Ela o observava, conversando com o loiro, o jeito que mexia no cabelo, o sorriso maroto, os olhos brilhantes.

- Por que não chama ele para sair? - perguntou a voz de seu irmão.

- Quem? - se fez de desentendida.

- Você sabe muito bem quem. - riu - 1,70cm, 15 anos, cabelos ruivos, olhos castanhos, que atende pelo nome de Hugo Weasley. - disse rindo.

- Quem? Nunca ouvi falar. - disse rindo. - Por que talvez ele não queira nada comigo? - perguntou olhando os pés.

- Por que talvez você tenha medo de saber a verdade? - perguntou pegando o queixo dela.

- E qual seria ela? - perguntou levantando as sobrancelhas.

- Que o Hugo gosta tanto de você quanto você dele. - a ruiva revirou os olhos e livrou-se da mão do irmão.

- Ele é meu primo Al. - ela emburrou a cara.

- Isso não significa que vocês não podem se gostar. - a ruiva encarou o irmão irritada.

- É errado, temos o mesmo sangue. - bufou.

- E daí? É errado a Rose e o Scorpius namorarem por causa das famílias rivais, é errado o James ter ficado com a Dominique, eles também são primos, ninguém quis aceitar o Ted e a Vic, por que eles foram criados juntos, mas agora aceitam, tanta coisa é errada, isso séria só mais uma. - a ruiva sorriu de lado. - Lily a questão é, se você gosta dele, não se importe com o que os outros dizem. - a ruiva abriu um grande sorriso.

- Obrigado Irmão. - ela abraçou o irmão e correu até o primo.

- Oi Lily. - o ruivo falou antes da garota chegar até ele.

- Oi Hugo. - ela beijou a bochecha dele. - como soube que eu tava chegando? - ela levantou uma sobrancelha.

- Quem mais vem falar comigo correndo? - ele riu de lado. - estava vindo em minha direção algo que corria, LILIAN. - a ruiva gargalhou. - Lembra do Lorcan? - disse apontando para o loiro.

- Claro que lembro, irmão do Lysander, filho da Luna, Lorcan Scamalder. - ela virou-se para o loiro. - Olá.

- Olá Lilian. - ela sorriu.

- Lily, eu preciso falar com você. - ele falou passando a mão nos cabelos.

- Claro. - eles foram em direção ao lago negro. - diga.

- Lily, éer, sabe, é que ta, hum - ele falava nervoso - chegando o natal, e eu, ahn, preciso compra algo para a Rose, e bom, você é uma garota e podia me ajudar a compra um, algo, para ela, esse fim de semana em Hogsmeade? - a ruiva riu.

- Claro. - ela piscou um olho. - pode deixar. - ela beijou a bochecha dele e saiu saltitando em direção ao castelo.

- Merda. - ele murmurou para si mesmo. - e o prêmio de bobão burro do ano vai para Hugo Weasley. - rosnou. - é tão difícil assim convidar uma garota para sair? - bufou derrotado.

- Falando sozinho Hugo? - perguntou o loiro sorridente.

- Comigo mesmo. - o ruivo encarou o loiro. - Olá Scorpius.

- Olá cunhado. - ele sentou ao lado do ruivo. - problema com garotas? - o ruivo assentiu. - Sua irmã está me deixando louco.

- O que ela fez? - o loiro bufou de lado.

- Vinicius Krum, preciso dizer mais alguma coisa. - o loiro ficou vermelho.

- Ela faz isso para lhe deixar com ciúmes. - o ruivo riu.

- E conseguiu. - ele rosnou irritado. - como vai com a Lily? - perguntou entregando a ele um sapo de chocolate, o ruivo aceitou.

- Tentei chamar ela para sair, mas digamos que não consegui, chamei ela para me ajudar a escolhe o presente de natal da Rose; - ele revirou os olhos colocando o sapo na boca e o comendo logo em seguida.

- Já é um começo Hugo, já pensou em dá em cima dela? - ele levantou uma sobrancelha. - ou você acha que eu consegui ter coragem de chamar sua irmã para sair. - ele gargalhou. - do jeito que ela é, eu fiquei com medo de ela me acerta com uma azaração por abuso. - agora foi a vez do ruivo gargalhar. - foi dois anos para namorar com ela. - ele sorriu de lado. - Boa Sorte, elas são amedrontadoras. (N/A: sempre imaginei o Scorpius com medo de garotas).

- Nem me fala cunhado. - o loiro o entregou uma garrafa de suco de abobora.

- Um brinde ao amor, que apesar de ser um lindo sentimento, dá vontade de se matar. - o ruivo gargalhou e pegou a garrafa, bateram uma na outra e levaram a boca, dando um longo gole.

X

- O que acha de um livro? - ela perguntou pensativa antes de levar a caneca de cerveja amanteigada a boca.

- Ela ama livros, mas pensei em algo diferente. - a ruiva mordeu o lábio inferior e sorriu.

- Já pensou em fazer algo? - ela levantou uma sobrancelha.

- Tipo o que? - perguntou curioso.

- Não sei, mas reunir todas as coisas favoritas dela, em uma caixa mágica, que tal? - perguntou abrindo um sorriso.

- Perfeito, vamos as compras? - ela se levantou em um pulo, e o ruivo colocou o dinheiro sobre o balcão, foram andando até a floreios e borrões, primeiro os livros, claro.

- Então, qual será o favorito dela? - ela perguntou olhando para a imensidão de livros.

- Não sei, vamos ver. - ela pegou um livro. 

- Esse parece ser legal. - ela folheou o livro dando uma olhada. - Ai. - falou quando a folha raspou em seu dedo o cortando, Hugo tirou o livro de suas mãos e encarou seu pequeno corte, não era grande coisa, mas limpou o sangue com a parte de dentro da camisa que ele usava por debaixo do casaco e beijou o lugar, quando levantou, seus rostos estava perto, e ela o olhava confusa.

- Os trouxas dizem que se beijar um machucado, ele melhora um pouco, é mito de criança, mas meu lado trouxa meio que acredita nisso. - a ruiva sorriu, e ele piscou para ela.

X

- Hugo. - um sussurrou saiu do nada. Mas o garoto não abriu os olhos, estava irritado, ele tinha sonhado com a ruiva que ele tanto amava. - Hugo seu imbecil, levanta. - a voz saiu, e dessa vez ele abriu os olhos, sentiu uma mão pegar seu braço e o arrastar até o salão comunal.

- Qual é, são duas da manhã, eu quero dormir.- e então a capa saiu, e ele pode ver Lily sorrindo.

- Preciso te dizer algo. - ela respirou fundo. - Vem cá. - ela segurou a mão do garoto e o fez sentar. - Eu amo você. - ela falou fechando os olhos e ele tinha certeza que estava sonhado.

- Isso é um sonho? - perguntou nervoso, ele queria por tudo que não fosse.

- Não Hugo, é verdade, eu te amo. - e sem mais delongas, o ruivo a puxou para si, beijando-a com toda vontade que sentia.

- Eu também te amo Lily. - ela sorriu, não importava família, não importava o sangue, não importava nada, eles iriam ficar juntos. - Não importa o que aconteça.

- Que bom. - ela sorriu e o beijou. - pois eu não sei o que faria se fosse diferente. - ela sorriu e mordeu os lábios do ruivo. Ele alisou os cabelos ruivos da garota e beijou a ponta do nariz, aproveitando o momento e deixando tudo para depois.

The End!