Lembranças Problemáticas escrita por Hayashi Naomi, Hana Lynn


Capítulo 1
Costas Largas


Notas iniciais do capítulo

Well, essa fic foi escrita a mó tempão atrás.
Resolvemos postá-la porque ela é um 'marco' da nossa união como Ficwriters! ;D

xD

Esperamos que gostem! ^^'



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O sol começara a aparecer no horizonte banhando Konoha com seus raios, mostrando que o dia que nascia seria quente e claro. Um fato que não desagradaria ninguém, a não ser uma certa kunoichi de Suna, que foi acordada por causa de um importuno raio de sol que teimava em refletir sobre seus olhos.
Aos poucos Temari foi abrindo os olhos, protegendo-os da claridade com as mãos. Ela detestava acordar daquela maneira, espreguiçou-se e virou de costas para a janela, olhando para o lugar a sua frente.
Não pode evitar o sorriso que se formou em seus lábios, e acabou lembrando-se de como tudo aconteceu.

Flashback

O dia estava claro, e fazia bastante calor. Como era irmã de Gaara, foi destinada a ir ao enterro de Sarutobi Asuma, representando o Kazekage.
Não estava com vontade de ir, mas como Asuma fazia parte dos Doze Guardiões Ninjas, seria indispensável a presença do Kazegake, ou de alguém que o representasse.
De repente, lembrou-se de que ‘certo alguém’ com certeza estaria lá, e sentiu um estranho aperto no peito ao pensar em como este ‘certo alguém’ deveria estar triste. Afinal, ela sabia que um bebê chorão como ele, não era bom para lidar com perdas.
Balançou a cabeça para afastar tais pensamentos, pois estava chegando a Konoha, e agora era a representante do Kazekage. Não era hora para se preocupar com detalhes bobos.
Chegara à hora do enterro, a aura de tristeza era quase palpável de tão intensa. Até ela mesma, que nunca fora do tipo sensível e sequer conhecera o falecido, sentia-se triste. Era triste pensar que Asuma deixara para trás Kurenai e seu filho, sem nem dizer um último adeus.
Procurou Kurenai com os olhos, para lhe falar uma palavra de carinho, para demonstrar o que sentia. Andou um pouco, e acabou encontrando outra pessoa. Mais precisamente, Ele.
Não muito longe, mas afastado de todos, Nara Shikamaru chorava desolado, sentado junto a uma árvore, com um cigarro em uma das mãos.
Naquele momento, chegou à conclusão de que nada poderia consolá-lo, mas decidiu falar com ele. Entendia o que ele sentia. Ou gostaria de entender.
Calmamente caminhou até ele, que pareceu nem notar a sua aproximação. Pelo menos até começar a falar.
-Continua o mesmo bebê chorão de sempre, né Shikamaru? – disse ela, no fundo sentia vontade de abraçá-lo, de dizer algo confortante. Ela estava com pena, mas nunca admitiria isso a ele.
-Problemática! É a fumaça do cigarro que me faz chorar. –respondeu ele sério, enquanto secava as incessantes lágrimas que corriam pelo seu rosto.
-E desde quando você fuma, hein? –perguntou, apesar de já imaginar o motivo de tal mudança.
-Desde que esta se tornou à forma de ter meu sensei comigo. – respondeu ele, agora com as lágrimas já contidas.
Ela se sentou ao seu lado, também junto à árvore.
-Seu sensei está morto, e isso não o trará de volta. – apesar das palavras frias, Temari sentia-se preocupada.
-Eu sei disso... – foi só o que ele respondeu.
Ficaram em silêncio por algum tempo. Temari, olhando para as pessoas que levavam flores para Asuma, e Shikamaru, olhando triste para o cigarro em suas mãos, que agora estava relativamente pequeno.
-E agora, o que você pretende fazer? – perguntou ela, já temendo a resposta.
-Vou vingar a morte do meu sensei. Mesmo que isso leve a vida toda. – respondeu ele.
Ficou olhando para Shikamaru por alguns segundos, e de repente uma nova lágrima começou a cair. Ela viu em sua face uma expressão determinada. Acreditou que ele fosse mesmo fazer aquilo.
-Mas isso não faz seu estilo. – acrescentou serenamente.
-As pessoas mudam. – disse ele.
Shikamaru apagou o cigarro e o guardou em sua própria mão. O garoto levantou com cuidado e saiu andando. Parecia que não tinha destino.
Ela ficou preocupada, mas decidiu não fazer nada. Onde será que ele iria daquele jeito?
Ele continuava andando, agora bem mais distante. Temari percebeu que ele estava mais alto. Mais adulto também. Nara Shikamaru havia crescido.
Ficou observando-o até que ele desaparecesse no horizonte.
-Desde quando ele tem as costas tão largas? – perguntou para si mesma. *



Fim do Flashback


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Notas finais do capítulo

* No Japão, as mulheres consideram um homem de verdade aqueles com costas largas. Em outras palavras, a Temari quis dizer: "Desde quando ele parece tão maduro?". [/explicaçãotiradadoFullMetalAlchemist]

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(y)