Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 23
Capítulo 21 - Audácia




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Capitulo 21 – Audácia

Como se não bastasse, a fama do Visconde já estava manchada pela marca do ciúme. E a fama do Fantasma, já estava marcada como um belo e inteligente aproveitador, e que ainda sabia esgrimir.

James chegou a seu chatêau amparado por Laurent. Ele recebeu os devidos cuidados e se deitou, sua cabeça parecia girar e girar sem parar, focada em apenas um detalhe: a habilidade de esgrima que o Fantasma da Opera tinha. Só pode ser alguém com classe, um bastardo qualquer não tem tanta desenvoltura para um duelo como este. Foi o último pensamento de James antes de adormecer.

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- Você precisa tomar cuidado. – Jasper alertou a Edward.

- Eu sei. Eu não esperava que nada disso acontecesse hoje, de qualquer maneira. – Edward murmurou.

Duas semanas depois.

- O espetáculo do último fim de semana foi maravilhoso, senhorita Rosalie. – Disse Jeanne Paquin.

- Merci beaucoup¹. – Ela agradeceu, sendo surpreendida pela figura de Emmett, à porta da loja.

- Ora, ora, ora, que bela donzela temos por aqui. – Emmett disse em tom brincalhão.

- Boa tarde, barão, como tem passado?

- Sem essas formalidades, Rosalie, minha querida... mas obrigado por perguntar. – Ele sorriu. – Tenho passado muito bem. Aliás encontrei com Alice Brandon na rua e ela disse-me que estaria aqui. Quer dar um passeio?

Rosalie sorriu e enlaçou seu braço ao de Emmett e saiu arrastando seu vestido pela rua.

Era recesso da Opera Paris. A cidade luz estaria recebendo novamente a madame Sophie Lestrange, uma vez que os funcionários do Opera precisariam de um descanso, depois de uma temporada inteira apresentando-se. E foi exatamente a sete dias atrás, que Edward oficializou seu pedido de noivado à Isabella Swan. Ela estava saindo de seu camarim quando ele apareceu carregando um enorme ramalhete de rosas brancas e vermelhas.

É claro que James estava presente, espumando de raiva. Ele quase não se continha, afinal o Fantasma já havia ganhado duas vezes em duelos, e agora o Conde Edward havia ganhado o coração de Lady Swan.

Flashback – Visconde James de Chagny – 7 dias atrás

Seus olhos acompanhavam a cada pequeno movimento que os dedos cobertos pela luva preta do Conde Cullen, faziam na delicada mão de Isabella Swan. Ele poderia dar um anel com um diamante solitário se bem entendesse, ele também tinha suas posses.

- É lindo, Edward. – Ela dizia sorrindo, como se tivesse achado um baú de prêmios. James sabia o que significava aquele.

Os olhos brilhando, o sorriso angelical e um leve piscar. Aquele era o olhar apaixonado dela. Um olhar de ternura e carinho... admiração...

“O mesmo olhar que ela tem quando o vê, quando vê o Fantasma.”

Fim do flashback.

Tinha o Visconde descoberto a verdadeira identidade do Fantasma da Opera?

- Estás bem? – Bella perguntou ao Conde, quando ambos encontraram-se às portas do teatro parisiense.

- Não poderia estar em melhor forma. – Ele acrescentou, sorrindo. – Não se preocupe quanto à aquele corte, ele já cicatrizou perfeitamente.

- Saiba que me preocupo com sua saúde e bem estar. – Ela respondeu.

- Sei que sim. Chega de preocupar-se, agora quero tratar de um assunto em especial com a senhorita. – Edward sibilou.

O vento farfalhava a copa das árvores e balançava os cachos soltos de Isabella Swan, que tentava a todo custo manter seu penteado um pouco intacto, ao menos. A barra azul cintilante de seu vestido arrastava-se pelo chão e o forro rendado esvoaçava com o vento; era como se uma voz grave soasse notas límpidas e continuas durante todo aquele dia.

Eles sentaram-se no banco embaixo de uma árvore nua.

- Sabe que tenho Jasper como meu irmão, porém, tenho o mesmo apreço por Emmett e o considero como tal... Sendo assim, quero organizar uma recepção. – Ele propôs. – Gostaria que você e Alice o fizessem.

