Amigos, Fama, Ação! escrita por jduarte
Notas iniciais do capítulo
continua...
Mande reviews,
Beijos,
JuliaD.
- Oi, Nikky. – disse.
“Nossa, sério, um dia seu ânimo vai matar você!” zombou.
- Aham. Muito engraçada. Liguei para saber se você gostaria de ir pra praia. – disse andando de um lado para o outro.
“Sério?” perguntou animada.
- Na verdade, não. Queria saber se você está a fim de fazer alguma coisa que não envolva água. – perguntei torcendo para que a resposta fosse sim.
“Tá legal. Encontro-te na sua casa daqui dez minutos.” Sussurrou desligando.
- O.k. – respondi para o celular já desligado.
Disquei mais um número. Esse telefone estava mais encravado na minha memória do que o meu próprio. Caixa postal. Novamente.
- Luke, sou eu. Sério, me liga. Eu estou preocupada com você. Quando eu fui a sua casa você não estava. O que está acontecendo? Por favor, eu estou implorando de joelhos, me liga!
Desliguei a droga do aparelho, saí do carro e fiquei andando pela casa. Foram os dez minutos mais lentos da minha vida! A buzina de Nikky soou pela entrada.
- Mãe, eu vou pro píer! – gritei saindo.
Fechei a porta atrás de mim e acenei para Nikky que estava com uma roupa toda roxa e o cabelo castanho repuxado em um rabo de cavalo atrás da cabeça.
- Olá, gata! – zombou olhando minhas roupas.
Estava vestindo uma calça jeans rasgada velha, um all star preto e uma camiseta T-shirt da banda The Pretty Reckless.
- Nem vem. Não tive tempo de me arrumar. – defendi-me.
- Aham. Já passei por essa época. – zombou novamente.
- Ah, é claro. Como se você fosse muitos anos mais velha do que eu. – suspirei entrando no carro.
- É claro que sou. Não é todo dia que se têm dezoito anos.
- Você só tem um ano á mais do que eu. – disse.
- Um ano faz MUITA diferença. – respondeu dando partida no carro que deu um solavanco para frente e morreu. – Calma. Eu consigo. – disse dando partida novamente e andando calmamente pelas ruas.
Sua pele estava muito clara e com manchas roxas.
- Você está bem? – perguntei apontando para seu pescoço.
- Nunca viu chupões na vida? – perguntou cínica. Ela arregalou os olhos e começou a gritar. Justo quando passávamos pela casa de Luke. – Você nunca viu um chupão na vida!
Encolhi-me no banco até ficar totalmente escondida.
- O que? – perguntou Nikky.
- Aqui é a casa de Luke. – sussurrei.
Ela brecou o carro dramaticamente.
- O QUE? – ela gritou fingindo não ouvir. – AQUI É A CASA DO GATÃO DE HOLLYWOOD, LUKE MALORY? NOSSA!
- Cala a boca, Nikky! – disse a fuzilando.
- Relaxa ai esquentadinha, estou só zoando com sua cara! – respondeu rindo.
Nem liguei para a atitude de Nikky. Ela era assim, e nunca vai mudar.
Chegamos ao píer na praia, quando começava a anoitecer. A roda gigante estava iluminada, os gritos das pessoas na montanha-russa eram agudos, havia também aqueles vendedores de cachorros-quentes, coxas de frango gigantes e algodão doce, barracas de jogos...
- Em o que vai querer ir primeiro? – perguntou Nikky enfiando um algodão doce na boca. Como ela conseguiu um algodão doce?
- Hmm... Montanha-russa? – perguntei.
Nikky olhou para a grande construção de ferro que se estendia atrás de nós e sorriu com os olhos brilhando. Ela jogou o algodão doce no lixo e limpou as mãos meladas na calça.
- Vamos nessa, baby! – gritou puxando-me por entre as crianças que esperavam para brincar no carrossel.
Compramos dois ingressos para entrarmos e sentamos nas primeiras fileiras.
“Estão prontos?” perguntou um homem no mega-fone.
Alguns gritavam “sim”, enquanto eu gritava desesperadamente “não”, e agarrava-me na proteção do carrinho. A subida da montanha-russa era monstruosa e alta. Já comentei que eu tenho pavor de altura? Não? Pois é.
“Tudo o que sobe...” disse o cara botando mais medo ainda.
- Tem que descer! – gritaram as pessoas em coro. Inclusive Nikky que se agarrava na proteção assim com eu.
