaram levar pelo beijo tranqüilo que agora trocavam. Ela se enroscava em seu pescoço, largando o charuto no cinzeiro, enquanto ele a abraçava com deferência. Ambos estavam concentrados, trocando carícias respeitosas, sem pressa, sem afobação, sem passar dos limites de cada um. Ele deslizava as mãos pelos cabelos dourados e ela alisava seu peito forte.

O tempo passava, mas a loira e o moreno não davam sinais de querer parar de demonstrar o carinho que sentiam um pelo outro. E o beijo se estendeu, por um longo tempo, até que Alucard parou abruptamente, encarando Integra.

- O que foi? – Ela perguntou.

Ele apenas virou os olhos em direção à porta.

- Não vai passar despercebida fazendo tanto barulho, Policial.

            Alucard tomou de volta seus óculos e seu chapéu e prostrou-se ao lado da mesa retangular de Integra. Esta recolocou os óculos e reacendeu o charuto, sentando-se em sua poltrona e voltando a fumar.

            - Entre, Celas Victoria. – Disse Integra.

            A porta se abriu.


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Notas finais do capítulo

Com esse são dois!



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