- Claro, será uma honra. – Ela respondeu.

- Emmett sempre deu duro enquanto eu e Jasper estivemos em nossos momentos rebeldes, quero que ele receba algo especial. – Edward comentou. – Ele pedirá a mão de Rosalie nesta festa, embora todos nós saibamos que ela aceitará qualquer pedido dele.

- É verdade... – Bella concordou.

Os dois levantaram-se e passaram a caminhar entre as moitas floridas do parque parisiense. Bella mantinha sua mão sobre a de Edward. Ele, num gesto de puro reflexo, pôs a mão dela entre as suas e estacou frente a ela.

- Meus pais virão de Londres. Recentemente recebi um telegrama de meu pai, dizendo que ele e minha mãe viriam para Paris para nos colocar a par de alguns acontecimentos no reino inglês... E, obviamente, para ver como andam os negócios na França.

- O... Oh Deus, o senhor seu pai é...

- Conde Carlisle Cullen e a senhora sua esposa, a Condessa Esme Cullen. – Edward disse divertido. – E, é claro, para apresentá-la a eles, como minha noiva, oficialmente. Verá que eles não são tão assustadores assim, senhorita Swan.

- Oh Deus, eu estou surpresa, isso sim. Muito surpresa. – Bella suspirou. – E se não gostarem de mim? Você pode não se importar se sou extremamente culta ou não, mas tenho certeza que eles se importarão.

- Não diga bobagens e não fique tão nervosa... Não devia ter lhe contado... – Edward deslizou as mãos pelos fios cor de cobre.

- Não, não tem problema algum. – Bella suspirou, deixando-se cair no banco em que antes estavam. – É só... Faz tempo que não me porto à frente de pessoas, sem que eu esteja à trabalho.

- Preocupa-se a toa, mademoiselle. – Ele riu mais uma vez, cada vez surpreendendo-se mais com Lady Swan.

- Do que ri? Não tem graça nenhuma, Edward! – Isabella repreendeu-o.

- Perdoe-me. Mas me surpreendo cada vez mais com a senhorita. Todo aquele tempo e... E achei que sabia tudo sobre vossa pessoa, agora, vejo que não sei absolutamente nada. – Ele desabafou.

- Então somos dois, porque não sei muito sobre vossa pessoa e, por obra do acaso, ou não, estou noiva... – Bella riu.

Em seu interior, sentia que não precisava saber muito mais do Conde Cullen, mas isso não queria dizer, que ela não soubesse que havia algo que ela ainda não tinha descoberto. Tudo em seu tempo. Sempre dizia para si mesma.

Edward levantou-se e estendeu a mão para que Bella a pegasse. De braços dados, o casal saiu e andou vagarosamente, trocando pequenas palavras e risadas abafadas, até que chegassem em frente à carruagem de Isabella. O Conde sorriu, deu-lhe um beijo gentil na despedida e ficou observando a carruagem seguir pela alameda.

- Certamente uma das mais belas damas da cidade, não?

- Jason Jenks. – Respondeu o conde.

- Me conhece? – Perguntou o homem.

- Conheço todos da sua laia, monsieur.

- Oh, e eu conheço os da sua também. – O imobiliário alfinetou. – Os do tipo que pagam por todo tipo de serviço... Ou devo dizer, os nobres do tipo que tem uma segunda face?

- Do que estás falando, homem? – Edward exclamou, pegando-o pelo colarinho.

- Sei bem que és tu que fazia o papel do fantasma da Ópera. Agora resta-me saber o porquê, não concorda? E quem sabe, depois eu posso relatar seu abuso ao delegado?

Edward tremeu, ninguém sabia que ele era o fantasma, a não ser as pessoas de seu convívio, mas nenhuma delas iria delatá-lo. Ele sabia que James já estava ficando desconfiado, porém tinha se esquecido de que Jason Jenks podia ser mais astuto que uma cascavel.

- Gostaria muito de poder lhe ajudar, mas temo que não seja possível. – Edward respondeu, gentilmente.

- Então é verdade.

