Entre Sangue e Lágrimas escrita por BurningPhoenix
Notas iniciais do capítulo
Segundo capítulo da tríade de hoje! Este capítulo eu quero dedicar à MsWritter, que vem me inspirando um bocado nas últimas semanas!
Sentada em sua poltrona estava Integra. Quieta, observando através da grande janela de vidro de sua sala o final do pôr-do-sol com um charuto na boca. Ela admirava o céu pouco nublado tingido de laranja, roxo e o tom acinzentado das nuvens. Quando o sol finalmente se escondeu, ela virou-se para sua mesa e abriu uma gaveta. Tateou por dentro dela enquanto puxava um cinzeiro para perto de si. Retirou uma caixa de fósforos da gaveta e riscou um deles, acendendo o charuto.
Levantou-se da poltrona e voltou a encarar a janela, com o olhar perdido ao longe, bem além das árvores envolvidas na escuridão, bem além dos morros banhados pela luz da lua, que começava a aparecer.
- Finalmente. – Disse ela, encarando um reflexo atrás do seu próprio na janela.
- Perdoe-me. Estava um pouco ocupado. – Respondeu Alucard.
- Não quero suas desculpas! Quero serviço e resultados! – Trovejou a loira, sem se mover.
Ele se aproximava de Integra, enquanto ela o observava de esguelha, soprando fumaça nos vidros da janela. Agora ele estava tão perto que podia sentir o calor que emanava dela. Quando Integra aproximou o charuto da boca, ele o tomou para si e o saboreou, soltando a fumaça por cima da cabeça de Integra.
- Não acha que pode fazer mal fumá-los com tanta freqüência? – Perguntou.
- O que te importa? É deselegante fumar o charuto alheio. – Respondeu Integra, tomando-lhe o charuto novamente, com um olhar sério.
Alucard abriu um sorriso seco e depositou o chapéu sobre a mesa.
- Nada. Nada mesmo, só queria perguntar. – Disse, com um olhar malicioso por trás dos óculos.
Ele ergueu o braço e afagou de leve o rosto de Integra com o dorso da mão, encarando-a. Em silêncio, ele retirou os óculos dela e os seus próprios, depositando-os sobre a mesa e deixando completamente à mostra os belos olhos azuis e vermelhos de ambos.
Em seguida ele envolveu sua cintura, puxando-a para si, enquanto aproximava seu rosto do dela, tocando-lhe os lábios com seus próprios. Ambos fecharam os olhos e se deixaram levar pelo beijo tranqüilo que agora trocavam. Ela se enroscava em seu pescoço, largando o charuto no cinzeiro, enquanto ele a abraçava com deferência. Ambos estavam concentrados, trocando carícias respeitosas, sem pressa, sem afobação, sem passar dos limites de cada um. Ele deslizava as mãos pelos cabelos dourados e ela alisava seu peito forte.
O tempo passava, mas a loira e o moreno não davam sinais de querer parar de demonstrar o carinho que sentiam um pelo outro. E o beijo se estendeu, por um longo tempo, até que Alucard parou abruptamente, encarando Integra.
- O que foi? – Ela perguntou.
Ele apenas virou os olhos em direção à porta.
- Não vai passar despercebida fazendo tanto barulho, Policial.
Alucard tomou de volta seus óculos e seu chapéu e prostrou-se ao lado da mesa retangular de Integra. Esta recolocou os óculos e reacendeu o charuto, sentando-se em sua poltrona e voltando a fumar.
- Entre, Celas Victoria. – Disse Integra.
A porta se abriu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Com esse são dois!