Como Um Sonho

“He gave her a dozen of flowers. 11 real and 1 fake. And he said ‘I’ll love you till the last one dies’”

Ele era loiro. Alto. Musculoso. O galã de cinema. Mas, por mais incrível que pareça, ele não era namoradeiro. Era super fiel. Super romântico. O namorado perfeito. O garoto de todos os sonhos. E, quando ele veio falar comigo, foi o que eu sempre sonhei.

-Olha, uma rosa no chão. - ele se abaixou. - Aqui, pra você. - um silêncio constrangedor. - Tem mais uma ali? Ou é só impressão? - ele passou o braço na minha cintura e me puxou com ele atrás da outra rosa vermelha.

Cada vez apareciam mais rosas e eu não sei porque, mas achava que ele havia deixado-as lá. E a cada uma que me dava, íamos nos conhecendo melhor. Já estava começando a escurecer e eu tinha 10 rosas nas mãos. Sorri olhando para meu buquê.

-Mais uma. - ele pegou e se sentou. Sentei-me ao seu lado e olhei para frente. O sol estava se pondo e estávamos num morrinho. Se descêssemos o morro, estaríamos na praia. Coloquei as flores no chão e me puis a olhar o sol. Ele chegou mais perto de mim, apoiou sua mão no chão atrás das minhas costas e colocou sua cabeça no meu ombro. 

O sol sumiu atrás das ondas e nos olhamos. Ele fechou os olhos e encostou sua boca na minha. Muito de leve. Sorri em seus lábios e nos separamos. Ele abriu um dos bolsos da bermuda e tirou mais uma rosa. Mas, ao contrário de todas, essa era branca. Colocou um cartão no meio das flores e me levou para casa. Nos despedimos e eu corri para buscar um vaso.

Coloquei na minha mesa e abri o cartão. 

“Vou te amar até que a última rosa morra.”

E só então percebi que a flor branca era falsa. Não morreria. Uma lágrima escorreu do meu olho e eu dormi sorrindo.

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É isso, querido diário. Esse foi meu sonho. Pena que não aconteceu realmente.