O carrinho guinchou e subiu devagar. Quanto mais o treco subia, mais eu rezava. Quando ele parou para descer então, tive um treco. A montanha-russa era muito rápida. Comecei a gritar muito. Ela fazia curvas, dava loopings sensacionais e medonhos, tinha várias subidas e descidas...
- Nikky! – gritei em meio aquela confusão.
Ela não me ouvia, só gritava e dava gargalhadas.
Quando o passeio mortal acabou, só faltava eu beijar o chão em agradecimento por estar viva.
- E ai? O que achou? - perguntou Nikky quando saímos.
- Foi legal! – disse animada. A adrenalina ainda estava correndo em minhas veias não é possível!
- É foi mesmo. Vamos à roda-gigante? – perguntou batendo as mãos.
- Hmm... Nikky... Não é uma boa idéia. – disse analisando a estrutura de ferro fina e iluminada que se encontrava à nossa frente.
Nikky comprou dois ingressos para nós. Às vezes acho que falo grego. Eu disse que não era uma boa idéia! Nikky puxou meu braço, e fez com que nós entrássemos na cabine desocupada.
A única coisa que fiz ao entrar na cabine foi ficar olhando para o chão que se movia enquanto aquele... Monstro rodava.
- Ah, Deus! – sussurrei.
- Relaxa Rach. – disse Nikky tentando amenizar minha tremedeira.
- O.k. – respondi respirando fundo.
A roda-gigante deu a primeira volta em quinze minutos. Quando ela parou lá embaixo, saltei para fora puxando Nikky comigo.
- Você é louca! – disse eu rindo.
Nós duas começamos a rir.
- Sabe o que eu estou com vontade de comer? – perguntou.
- Cachorro-quente? – perguntei incerta.
- Na mosca!
- Ótimo. Vamos lá! – sussurrei.
Fomos pegar nossos lanches e encontramos Trevor ali.
- Oi! – disse eu limpando a boca em um guardanapo.
- Ah, oi Rachel, oi Nikky! – respondeu dando-nos um beijo no rosto.
Nikky, por mais incrível que pareça, corou. E corou muito! Não consegui resistir ao impulso de dizer: “OWN”
Ela olhou-me feio.
- O que? – perguntei. – Você não viu aquele passarinho fofo?
Nikky bateu a mão na testa.
- É... Encontro com vocês mais tarde, O.k? – disse caminhando em direção à praia.
Fiquei andando sem rumo, até que percebi Luke andando com os pés na água.
- Luke! – gritei.
Ele estacou e correu. Corri atrás tentando alcançá-lo, mas ele era muito rápido.
- Luke Christopher Malory! – berrei contra o vento que mexia em meus cabelos e batia seco em meu rosto.
Minha boca ficou seca e meus olhos lacrimejaram. Disquei seu número pela segunda ou terceira vez hoje e para minha não-surpresa, caiu na caixa postal.
- Porque você está fugindo de mim? Eu só quero conversar com você. Aquele dia, você não me deixou dizer o que eu queria. Se quiser saber realmente o que eu queria dizer, apareça amanhã no almoço. Ah, - completei. – um aviso básico? Se você não me atender, vou rechear sua caixa postal com mensagens minhas.
Quando eu fui falar: Eu te amo, a bateria do celular acabou. Corri de volta para o píer e encontrei Trevor e Nikky conversando animados.
- Oi, gente. Desculpa mesmo interromper. Nikky, eu preciso ir agora. – sussurrei ofegando.
- O.k. Se quiser eu te levo. – ofereceu Trevor.
- Se a Nikky não se incomodar...
- Imagina, pode ir. Tenho um encontro hoje à noite. – disse ela piscando para mim e apontando discretamente para Trevor.
Escancarei a boca e Nikky olhou-me mortalmente. Fingi um bocejo.
- Vamos? – perguntei a Trevor.
- Claro. Tchau Nikky! – sussurrou Trevor beijado a parte interna da bochecha dela, que ficou roxa de vergonha.
Enquanto ele estava beijando o rosto dela, fiz a menção de abanar-me e ela segurou o riso. Caminhamos em direção ao carro dele em silêncio.
- Já tenho um novo nome para uma matéria. – disse eu.
Trevor revirou os olhos.
- Lá vem você.
O ignorei.
- Atriz e paparazzi. Será que rola? – disse. Bom, era mais uma pergunta.
- Acho que rola. – respondeu sem pensar voando pelas ruas.
- Bom saber. Vocês combinam sabia? – perguntei divertida,
Ele sorriu sonhador.
- Você e Luke também combinam. – rebateu.
Afundei no banco.
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continua ?