Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 7
Capítulo 5 - Recém chegado


Notas iniciais do capítulo

Oie meninas..
Assim como a Nina disse, eu vim postar mais um capítulo pra vocês..
Espero que gostem e comentem..

Beijinhos,
Jéh Paixão ;)



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Capítulo 5 – Recém Chegado

A carruagem chegou ao teatro cerca de meia hora depois. Já era madrugada, mas ainda havia aqueles que estavam acordados. Madame Renée era um deles. Ela sorriu ao ver as duas e as acompanhou até seus quartos, para ajudar com os vestidos.

- Então, como foram?

- Conde Jasper é adorável! – Alice disse. – Muito adorável.

- Conde Edward também. Mas algo nele me é familiar. – Bella falou baixo. – Mas é provável que isso seja coisa da minha cabeça.

Assim que as duas dormiram, Madame Renée também se recolheu.

Na manhã seguinte, o maestro Lefevre já estava organizando suas novas partituras para os ensaios, enquanto as bailarinas faziam alguns exercícios. Bella e Tanya faziam exercícios de canto, à mando dos novos donos.

- Senhores! – Madame Renée correu até onde Charlie e Phillip estavam. – Uma nova mensagem do senhor Fantasma.

- Oh, que insolência! – Charlie resmungou.

- Não, Charlie, leia antes de tudo. – Phillip falou.

Caro senhores barões,

Fiquei honrado com os últimos espetáculos e principalmente com Isabella Swan cantando. Gostaria que ela continuasse sendo a estrela, ao contrário de Lady Denali, que parece querer quebrar todos os cristais do meu teatro.

Não se esqueçam das minhas recomendações para o fim do mês. Sugiro que cumpram minhas exigências.

Atenciosamente,

Monsieur Fantôme.”

- É muita audácia! – Charlie resmungou novamente.

- Mas é lógico que é audácia!Tanya arrancou a carta das mãos dele. – Colocar uma bailarina no próximo espetáculo. O próximo é a Flauta Mágica, um Mozart, como pode?

- Simples, podendo. – Madame Renée disse-lhes. – Monsieur Fantôme não vai gostar de saber que não fizeram o que ele pedia.

- Não podemos simplesmente ficar aceitando ordens de um qualquer! - James exclamou.

- Monsieur Visconde!- Todos acenaram gentilmente.

- Continuem os ensaios da forma como começaram. – Ele falou.

Assim o fizeram. Ensaiaram cerca de três horas seguidas, até o horário de almoço, depois pararam e tiraram o resto do dia de folga. Bella entrou em seu camarim e tirou o vestido evasê forrado de tules, vestiu a combinação rosa clara e colocou um corpete rosa por cima do espartilho. Por cima, colocou a saia longa e volumosa de seu conjunto, atrás, deu um laço com a fita de cetim azul marinho. Os cabelos ficaram soltos e suas mãos cobertas por uma luva.

Bella saiu do camarim e desceu uma escada de poucos degraus, logo, chegou à pequena capela, um cubo com cerca de quatro metros quadrados, decorado com um vitral de um anjo e um grande candelabro, onde havia fotos de várias pessoas falecidas. Ali, ela se ajoelhou em frente ao retrato do pai e acendeu a vela.

- Certa vez você disse que enviaria um anjo da música para mim, papai. – Bella disse baixinho, observando o retrato de um homem elegante pintado na porcelana. – Ele parece ser bem real...

- Senhorita Swan? – Uma voz calma a chamou.

- O que faz aqui, James?

- Vim conversar a sós com você. – Ele falou. – Preciso lhe pedir desculpas, na verdade, perdão. Eu agi como um verdadeiro bruto.

- Com ciúmes, quer dizer. – Ela disse suavemente.

- Mas não consigo controlar... – Ele fechou a mão em punhos. – Você falando deste gênio e eu aqui...

O rosto de Bella se iluminou. Ela sabia que James era um verdadeiro cavalheiro e que estava agindo somente por ciúmes, mas também, não podia enganá-lo quanto aos seus sentimentos. Mas como explicar ao visconde que ela nutria algo pelo misterioso gênio musical? Como dizer a ele que teve um belíssimo jantar na companhia dos condes e que um deles lhe agradara?

