Imprinting a True Love escrita por diilira


Capítulo 4
Procurado




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/112674/chapter/4

Consegui dormir extremamente bem, tirando o estranho pesadelo que tive de um jovem correndo na chuva de algo estranho, não consegui ver seu rosto, pois estava chovendo muito. Eu não sabia o porquê, mas parecia que assistia a cena e queria desesperadamente ajudar o jovem a fugir da criatura. Acordei suando e com um susto levado por um raio que parecia ter caído não muito longe dali.

  -Ótimo, chuva, de novo. Não sei como as pessoas aqui permanecem secas.

  Me troquei rapidamente sem me importar com que roupa eu sairia de casa, desde que fosse quente e que agüentasse uma chuva daquelas. Sorte que meu carro estava logo a frente do meu quarto.  Tinha que arranjar algo para comer de café, antes de sair pela porta liguei meu celular e haviam 5 ligações perdidas de Billy, provavelmente nem deveria ser meu pai, deveria ser Paul perguntando onde estou e provavelmente Billy não tinha dado meu recado a ele... Ok, pelo menos metade, tirando a parte de que falei para ele “ficar longe de mim”, a parte mais importante do meu recado.

  Tentei não pensar nisso quando saí do quarto, e a chuva cessou imediatamente.

  -Ótimo.

  Mas eu não me dei o trabalho de voltar e tirar todas as minhas mudas de roupa, entrei no carro e dei a partida fazendo barulho nas pedrinhas abaixo do automóvel. Não liguei o rádio, queria pensar um pouco na loucura que foram meus 2 dias anteriores. Muita loucura para uma pessoa que só tem 21 anos. Respirei fundo e comecei a olhar para os lados a procura de alguma lanchonete. Achei uma tal de Forks Coffe Shop óbvio.  Estacionei bem em frente ao local e me alimentei lá mesmo, a comida não era a das melhores, mas era o suficiente.

  Meu celular ligou, era meu pai, outra vez.

  -Pai. – atendi nervosa – Só vou até aí se o Paul não estiver.

  -Ele não está aqui, pode ter certeza disso. – era Leah

  -Ah, Leah. Desculpe pelo... Mau jeito. Não estou de bom-humor hoje.

  -Percebi. Então... O Billy tá perguntando quando você vai vir para cá.

  Eu revirei os olhos.

  -O Paul está aí?

  -Rachel, evitá-lo não impede o Imprinting, sabia? Vai ficar evitando-o pelo resto da vida?

  -Não, mas eu posso muito bem fazer isso.

  Leah deu uma risada.

  -Acho que isso não é possível. Aposto que tem alguma coisa te prendendo em Forks, alguma coisa que você não consegue entender, certo?

  Ah, droga, ela havia percebido. Eu fiquei calada.

  -É o Imprinting. – ela falou – Ele te afetou... Bem, de algum modo.

  -Como você sabe? – perguntei relutante

  -Você já teria partido se não tivesse afetado.

  Eu ainda tentei enrolar.

  -Você já pensou que talvez eu queira muito mesmo querer passar um tempo com a minha família?

  Ela pareceu não acreditar.

  -Aham, sei.

  -Ah, mas claro que não será possível porque o meu irmão caçula está preso em um sentimento por um cadáver chamado Isabella Swan e meu pai está prendendo um lobo gigante obcecado por mim.

  -Não teria acontecido se você ao menos tentasse sentir algo mais forte pelo Paul.

  -Você está apoiando a causa Imprinting agora? Pensei que fosse contra.

  -E eu sou. Acontece que isso está magoando o seu pai.

  Eu nunca havia pensado nisso.

  -Ele leva as lendas a sério demais. – falei

  -Acontece que já não vivemos mais no mundo das lendas, Rachel.

  Ela estava certa, eu bem que daqui a pouco começaria a acreditar em bruxos e castelos mágicos.

  -Ele não pode me obrigar a ficar com o Paul. – falei depois de relutar

  -Te obrigar, não. Mas ele pode estar te dando uma chance para ter uma vida feliz.

  Eu respirei fundo e fiquei pensando durante um minuto, Leah também não disse nada.

  -Ok. – falei – Avise ao meu pai que estou indo para aí. Mas não para ficar! Eu vou voltar para o Hotel à noite.

  -Ok, pode deixar.

  -E diga a ele que se quiser falar comigo, que ele mesmo ligue, não que mande você ligar.

