O acaso Me Sorriu. escrita por analuisauchiha


Capítulo 20
Capítulo 20 Voltando a viver.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que passei muito tempo sem postar, mas eu tenho explicações. Primeiro estão no terceiro ano do ensino médio e o IFRN esta tirando o meu sono. Segundo, não queria postar qualquer coisa para vocês apenas para dizer que não tinha me esquecido e terceiro esse é um capitulo de suma importância não pode ser qualquer coisa.
Por isso mil perdões....
Eu espero que ninguém tenha desistido da fic.



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Fazia algumas horas que eu tinha acordado e ninguém me falava nada sobre o que tinha acontecido. Me disseram apenas que eu tinha sofrido um acidente, perguntei por meu filho e não falaram nada. Minha cabeça doía com tantas perguntas, tentava me lembrar de como tudo ocorreu, mas nada me vinha. Edward tinha saído a pouco dizendo que iria falar com Carlisle, meus pais já haviam entrado e falado comigo muito rapidamente graças ao meu sogro. Eu não fazia à mínima ideia de quanto tempo havia ficado em coma, mas pelo que eu notei havia sido por muito tempo. A porta do quarto foi aberta e entraram Edward e Carlisle.

- Vim para lhe dizer, os primeiros  exames mostraram que esta tudo bem. – falou com um tom paternal. – Se estiver sentindo qualquer coisa tem que nos avisar imediatamente. Tudo bem? – falou vindo novamente com aquela luzinha irritante.

- Estou apenas confusa. Porque ninguém responde minhas perguntas? – perguntei olhando diretamente para os olhos de Edward esperando qualquer mudança de expressão. Seus olhos tinham um brilho nunca visto, como se ele estivesse a ponto de desmoronar e isso me deixou preocupada. Parecia que ele estava passando por uma dor tão intensa que faziam com que seus olhos perdessem o ar de vida que eu tanto amava.

- Acho melhor saber primeiro se estar tudo bem depois você e o Edward podem conversa – falou Carlisle, mas eu não tirei meus olhos de Edward. Esperei que Carlisle terminasse sem falar uma única palavra, da mesma maneira que Edward. – Bem aparentemente esta tudo bem, mas preciso de exames detalhados para saber se não existe nenhuma seqüela. Parece um milagre, depois de tanto tempo você acorda. Nos deixou muito preocupados viu? – me virei para Carlisle, e sorri em resposta. – Bom vou deixar os dois conversando. – antes dele sai, ele olhou para Edward, pelo que eu conhecia aquele olhar havia tido vários significados.

- Edward me fala o que houve. Me fala cadê o nosso filho, porque ninguém quer me contar nada, parece que todos estão tendo cuidado com o que falam perto de mim. – ele se aproximou e sentou do meu lado. Já haviam me mudado para um quarto, mas ainda não permitiram visitas de ninguém. Apenas Edward e Carlisle tinham livre acesso.

- Vou responder suas perguntas. Você saiu para caminhar sem mim, estava na calçada esperando o semáforo fechar quando um carro subiu na calçada e te atropelou. Eu vinha chegando atrás de você, e vi quando tudo aconteceu.

- Eu me lembro de ter saído para caminhar. Você estava tão lindo dormindo, e não tinha descansado quase nada por isso achei melhor te deixar dormir mais um pouco. – falei passando a mão pelas enormes olheiras que se encontravam no seu rosto prova de vários dias sem descanso.

- Não devia ter feito isso. Eu podia ter perdido você. Quase morri quando te vi ser arremessada. – nessa hora foi como se uma luz se acendesse em minha cabeça. Se o acidente havia sido tão grave, como será que estava meu filho.

- Edward cadê o nosso filho? Pelo amor de Deus me fala como ele esta, ninguém me diz nada. Ele ta bem não é? – ele evitou  o meu olhar dessa vez.- Edward me fala.

- Anthony. – ele falou com a voz arrastada.