- O que foi? – Ele perguntou. – Vamos, acima de tudo éramos amigos.

- Sei disso, James. – Ela suspirou. – Estou confusa.

James sabia o que significava aquilo.

- Desculpe, não posso responder a qualquer pergunta sua... Eu só preciso deixar minha vida se ajeitar. – Ela sibilou.

- Eu sei. – Ele concordou.

- Com licença. – Ela se levantou e saiu da capelinha.

(...)

- Senhor Jasper, o senhor tem visita. – Um criado disse ao Conde.

- Mande entrar.

Jasper levantou-se de sua poltrona, fechou a cortina e deixou uma fresta de luz passar pelo espaço aberto. A porta se abriu um homem alto, de cabelos e olhos escuros, de pele branca e um porte atlético, entrou no recinto.

- Emmett, a que devo sua visita?

- Trago uma mensagem do Conde Carlisle. – Ele fez uma pequena reverência.

- O que ocorre? É estranho Carlisle mandar alguém de Londres até aqui só para mandar um recado. – Jasper especulou.

- As disputas nos condados próximos à Londres acabaram. O domínio da cidade voltou a estar nas mãos de Carlisle. – Emmett dizia. Suas mãos estavam fechadas em punhos atrás do corpo; ele andava de um lado para o outro. – O reino de Volterra também foi retomado e os Volturi estão novamente no poder.

- É bom saber. Mas? – Jasper insistiu para que Emmett continuasse.

- Mas... – ele suspirou. – Receio que os problemas na Espanha ainda continuem.

- Sim, sim. A Espanha está sem rei há quase cinco anos e isso está gerando muita instabilidade para todos os condados e ducados próximos à capital.

- E para a França também. – Emmett completou. – O norte espanhol começou a invadir a França. Infelizmente o governo decidiu declarar guerra aos espanhóis por algumas desavenças.

- Isso sempre acontece. – Jasper passou as mãos entre os fios de cabelo. – Isso significa que...

- Paris pode acabar sendo invadida por tropas. Alguns barões, condes e duques vão usar esta guerra como mais um pretexto para ganhar territórios.

Jasper respirou profundamente, deixou seu corpo cair numa cadeira, enquanto tomava grandes goles do vinho tinto em sua taça. Emmett sentou-se na poltrona ao lado e pegou uma taça oferecida pelo Conde.

- Onde está Edward? – Emmett perguntou.

- Edward foi à cidade resolver alguns assuntos pessoais. – Jasper falou casualmente. – Alguma notícia? Conhecidos pela região?

- Me parece que Alistair, Charles e Makenna estarão desembarcando em algum porto Francês em menos de um mês. – Emmett contou.

- Fez bem em me avisar. Pretende ficar na cidade?

- Se não for tão entediante... Eu gostaria de conhecer alguns bons lugares da cidade luz e ver como anda a construção daquele monumento que estão fazendo.

- Nunca duvide da beleza da cidade Luz, meu caro Emmett! – Jasper riu. – Ah, claro. Aquela será uma torre para comemorar o centenário da revolução francesa.

- Vai ser algo grande.

- Presumo que sim, as bases são imensas. – Jasper falou. – Então já que pretende ficar e apreciar os prazeres da cidade, vou levá-lo ao Moulin Rouge, um casa de shows com belíssimas dançarinas. Se arranjar uma companheira, poderá levá-la a Opera.

- Carlisle falou-me muito bem sobre a ópera. – Emmett assentia. – Irei mesmo não tendo companheira.

Emmett continuou desfrutando da safra especial de Jasper, enquanto ambos conversavam ora sobre assuntos banais e ora, assuntos de muita importância. Ele era um dos barões ingleses, mas vivia com Carlisle.

Assim que a tarde caiu e deu lugar a noite, Jasper decidira que Emmett poderia começar a desfrutar dos prazeres da cidade luz. Os dois entraram numa carruagem e mais tarde, já desciam em frente ao Moulin Rouge. Edward os esperava em frente ao local.

- Que surpresa, Edward! – Emmett o abraçou.

- Digo o mesmo. – Edward encarou Jasper de relance. – Embora as notícias não sejam tão boas, a companhia certamente é.

