Amigos, Fama, Ação! escrita por jduarte


Capítulo 12
Capítulo 12 - Embaraçoso


Notas iniciais do capítulo

mais um cap. Acho que está legal, sei lá!
Beijoooos!



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   Já estava na porta de casa quando vi um carro estranho parado na garagem de casa. Victor!

   Entrei com tudo em casa. Fiz as contas mentalmente. Droga! Tinha prometido passar em Hollywood para ficar com Luke esse final de semana. Ah, deixa para amanhã! Subi correndo para o quarto. No caminho, observei mamãe na cozinha com Victor ao seu lado. Ela estava com um papel nas mãos e o observava com cautela. Ela disse alguma coisa bem baixa para ele e Victor beijou carinhosamente sua testa.

   Sorri voltando a subir as escadas. Prendi o cabelo em um coque mal feito e me enfiei em um pijama de calor. Apesar de não fazer tanto calor, meu quarto era muito quente. Fui checar meus emails no laptop.

   Promoção, promoção, Conserto de Calhas... Curso de Salva-Vidas, BNF...

   Espera um pouco, ai! O Luke me mandou uma mensagem? Porque?

   “Oi, então... Queria saber se você ainda vêm para cá. Sabe como é... O set de filmagem e esse tipo de coisa. Bom, me liga! Beijos, te amo, Luke.”

   Fechei a caixa de email e peguei o celular para digitar uma breve mensagem: Chego amanhã de tarde. Deitei a cabeça no travesseiro e não esperei uma resposta de Luke. Estava tão cansada e ofegante para chegar logo o amanhã, que deitei e apaguei no mesmo instante.

   Abri os olhos estranha, mas relaxada. Olhei no relógio ao lado da cama. Sete e quarenta e três. Que horas eu cheguei em casa? Duas da tarde?

   Coloquei a calça skinny preta, a blusa do Metalica, o celular no bolso, dinheiro, peguei os óculos escuros e o all star preto. Caminhei pelo corredor e dei de cara com minha mãe sentada no chão com a cabeça encostada na parede.

- Tudo bem? – perguntei.

   Ela me olhou. As olheiras roxas embaixo dos olhos, declaravam que ela não havia dormido muito. Mamãe sorriu.

- Tá. Tá sim. – respondeu suspirando.

   Ficamos em silêncio por alguns segundos até que ela se levantou correndo com a mão na boca e foi correndo para o banheiro. Corri atrás dela e segurei seu cabelo. Foi nojento ver minha mãe vomitando!

   Ela... acabou de vomitar e lavou a boca. Fiquei a olhando com a sobrancelha levantada. Ela mordeu o lábio inferior e eu pus as mãos na cintura.

- O que está acontecendo aqui? – perguntei.

- Er... Rach, acho que estou grávida. – disse.

   Pisquei algumas vezes, coloquei a mão na parede mais próxima para tentar fazer o banheiro parar de rodar.

- E-eu vou ter um irmão? – perguntei fechando os olhos.

- Aham.

- Oh, Deus! – exclamei saindo do quarto indo em direção a cozinha.

   Abri a geladeira e peguei a garrafa de água. Dei um grande gole, mas não senti que bebia nada. Passava raspando pela minha garganta e descia seco. Apoiei a garrafa na bancada e passei as mãos na testa e suspirei.

- Desculpa, mas eu preciso pensar. – disse para minha mãe saindo de casa.

   Entrei em Cheer e pisei fundo. Passando pelo parque, pelo parque de diversões, pelo shopping e fui em direção à estrada.  Mais cinco horas de viagem até Los Angeles.

   Estacionei em um posto de gasolina e liguei para Luke.

“Hey!” ele atendeu no quarto toque.

- Oi, Luke. – disse. Não tinha percebido, MEU DEUS minha voz tá uma droga!

“Rach?” não o Papa! “O que foi? Você tá bem? Onde você está?” ele perguntou docemente.

- Já estou em Los Angeles. – disse. – Preciso falar com você. Urgente!

“Tá tudo bem. Pode vir pro set de filmagem. Acho que já vou acabar de filmar mesmo.”

- Nossa. Foi mal mesmo. Não sabia que você estava filmando. Senão nem ia te ligar. Desculpa!

“Tudo bem. Só vem pra cá, saí agente conversa!” Luke disse.

- O.k.

   Desliguei o celular, coloquei a maldita gasolina que já estava acabando, entrei na Cheer e tentei lembrar como chegava no set. Minutos depois de dirigir, avistei a rua, os trailers e os cenários de longe. Achei! Gritava mentalmente.

   O segurança-armário que vi outro dia, ainda estava ali. Quando me viu, acenou e liberou a passagem para o estacionamento.  Parei na primeira vaga que achei e corri para dentro do set. Passei pelo trailer de Luke, de Petrova... Até que finalmente cheguei ao lugar que eles estavam filmando.

   Fiquei encostada em uma parede, bom eu pensei que fosse uma parede. Quando eu virei, era uma estátua de um homem. Só que, ele estava só com uma folhinha naquele lugar. Ô droga! Pra que uma estátua nesse filme?