  Ela deu uma risada.

  -Tudo bem.

  E desligamos.

  Eu realmente não sabia se era uma boa idéia ir à reserva e correr o risco de ver Paul. Mas se isso alegrasse Billy, eu faria.

  Ao sair da lanchonete tomei a estrada que levava para a reserva.

  Desta vez, eu liguei o rádio. Tinha que me acostumar com coisas malucas e pelo menos, esquecer que o mundo já não é a mesma coisa que antigamente, não ao meu ver.

  Estava perto da Reserva quando um papel voou sobre o pára brisas do meu carro e eu freei tomando um susto.

 Respirei fundo e depois olhei direito para o papel grudado no vidro bem a minha frente.

  Era aquele vampiro, Riley. Mas na foto ele não parecia nada assustador em comparação com o que eu vi na casa dos Cullen. Ele estava sorridente e parecia mais... Vivo. Acima da foto estava escrito “Procura-se” abaixo seguia seu nome, algumas informações e um número a que ligar caso encontrassem-no.

  Eu me lembrei dele como um flash: eu conhecera Riley antes de se tornar vampiro. Eu estava em Seattle com umas amigas em um bar comemorando as férias da faculdade quando eu o vi com seus amigos. Ficamos trocando olhares por toda a noite, mas quando eu finalmente tive coragem de ir falar com ele, Riley saiu do bar. 2 minutos depois eu saí para procurá-lo, mas eu não o encontrei em nenhum lugar.

  Era triste saber que ele tivera esse destino tão cruel.

  Eu resolveria isso depois, precisava ir ver Billy e pedir desculpas pelo jeito como ando agindo. Tirei o papel do pára brisas, guardei no carro e retomei a estrada.

  Antes de estacionar o carro em frente à casa de Billy me certifiquei de olhar para os lados a procura de algum lobo gigante ou, se eu tivesse a grande sorte – irônica -, Paul.

  Eu não precisei bater na porta, havia um bilhete com a letra de Jacob:

  Rachel, se passar aqui, estamos na casa da Sue Clearwater. Ela quer muito vê-la.

  Ass. Jake

   Não me lembrava de onde era a casa de Sue. Eu e Leah costumávamos brincar de boneca lá, mas isso faz anos, como Jake esperaria que me lembrasse disso!?

  -Eu te levo lá.

  Eu me virei com um pulo.

  -Paul. – falei com desgosto me recuperando

  -Te assustei?

  -Não, não, eu só estava treinando para quando eu souber que existem fadas. – caçoei

  Ele deu uma risada presa.

  -Eu te levo até a casa dos Clearwater.

  -Não precisa. Eu sei me virar.

   Eu me desviei dele e fui andando até uma pequena relva que levava para a floresta.

  -Tem certeza que quer entrar na floresta sozinha?

  -Oh, como se um coelho assassino fosse me matar. – caçoei mais uma vez.

  -Ficaria surpresa.

  Ele começou a me seguir e eu me virei para ele.

  -Não preciso de cão de guarda.

  Mas ele não me escutou e agora estava andando na minha frente.

  -Você vem ou não?

  Relutei um pouco bufando e depois o segui resmungando.

  -Não pense que estou levando isso numa boa. – disse a Paul

   Ele sorriu.

  -Entendo. Você está me evitando.

  -Não, não estou. – menti descaradamente

  Ele deu uma risada. 

  -Sim, está. Está querendo fugir do Imprinting.

  -Não tenho que fugir do que não existe.

  -Você não acredita?

  -Não. Isso é só uma paixãozinha momentânea que logo, logo você esquecerá. Quando eu voltar para Washington.

  -Você... Vai voltar para Washington?

  -Eu tenho que voltar, eu faço faculdade lá.

  -Se não estivesse fazendo faculdade... Você ficaria?

  -Olha, Paul. – falei me virando para ele – Acontece que... Eu não quero que você crie esperanças comigo. Você vai achar uma garota legal que te ame tanto quanto você irá amá-la, mas comigo não vai ser assim.

  -Por que você não... Tenta?

  -Tentar o quê? Ter uma coisa que eu sei que nunca irá acontecer? Olha, saber que existem lobos gigantes e vampiros foi um baque e tanto para mim, e agora essa coisa do Imprinting... É muita coisa para pensar.

  -Então você acredita.

  -Acredito em quê?

  -Na magia do Imprinting.

