O Código da Pulseira escrita por Marcelle Ferreira
Joguei meu celular em um dos puffles roxos do meu quarto e desci para a sala. Sentei no grande sofá e do meu lado estava o controle, peguei e comecei a ver Friends.
MARIA, CADÊ MEU PAI ? - gritei
ESTÁ NO ESCRITÓRIO COMA SILVIA - ela gritou de volta
Silvia, tinha que ter ela no meio - resmunguei pra mim mesma
Passou de 3 horas e Justin chegou em casa... BÊBADO ! Não tem nenhum pingo de consideração.
E aí, linda - ele veio andando pra mais perto de mim e quando ia dar um beijo em mim eu desviei
Não me chame de linda seu... BEBUM - gritei
Ei, fala baixo. Meu ouvido não é pinico - ele riu
Que eu saiba pinico serve para fazer xixi e não gritar - sorri
Ih, vem cá gata - ele segurou meu braço
Me solta, MARIA, MARIA - gritei
Que foi gente ? - ela veio correndo
Essa coisa quer me agarrar - falei
Meu Deus, esse menino está bêbado. No colégio distribui bebida ? - ela perguntou
Não, eu sai com a rapeizê pra poder beber - ele piscou - E relaxa gata eu já vou te soltar - ele me soltou
Ele subiu as escadas e foi pro quarto dele. Eu fiquei pensando nele, mas pensei com muita raiva.
( . . . )
Anoiteceu e Justin não saiu do quarto, na sala só estava eu, meu pai e Silvia, a Maria estava preparando o jantar. Estava um silêncio constrangedor naquela sala até que a Silvia quebrou o silêncio, tinha que ser ¬¬'
Cadê o Justin ? - ela olhou pra mim
Eu que devo saber ? Você é a mãe dele - sorri
Ué, mas você não é a amiguinha dele ? Só viviam grudados - ela falou
Viviam, agora não vivo mais grudada nele. Só porque eu sou a amiguinha dele eu não tenho que saber onde ele tá - falei - e ele está no quarto
Ué, você disse que não sabia onde ele estava - meu pai riu
Falei isso só pra sua NOIVA, calar a boca - falei sorrindo
Vai lá chamar ele pra mim ? - Silvia falou
Não - sorri
Filha, vai lá - meu pai falou
Por que eu ? Vocês tem pernas - sorri e olhei pra cara do meu pai com cara de mandão - Ain, tá bom - levantei e fui pisando forte o pé no chão
Subi parei em frente a porta do Justin, pensei mil vezes antes de bater mas não tem jeito se eu descer e falar que ele disse que não ia vir, no dia seguinte ele ia descer e a mãe dele ia perguntar por que ele não desceu, ai ele ia falar NINGUÉM ME CHAMOU. Affe, lá vou eu
tóc, tóc, tóc - bati fraco e ninguém atendeu - Justin sua mãe está te chamando - falei e nada - TÓC TÓC TÓC - bati um pouco forte e nada - JUSTIN SUA MÃE ESTÁ TE CHAMANDO - gritei e nada - TÓC TÓC TÓC - eu estava quase arrombando a porta - JUSTIN SUA MÃE ESTÁ TE CHAMANDOO - berrei
Caramba, o que aconteceu ? Ele está dormindo ? Está com raiva de mim ? Desmaiou por causa da bebida ? Ai meu Deus do céu, e agora o que faço ? Arrombo a porta mesmo eu não tendo força ou chamo meu pai ? Arrombo a porta haha
Chutei a porta, dei socos na porta, cabeceei a porta, fui no meu quarto peguei um grampo depois voltei na porta dele e tentei abrir, mas o negócio não ia, fiquei com tanta raiva que eu cheguei a quebrar o grampo eu comecei a xingar o grampo e a porta que não queria abrir. Joguei o grampo no chão fui no banheiro que era em frente ao dele e peguei uma vassoura, depois comecei a dar murros com a vassoura na porta.
Filha o que é isso ? Está tudo bem ai em cima ? - meu pai falou lá de baixo
SIM PAI, ESTÁ TUDO BEM, NÃO TEM COM O QUE SE PREOCUPAR - gritei
Cadê o Justin ? - Silvia perguntou
ELE... ELE ESTÁ TROCANDO DE ROUPA E EU ESTOU AQUI BATUCANDO COM A VASSOURA - gritei
Tá bom, descem logo - meu pai falou
OK - gritei
Comecei a dar murros na porta com a vassoura até que a porta se abre e o Justin aparece, eu não consegui me conter e dei uma vassourada inesperada na barriga do Justin.
Au, au - ele colocou a mão na barriga e caiu de costa no chão
Me desculpa - falei jogando a vassoura no chão e me abaixando
Caraca... por que estava batendo assim na porta - ele fazia caras e bocas de dor
Eu estava te chamando, e por que não atendeu ? - falei com raiva
Eu estava dormindo - ele disse com a mão na barriga e se levantando
Nossa que sono - falei com arrogância - Quando a dor da sua barriga passar, desça - falei
Peraí - ele me puxou
Olha só, me solta - falei - você ainda está bêbado ?
Não vou te soltar, e o efeito já passou. Minha sorte é que eu não fico com dor de cabeça - ele sorriu e eu delirei
Ãhn, que legal - sorri - agora me solta
Não, só se você prometer voltar comigo e me perdoar - ele olhou nos meus olhos
Não vou voltar com você e eu não vou te perdoar - sorri - Agora me solta - tirei os braços dele do meu corpo e desci, ele veio logo atrás
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