Rin é Um Gênio! escrita por debs-chan


Capítulo 2
Capítulo 2 - Surpresas Inesperadas


Notas iniciais do capítulo

LEGENDAS:

— Blábláblá = fala da personagem

(N/A:blábláblá) = comentário da autora

VOCABULÁRIO:

Moshi Moshi = algo do tipo "alô"
Kami ou Kami-sama = algo como Deus
Ja ne = usado para despedidas
— sama = pronome de tratamento, denota respeito. Algo como Senhor (a)
Onegai = por favor
Gomenasai/gomen/gomen ne = desculpas
Sumimasen = pedido de desculpas mais formal
Hai = sim
Nani = o que? Como assim?
Baka = idiota

OBSERVAÇÕES:

* Amo = dono da casa, patrão (dicionário Aurélio).

PS: todos os lugares turísticos apresentados neste capítulo foram devidamente pesquisados para não haver qualquer erro nas informações aqui trazidas.



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"Há instantes em que os homens são senhores do seu destino." (William Shakespeare)

RIN É UM GÊNIO!

Cap. II – Surpresas Inesperadas

No dia seguinte, como de costume, Sesshoumaru levantou-se por volta das 6:00 hrs, fez seus exercícios matinais, revisou o processo que seria alvo na audiência daquela manhã e seguiu para o fórum. Depois passou rapidamente nas Empresas Taisho para cumprir com alguns compromissos que havia em sua agenda, logo após, como havia dito à sua madrasta na noite passada, seguiu para o restaurante onde um cliente lhe aguardava. Discutiu a situação vivida por aquele senhor que se encontrava sentado à sua frente, fez-lhe uma lista dos documentos que precisaria para elaborar a peça inicial daquele processo e passou seu cartão onde havia o telefone de sua secretária anotado para que o Sr. entrasse em contato com ela e marcasse hora para entregar-lhe o que lhe fora pedido.

Durante a tarde a agenda do youkai estava cheia, havia uma reunião com seus associados acerca de um grande caso que versava sobre um contrato multimilionário que uma renomada empresa de telecomunicações havia firmado com uma prestadora de serviços e esta queria rescindir o contrato antes do prazo e sem ter-lhes prestado o serviço contratado e acordado, havia muito dinheiro envolvido neste negócio e o escritório de Sesshoumaru fora procurado pela empresa para defender seus direitos. O jovem advogado ainda teria mais 2 audiências no fórum no meio daquele dia. Por volta das 18:00 hrs deixou seu escritório e seguiu para seu apartamento onde tomou um relaxante banho, se arrumou e seguiu para a casa de seus pais.

Uma das empregadas da casa abriu-lhe a porta dando-lhe passagem para o interior, foi informado de que seus pais se encontravam no andar superior e se banhavam, então decidiu servir-se de um pouco de wisky e esperá-los na sala.

Depois de um tempo...

- Sesshoumaru querido! Como é bom vê-lo! – dizia Izayou enquanto se encaminhava até o youkai para abraçá-lo.

- Como vai Izayou?

- Estou ótima querido! – dizia a mulher toda sorridente como lhe era de costume.

- Meu filho, como está? – esta foi a vez de InuTaisho se manifestar.

- Estou bem pai, apenas cansado do dia-a-dia.

- Entendo.

- Já lhe disse que se continuar trabalhando tanto assim vai acabar ficando doente. - Izayou demonstrou-se preocupada com a vida que seu primogênito levava.

- Está tudo bem Sra Izayou, eu gosto da vida que levo. – respondeu debochadamente o youkai. – E o imprestável do Inuyasha, onde está?

- Não fale assim de seu irmão Sesshoumaru – foi repreendido pela mulher – Ele está na faculdade, ligou que se atrasará um pouco mas chegará para o jantar.