  -Não!

  -Mas você acabou de falar que...

  -Eu tenho que pensar nisso, ok? Quero dizer... Vampiros e lobos gigantes são coisas materiais, essa coisa do Imprinting nem dá pra ser vista!

  -Dá sim. Ser vista, sentida e ouvida.

  Ele pegou a minha mão e colocou-a sobre seu peito, eu pude sentir seu coração batendo muito forte e o calor de sua pele.

  -Vê? Eu ainda sou humano. – ele disse

  -Eu não me importo com o fato de você ser um lobisomem, Paul. É que... Eu só preciso pensar nessa situação maluca. Agora por favor, só me leve para a casa da Sue.

  Eu arranquei a minha mão da sua e voltei a andar pela floresta, com ele a tiracolo.

  -Então, quanto tempo irá ficar em La Push?

  -Não sei.

  O resto do caminho foi silencioso, quando chegamos a casa de Sue olhei para uma placa presa a frente escrita VENDE-SE. Paul nem sequer bateu na porta, Leah saiu quase que saltitante de lá indo correndo me abraçar.

  -Estou tão feliz de te ver novamente, Rach. – Disse ela quase me sufocando com seu calor de lobo.

  -Ai, ai. Tá, esqueceu que eu sou humana? – falei sufocada.

  Ela me soltou sem jeito.

  -Desculpe.

  -Também estou feliz em te ver, Leah. – disse Paul antes de entrar na casa

  Leah lhe lançou um olhar mortal e depois voltou a sorrir para mim.

  -E... Rach? – perguntei – Não me chamam assim desde... A 8ª série.

   Ela assentiu para casa e quando entrei vi todos os membros da alcatéia, Paul havia se sentado ao lado de Quil quando cheguei na sala.

  -E aí, Rach!? – disse Jared animado com a boca suja de biscoitos

  -Mais educação, Jared. – reclamou Seth

  -Mais educação, Jared. – repetiu Jared com tom sarcástico.

  Seth revirou os olhos.

  -Oi, Jared. – falei com um sorriso.

  Jared começou a caçoar com Seth e Jacob disse:

  -O papai está na cozinha com a Sue.

  -Eu vou ficar aqui com os meninos. – disse Leah

  Assenti para ela e fui para a cozinha.

  -Ah-meu-deus! – exclamou Sue Clearwater me abraçando – Rachel, querida, como você está grande!

  Ela me soltou e meu pai quase chorava de tanto rir.

  -É, um dia eu tinha que crescer, não é? – falei com um sorriso

  Sue deu uma risada.

  -E, pelos ancestrais, como você está linda!

  -E você, então, está ótima! Harry é muito sortudo por ter você.

  O sorriso dos dois desapareceram na hora, Sue olhou para Billy e eu fiquei sem entender.

  E então eles me contaram a história enquanto Sue me servia um copo de chocolate quente. Quando terminaram, eu nem havia tocado em minha bebida, e ela estava gelada agora.

  -Isto... É terrível. Como a Leah e o Seth estão lidando com isso? – perguntei

  -O Seth absorveu a idéia muito bem, apesar de seu desejo de vingança ser cada dia maior. – disse Sue – E a Leah... Ela tem tantos problemas... Eu não sei o que fazer com ela.

  -Ela não me falou nada sobre a morte dele.

  -É... ela não gosta muito de falar sobre seus problemas.  Mas estou feliz que esteja de volta, você foi à única que conseguiu trazer o sorriso de volta ao rosto dela.

  Eu olhei para o meu pai e depois abaixei o olhar para a minha xícara de chocolate gelado.

  -O quê? – perguntou Sue sem entender

  -É que a Rachel... – disse Billy – Ela não pretende ficar aqui.

  -Como assim? – perguntou Sue me olhando com a voz aparentemente abalada.

  -Eu preciso terminar a minha faculdade em Washington. - falei com cautela

  -Ah, claro Rachel, querida. – ela disse com o tom mais doce do mundo

  Ficamos um tempo sem falar até que eu disse:

  -Eu vi uma placa lá na frente, Sue. Você... Quer vender a casa?

  -Ah, é. Estamos vivendo faz muito tempo aqui. Precisamos de uma nova casa.

  -Quer dizer... Deixar La Push?

  -Não, não, Rachel, querida. Vamos para Forks.

  Billy sorriu quando ela disse isso.