   Coloquei os fones de ouvido e fiquei ouvindo a música “Vampire Money” da banda My Chemical Romance. Quando Luke começou a filmar, meu coração deu um pulo no peito. Fiquei ali o encarando como uma idiota. A música acabou e começou a tocar uma extremamente chata. Fui trocar de música e arrumar o fone que estava saindo quando senti alguém me jogar em suas costas. Não tive tempo de arrumar os fones, então eles ficaram batendo na minha cara.

   Devo confessar que minha posição ‘cabeça-pra-baixo-e-bunda-pra-cima’, não era tão legal assim. A pessoa que me “seqüestrou”, começou a andar devagar, como se tivesse carregando um saco de arroz.

   Pigarreei.

- Acho que essa posição não é tão legal. – murmurei virando para olhar a pessoa.

   Os grandes olhos azuis eletrizantes me encararam por segundos.

- Tá. – disse Luke, mas mesmo assim, ele não me colocou no chão.

- Luke!

- Calma nervosinha! – disse me colocando no chão.

   Fiquei o olhando. O cabelo estava mais curto, os olhos mais claros do que nunca e parecia que eles brilhavam. Sorri.

- O que vamos fazer? – perguntei.

- Bom, você me disse que tinha que falar comigo urgentemente e... Bom, aqui estou eu! – disse Luke passando o braço pela minha cintura e me içando para dentro do trailer dele.

- Hmm, não sei por onde começar. – admiti passando as mãos pelo cabelo e mordendo o lábio.

- Que tal pelo começo.

- O.k. Vamos lá. – disse. – Bom, desde que você me deixou lá, - o rosto de Luke entristeceu minimamente. – mamãe arrumou um namorado, eu tenho um amigo e bom, hoje de manhã fiquei sabendo que vou ter um irmão. – disse tudo de uma vez.

- O que? Sua mãe tá grávida? – ele perguntou de boca aberta.

- Bom, ela acha que sim. Hoje eu tive que segurar o cabelo dela para ela não vomitar nele. – disse eu e Luke fez cara de nojo. – Foi nojento.

   Luke começou a rir.

- Tudo acontece quando eu não estou lá!

   Meu sorriso desapareceu do rosto e Luke não percebeu.

- Então... – tentei começar. – o que você queria me falar?

   Ele sorriu mostrando todos os dentes retos e brancos.

- As filmagens da minha parte já estão acabando...

   Ele deu uma pausa dramática.

- E... – incentivei.

- E... Que eu vou voltar para São Francisco.

   Gritei pulando em seu colo e o abraçando.

- Isso é ótimo! – disse praticamente gritando.

- É. É mesmo! Como vão as coisas no colégio? – perguntou.

- Sério? Uma grande droga. Nem começou o ano direito e já estou indo mal em física.

- Ainda?

- Aham. Aquela coisa de converter as temperaturas ou algo assim! – bati a mão na blusa.

- Isso é fácil. Depois de arrumar a fórmula, é só fazer a conta. Pura matemática. – disse Luke tentando me convencer de que aquele troço é fácil.

   Ficamos conversando sobre muitas coisas até que olhei no relógio. Oh, Deus, muito tarde. Vou chegar em casa muito tarde.

- Luke, eu preciso ir. Mesmo. Está ficando muito tarde. – disse.

- Ah não! – choramingou fazendo bico.

   Coloquei o dedo em sua boca e disse:

- Eu volto depois. – levantei e abri a porta.

- Hmm, Rach! Espera! – ele disse caminhando comigo.

- Oi.

   Luke não disse nada. Olhei para ele. Já estávamos encostados no capô de Cheer. Luke tirou a corrente que ele estava usando. Um colar pequeno com uma pedra da cor de seus olhos.

- O que...?

- Para não se esquecer de mim. – disse ele tirando meu cabelo da nuca para colocar o colar.

   O contato de seus dedos em minha pele me fez arrepiar. Ele pousou as mãos no vão de meu pescoço. Fechei os olhos. Ele beijou meus ombros. Ouvimos uma risada grutal e vários flashes estralaram ao mesmo tempo fazendo com que Luke se afastasse bruscamente. Abri os olhos, mas não consegui ficar muito tempo, pois a luz muito clara me cegou. Cambaleei para trás e senti Luke me firmar.

- Você tem que sair daqui. – sussurrou em meu ouvido.

- O.k. – disse correndo em direção a Cheer, pisando no acelerador e saindo cantando pneu.

   Quando saí, um paparazzi ameaçou a se jogar dentro do carro, ou seja, isso me fez acelerar mais ainda. Mas uma coisa me fez frear bruscamente. Trevor. Eu vi Trevor no meio daqueles paparazzi! Eu juro! O rosto dele estava meio triste, desapontado e ele sorriu quando me viu. Voltei a atenção para o local que tinha o visto e não vi nada!


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Notas finais do capítulo

bom, o capítulo ficou meioooo, legal, mas isso quem decide é vocês!
Beijos e deixem um review bem bonitinho!
Julia D.



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