Opera Paris escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 11
Capítulo 09 - Relações




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Capítulo 09 – Relações

- O que aconteceu com você?!

- Nada, Laurent. – James falou baixo.

- Senhor, deve descansar agora, porque terá visitas durante toda a tarde, logo após o almoço.

- Obrigado. – James agradeceu e o criado saiu do quarto que o visconde acabara de entrar.

James entrou na tina e deixou a água recém aquecida cair na banheira e aliviar as tensões do corpo. Por alguns instantes, ele esqueceu-se do que fizera naquela noite e adormeceu.

Quando o sol já estava quase a pino, ele se levantava. James vestiu um de seus fraques ocre e as botas de couro marrom. Quando desceu para a sala onde o almoço seria servido, Laurent o esperava.

- Laurent, este fim de semana quero que me acompanhe num serviço. – Ele disse ao mordomo.

- Como quiser. Vou mandar que sirvam o almoço. Em duas horas o Barão e a Baronesa estarão aqui, juntamente com outros Viscondes. Deve estar impecável. – Laurent disse formalmente.

- Obrigado, Laurent.

Este fim de semana, meu caro Fantasma, irei descobrir seu covil e irei capturá-lo! James pensava. Já havia articulado inúmeras maneiras de pegar o Fantasma. Praticamente já declarara guerra contra Isabella e o Fantasma. Mas antes de tudo, precisava saber quem era ele. Precisa saber porque usava aquela máscara. Porque ele queria ela.

(...)

- Isso é hora de acordar, Edward? – Emmett perguntou. – Junte-se a nós. Ele ofereceu um cálice de vinho branco.

- Não teve uma noite muito agradável, imagino. – Jasper murmurou.

- Se não fosse pelo Visconde, minha noite teria sido melhor. – Edward sibilou.

- Foi há alguma festa que eu não soube? – Emmett ergueu uma sobrancelha. – Está na hora de começar a me deixar por dentro do assunto.

- Eu estive no teatro. – Edward murmurou.

- O que foi fazer ontem de noite, nem tinha espetáculo algum! – Ele falou. Mas então um brilho iluminou seu olhar. – Ah, você estava com a cantora.

- Oui, eu estava. Porém o Visconde apareceu antes e eu tive que ficar escondido. – Edward disse baixo.

- E por que? Oh... Oh não!

Emmett abriu a boca e então a fechou. Ele se debatia internamente.

- Por que isso?

- Porque sim, Emmett. – Edward falou.

- Ah, vamos. Era mais fácil se tudo fosse sem a máscara, não?

- Absolutamente. Porém eu não tive como... Eu-

- La tua cantante. – Jasper sibilou sorrindo. – Ela por si só é um canto de sereia para ele. Uma voz perfeita, uma beleza ímpar.

- Quem diria, o Conde Edward Cullen está apaixonado por uma cantora. – o moreno disse.

- E você por uma dançarina! – Jasper riu.

- Olha quem fala. Gosta da bailarina miúda que eu sei. – O grandalhão retrucou rindo.

Edward, em parte, estava confuso. E em parte estava feliz por saber que Bella gostava dele. Ou melhor, gostava do Fantasma. Ele queria contar a verdade a ela, mas agora, com o Visconde em seu encalço e no da bailarina, não tinha escolha, a não ser continuar com aquele mistério. Ele conhecia a fama do Visconde e sabia bem que ele não iria deixar aquele assunto de lado. O único problema era que não podia se envolver muito, sem acabar exposto.

(...)

- Sr. James, o Barão e a Baronesa de Barbarac e sua filha, Victoria. – Laurent anunciou.

Os três entraram no pequeno salão da mansão. À frente, um homem branco de cabelos escuros e sua esposa ao lado. Atrás, havia uma jovem branca, de cabelos cor de fogo, que caiam em cachos perfeitos pelas costas. Os olhos dela eram azuis como o mar.

James conversava com dois de seus principais clientes da empresa automotiva. Os dois homens, também acompanhados de suas esposas, fizeram uma pequena reverência, quando o trio entrou. James aproximou-se e cumprimentou delicadamente a esposa e o barão, sendo logo em seguida, apresentado a filha.

- James, esta é minha filha, a baronesa Victoria de Barbarac. – O barão falou.

- Um prazer conhecê-lo, Visconde. – Victoria fez uma pequena reverência.

- O prazer é todo meu, Baronesa. – Ele beijou-lhe a mão carinhosamente.

James inalou o perfume de rosas do campo que emanava de Victoria. Não podia deixar de notar a beleza exótica da dama, filha de seu amigo. Eles estavam ali para combinar o dote de Victoria e então “negociar” a união da jovem com o Visconde, que resultaria numa parceria de terras e títulos. Mas embora James prezasse muito essa “parceria”, não podia deixar de se encantar pela moça. Talvez não exista somente Isabella Swan. Ele pensou.

A mãe de Victoria e as outras damas que estavam ali na casa naquela tarde, incluindo a própria Victoria, ficaram afastadas no campo, conversando e tomando chá, enquanto os homens discutiam seus assuntos entediantes e chatos, que não eram sobre as festas e futilidades da vida de uma mulher da aristocracia francesa.

- Ela é muito bonita, barão. – James disse.

