A Filha de Poseidon escrita por clumsymary, Camila Marx


Capítulo 1
Capítulo 1




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Acordei assustada, tive um sonho horrível.

Fui ver que horas eram. Já eram 6 da manhã. Minha mãe pelo visto tinha acabado de acordar também, porque gritava o que eu queria de café-da-manhã. Eu falei o meu café da manhã de sempre, pão com patê.

Fui tomar banho ainda com as imagens do sonho na minha cabeça, era muito aterrorizador.

Tinha um ser gigante indo pra cima de mim com um só olho e dizendo que um dos Três Grandes tinha outra filha. Se ele não tivesse uma faca de bronze, pelo que parecia, na minha garganta eu acharia que ele era apenas um maluco fantasiado muito bem de ciclope.

Mas aquele sonho me assustou ainda mais porque depois de falar que eu tinha que ser morta, uma espada que parecia ser do mesmo material da faca dele o atravessou, o fazendo explodir em pó dourado. E com a espada que havia matado o monstro estavam as minhas amigas Kaila Strill e Camila um pouco mais atrás dela. Kaila tinha um olhar selvagem no rosto e Camila estava deslumbrante como sempre, mas com um rosto apavorado. O seu parceiro de laboratório Xilon percebeu que aquilo a assustou muito, então quebrou o silencio dizendo:

-Ela tem que ir pro acampamento agora. Seja de quem ela for filha, ele e muito poderoso -

                                                                                            

Estava comendo com a minha mãe Ana Mabelle que pra mim era linda, mesmo com seu rosto que apresentava anos de muito sofrimento cuidando de uma filha sozinha. Ela me olhou com um sorriso, mas os olhos cheios de preocupação, e perguntou pra mim:

-Sirena, aconteceu alguma coisa minha querida? - Ela falou na sua clássica mistura de Português, Francês e Inglês

-Não, não nada mãe - Percebi que meu rosto tava com aparência assustada, então complementei rapidamente - Eu acho que e o último dia de aula. Espero que não arranjem nenhuma desculpa para me expulsar dessa vez.

Minha mãe sorriu com seus belos dentes brancos e soltou seus cabelos loiros e lisos. Eram perfeitos. Eu nunca entendi porque eu sempre tive meus cabelos que ao redor da cabeça misturava tons que ia do marrom claro ao preto, e ela era loira natural. Eu herdei poucas coisas dela, além do meu sotaque brasileiro com francês ela sempre falou que eu puxei ao meu pai, que eu nunca conheci o cujo nome eu nunca soube, diga-se de passagem, os olhos verdes mar.

Minha mãe era a melhor pessoa do mundo, o que me fazia sentir culpada por tudo que eu aprontei na escola e por saber que ela sofreu muito.

O pai dela era italiano e a mãe francesa, eles não podiam viver juntos onde moravam que era numa pequena cidade que ligava França com a Itália então eles fugiram para o Brasil onde viveram no Rio de Janeiro ate que ela fez oito anos, que foi quando eles morreram em um acidente de carro. Ela sobreviveu porque não tava no carro. Na hora tinha saído pra comprar um picolé e o carro teve uma colisão com um que vinha em toda velocidade. Eles morreram e ela teve que se mudar para Nova York onde o único parente vivo morava. Ele cuidou bem dela, mas ele morreu quando ela tinha 19 anos. Como ela era a única parente, a casa e os bens do tio ficaram todo para ela.

Nesse mesmo ano ela encontrou meu pai, como ela disse, eles se apaixonaram foi em Long Island onde ela estava como professora particular de Frances e Português.

Ela conheceu meu pai na praia. Ela disse que ele era um homem rico, mas simples, e eles se apaixonaram e toda aquela historia de amor de verão. Ela ficou grávida e ele ficou feliz com isso, mas teve que viajar a uma viajem de negócios antes de eu nascer. Ele viajou de navio e segundo minha mãe, ficou perdido no mar. Sempre que ela falava sobre isso eu percebia que ela estava me escondendo algo. Mas eu nunca me atrevia a perguntar.

Saí de casa pra ir pra aula no Charenford High School, uma escola para adolescentes problemáticos.

Eu odiava aquele lugar mais que tudo. Pelo o menos eu vivia com as minhas amigas que sempre se mudavam comigo a Kaila e Camila. Era incrível como a gente era diferente, mas depois daquele sonho tudo pareceu muito confuso sobre elas e até sobre Xilon, o meu parceiro de laboratório. Fui pro colégio sabendo que era só um sonho, mas quando eu as vi fiquei muito mais assustada. Elas usavam as mesmas roupas que elas estavam no sonho. Kaila usava o seu amado Jens rasgado que ela sempre usava, e ela estava com uma camisa preta e um all star de couro vermelho todo sujo. Já a Camila tava deslumbrante como sempre. Com calça justa da moda e camisa de marca branca com uma sapatilha e, lógico, maquiagem. Eu nunca a entendi. Ela é linda naturalmente, mas, mesmo assim, usava maquiagem em excesso.

