POV. PERCY

Eu estava nervoso. Lutar contra deuses, monstros e titãs? Já fazia parte do meu cotidiano. Eu sabia manejar bem minha espada. Quase morrera em várias circunstancias. Mas nada se comparava ao meu nervosismo de hoje.

Verão… Férias! Acordei em meu chalé, sozinho. Tyson estava com nosso pai. Há tempos não o via. Mas quando nos reencontrarmos, aposto que a nossa diferença de altura estará menor. Eu cresci muito nos últimos meses. Estava mais musculoso, mais bonito… Deuses! Quem me vê admirando meus bíceps pensa que sou filho de Ares! Então se descobrirem que ando usando um creme dado por um campista do Chalé 10 estarei arruinado! Não contem isso para a Clarisse. Nem para Grover! Nem para Annabeth!Seria desagradável saberem que uso creme para a acne. Sim, eu sou um adolescente 50% normal. Mas voltando ao assunto principal.

Sonhei com Afrodite essa noite. Ela estava linda (meio óbvio) e me disse que eu precisava de férias. Eu lhe disse que já estava de férias, estava no Acampamento e estava com os meus amigos - melhores férias do mundo. Mas ela me disse que não era isso o que ela estava pensando. Pelo seu (lindo, maravilhoso, fabuloso…) sorriso, imaginei que não era coisa boa. Pela forma como eu franzi as sobrancelhas, ela praticamente adivinhou meus pensamentos e me garantiu que seria melhor do que eu imaginava. Então, me deu um cartão cor-de-rosa com um perfume tão doce que até embaralhou as letras em minha mente (ok, as letras não estavam embaralhadas por causa do perfume, e sim pela dislexia). Foi ai que eu acordei e vi que o cartão estava em minhas mãos – e o perfume impregnando em todo o chalé. Pedi aos deuses para que Annabeth não sentisse o perfume, ou então seria uma confusão. Estava escrito no cartão as coordenadas 36° 6’ 55” N 29° 38’ 4” E.

Era um presente de Afrodite. Um final de semana, em Strongili. Uma ilha deserta na Grécia. Para mim e Annabeth. Continha no singelo cartão uma lista do que deveríamos levar. Roupas leves, trajes de banho, nada de armas. Estava escrito que este lugar estaria protegido por alguma mágica, algo que custaria caro. O preço? Diversão e juras de amor. E estava escrito também a resposta para minha pergunta: Como sairíamos do Acampamento? Afrodite pedia apenas para confiar nela e no poder de sua névoa. Não sabia como acreditar nisso. Como iríamos para a Grécia? Torrões de açúcar surgiram do nada do meu lado. “BlackJack” eu murmurei.