Conversaram durante mais algum tempo até que Kaede – a cozinheira e também uma espécie de governanta da casa – avisou que o jantar seria servido. Todos seguiram para a sala de jantar, inclusive Inuyasha e sua namorada Kagome que haviam chegado ali há poucos minutos. Enquanto degustavam a comida mantinham uma conversa tranqüila. Inuyasha contava seus "feitos" na faculdade, como estava seu estágio na empresa...Sesshoumaru limitava-se a responder o que lhe era perguntado por seus pais e comentou pouca coisa sobre sua mudança de apartamento. Seus pais, principalmente sua madrasta – Izayou – não se cansava de contar coisas sobre sua viagem e de seu marido, falava sobre as pessoas que conheceram, os lugares que visitaram, e Kagome a incentivava mais e mais a continuar com seus relatos. Depois de já terem se servido da sobremesa, todos deixaram a sala de jantar e rumaram para a sala onde poderiam continuar com a conversa.

- Devo tirar o chapéu, o templo de Karnac e o Vale dos Reis são lugares magníficos, tão carregados de história e cultura. – InuTaisho comentava maravilhado.

- Ah sim, mas não se esqueça de falar sobre a cidade de Luxor, as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge! São monumentos extraordinários! A cidade do Cairo também é belíssima!

- Tinham que ver como Iza ficou fascinada pelos Museus da cidade e da região.

- Nossa, a viagem deve ter sido de tirar o fôlego! – comentava Kagome – Quais países visitaram durante toda a viagem?

- Hummm...deixe-me ver...- falava a matriarca de forma pensativa - ...passamos pelo Egito, Marrocos, Grécia...

- Grécia? – questionou Kagome incrédula.

- Sim querida. – a mulher confirmou.

- Ai meu Kami-sama, meu sonho é conhecer a Grécia, ir a Atenas, ver de perto o Partenon... – dizia a jovem de forma sonhadora.

- Tenho certeza que um dia Inuyasha a levará para conhecer este e outros lugares. – disse InuTaisho esboçando um sorriso para seu filho caçula e lançando uma piscadela para a jovem moça, a qual ficou ruborizada.

InuTaisho e sua esposa sempre tiveram muito carinho por Kagome, desde quando a jovem se tornou amiga de seus filhos quando ainda eram pequenos. Ambos sabiam que Inuyasha nutria sentimentos pela adorável moça e torciam para que acabassem se entendendo e ficando juntos, o que aconteceu no final do colegial deles. Há exatos 2 anos assumiram um relacionamento, e, segundo os mesmos, estão muito felizes e satisfeitos em estarem juntos.

Izayou e InuTaisho torcem agora para que este relacionamento se converta em casamento logo e que este matrimônio lhes gere muitos netos, por isso, sempre que possível, fazem comentários sugestivos e indiretas para o jovem casal.

- Ah! Também passamos pela Turquia, Istambul é magnífica e na cidade de Pamukkale visitamos uma montanha de bacias criadas pelo, o quê era mesmo que o guia disse? – a mulher perguntava para seu marido.

- Eram criadas pelo calcário.

- Isso mesmo, e formou ali centros termais. Simplesmente um local maravilhoso e delicioso de se banhar. – finalizou Izayou cheia de empolgação.

- Papai me disse que se hospedaram uns dias em Dubai? – indagou Sesshoumaru pela 1ª vez participando da conversa.

- Ah sim, ficamos no Burj Al Arab. – respondeu a matriarca de forma orgulhosa.

- Não é este o único hotel 7 estrelas do mundo? – indagou Inuyasha.

- Sim sim, é este mesmo! – respondeu a jovem senhora toda satisfeita. Kagome ficou pasma, - a diária naquele hotel deveria custar uma fortuna! – pensou a moça.

- O hotel merece todas as 7 estrelas, se me permitem dizer. – comentou o patriarca – O serviço deles é simplesmente impecável e o hotel, bem, nunca vi algo tão esplendoroso!

Depois de conversarem durante mais algum tempo, Sesshoumaru e Kagome fazem menção de ir embora devido ao horário que já se mostrava tarde.

- Nada disso Kagome, hoje você dormirá aqui ...- disse Inuyasha enquanto abraçava a moça e beijava-lhe o pescoço - ...comigo. – finalizou em um sussurro ao ouvido da morena, o que a fez ruborizar-se na frente de todos da sala.