- Então vejo que terei que me livrar daqueles que ficam no meu caminho. – Ele agarrou novamente o colarinho de J. Jenks. – Como ousa afrontar um duque, sendo você, um mero cidadão sem título algum? Ou pensa que não sei sobre seu título recentemente roubado, barão?

Jason Jenks tremeu. Tremeu de cima abaixo e temo que ele possa ter molhado as calças, pois seu olhar girou, antes mesmo de perceber que já estava na rua e que o Conde havia sumido.

Merd! Ele xingou. Estupidez! Não devia ter ameaçado o Conde... Ele tentava colocar as idéias no lugar.

- Isso prova que ele realmente teme por alguma coisa, se não for pela própria vida... – Disse em voz alta.

Edward, que observava o homem, de dentro de sua carruagem, já formulava planos para ele. Jason Jenks não poderia ficar muito tempo em circulação, e Edward sabia muito bem desse detalhe. Pensando nisso, ordenou ao cocheiro que seguisse de volta para a mansão.

Era um fim de tarde nublado, onde o céu mais parecia uma pedra mármore branca, manchada de cinza, do que propriamente um céu. As poucas aves voltavam aos seus ninhos, enquanto o sol, invisível, dava lugar a uma lua minguante, parcialmente encoberta por nuvens. Um vento misterioso balançava a copa das árvores, deixando o ambiente fora da cidade, mais sinistro.

- O que houve, senhor? Parece desapontado... – Disse Gerárd, ao ver Edward entrar e jogar-se sobre uma poltrona.

- Jason Jenks descobriu... Com que meios, não consigo imaginar, porém já sei quando foi. – Resmungou o jovem conde.

- Então é melhor que dê um jeito em toda essa bagunça, pois no final da semana que vem, nossos pais estarão aqui. – Disse Emmett, entregando uma taça de vinho. – Experimente, trouxeram uma remessa de presente para os Condes. – Riu Emmett.

Edward pegou a taça pela haste e agitou-a levemente, logo em seguida, colocou a ponta do nariz na abertura e inspirou. Frutado. Pensou, avaliando o vinho que recebera. Logo em seguida, elevou a taça e colocou contra a luz, visualizando uma cor límpida. Só depois do ritual de avaliação do vinho, foi que bebeu um pouco do conteúdo avermelhado.

Edward cuspiu.

- O que houve?! Vai manchar todo o piso! – Emmett resmungou. – Gerárd, chame alguém para limpar isso!

- O que houve? Experimente, mas não engula. – Edward disse sério. – Temo alguém tenha tentado nos envenenar, meu caro irmão.

Emmett bebericou um pouco do vinho, só então, sentiu um amargor, quase imperceptível, a não ser para um verdadeiro apreciador das uvas francesas e com excelente paladar, como eles.

- Quem lhe entregou?

- Estava aqui ainda a pouco. Pouco antes de você chegar, nos trouxeram. Quando ouvi que você havia chegado, fui até a adega, abri uma das garrafas da caixa e lhe trouxe. – Emmett respondeu. – Tem idéia de quem possa ter feito isso?

- Tenho. – Edward estreitou os olhos para algum lugar na planície da mansão. – Quer me acompanhar numa caçada, meu caro irmão?

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N/B: ¹- muito obrigado


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Notas finais do capítulo

Hello girls! :)

Então, perguntinha de costume.. O que acharam do capítulo d ehoje?

Vamos aos assuntos que insteressam:

Agora que estou oficialmente de férias da faculdade (e com notas excelentes no boletim no final do semestre, se me permitem acrescentar :]), vou dedicar o tempo livre que vou ter nas férias para todas as minhas fanfics, até as que eu PRETENDO publicar, até porque eu já tenho duas fics com o primeiro capítulo escrito, mas ainda estão bem inconclusivas.

Espero que gostem e, me ajudem com a divulgação das fics, seja recomendando, comentando.

Entre meus planos para as férias, estão: dar uma boa adiantada em Opera Paris; começar a escrever BaH e UPA (hihi, Jeh, logo, logo vc vai saber delas XD); e me dedicar um pouco é divulgação. :P

isso é só para saberem que eu não esqueci de vocês ^_^

Beijinhos



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