Mckinnon Rules. escrita por math e


Capítulo 1
Mc




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McKinnon's Rules
Capítulo 1.
Mc.

Em 1902, no estado de Virginia, James Potter e Lionel Black, primos, fundaram a cidade de Rich Hills, no estado de Virgínia, nos Estados Unidos. Eles eram melhores amigos desde a infância e moravam na Califórnia. Foram expulsos, juntamente com a sua família, de lá pelo governo por razões políticas. E encontraram nesse estado um bom lugar para viver, formando assim a famosa cidade.

Vocês já repararam como livros de História são mentirosos? Quer dizer, nós não podemos acreditar em tudo que nos é passado na escola. A escola é um lugar de mentiras, todo mundo sabe disso. De qualquer forma, Rich Hills não é o melhor lugar para se viver. James e Lionel deviam estar muito, mas muito drogados quando decidiram fundar essa cidade. Viu só, mais uma evidência que livros de História não são confiáveis.

- Poderia prestar atenção na aula pelo menos uma vez, Srta. McKinnon? – indagou a Sra. Goulding, dando uma parada (inconveniente, não?) na sua interessantíssima aula sobre a fundação da cidade. – E faça o favor de ficar calada, não me venha com as suas respostas mal-educadas.

Bem, a senhora pediu. Lancei um sorrisinho tímido e fiquei encarando-a, do jeitinho que ela queria. O sino tocou e, lógico, ela pediu para falar comigo. Realmente eu não sei por que ela se importa tanto comigo.

- Como é que é?

A Sra. Goulding lançou um sorrisinho insatisfeito para mim. O formulário estava na minha frente – isso tudo não era uma piada – e meu coração batia a mil por hora. Eu tinha sido uma das poucas escolhidas em toda a escola para se inscrever, gratuitamente, para a Universidade de Yale.

Com o formulário na mão e o sorriso maior do mundo, atravessei o corredor em direção ao meu Porsche 2000, estacionado perto da saída da escola. Os meus colegas me olharam confusos. Olhei para eles com um sorriso imenso. Meu caminho foi interrompido por uma garotinha magra e de cabelos tão perturbadores quando um copo de sangue: Lílian Evans.

- Que bom para você. – murmurou ela, com um tom amargurado, entrando no meu Porsche. Iria dar uma carona para ela até a sua casa. – Já acharia de bom grado se eu fosse aceita em qualquer universidade.

- Olha, se você quiser descobrir quem está por trás do roubo da sua guitarra você vai ter que me dar mais detalhes. Infelizmente, eu não tenho poderes sobrenaturais para descobrir o que aconteceu com ela.

- Eu sei. – comentou ela, ainda amargurada, e ficou calada durante todo o percurso até a sua casa. Finalmente, quando chegamos lá, ela resolveu se pronunciar. – Eu vou ter uma reunião com as meninas. A gente já está parada faz duas semanas. A gente se fala depois.

Assisti Lílian fazer o seu caminho e segui. Ela fazia o tipo roqueira. Ela tinha uma banda de rock. Não aqueles rocks pesadões, nem algo muito no estilo emo. Era aquelas bandas boas de se ouvir – principalmente quando você está extremamente feliz ou quando você está na fossa.

Só que Lílian sem a sua guitarra não era nada. E se ela não descobrisse o que aconteceu com a sua guitarra, ou qual o seu paradeiro, provavelmente ela seria expulsa da banda.

Que sorte que ela tinha uma amiga metida a detetive e super inteligente. Não, eu não estou falando da Kelly Mouthwash, e sim da linda e maravilhosa e honesta e super modesta Marlene McKinnon.

Dei uma risada para mim mesma e estacionei perto da Brownie Empire.

Bem, vamos agora à minha trágica história de vida. Não tão trágica. Eu não estava no Haiti, nem no Chile quando aconteceram os terremotos. Mas é uma longa, longa história que pode ser resumida brevemente.

Era uma vez um homem chamado Jake McKinnon. Morava na Escócia. Um dia, uma misteriosa mulher apareceu na sua cidade. Eles começaram um tórrido caso de amor. Brincadeira vai, brincadeira vem, e cá estou eu.

A mulher? Desapareceu depois de dar a luz a mim. Logo mais meu pai descobriu que ela tinha lhe informado uma falsa identidade. E que era não era nada daquilo que ela dizia ser. Mas ele ainda estava apaixonado por ela. Claro. Típico da vida: o homem bom se apaixona pela safada que o abandonou.

E como o ditado diz, "ninguém segura um homem apaixonado". Ele contratou um detetive particular para rastrear a tal mulher. Demorou. Mas após oito anos, ele finalmente conseguiu encontrá-la em um lugar: nada mais nada menos que Rich Hills.