- Aqui estão, Sra Taisho. – disse Kaede enquanto trazia vários pacotes e sacolas para aquele aposento.

Izayou começou então a distribuir vários presentes que ela e seu marido haviam comprado na viagem para seus filhos. Presenteou Kagome também, com perfumes, jóias e tecidos finos, o que deixou a morena maravilhada. Inuyasha e Sesshoumaru também ganharam vários presentes e pequenas lembranças – "quinquilharias" – como pensava Sesshoumaru.

- Aqui querido, este é o último. – disse a matriarca enquanto entregava um embrulho ao youkai – Comprei-o no Bazar Egípcio em Istambul, na Turquia.

Sesshoumaru abriu o embrulho e dentro havia uma espécie de garrafa toda ornamentada. Era feita em um tipo de vidro em tom violeta e havia detalhes em toda sua extensão na cor dourada. Era "gordinha" na parte inferior e afinava conforme subia até o seu gargalo, não havia qualquer tipo de alças em suas laterais e possuía uma tampinha no mesmo tipo de vidro que fechava a garrafa como se fosse uma rolha. Parecia estar vazia. Ao ver o objeto, Sesshoumaru automaticamente olha para Izayou com a sobrancelha arqueada como se esperando uma explicação.

- Não sei por que, mas quando vi este objeto eu tive que comprá-lo pra você!

O youkai nada respondeu ao comentário da mulher, apenas ficou analisando o objeto. Como que instintivamente, levou a mão até a tampa para abri-la, aquela garrafa o intrigava. Ao abri-la, percebeu que realmente estava vazia e pôs-se a analisar os detalhes externos da mesma, parecia ter sido "lapidada" por um mestre na arte de fabricar vidros e cristais. De repente olhou para frente e foi surpreendido pela figura de uma bela moça que parecia ter aproximadamente 1,70 de altura e estar na faixa de seus 18/19 anos, ela vestia calças em tecido transparente em tom rosa, sapatos bicudos e engraçados na cor dourada, um pequeno top em rosa mais escuro e por cima do top havia um pequeno colete em dourado, a combinação deixava sua barriga á mostra e evidenciava a sua cintura bem delgada; usava os cabelos negros amarrados em um alto rabo-de-cavalo que era preso com uma espécie de lenço e havia, o que pareciam ser jóias, ornamentando ali também, em seu rosto havia um pequeno lenço em tecido rosa transparente como a calça que usava, deixava apenas seus olhos à mostra – este lenço era ligado/preso com algo que parecia uma correntinha que era presa ao rabo-de-cavalo da moça -, possuía jóias em seu pescoço e pulseiras nos braços.

- Acredito que seja meu novo amo*. – disse enquanto olhava para um bonito homem de cabelos prata e olhos dourados que se encontrava sentado à sua frente. Ao vê-lo arquear a sobrancelha em sinal de confusão continuou – Vejo que segura a garrafa aberta – indicou o objeto com um movimento de cabeça, o que fez o youkai olhar para o objeto em suas mãos.

Sesshoumaru ficou sem entender nada por uns instantes, então pensou que aquela jovem poderia ter sido trazida da viagem por seus pais, e que o comentário dela não passava de uma mera brincadeira para confundi-lo.

- E quem é esta garota? Não me digam que ficaram com o coração mole e adotaram uma estrangeira carente. – indagou para seus pais mas sem tirar os olhos da moça.

Todos olharam para o "ponto" em que Sesshoumaru parecia ter seus olhos fitos e nada viram.

- Adotamos quem? Do que está falando Sesshoumaru? – questionou Izayou ao perceber que o youkai continuava a encarar algo.

- De que moça está falando filho? – dessa vez foi questionado por InuTaisho.

- Feh, esse baka deve estar querendo chamar atenção...

- Inuyasha! – foi repreendido por Kagome.

- Estou falando desta garota em minha frente. – respondeu Sesshoumaru ainda sem desviar o olhar da bela jovem e sem dar atenção ao comentário de seu "irmão".

Todos voltaram a olhar para o ponto que o youkai apontou e nada viram.