Eu deixei pra trás o sonho para trás, e fui falar com elas. Assim que me aproximei Camila veio gritando para mim:

- Sirene Belle, você não vai acreditar! Vai ter uma conferência para fãs do Green Day, COM o Green Day hoje, aqui em Nova York! - ela falava com muito entusiasmo.

- Apesar de que a patricinha aqui poderia ter falado mais baixo – ela disse lançando um olhar de repreensão para Camila – ela não exagerou como sempre. Isso não é demais? O Green por aqui. Vai ser ás cinco. Nós vamos certo? – ela me olhou com cara de quem já sabia a resposta.

Era estranho pra quem vê de fora, uma patricinha como Camila se descabelando pelo Green Day. Mas ela era doidinha, assim como eu e Kaila.

- Legal, vou ter que ver se a minha mãe não planejou nada hm depois eu falo com vocês- minha resposta deve ter deixado claro que algo estava errado, mas ante que elas pudessem perguntar, o sinal tocou.

A minha primeira aula foi no laboratório com o Xilon, o meu parceiro desde o inicio do ano.

A Professora, Sra.Jenna não estava dando aula. No lugar dela havia um homem de capa preta com um chapéu cobrindo os olhos. Pelo que eu vi o Xilon não gostou nada dele e eu também não. Ele fedia muito, como se não tivesse tomado banho por meio século. Fedia a peixe morto no sol por um mês. Eca. Eu pensei: aquilo é nojento.

Xilon foi minha dupla de laboratório desde o primeiro dia de aula. Ele era legal e é tudo o que se pode quere de um amigo. Ele era muito fechado sobre sua vida fora da escola, só eu sempre tentava tira algo dele, principalmente, durante a aula. Eu soube que ele tinha uma namorada fora do colégio.

Ele era tipo um garoto afro com cabelos pretos cacheados, ele tinha um sério problema de acne, era magro e pelo que eu sabia, ele nunca fazia educação física por problemas físicos. Mas quando o almoço era pizza (principalmente vegetariana), ele corria feito D-flash. A prova foi até normal. Mas eu percebi que ele tinha medo do professor. Então eu disse:

- É esse professor também me dá medo. Esse fedor de peixe no sol por um mês assusta um bocado. -

Ele rio na sua típica risada que parece um balido de bode. A gente terminou a prova. Acho que conseguimos uma nota maior que zero.

Fomos pra outras provas, e o mesmo homem fedido tava substituindo todos os professores, o que era estranho, e na última prova que eu fiquei com a Kaila e a Camila ele me chamou pra conversar sobre as provas.

Só tinha eu na sala. O que me assustou é que foi aqui que meu sonho se passou e, por deus, era a mesma roupa que eu usava.

Eu fiquei assustada, mas, afinal, quem não estaria?

Aquilo foi de assustador. Ele tirou o chapéu que tanto usava e eu vi aquele único olho de uma cor preta. Eu comecei a ficar tonta.

Ele tava falando as mesmas coisas que tava no meu sonho. Ele começou a falar da filha dos Três Grandes e apontou a faca de bronze pra minha garganta.

Mas antes dele me cortar, apareceu uma espada, que parecia ser do mesmo material da faca dele, o atravessou, o fazendo explodir em pó dourado. E com a espada que havia matado o monstro estavam as minhas amigas Kaila e Camila, um pouco mais atrás dela. Kaila tinha um olhar selvagem no rosto e Camila estava deslumbrante como sempre, mas com um rosto apavorado. O meu parceiro de laboratório Xilon percebeu que aquilo a assustou muito, então quebrou o silencio dizendo:

-Ela tem que ir pro acampamento agora. Seja de quem ela for filha, ele e muito poderoso –

Eu ainda olhava para o pó assustada. Até que desviei minha atenção para Kaila, quando ela falou:

- Sirene está tudo bem? Seu rosto esta verde – ela me olhava com preocupação.

-COMO VOCÊ PERGUNTA SE TA TUDO BEM?! VOCÊ ACABOU DE TRANSFORMAR ESSE MONSTRO EM PÓ! E VOCÊ AINDA PERGUNTA SE TA TUDO BEM! CLARO QUE NÃO TÁ NADA BEM! – eu gritei, porque era muita confusão para o meu cérebro.

-Ai meus deuses, ela ta surtando! Eu sabia que isso ia acontecer. Eu disse. Mas ninguém me escuta! – Camila falou aquilo que só tava me assustando ainda mais.

-Ela tem que ser levada pro acampamento se não – Xilon não conseguiu completar porque eu já comecei a gritar novamente

- EU NÃO VOU PRA MERDA ALGUMA DE ACAMPAMENTO! EU VOU PRA MINHA CASA-

Eu saí correndo como se minha vida dependesse disso. Eu corri pra casa, o único lugar onde eu me sentia segura, junto da minha mãe.


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