Pov. De Edward.

            O sol entrava pela janela do nosso quarto, anunciando que mais um dia estava chegando, fechei os olhos e tentei imaginar que tudo aquilo não passava de um pesadelo. Minha Bella não tinha saído sem mim, e não tinha sofrido acidente nenhum, ela estava ali do meu lado com sua preguiça momentânea, fazendo manha para não sair da cama, eu iria sorrir e beijá-la até ela se convencer que eu não deixaria mais ela dormir. Depois iríamos caminhar juntos. Mas não. Não tinha sido um pesadelo, ela estava na cama de um hospital sobrevivendo através de aparelhos, nosso filho tinha morrido, e o risco de perdê-la era terrivelmente grande.

            Lagrimas eu não tinha mais, parecia que o destino adorava brincar comigo. Tinha conhecido as duas de maneiras completamente inesperadas, me vi apaixonado de um modo que eu não esperava com ambas, e agora mais uma vez eu corria o risco de perde a mulher que eu amo. Só que o meu sentimento por Bella era ainda maior do que o que eu sentia por Kristen, havia amado ela, mas a maneira que Bella me conquistou baixou completamente todas as minhas barreiras, sem esforço algum ela se tornou indispensável. Como viver sem ela? Como superar a perda novamente? E por hora, como explicar isso a Nessie?

            Me levantei, deixando minha princesinha ainda adormecida na cama. Fiquei velando seu sono a noite toda, imaginando como contar para ela, que pela segunda vez, ela corria o risco de perde à mamãe. Suspirei. Tomei um banho e vesti uma roupa confortável, preparei uma pequena bolsa para mim, não sairia do hospital. Fui para o quarto de Renesmee e fiz uma pequena bolsa já que ela ficaria com a Alice, enquanto eu estivesse no hospital. Voltei para o quarto que me trazia tantas memórias, balancei a cabeça levemente. Não era hora para isso, e sim de lutar por nós dois e eu faria isso.

- Princesinha, hora de levantar. – falei dando um beijo na bochecha da minha boneca.

- Mas hoje não tem escolinha. - falou fazendo um lindo biquinho.

- A tia Alice e a vovó estão te esperando. Não quer brincar com as duas? – me deitando do seu lado.

- Queria brincar com a mamãe. Cadê ela papai? – eu sabia que essa pergunta viria, minha filha era esperta e eu não podia esconder esse tipo de coisa dela.

- Filha a mamãe ta dodói, e vai precisar ficar lá no hospital para ficar boa logo. – falei alisando os cabelos loiros que minha pequena tinha. – Eu e o vovô vamos cuidar dela, por isso você vai ficar uns tempos com a tia Alice, lá na casa da vovó.

- Ela vai ficar boa não é papai? Porque ela prometeu que nunca ia me deixar. – falou a voz embargada. Doía ver minha filha sofrendo.

- Vai filha. O papai vai cuidar dela. – falei limpando uma única lagrima que escapou do olhinho azul que brilhava para mim. – Você confia no papai?

- Confio.

- Confia na mamãe?

- Confio. – falou.

- Eu te prometo que vou cuidar da mamãe e nós dois vamos voltar para casa. – falei gravando aquela promessa em minha cabeça, eu não decepcionaria minha filha.

- E o meu irmãozinho? Ele ta dodói também? – respirei fundo.

- Seu irmãozinho foi fazer companhia a sua mamãe no céu amor. Ele o papai não conseguiu salvar. – falei esperando pela sua reação. Ela passou um tempo calada, e depois me abraçou.

- Papai não se preocupa, a mamãe me prometeu que não ia me deixar. Vai ficar tudo bem. – falou alisando meus cabelos, eu realmente tinha uma filha incrível.

- Vai sim filha. – falei.

            Ajudei ela a se arrumar,(Nessie>http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI24255-16418,00-CRIANCAS+VENDEM+BRINQUEDOS+VELHOS+PARA+COMPRAR+PRESENTE+DE+NATAL+NOS+EUA.html)

preparei o seu leiteinho com achocolatado e fomos para o carro. Coloquei Nessie na cadeirinha, entreguei a ela o copo da Minnie que ela tanto gostava com o canudinho. Não comi nada, pois nada descia. Coloquei o carro em movimento.

- Papai liga o som. – falou minha pequenininha. Liguei e estava tocando uma musica que dizia tudo que eu estava sentindo no momento. Eu e Bella curtíamos essa banda juntos, o sorriso dela veio a minha mente.

http://www.kboing.com.br/lifehouse/1-200531/

Everything (Tudo) – Lifehouse.

Encontrar-me aqui,

E falar para mim

Eu quero sentir você

Eu preciso ouvir você

Vós sois a luz

Isso é o que me leva ao lugar

Onde eu encontrar a paz... Novamente

Eu não desistiria. Iria lutar por nós dois.

Você é a força

Que me mantém caminhando

Vocês é a esperança

Que me mantém confiante

Você é a vida

A minha alma

Você é meu propósito

Você é tudo

Ela merecia isso, eu devia muito a ela.