- Caro amo, eles não podem me ver. – respondeu a moça dando uma rápida olhada ao seu redor.

Para a moça, parecia que algo estava errado, seu amo não parecia esperar por sua aparição, o que era muito estranho, os amos anteriores sempre a recebiam com tanta euforia...

- Não há ninguém aqui Sesshoumaru. – Izayou respondeu de forma calma enquanto se aproximava de seu primogênito, sentou-se a seu lado. – Está tudo bem querido? Sente alguma coisa? – questionou-o preocupada já com a mão em sua testa para ver se o rapaz apresentava febre, o que fez o youkai voltar sua atenção para a jovem senhora a seu lado.

- Estou ótimo Izayou. – disse simplesmente.

- Eu sabia que se continuasse trabalhando tanto ficaria doente, eu sabia... – lamuriava a mulher.

A moça que saíra da garrafa parecia curiosa com aquele ambiente onde estava, começou a andar pelo aposento, observava as pessoas ali, os objetos que compunham aquela decoração, até que algo lhe chama a atenção.

- Mas o quê é isso? – indagou enquanto olhava de perto as fofas orelhas de Inuyasha – Que kawaii! – disse ao tocá-las.

- Ei Kagome! – resmungou o hanyou.

- O que foi Inuyasha?

- Você sabe que não gosto que pegue nas minhas orelhas!

- Mas eu juro Inu que não fiz isso.

- Estranho, senti alguém pegar nelas... – falou o hanyou de forma pensativa sem notar que era observado por Sesshoumaru.

O jovem youkai não conseguia entender o que estava acontecendo, nada parecia fazer sentido. Será que estava tão cansado que já estava tendo alucinações? Seria aquilo um delírio? Um presságio de que realmente estava doente e quem sabe estivesse já em fase terminal? (N/A: nossa, que exagero! Rsrs). Bom...conhecendo sua madrasta como conhecia, ela acabaria pedindo para que dormisse ali, e antes que isso acontecesse resolveu manifestar-se.

- Bom...preciso ir pra casa, já está bem tarde. – disse o youkai já se levantando como se nada tivesse acontecido.

- Querido, acho melhor que durma aqui está noite, não me parece que esteja muito bem. – argumentou a jovem senhora.

- Está tudo bem Izayou, só preciso ir para casa descansar.

- Bom querido, se está dizendo. – disse a mulher sem acreditar nas palavras de seu filho.

Sesshoumaru apenas assentiu-lhe em resposta enquanto observava mais uma vez o objeto em suas mãos. Fez menção de fechar a garrafa e ouviu alguém dirigir-lhe a palavra.

- Não a feche antes de eu voltar para dentro! – ouviu-a dizer essas palavras e de repente desaparecer numa cortina de fumaça branca e esta entrar na garrafa, olhou pro objeto mais alguns segundos e então o fechou.

O youkai despediu-se de todos e seguiu com seu carro até seu apartamento. Durante todo o percurso seus pensamentos se mantiveram nos acontecimentos daquela noite, principalmente no fato de, aparentemente, ter tido um delírio, uma alucinação de uma linda mulher que trajava vestes que lhe lembrava uma odalisca.

Chegou em casa, deixou os presentes que havia recebido de seus pais em cima da mesa da copa e seguiu para seu quarto levando apenas um objeto consigo, a garrafa violeta adornada em dourado. Depois de tomar outro banho para tentar relaxar, colocou a calça de seu pijama e sentou-se na cama, encarava o objeto que jazia em seu criado, tentava compreender o que presenciara na casa de seus pais e saber o que estava acontecendo consigo. Será que havia realmente enlouquecido? Mais uma vez passou-lhe pela cabeça a hipótese de estar sofrendo de alguma doença. Parecia que quanto mais pensava, mais confuso ficava. E duas frases ficavam martelando em sua mente:

- "Acredito que seja meu novo amo."

- "Não a feche antes de eu voltar para dentro!"

Movido por seus pensamentos, o youkai tomou a garrafa em mãos e depois de observá-la por um momento, levou sua mão esquerda até a tampa da mesma e hesitante tocou-a.


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