  -Estou com um pressentimento de que perdi alguma coisa. – falei sorrindo para ela

  Ela ficou vermelha.

  -Bem, não é nada tão sério assim... – ela disse envergonhada

  -Ah, é sério sim, já vai até morar com ele. – caçoei – Vai faltar um passo para se casar.

   Ela não falou nada ainda envergonhada.

  -Vamos, Sue, você tem que seguir em frente, ninguém está te culpando por isso. – disse Billy

  -Eu sei, mas...

  -Ok, quem é ele? – perguntei interessada.

  Ela exitou em falar, mas meu pai foi mais rápido:

  -Charlie Swan.

  -Swan? – perguntei surpresa e assustada – O... Pai da Bella? A vampira?

  Sue assentiu.

  -Sue, você não consegue viver sem emoção na vida, não é? – voltei a caçoar, mas eu estava seriamente preocupada com a minha mãe postiça.

  Ela sorriu para mim.

  -E enquanto a você? – perguntou – Paul, não é?

  Eu revirei os olhos.

  -É.

  -Ele é um bom rapaz.

  -Mas nós não temos nada.

  -Ok, se você diz.

  -Mãe! – gritou Seth da sala – Precisamos de mais biscoitos! O vira-lata do Jared comeu todos!

  -Estou indo! – ela disse indo até o forno então ela se virou para mim – Eu já volto.

  Ela foi até a sala e ouvi gritos de “oba!”.

  -Eu não acredito que irão vender a casa. – falei a Billy

  -Muitas lembranças para os Clearwater.

  -É tão estranho pensar em outras pessoas morando aqui.

  -Eu sei, querida. Ainda bem que a Leah não tem mais aquelas mechas roxas no cabelo.

  Eu dei risada e ele continuou:

  -Eu não entendo como uma pessoa pode deixar a filha fazer algo daquele jeito.

  Meu sorriso desapareceu e eu falei:

  -Porque acreditam que os filhos são iguais a eles, não sua propriedade.

  -Querida, não acho que seja minha propriedade, mas sou seu pai, pai solteiro. Que tipo de pai eu seria se eu te deixasse andar por aí parecendo uma vampira? Aquele estilo pode ser legal na Europa, mas não vai te levar muito longe aqui em La Push.

  -Nem todos sonham em ficar em La Push, pai.

  Billy foi para a sala com a sua cadeira de rodas e eu falei para mim mesma:

  -Alguns sonham em sair daqui.

  Fui compartilhar da felicidade da alcatéia que já estava devorando os biscoitos.

  -Onde está a Emily e o Sam? – perguntou Sue – Já liguei para eles já faz mais de 30 minutos.

  -Devem estar ocupados fazendo lobinhos. – disse Jared

   Todos os lobos deram risada.

  -Oh, que horror! – disse Sue – Que modos são esses Jared?

  Jared encolheu os ombros e voltou a devorar mais biscoitos quando Jacob se levantou.

  -Tenho que ir. – ele disse

  -Mais já? – perguntou Sue

  Todos olharam para baixo e o clima de festa havia terminado.

  -Oh, eu me esqueci completamente, Jacob querido. – ela disse

  -Não faz mal, Sue. Eu não a culpo.

  -Espere, Jake. – disse Seth se levantando também – Eu vou com você!

  Sue pegou uma das orelhas de Seth.

  -Não, não, não, não mocinho. Assim que terminar de comer você vai.

  Sue largou a orelha de Seth, ele bufou e falou para Jacob:

  -Vai na frente, cara. 

  Assim que Jake saiu eu me virei para Billy.

  -O que foi isso?

  -Jacob vai visitar Renesmee e Bella.

   Eu assenti.

  Depois de devorarem umas 5 fornadas de biscoitos, a alcatéia ligou a TV e começou a assistir um documentário sobre lobos no Animal Planet, discordando com a maioria das coisas que o locutor falava.

  -Eu nunca que comeria um coelho! – disse Embry invocado

  -Seu idiota, eles estão falando dos lobos selvagens tipo, os lobos reais. – disse Seth

  -Mas você não pensou que eles criaram uma imagem totalmente mentirosa sobre nós?

  Seth revirou os olhos.

  Senti uma mão em meu ombro e me virei, era Sue.

  -Rachel, querida tem uma coisa que quero lhe mostrar.

  Eu assenti e ela chamou Leah também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Imprinting a True Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.