E como eu posso ficar aqui com você

E não ser movido por você

Você poderia me dizer como poderia ser melhor que isso.

A verdade era que eu não sabia mais viver sem ela.

Você acalma as tempestades

E você me dá descanso

Você me segurar em suas mãos

Você não vai me deixar cair

Você rouba meu coração

E você tira meu fôlego

Você me levaria em

Leve-me mais profundo, agora

E como eu posso ficar aqui com você

E não ser movido por você

Você poderia me dizer como poderia ser melhor que isso(2x)

Não sabia, não podia, não queria viver sem ela.

Porque você é tudo que eu quero

Você é tudo que eu preciso

Você é tudo tudo,

Você é tudo que eu quero

Você é tudo que eu preciso

Você é tudo tudo,

Você é tudo que eu quero

Você é tudo que eu preciso

Você é tudo tudo,

Você é tudo que eu quero

Você é tudo que eu preciso

Tudo, tudo

            Chegamos à casa da minha mãe. Ela me esperava na porta, esperando para me amparar. Era sempre assim. Não importa quanto tempo passasse minha mãe ainda nos consideraria menininhos, prontos para pedir colo a qualquer momento. E era exatamente isso que eu queria, colo de mãe.

            Tirei Nessie da cadeirinha que correu no mesmo instante para os braços da vó. Peguei a suas coisas no porta malas. E fui caminhando para a entrada.

- Você esta bem meu filho? – falou minha mãe com a voz acolhedora.

- Na medida do possível, mas eu tenho que estar. – falei e a vi suspirando assim que olhou no meu rosto e notou as olheiras. – Ela precisa de mim, e eu não vou deixá-la ir.

- Eu sei que ela vai ficar boa. – falou e beijou meu rosto. – E a menininha da vovó o que quer fazer hoje?

- Posso assistir TV? – falou com uma carinha nada animada.

- Claro meu amor, o tio Emmett ta assistindo o Barney vai lá. – falou e a colocou no chão. – Vai para o hospital?

- Antes tenho que dar uma passada na outra casa, mas de lá vou direto para o hospital. A Renesmee pode ficar aqui?

- É claro meu filho. Por quanto tempo você precisar. Agora vem tomar café por que sei que ainda não tomou, e não adianta dizer que não estar com fome. Você precisa se alimentar e ficar bem para cuidar de Bella. – falou minha mãe me conduzindo para dentro de casa. – Seu pai ainda não veio em casa, e sinceramente acho que nem vem, Alice foi para lá agora cedo. – comi em silencio, apenas para fazer com que minha mãe não se preocupasse.

- Já vou. Te ligo mais tarde. – falei beijando a sua testa. Fui para a sala e encontrei minha princesinha, encolhida num canto do sofá agarrada com o urso que a Bella tinha lhe dado. Enquanto Emmett tentava inutilmente arrancar um sorriso dela. – Princesa. – falei e a fiz olhar para mim. - O papai já vai. Não da trabalho para a vovó, e papai liga mais tarde para falar com você. – dei um beijo na sua bochecha.

- Cuida dela por mim papai? – falou.

- Cuido amor.

             Me dirigi para a casa(casa>http://www.mundodastribos.com/planta-de-casas-bonitas.html) que eu havia comprado, que estava na fase final das reformas. Queríamos nos mudar antes do bebê nascer. Tudo tinha sido planejado por nós dois. Entrar ali me fazia sentir tantas emoções, que não tinha maneira de esclarecer.(sala>http://www.reidaverdade.com/decoracao-sala-de-estar-modelos.html primeira foto) Tudo tinha sua cara, cada canto daquela sala, tinha um toque seu. Cada porta retrato, cada almofada, cada detalhe pensado por nós dois. Caminhei em direção as escadas, onde dava acessos aos quartos. A porta branca com uma bonequinha no centro me chamou atenção, entrei e a imagem do quarto do meu filho encheu minha visão. Peguei um ursinho que tinha na prateleira e me imaginei vendo Bella amamentar, cantando alguma canção para ninar o nosso filho. Uma imagem que a poucos dias estava tão perto e agora estava tão longe.

            As lagrimas que eu achava que tinham acabado voltaram com força. Eu estava tão feliz, tão realizado. Era tão agradável viver aquela rotina, acorda com beijos, levar minha filha para a escola e minha mulher para o trabalho. Salvar algumas vidas voltar para casa e ser recebido pelo minha família, assistir um filme qualquer comendo pipoca com minhas duas princesas. Era tudo tão bom.

            Caminhei para o nosso quarto ainda segurando o ursinho, em cima da nossa cama tinha um quadro enorme de nós dois(Quadro> http://fotos.robertpattinsonbrasil.com/displayimage.php?album=845&pos=4). Eu não sabia disso, lembrava do dia que foi tirado aquela foto. Ela tinha mandado fazer aquele quadro sem eu saber. Me deixei cair no chão, abraçado com o urso eu pedia com todas as minhas forças para que Deus não me tirasse ela. Eu precisava dela. Nós ainda teríamos nosso filho. Nosso Antony chegaria. Nós iríamos ser felizes naquela casa porque eu lutaria por nós dois.