Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 13
Capítulo 11 - Meias Verdades


Notas iniciais do capítulo

Oii, mais um capitulo para vocês.
Comentem!! :P



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Capítulo 11 – Meias verdades

- Sou uma pessoa simples e você é um barão.

- Um barão inglês. – Emmett disse rindo. – Um barão inglês que não está nem aí para títulos nobiliárquicos¹ ou qualquer outra regra que essa sociedade inventa.

- Fico feliz que pense assim. – Rose falou sorrindo, enquanto espetava um dos conchigliones.

- Se soubesse realmente o que acontece em minha vida, saberia que, realmente, não me encaixo nas regras da sociedade.

Aquilo foi o estopim para que pensamentos variados explodissem na cabeça de Rosalie. Ela pensara que ele podia ser um trambiqueiro qualquer, um ladrão procurado no reino inglês ou até mesmo... Um assassino que tinha planos para com ela. Percebendo a expressão preocupada que tomara conta da face da jovem, Emmett logo teimou em se corrigir.

- Me desculpe. Não queria que pensasse coisas más.

- Oh eu não... – Ela ia dizendo, mas parou ao ver o sorriso divertido dele. – Eu é que tenho que me desculpar.

- Prometo que um dia lhe conto. Espero ser em breve. E é por isso mesmo que quero lhe perguntar algo.

(...)

- Pretendia pedir a senhorita em namoro. – Jasper falou.

- Embora nós dois não saibamos muita coisa da vida um do outro nos tornando quase estranhos completos. – Ela disse ceticamente. Porém, em seu interior, explodia em felicidade.

- Tem razão. Mas gosto muito da sua companhia. E tenho certeza que daríamos certo. – Ele sorriu de novo, puxando a mão dela para a sua.

- Tem razão. – Ela repetiu a frase dele. – Tenho uma boa impressão sobre isso. Sinceramente, desde que eu o vi pela primeira vez, lá no teatro, ando sentindo que algo estaria para acontecer. Talvez seja bobeira minha, mas eu...

- Mas é como se isso fosse um sexto sentido, não é? – Jasper perguntou.

- Sim. Exatamente. Como sabe?

- Acho que sei como se sente. – Ele falou. – Então, senhorita Alice Pavlova Brandon, aceita este Conde como seu namorado?


(...)

- Preciso que saiba que aprecio em demasia sua companhia. Mas receio que eu vá ter problemas e é por isso que eu precisava ter uma conversa num lugar a sós com a senhorita. – O fantasma disse baixo.

- James?

- Oui. O Visconde está planejando uma investigação e receio que logo mais pessoas estejam envolvidas. – O Fantasma falou.

- Como sabe disso?

Flashback do Fantasma

Eu estava vindo para cá certa noite, quando ouvi a voz do Visconde e de mais alguns homens. Resolvi atrasar nosso encontro e então segui-los para saber do que se tratava. Furtivo, entre as sombras das vielas de Paris, cheguei a um beco onde os homens entraram por uma porta de madeira, antiga. Aproximei-me e fiquei esgueirando por entre as janelas, até que os avistei num porão.

- Qual é o motivo por nos trazer aqui esta noite, Jenks? – Perguntou alguém.

- Visconde James de Chagny, quero lhe apresentar meu amigo Inspetor e seu parceiro. – Jenks disse ao Visconde.

Eles se apresentaram e ficaram conversando por alguns minutos, até que James abriu o jogo. O Inspetor escutava a conversa com muita atenção, não emitia palavra alguma. Foi então, que escutei algo que me chamou atenção.

- Porque exatamente me quer nesta investigação? – O inspetor perguntou.

- Porque receio que o ser, que denominamos “Fantasma”, seja um aproveitador. – James falou.

- Ora, o mundo está cheio de aproveitadores e não podemos nos livrar deles, meu caro!

- Sim, inspetor, sabemos disso. Porém, este “aproveitador” está interessado na pessoa que pretendo ter como minha Viscondessa. Não só acho que ele está interessado, como acho que ele a tem sobre algum artifício.

- Está dizendo que ele a enfeitiça? – O parceiro do inspetor perguntou. – Isso é ridículo, caro Visconde! – O homem explodiu em risadas.

- Não sei se acreditará em mim, ou não. Mas não acha que seria uma ótima idéia se o Inspetor fosse promovido a delegado geral e seu parceiro fosse o novo Inspetor, ambos responsáveis por vários casos? Um serviço maior, porém um maior salário e, conseqüentemente, um maior prestígio? – Propôs o Visconde.

- Então temos um acordo. Mas é claro que tudo vai depender das evidências que encontrarmos.

Fim do flashback.

- O quê?! – Bella exclamou. – Eu estou extasiada!

- Eu nunca lhe enfeiticei, Bella. – O Fantasma disse em sua defesa.

- Hã? Oh, não! Eu sei que não. Sei disso porque o que eu sinto por você vai além disso, sei muito bem. – Bella sorriu por um momento. – O que fará? Se o Inspetor está na investigação, então mais gente estará em seu encalço. Embora, seja só você sumir e...