- É um menino, ele é parecido com você? Tem os seus olhos? – falei imaginando uma miniatura de Edward em meus braços.

- Ele era lindo, a coisa mais linda que eu já vi. - era? Como assim era? – O impacto da batida foi mais forte na sua barriga, a placenta deslocou e não conseguimos salva-lo. – eu não conseguia processar nada. Parecia que as palavras “NÃO CONSEGUIMOS SALVA-LO” haviam gravado na minha cabeça, e começaram a girar. Minhas mãos foram de encontro a minha barriga, agora plana e vazia, parecia tão errado. Tinha a sensação de que foi ontem que eu estava em casa com minha família, arrumando as malas, com a mudança que nem chegamos a fazer. Felizes porque um novo membro iria nascer. Planos de um cachorro para as crianças, e talvez daqui a uns dois anos, ter mais um filho.  – Amor, olha para mim. – pediu Edward passando as mãos pelo meu rosto, só nesse instante notei que estava chorando. Ele chorava junto comigo, ele sofria junto comigo. – Eu to aqui e sempre vou estar. Nós vamos superar isso juntos, eu preciso tanto de você.

- Eu to aqui meu amor. – falei chorando e me agarrando a ele como se fosse minha tabua de salvação. Era isso que ele era para mim agora, minha salvação. Ficamos ali apenas sentindo um a presença do outro, compartilhando de uma dor que só nós dois entendíamos. Um recolhendo o caco do outro, tínhamos que ficar bem, uma princesinha dependia de nós dois. Tinha certeza de que iria ser difícil, mas tínhamos um ao outro. Não estávamos sozinhos.

                Fiquei dois dias em observação com visitas restritas, fiz uma serie de exames o único que verdadeiramente me interessava era o que mostrava se eu ainda poderia ter filhos. Segundo meu sogro mesmo com o exame ainda era muito cedo para se dizer, eu ainda tinha que me recuperar totalmente da lesão, para depois poder fazer exames detalhados.

                Hoje estava um pouco mais animada, pois minha princesinha iria vir me ver. Estava louca de saudades da minha filha. Precisava daquele abraço gostoso que só ela sabia me dar. Edward havia saído há pouco tempo dizendo que ia buscá-la. Me falaram que ela estava aqui no dia em que eu acordei, mas não me deixaram falar com ela mesmo depois de protestos meus.

- Filha se acalma, eles estão chegando. – falou minha mãe, a me ver olhar impaciente para a porta. – A Nessie estava igualzinha a você... – ela não terminou de falar porque uma bonequinha tinha entrado correndo vindo em minha direção, abre os braços à espera dela. Sentir aqueles dois bracinhos a minha volta, era uma das melhores coisas do mundo, aquele era o motivo pelo qual eu devia lutar com todas as minhas forças. Ela precisava de mim, da mesma forma que eu precisava dela.

- Eu sabia mamãe. A senhola tinha plometido. Sabia que voce ia cansar de domi. – falou depois de dar um beijo em meu rosto. – ri do seu jeito espontâneo.

- Nunca vou quebrar uma promessa feita para você. A mamãe estava morrendo de saudades. – falei passando a mão naquele rostinho de porcelana, corado pelo frio que fazia. O cabelo arrumado por uma tiara com lassinhos resultado ideia com certeza de uma tia chamada Alice.

- Eu também estava com muita sadade da senhola, mas o papai falou que você tava dodói. – falou enquanto Edward entrava no quarto.

- Bom as duas já estão acompanhadas, vou à lanchonete fazer lanchinho. Com licença. – falou minha mãe saindo.

- Renesmee te falei que a mamãe ainda ta doente, não pode correr e pular em cima dela assim. Nós dois temos que cuidar dela para ela ficar boa logo e irmos para casa.

- Desculpa mamãe. – falou me olhando.

- Ta tudo bem meu amor, a mamãe tava louca de saudades. – falei beijando o rostinho do meu anjinho.