- Certamente será uma boa união. – Um dos outros disse. – Não concorda?

- Absolutamente. Se James não acertar, então farei negócio com outro. – O barão disse quase que rispidamente. – Minha filha não será casada com qualquer um.

- Todos sabemos disso, meu caro barão. – James sorriu. – Aprecio muito sua filha e estou disposto a pagar pelo dote dela.

- Ficaremos na cidade por algum tempo ainda, iremos marcar as datas dos pagamentos, noivados e então do casamento. – O Barão falou, logo após tomar um gole de champagne. – Mas estarei de olho em você, James. Eu sei da sua fama.

- Minha fama de encrenqueiro está na boca das fofoqueiras da cidade. – James alfinetou. – Porém, meu problema é com apenas um homem e com mais ninguém, que fique bem claro.

- O que ele quer dizer é, não deve manchar o seu nome. – O outro homem falou. – Certamente... Viscondessa Victoria de Chagny é perfeito, não?

- Oui, monsieur. – O barão sorriu. – Mas ainda preso muito a opinião de minha filha.

- Deixa uma garota tomar suas próprias decisões? – Um deles disse.

- E por que não? Ela é quem vai passar a vida ao lado dele. – O barão deu de ombros.

Depois de discutirem um pouco mais sobre as novas relações que o Visconde iniciaria com o barão de Barbarac, os convidados foram embora. Era quase noite, quando James pôde descansar, de fato, já que na noite anterior ele passara boa parte da madruga num terraço sob o vento frio.

Sua mente não descansava, embora seu corpo o fizesse. Ele maquinava cada passo que daria dentro de dois dias, quando iria atrás do fantasma pelos subterrâneos de Paris. Embora James tivesse apenas um único objetivo – desmascarar o fantasma para todos – e estivesse focado apenas nisso, Jason Jenks, o detetive e falsificador de documentos que ele contratara para investigar o teatro, também começava a se interessar pelo assunto.

J. Jenks não só queria saber os motivos que levaram o visconde a tal pedido, como queria saber se o fantasma realmente existia e, se existisse, quem era ele. J. Jenks era um homem astuto e venenoso como uma cobra. Ele nunca saía de seus negócios de mãos abanando.

(...)

- Precisamos conversar. – Jasper disse a Edward, assim que ele entrou na casa. O jovem conde jogou seu paletó sobre a poltrona e passou as mãos nervosamente pelos cabelos.

- Você vai nos pôr em problemas se continuar com isso. – Emmett tomou frente.

- Eu sei disso. – Edward resmungou. – Um informante meu, disse-me que o Visconde não está nada contente com o Fantasma.

- Isso não é novidade alguma, Edward. – Jasper concordou. – O que você não sabe, é que ele pretende caçar o Fantasma. James não é o tipo que deixa as coisas baratas. Sabe muito bem disso.

- Sim, eu sei. Estou... Pensando no que fazer.

- Então pense muito bem. – Emmett murmurou. – Carlisle não vai gostar nem um pouco de saber que nos meteu em problemas. Pelo que eu saiba, você havia parado com esse tipo de coisa. Por que agora? Por que ela? Por que tudo isso?

Nem Edward sabia como responder essa pergunta. A única coisa que ele sabia, era que a cantora era alguém importante em sua vida, desde que a vira pela primeira vez, se encantou e então, nunca conseguiu se desvencilhar da beleza exótica da bailarina do teatro. Desde então, o Fantasma surgira como uma dupla personalidade, um ser oculto dentro de seu próprio ser. Ele tinha quase personalidade própria. Os dois eram um, mas aqueles dois amavam Lady Isabella Swan.

Era óbvio que Carlisle não iria gostar nem um pouco de saber sobre seus problemas. Edward seria levado de volta para a Inglaterra e voltaria a sua vida antiga. Não, não podia deixar ser afastado da bailarina, da sua doce e jovem bailarina.

Ele deixou Emmett e Jasper na sala de estar e seguiu para seu quarto. Entrando lá, foi direto ao toallet. Tirou lentamente cada peça de roupa, até ficar nu. Entrou na tina de água quente e relaxou. Sua mente vagava pelo teatro e se lembrava do toque de Isabella. Da pele macia e quente. Do rubor de suas bochechas. Da voz delicada. Dos choques que sentia percorrer cada nervo seu quando simplesmente lhe beijava. Por Deus, preciso dela.

- Como saber se ele não quer só...

- Eu sei, Emm. Foi rápido demais. Mas ele a conhece faz muito tempo. – Jasper murmurou. – Ele a conhece a muito mais tempo que ela mesma o conhece.

- O que mais eu não sei dessa história? – Emmett ergueu uma sobrancelha.

- Muita coisa.


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Notas finais do capítulo

Olaa :P

Espero que gostem do capítulo. E vamos aos comentários..
Quem ainda não tinha ideia de quem era o fantasma... agora já sabe?? hihi E, mais um vez... A FIC NÃO VAI TER O MESMO FINAL DO LIVRO E NEM DO FILME O FANTASMA DA OPERA. Justamente porque é UMA FANFIC e, claro, pq eu tbm nao gosto do final. hihi

Espero que algumas coisas tenham sido esclarecidas.

Beijinhos e continuem comentando!!

;*



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