Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 21
Capítulo 19 - Misteriosos


Notas iniciais do capítulo

Conversamos la embaixo!



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Capitulo 19 – Misteriosos

- Maldição! – O Conde Edward entrou em sua mansão, bradando sua raiva aos quatro ventos. Fechou a porta atrás de si e largou sua cartola e capa jogada em algum canto do hall de entrada.

- O que houve, senhor? – Gerárd perguntou, assim que viu o jovem conde adentrar a casa.

- Problemas. – Edward resmungou.

Emmett e Jasper estavam na biblioteca quando ouviram o bater de portas e os passos pesados aproximando-se das portas da biblioteca. Logo em seguida, Edward entrou e logo pegou um charuto e uma dose de uísque. Sua expressão era vazia, como se por dentro, algo tivesse quebrado.

- O que foi, meu irmão? – Perguntou Emmett. – Você nunca toma uísque.

- Receio que Lady Bella não queira mais minha companhia. – Ele disse baixo. – Ela ficou fula, saiu e me deu às costas. Receio que logo, logo as coisas terão de mudar...

- Então que seja logo, porque recebemos uma carta vinda da Inglaterra, é de Carlisle. – Jasper pegou o envelope que havia em cima da grande mesa de mogno e o entregou a Edward. – Seus problemas de relacionamento com Lady Swan são os menores, temos alguns de caráter urgente.

Edward suspirou, pegou a carta e correu seus olhos por ela, tentando absorver cada palavra dita pelo Conde Carlisle Cullen.

- E tem mais. – Emmett murmurou. – Meus informantes acham que em menos tempo do que esperamos, Paris será invadida. Barcelona foi tomada há dois dias atrás e um grupo grande já invadiu a França.

- As cidadelas fronteiriças foram tomadas? – Perguntou Edward.

- Sim. Estão tentando tomar os limites de Aquitaine. – Jasper falou. – Temos que agir logo.

- Eu sei o que vamos fazer. – Disse Emmett.

(...)

- Olha, parece loucura, mas algo me diz que existe mais nessa história, Alice, muito mais do que eu imagino. – Bella disse baixo, enquanto desatava os laços de fita de suas sapatilhas de ballet.

- Não posso discordar. A Bella tem razão. – Rosalie sentou-se na banqueta estofada e retirou suas sapatilhas.

- Eu sou a única que está disposta a enfrentar o que quer que seja? – Alice ergueu uma sobrancelha. – Prestem atenção e parem de pensar em asneiras. Embora eu ainda não tenha dito, eu... Eu amo o Jasper. Eu amo o jeito como ele me trata, eu amo não ser desprezada pelas pessoas só porque sou uma bailarina. Amo a forma doce como ele se dirige a mim, amo a sensação de achar que o conheço a vida toda...

- Alice está coberta de razão. – Renée adentrou no pequeno hall. – Não tem porque temer. Eu sempre rezei para que vocês duas encontrassem pessoas dignas e que lhes amassem... E agora que encontraram, vão ficar paradas feito estátuas e não correr atrás?

- Renée como sempre está coberta de razão. – Rosalie sorriu amavelmente. – Nós vamos aceitar o convite dos Condes e ir ao espetáculo desta noite.

Bella suspirou profundamente. Havia motivos para duvidar da boa vontade do Conde Edward e de tudo o que ele estava fazendo para poder estar com ela? Tola. Ela disse para si mesma, embora, aquela sensação ainda estivesse lá, esperando para juntar-se ao medo e ao desespero e fazê-la surtar.

Renée as mandou para o banho, enquanto ajeitava os belos vestidos para o passeio noturno. A água quente relaxou os músculos cansados do corpo das três bailarinas, a espuma branca e fofa cobria suas partes, e as pétalas de rosas exalavam seu perfume delicado. Quando Renée bateu novamente à porta do grande banheiro, elas enrolaram-se em suas toalhas e foram trocar de roupa.

Toda Paris estava extasiada com a chegada da nova dançarina ao Moulin Rouge, apenas para uma apresentação especial na capital francesa. Os boatos que corriam, eram de que ela era uma mulher jovem e misteriosa, dona de uma das mais famosas casas de dança de toda a Inglaterra. Emmett resolvera que um espetáculo de dança, seria o clima perfeito para que Isabella e Edward se acertassem, ele e Jasper, sabiam o quão Bella era querida para Edward.

Assim que o crepúsculo caiu, a carruagem dos Condes corria rápida em direção ao teatro parisiense.

- Pare de se mexer! – Emmett irritou-se. – Está parecendo um moleque. Não, está parecendo um adolescente apaixonado.

- Não sou um adolescente apaixonado há muito tempo, Emmett. – Edward resmungou, encolhendo-se em seu canto.

- Parem os dois. – Jasper interveio. – É nessas horas que sinto falta de Esme, ela sabe muito bem como controlá-los. – Ele riu baixo.

Logo que a carruagem parou em frente ao teatro, os três desceram para receber suas damas. Alice e Rosalie sorriam feito bobas ao ver Jasper e Emmett. Já Bella, tinha em seu rosto uma certa apreensão. Preciso pedir desculpas. Ela pensou, assim que ele fez uma pequena reverência.

- Lady Swan, aceita minha companhia esta noite? – Edward perguntou formalmente.

- Aceito. – Ela fez outra delicada reverência e colocou sua mão sobre a dele.

- Obrigado. – Ele sorriu torto.