- Quando a senhola vai pla casa, fica chato sem você.

- O tio Emmett não esta lá com voce?

- Esta, mas sem a senhola não é a mesma coisa. O papai também sente sua falta, por isso ele fica tanto tempo aqui. Quelia ficar aqui também.

- Meu amor, o papai não já conversou com você. Eu estou aqui para cuidar da mamãe. Se você ficar aqui quem vai preparar a festa de boas vindas da Bella? – falou Edward se aproximando.

- É mesmo. Vai ser uma mega festa. – falou com olhinhos brilhando, tudo isso fruto da convivência com Alice. – Mamãe a senhola gosta do Barney?

- Sim eu gosto do Barney. – concordei esperando pelo que vinha.

- Papai o senhor podia se vestir de Barney, a mamã falou que gosta dele. – falou e eu comecei a rir.

- Acho melhor eu ficar responsável por levar a sua mãe até em casa, pedi para o tio Emmett tenho certeza que ele vai aceitar, afinal ele é fã de carteirinha. – falou Edward se sentando do meu lado de frente para o nosso bebê.

                Passamos a tarde conversando, era tão bom ficar rodeada pela minha família. Esse era o meu paraíso particular, o nosso mundinho onde tudo estava em seu devido lugar. A perda não foi esquecida e nunca seria, mas momentos assim me faziam acreditar que tudo tinha um propósito, se eu não pude criar o meu filho tinha uma explicação. Tinha certeza que da mesma maneira que eu cuido da Nessie a Kristen onde quer que ela esteja cuidaria do Anthony. Eu tinha que persistir superar e voltar a viver pela pequeninha que fazia com que eu me sentir-se amada, que me fez entender que amor de mãe é o maior que existe, e que ganhamos a cada sorriso, a cada descoberta, a cada vitoria do nosso filho. Havia também o homem que fazia meu coração bater lento e rápido ao mesmo tempo, que me fazia ficar sem ar com um simples. O mesmo que estava sempre ao meu lado. Eu tinha por quem lutar, e eu iria lutar

Pov de Edward.

                Nada se comparava a poder ouvir sua voz novamente, saber que ela estava em meus braços, segura. A noticia da morte do nosso filho foi um baque, mesmo ela reagindo de uma maneira melhor que eu esperava. Ela entendia o que eu sentia, podíamos agora um se apoiar no outro. Um casal não compartilha apenas alegrias, as tristeza e perdas também devem ser divididas, assim o fardo fica mais leve, e a sensação de solidão diminui. Definitivamente me sentia completo de novo.

 Por mais incrível que pareça Bella não precisou ficar muito mais tempo no hospital, para a surpresa de todos, ela se recuperou em tempo recorde. Mesmo ainda tendo que permanecer de repouso, depois de duas semanas desde que acordou hoje ela voltaria para casa. Quer dizer para a nossa nova casa.

- Amor já esta pronta? – falei entrando no seu quarto, ela voltava do banheiro, linda como sempre.

- Quase. – falou sorrindo. Pegou o perfume com essência de morangos e borrifou um pouco. – Ainda bem que você trouxe uma mala e minha frasqueira, não sei com chegaria em casa com esse cheiro de hospital. – falou guardando tudo.

- Nem parece que você é medica, e agüenta esse cheiro por vinte e quatro horas seguidas. – falei me aproximando, e a trazendo para perto de mim.

- Mesmo assim, ainda não me acostumei. A única vez que essa fragrância me parece agradável é quando a sinto em você, porque afinal de contas tudo em você fica agradável. – falou se virando e me abraçando pelo pescoço.

- Muito bom saber disso. – falei antes de beijar aqueles lábios tão tentadores, que me fizeram perde o juízo desde a primeira vez em que a vi. Depois de tudo que passamos o fato apenas de tê-la em meus braços me fazia sentir como um ganhador da loteria. E agradecia mentalmente a Deus por tê-la aqui. Estreite os braços na sua cintura com medo de tudo ser apenas um sonho, e ela desaparecer. Quando nos afastamos ofegantes, nos olhamos nos olhos e sorrimos. – Eu te amo.