- Ouço muito sobre o Moulin Rouge. – Emmett falou.

- Certamente ouve sobre as cortesãs. – Adicionou Edward.

- Oh, isso faz parecer que está interessado em alguém. Já era tempo, meu caro. – Emmett gargalhou.

- Sejam bem vindos, Conde Jasper e Conde Edward. – Um dos patronos do Moulin Rouge cumprimentou-os. – Vejo que trouxeram companhia.

- Sim, este é nosso amigo, Barão Emmett McCarty. – Jasper apresentou-os. – Emmett está passando pela cidade e nós o trouxemos aqui. Tenho certeza que ele apreciaria a companhia da senhorita Rosalie.

- Certamente ela ficará. Apreciem o espetáculo. – O patrono entrou nos bastidores e logo a música começou a tocar.

- Diga-me, Emmett... Conhece o CanCan? – Edward perguntou, não esperando resposta alguma.

N/A: Me inspirei nestas duas cenas. Por favor, vejam os vídeos.

CanCan/Lady Marmalade – Moulin Rouge

Todos os homens estavam reunidos no salão principal do Moulin Rouge. O local era decorado com tons vermelhos e adornos dourados, dando um toque refinado ao ambiente. No palco, uma grossa cortina vermelha caia até o chão e ao lado do palco, em dois locais mais reservados, estava a orquestra.

O apresentador atiçava a platéia e as belíssimas dançarinas com suas saias rodadas de comprimentos diferente na frente e atrás, atiçavam os homens. Ele deu sinal para que a orquestra começasse. As dançarinas giravam em círculos até formarem uma grande roda, onde deslizavam e batiam seus saltos no chão brilhante, remexendo suas saias. Os homens observavam a dança e logo alguns entravam. Emmett gargalhava e ao mesmo tempo parecia abismado com tantas mulheres reunidas em um só lugar.

Certamente este é o melhor lugar do mundo! Ele pensou extremamente animado.

Em meio a tantas saias rodadas e mulheres de uma beleza exótica, o recém chegado à cidade do prazer se divertia, quando todas as luzes se apagaram e a música foi diminuindo. Então, do alto do salão, pequenos pedaços brilhantes de papel caíram, enquanto uma bela dançarina descia num balanço, pairando sobre os convidados. A dançarina era loira, trajava um vestido na cor prata e o batom vermelho se destacava em sua boca.

- Lhe apresento... Mademoiselle Rosalie. – Edward sussurrou no ouvido do amigo.

Diamonds Are A Girl’s Best Friend – Moulin Rouge

No alto da cabeça de Rosalie, havia uma cartola preta, combinando com suas mãos cobertas por luvas longas. O balanço girava, enquanto Rosalie começava sua parte do espetáculo. Lentamente, as luzes foram se acendendo e ela esticou-se no balanço, que era girado por todo o salão. Os homens aplaudiam fervorosamente.

Rosalie ficou na altura dos homens e bem próxima a Emmett, que a encarava sorrindo. Ela cantava e balançava as pernas para frente e para trás, dando movimento ao balanço negro, com diamantes cravados em sua base. Junto às outras dançarinas, que agora pareciam ser menininhas comparadas à estrela do espetáculo, Rosalie dançava. Os homens, membros da nobreza parisiense, erguiam suas notas mais altas e jóias, na tentativa de conquistar a bela cortesã.

(...)

Todo o espetáculo se seguiu de forma calorosamente animada. Quando voltaram para seu camarote, o patrono já lhes esperava na porta.

- Monsieur Emmett, lhe apresento Mademoiselle Rosalie. – O patrono disse.

- Enchanter, signor. – Rosalie fez uma pequena reverência e estendeu sua mão.

- Permite-me levá-la para jantar, senhorita? – Ele disse cortesmente.

- Ficaria encantada. – Ela sorriu e algo dentro dela também se encantou com o barão. Emmett estendeu o braço para Rosalie, que o pegou de imediato, sendo guiada para fora da casa de espetáculos. Ela agora trajava um longo vestido num tom prateado, como a lua. Seu cabelo estava meio preso e um batom claro cobria seus lábios.


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Notas finais do capítulo

Se vocês comentarem bastante, eu prometo que posto mais até domingo..

Beijinhos ;)



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