- Me desculpe. – Ela disse baixo, enquanto se dirigiam para a carruagem. – Eu me precipitei. É claro que estou disposta a enfrentar o que vier para estar com você, Edward.

- É muito bom ouvir isso, senhorita Swan. – Ele disse divertido.

Sem dizer nada, apenas trocando olhares, eles seguiram para o Moulin Rouge. Como de costume, a famosa casa de dança, antes chamada de Moinho dos Prazeres, estava com sua entrada lotada. Não eram apenas homens que queriam prestigiar o evento da noite, havia muitas mulheres da corte apreciando aquele show. Também não era um espetáculo onde só uma cantava; naquela casa de dança, todos participavam dos shows, sim, como você imagina, dançando, obviamente... Algo que não era muito comum naquele tempo.

Assim que desceram da carruagem e deixaram seus casacos na entrada, seguiram para seus lugares.

As luzes se apagaram, os burburinhos aumentaram e finalmente, um homem surge no palco. Ele vestia um fraque muito elegante, uma cartola em cetim negro e seda vermelha. Em alto e bom som, ele anunciou para toda a casa:

- Senhoras e Senhores, Damas e Cavalheiros e Autoridades presentes... – Ele dizia. – É com muito orgulho, que anuncio à vocês, pela primeira vez na cidade Luz... Mademoiselle Sophie Lestrange!

A dama de pele alva surgiu no palco, ela usava uma máscara, que se destacava em seu rosto.

- Ela é muito bonita...

- Edward! – Bella deu um tapinha em sua mão. – Falando de outra dama na companhia da sua?

- Perdão. São velhos hábitos. – Ele riu.

- Mas não era de se esperar. Ouvi boatos vindo de todos os lados da cidade. – Rosalie comentou.

- Ouvi dizer que ela nunca tira essa máscara... – Alice sussurrou.

- É isso que dá um bom espetáculo. – Emmett dizia, porém, ao sentir um cutucão vindo de Rosalie, reteve-se em seu lugar.

Sophie juntou-se a um belo dançarino – um dos que arrancavam suspiros das mulheres. - Seu vestido negro era belíssimo, continha uma abertura até a altura um pouco acima dos joelhos, onde uma camada generosa de renda cor de vinho brotava.  Um som agudo ecoou pelo grande salão, passando por entre as mesas e causando aquele conhecido arrepio na espinha dos espectadores.

A iluminação tornou-se turva e a dançarina colou-se ao sexy dançarino.

Tango

Sophie juntou-se ao sexy dançarino. Seus corpos estavam colados e seguiam juntos o ritmo do tango, uma dança sensual e atípica para aquela época, mas era óbvio que não havia nada de típico em Mademoiselle Lestrange. Seus movimentos pareciam ser friamente calculados, porém, eram delicados e belos. O vestido negro arrastava-se pelo salão, impressionando a todas as damas ali presentes.

O dançarino misterioso – que se me permitem dizer, arrancava suspiros de todas as mulheres daquele salão -, corria suas mãos pela lateral do corpo de Sophie, que pendia sua cabeça para trás. Seus lábios vermelho sangue se destacavam sobre a pele alva, pareciam ser convidativos, pensava a maioria dos homens.

Logo que a dança chegava ao fim, os casais iam levantando-se e entrando naquele ritmo sensual. Edward, como perfeito cavalheiro e dançarino – diga-se de passagem -, levantou-se e estendeu sua mão para Bella. Ela, sem pestanejar, aceitou o convite e se juntou ao noivo. Emmett e Jasper fizeram o mesmo, logo, os três casais juntavam-se a Sophie. Uma dança havia terminado e, logo em seguida, outra já estava tendo início. As três bailarinas, guiadas pelos Condes e pelo barão Emmett, juntavam-se ao espetáculo.

---

Em algum lugar no sul francês...

- Preciso ir para Paris, Nicolai.

- Necessitas tanto assim, visitar a cidade luz? – Perguntou o homem louro.

- Infelizmente sim. Tem uma pessoa que preciso ver. Se quiser passe direto pela cidade, eu ficarei por lá.

- Anita, Anita... – Disse um outro homem. – Ainda não aprendeu que estamos juntos? Que somos uma família?

- Estaremos contigo. Sei muito bem quem queres ver por lá. – Nicolai abriu um sorriso brilhante em seu rosto pálido. – Além do mais... Estaremos em Paris!

- Teremos de partir logo, Mikhail, não poderá demorar-se muito nesta cidade. – Anita repreendeu-o – Tem nos atrasado muito.

Os três saíram do beco escuro da cidadela e subiram em seus cavalos. Nicolai e Mikhail eram irmãos, ambos louros e de olhos esverdeados, amigos de Anita, uma jovem delicada, gentil e misteriosa que apareceu em suas vidas numa noite qualquer há alguns anos atrás. Os dois usavam fraques escuros, negros, cobertos por capas negras. Anita trajava um vestido claro, que, da mesma forma que os dois, ficava oculto pela capa.

Assim que a noite caiu, o trio avançava para outra pequena cidade.

Assim que a noite se aprofundou mais e mais, várias cidadelas francesas estavam sendo invadidas. Paris estava ameaçada.

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N/A: A Personagem Sophie Lestrange, pertence a Olly Swan e à sua fanfic “A Máscara”. Todos os direitos são reservados a ela. Antes de postar, pedi seu consentimento para usar a Sophie e fazer uma pequena homenagem à minha amiga.


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Notas finais do capítulo

Comentem, recomendem! :D



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