Damon respirou fundo e contou até dez. O sorriso dela ao proferir aquelas palavras era tão franco que até parecia fácil mesmo.

“Você acha que nós já não tentamos matar a Katherine?”

“Nós não vamos só matá-la, Damon. Nós vamos fazer todo o ritual. O mínimo que pode acontecer é não dar certo, mas ainda assim a gente se livra daquela peste!”

Bonnie se interessou: “Isso pode dar certo”

“É claro que pode. E se der, nós matamos dois coelhos num só feitiço.” Ela disse com um novo sorriso.

Damon imaginou se, em algum lugar, Peter Pan não estava sentindo falta de sua amiga fada! Com um suspiro, ele falou:

“Só tem um problema, Tinkerbell. Me corrija se eu estiver errado, mas toda receita precisa de ingredientes. E nós precisamos da Katherine, de uma bruxa, um vampiro, um lobisomem e uma determinada pedra lunar.”

Elisabeth apenas assentiu com a cabeça. Damon continuou.

“Como é que nós vamos arranjar um vampiro suicida, um lobisomem treinado, além de conseguir arrancar a pedra da Katherine sem que ela arranje um jeito de fugir?”

“Uma coisa de cada vez. Primeiro, o importante é nos mantermos sempre um passo a frente do Elijah.”

“Isso não é problema. Eu o matei” Damon disse, com um sorriso convencido nos lábios.

“Matou mesmo?” Perguntou Elisabeth. “Como? Você arrancou a cabeça dele, desmembrou e depois queimou?”

“Isso aí não é muito Crepúsculo, não?” Caroline riu.

“Acredite ou não, foi a única coisa certa naquele livro. Pelo menos, quando se trata de vampiros mais poderosos” Ainda não entendia como alguém poderia achar um vampiro purpurinado atraente. Se bem que se ele fosse alto, moreno e de olhos azuis...

“Enfim, se você não fez isso, tenha certeza que só conseguiu irritar o Elijah!”

“Faz sentido. Um vampiro poderoso como Elijah poderia muito bem ter feito aquele estrago no bar do Slater.” Rose ponderou.

“Então vamos supor que ele ainda esteja vivo” Elena concluiu, e Damon bufou.

“Vamos dividir as tarefas. Caroline e Stefan, cuidem do nosso lobinho. Nós não vamos precisar matá-lo, mas vamos precisar que ele coopere durante o ritual.”

“Ele não vai nos atacar?” Caroline preocupou-se.

“Não, uma vez que nós tivermos a pedra da lua, nós vamos pode controlá-lo. Elena, Jeremy e Alaric, por enquanto, é importante que vocês consigam algumas coisas pra se protegerem. Podem começar com essa lista.” Elisabeth pegou um papel sobre a mesa, e rapidamente, escreveu o nome de algumas ervas.

“Parece mais que você vai fazer peru de natal!” Jeremy conteve o riso.

“Pode parecer piada, mas realmente funciona. Por isso, são vocês quem têm de conseguir, pois nenhum de nós não pode nem pensar em chegar perto disso! E Rose, preciso que você consiga esse elixir. Como não é a planta, é inofensivo. A não ser que você beba, mas você não vai. Então não há problemas.. Mas você pode precisar usar seu poder de persuasão!”

“E quanto a mim e ao projeto de Harry Potter aqui?” Damon apontou para Bonnie, que lhe olhava de cara feia.

“Bonnie, você trouxe o livro de feitiços de Emily?” Elisabeth parecia perdida nos próprios pensamentos. “Preciso saber exatamente que magia ela usou na tumba.”

Diante da negativa da jovem, Elisabeth falou “Então a gente pega no caminho.”

“No caminho para onde?” Damon deu um sorriso que, para ambas, pareceu no mínimo pervertido.

“Vocês vão comigo até uma certa tumba, Damon. Precisamos recuperar a pedra. Nada vai adiantar se não a tivermos.” Agora era Elisabeth quem sorria. “Você não está animado? Vai ser exatamente como nos velhos tempos: você, Katherine, uma bruxa Bennett e eu!”