Então, ele gastou todo o dinheiro vindo para cá e pagando o detetive, com a sua pequena filha de oito anos. E quando chegou aqui, descobriu que tinha sido enganado pelo detetive... e aí nós acabamos ficando aqui, pobres e totalmente sem rumo.

Eu não sabia de nada dessa história. Aliás, eu era uma menina feliz. Muito feliz. Eu tinha tudo que eu precisava para ser feliz: eu tinha amigos, tinha um pai que me amava e que eu amava muito. Até que chegou o ensino médio e tudo começou a desandar. Dos meus amigos, poucos restaram. Comecei a sentir falta de uma mãe. E toda a história do detetive golpista veio à tona, e também sobre a minha mãe.

Sempre gostei de mistérios. Os crimes na TV me empolgavam, desde que eu comecei a assistir filmes e telejornais. Era como o destino: criminologia estava traçado para mim. E no dia que eu descobri tudo sobre a história dos meus pais, decidi duas coisas na minha vida.

Um – eu seria uma detetive, mas uma detetive tão boa e tão superior ao filho da puta que abusou da boa vontade do meu pai, que eu ia esfregar isso na cara dele.

Dois – eu encontraria a minha mãe, custasse o que fosse, não importa o quanto demorasse.

E cá estou eu, com um formulário, prestes a ir para a minha tão sonhada Yale, onde eu me tornaria uma detetive muito foda, ficaria muito rica para ajudar o meu pai e encontraria minha mãe.

Bem, quando nós chegamos aqui, estávamos sem nada. Minha avó teve que mandar alguns suados dólares direto da escócia e conseguimos comprar um apertado apartamento em um pequeno condomínio de cinco apartamentos. Vasculhando algumas receitas na Internet, meu pai descobriu uma receita de brownie e resolveu vender. Surpreendentemente, os brownies fizeram muito sucesso e assim surgiu a Brownie Empire. E é dessa pequena loja no centro da cidade que eu e o meu pai vivemos.

- Você NUNCA vai adivinhar pai! – exclamei ao entrar na charmosa loja de brownies. – Yale está mais próxima do que imaginamos!

Ele deu uma olhada cuidadosa no formulário e depois, gritando pela cozinha "essa é a minha filha!", me deu um abraço bem apertado. Para comemorar, comemos um brownie. HAHAHA. Típico.

- Você merece muito mais do que um brownie. – comentou ele, extremamente animado. – Hoje nós vamos jantar fora. Em um restaurante caro. Eu e você, mais tarde, no Hills.

xxxx

O Hills era o restaurante mais luxuoso de todos os restaurantes luxuosos de Rich Hills. Era o lugar que os "ricos do morro", como se costumava chamar os mais ricos da cidade, costumavam freqüentar. E é claro que os McKinnon não costumavam ir a esse lugar.

- Dá pra acreditar? – comentei ironicamente, enquanto entrava no restaurante com o meu pai. – Os McKinnon vão dominar essa cidade, yeah!

- Próximo passo: dominar o mundo! – berrou ele, rindo. Ri também. Ao entrarmos no restaurante, um homem de terno veio ao nosso encontro. – Uma reserva em nome de Jake McKinnon, por favor.

O homem hesitou um por um segundo e então, com uma cara de desculpa, se dirigiu a nós com a maior educação possível.

- O senhor vai ter que me desculpar, mas o prefeito, Sr. Black, fechou o restaurante para a sua festa de noivado. Nós não fizemos reservas nenhuma hoje, deve ter acontecido algum mal entendido.

- Isso é um absurdo, sabia.

Estava revoltada. Não conseguia acreditar que na primeira vez que nós íamos fazer parte da elite (tá, fazer parte é um exagero, mas pelo menos agir como se fôssemos), fomos impedidos pelos bostinhas dos Black! Argh.

O telefone do meu pai começou a tocar. Do nada, ele parou quando o meu pai conseguiu encontrá-lo no bolso. De repente, correndo, vinha Lily, na direção do nosso carro. Meu pai começou a ligar de volta para a pessoa.

- Eu já sei! – exclamou ela, com um sorriso no rosto. – Já sei quem pode ter roubado a minha guitarra!

Esse momento foi bem estranho. Não soube bem o que aconteceu. Meu pai, de repente, caiu no chão. Lílian e eu nos abraçamos. O susto foi grande, mas o estrondo foi bem, bem maior.

As pessoas começavam a gritar e a sair do restaurante, desesperados. Vários rostos conhecidos estavam com uma expressão inexplicável. Meu pai chamou ambulância, polícia, bombeiro, e pra tudo que tinham direito. Alguns olhos começavam a chorar. Uma enorme onda de desespero soou no ar.

O restaurante na frente de Lílian e Marlene pegava fogo. Uma explosão tinha acabado de acontecer. O clima ficou teeeeenso!


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Notas finais do capítulo

comentários são muito estimuladores, só digo isso :x



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