- Eu sei. – O Fantasma respondeu. – É só eu tirar a máscara e começarmos a ter uma relação decente. Mas seria arriscado da mesma forma. Não posso expor você da forma como já está. E se eu for descoberto, eles vão me interrogar e, então, existirá algo muito maior que será exposto.

- Oh céus... Quanto mistério! – Ela arfou.

Bella bebericou outro gole do vinho e deu uma garfada numa das carolinas do purê duchesse. Ela não sabia o que pensar. Saia com um mascarado que seria descoberto pelo Visconde e pela cidade e então estaria metida em um problema muito maior, que, para variar, também não sabia do que se tratava. O fantasma pareceu perceber sua confusão e tentou, de alguma forma lhe acalmar.

- Se eu soubesse que ficaria assim, jamais teria lhe contado. – Ele falou.

- O que poderá ser exposto? Me conte, não me deixe no escuro. Fico perdida só de pensar que algo pode acontecer a você! O que mais pode acontecer? – ela disse num tom triste.

- Existem mais alguns detalhes que prefiro não lhe contar. Agora que a polícia estará envolvida, é melhor que não saiba.

- Tudo bem, não vou discutir.

Bella não sabia mais no que pensar. Talvez se parasse com os encontros com o Fantasma, tudo se resolvesse. Talvez se ele sumisse, as coisas se consertassem. Talvez se ela negasse o sentimento que – ela tinha certeza que a cada dia crescia ainda mais -, tudo se resolvesse de forma mais simples. Ou não. Talvez nada disso funcionasse e acabasse piorando. Ela foi tirada de seus pensamentos, quando o doce Fantasma lhe tirou do transe.

- O que a cidade pensa sobre sua relação com o Conde Cullen?

- Me desculpe! – Ela abaixou a cabeça. – Ele tem sido tão generoso e gentil comigo que achei indelicado não aceitar o convite dele para jantar.

- Gosta dele? Desculpe, não precisa responder. – O fantasma sorriu. – Mas acho que você devia sair mais com o Conde, assim a cidade pensará que você tem algo com ele e desvinculamos sua imagem da minha.

- O que a cidade pensa sobre nós? – Ela perguntou.

- Que você é a “Dama do fantasma”.

- Eu até gosto do título. – Ela riu. – Mas o Conde não é alguém para se brincar com os sentimentos, monsieur.

- Eu sei. Ele já está ciente de tudo o que acontece. Precisaremos planejar tudo com muito cuidado. Você está pronta para sofrer as conseqüências que tudo isso irá acarretar, Bella? A partir de agora, teremos que jogar com cuidado. O final pode não ser agradável para ninguém.

- E Alice... E Rosalie?

- Meus irmãos saberão o que fazer. Elas estão seguras ao lado deles.

- Então ficaremos bem.

- Vamos, minha doce bailarina, paremos de pensar nestas coisas perturbadoras. Deixe-me ocupar de algo que merece mais atenção... – Dizendo isso, os lábios do fantasma se colaram aos de Isabella, selando aquela noite deliciosamente perturbadora.

Bella deixou se perder nos lábios e nas carícias que o Fantasma lhe fazia. Seus pensamentos foram rumo às estrelas e se perderam no espaço sideral, bem longe de qualquer problema que ela sabia que teria que enfrentar.

(...)

O Visconde James de Chagny estava reunido em um restaurante no centro de Paris - próximo ao teatro Opera – com o Inspetor, seu parceiro, J. Jenks – que dizia ser um barão amigo de James, caso o inspetor desconfiasse – e um amigo de J. Eles estavam num local mais reservado, na ala dos fumantes. Os homens mantinham entre seus dedos charutos e cachimbos caros, entupindo aquele ambiente com a fumaça espessa.

- Está combinado. Amanhã às nove horas na ponte do centro. – James disse. – Entenderam, senhores?

- Não somos surdos, Visconde. – O inspetor falou. – Eu espero que você tenha razão quanto a este fantasma, senão terei problemas e meu emprego pode ir parar do outro lado do Sena.

- Dará certo. – James assentiu. – Só temos que ser cuidadosos.

 --

N/B: ¹ - nobiliárquicos: relativo à nobreza.


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Notas finais do capítulo

Antes de perguntar se vocês gostaram... Queria só fazer uma pergunta, não á todas voc~es, porque pelo menos 5 ou 6 de vocês são as que comentam regularmente na fic, queria perguntar... Custa perder 10 segundos e escrever "gostei" ou "Não gostei", num review?!

Pensem nisso.
PS: Minha ameaça AINDA é VALIDA. Comentem, TODAS, ou o James pode ter planos muito maléficos.. Ou o plano do Fantasma pode dar MUITO errado e acabar em sangue... ò_ó
Pensem nisso também.

Now... Gostaram do capítulo? Falta pouco para vocês descobrirem a identidade do fantasma. Aliás, desculpem a demora do post, mas ando meio atarefada. u_u Só para informar... O fantasma é descoberto no capítulo 14. No próximo capítulo James sai a caça do Fantasma, o que será que acontece, hein?

comentem, especulem, recomendem!
beijinhos