- Eu te amo também, meu amor. – falou acariciando meus cabelos, a puxei para mais um beijo. Rápido demais ela se afastou. – Acho melhor nós irmos, estão nos esperando.

 - Vamos antes que eu esqueça, que você esta de repouso. – falei pegando a mala, e segurando sua mão.

- Esta subindo pelas paredes senhor Cullen? – falou divertida.

- Não me provoque senhorita Swan. Acabou de sair de um coma, não esta em condições de me provocar dessa maneira. Facilite um pouco para mim. – falei levando sua mão aos meus lábios.

- Desculpe meu amor, prometo que te compenso depois. – enquanto caminhávamos, todos nos cumprimentavam. Depois da nossa pequena conversa Bella ficou calada e perdida em pensamentos. Chegamos ao carro, coloquei sua mala no banco de traz e abri a porta para ela, a ajudando a entrar. Saímos em silencio.

- Meu amor o que houve? Esta tão quieta? – falei pegando sua mão e apertando na minha.

- O nosso filho foi enterrado?

- Sim. Coloquei no tumulo de Kristen.

- Eu quero vê-lo, antes de ir para casa. Você poderia me levar até lá?

- Tem certeza?

- Sim, quero apenas me despedir dele de maneira correta. Já que não tive essa oportunidade antes. – dei a volta no carro.  O restante do caminho o silêncio foi profundo, não incomodava, sabíamos que não precisávamos dizer nada, sabíamos exatamente o que se passava na cabeça um do outro. Na entrada do cemitério uma senhora vendia flores, e Bella comprou duas rosas brancas. Andamos de mãos dadas por um caminho tão conhecido por mim. Quantas vezes o tinha feito para tentar de alguma forma me sentir mais perto de Kristen. Quantas vezes tinha vindo aqui para desabafar e dizer que não ia conseguir. Isso parecia fazer tanto tempo. Parei olhando para aquela pedra já tão conhecida.

Kristen Stewart Cullen.

Maravilhosa filha, amiga essencial

Esposa incrível e perfeita mãe.

                Parei em frente aquela pedra fria, que por muitas vezes foi testemunha do meu desespero. Agora ao seu lado jazia uma outra pedra, menor que a primeira, onde aquele pequeno nome se tornava para mim um letreiro iluminado de neon. Chamando toda a minha atenção.

Anthony Richard Mansen Cullen.

Um anjo que foi enviado para nós

Se torna a estrela mais brilhante do céu

Que estará sempre nos nossos corações.

Um pequeno Cullen.

- A mamãe não teve a chance de te conhecer, mas saiba eu te amo muito. Você foi um presente enviado para mim, me trazendo alegria. Me deixando cada vez mais feliz. Queria poder ter visto seu rosto apenas uma vez. – falou deixando com que uma lagrima rolasse por seu rosto e me abraçando. - Te amo muito meu filho. Kristen cuida dele por mim, prometo fazer o mesmo aqui. – falou depositando as flores e logo depois vindo me abraçar de novo. Ficamos ali, abraçados por um tempo. Ouvi ela suspirar. – Vamos para casa, nossa família esta esperando. – falou com a voz fraquinha. Caminhamos ainda abraçados para o carro.

- Amor se não quiser festa pode me dizer. Eu me encarrego de avisar a todos. – falei preocupado com o seu estado.

- Não. Tudo que eu quero agora é o amor da minha família. O nosso filho esta bem, e ele nunca vai sair de perto de mim.

- Então vamos, todos estão nos esperando. – falei olhando para os seus olhos, antes de ligar o carro. – A nossa família esta nos esperando.


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Notas finais do capítulo

Bom galerinha é isso espero que tenham gostado.
Vindo por ai mais ação e suspense.
beijos e até a próxima.